POV Bella

Abri meu olhos e observei que estava em um lugar diferente, as paredes eram brancas, diferente daquele lugar imundo que eu estava. Meu corpo estava pesado e a dor de cabeça era muita. Senti uma mão segurando a minha, olhei para o lado e vi que era minha mãe. Estou confusa, a última coisa de que me lembro, é de sentir algo gelado em minha cabeça. Arma, era uma arma e... quem a estava segurando era James, me lembrar disso me causou arrepios.

— Filha? – Ouvi minha mãe dizer, virei de lado para observá-la melhor. – Oh querida, ainda bem que acordou, estava com saudades sua. – Falou me abraçando.

— Oi mamãe, eu também. – Falei com a voz grogue.

— Está com dor em algum lugar? – Perguntou ela.

— Só com um pouco de dor de cabeça. Por quanto tempo estou dormindo?

— A dois dias.- Nossa, eu tinha dormido por muito tempo.

— Vou chamar o médico querida. – Assenti.

[...]

Pensando na vida, ouvi alguém bater na porta.

— Oi. – Nesse momento, parecia que o meu coração tinha ganhado vida.

— Oi. – Disse eu.

— Posso entrar? – Perguntou Edward.

— Claro.

— Então, como você está?

— Bem na medida do possível.

— Senti tanto a sua falta. – Ele falou, meu olhos se encheram d´água. – Não chore amor. – Amor... Como era bom ouvir isso.

— Posso te pedir uma coisa? – Perguntei.

— Qualquer coisa.

— Me beija. – Na mesma hora, seus lábios se encontraram com os meus. Deus, como senti falta disso. Nosso beijo era urgente, nossas línguas estavam em uma batalha, até que tivemos que parar por causa do bip.

— Opa. – Falei, e ele riu.

— Acho que você tem que descansar, Bella.

— Mas... – Bocejei.

— Outro dia a gente conversa melhor. – Concordei.

[...]

Finalmente sai do hospital, não estava mais aguentando a comida horrível de lá.

— Filha, eu e seu pai achamos melhor você frequentar um psicólogo. – Eu estava fazendo de tudo para não lembrar, mas Renée tinha logo que tocar na ferida...

— Tudo bem. Quando?

— Amanhã à tarde. Ok? – Concordei. Ao chegar perto da nossa casa, o jardim estava cheio de fotógrafos. Que ódio, agora a cidade toda sabe...

— Vou tentar tirar eles do jardim. – Disse meu pai. Observei ele saindo do carro e indo falar com os fotógrafos, demorou um tempinho, mas eles saíram. Quando entrei dentro de casa me senti tão bem. Ver Nessie novamente me encheu de alegria e me fez esquecer um pouco o que tinha vivido esses dias.

[...]

Não conseguia dormir, quando eu fechava os olhos a imagem dele vem á minha mente e me atormenta. Tomei uns comprimidos e finalmente consegui dormir.

[...]

Hoje não seria fácil, falar com o psicólogo sobre o que aconteceu será muito difícil.

— Vamos, Bella? – Minha mãe me chamou.

— Sim. - suspirei.

Chegamos lá rápido e fomos atendidas logo. O consultório era pequeno, mas não muito.

— Olá, sente-se por favor. – Disse uma mulher jovem.

— Olá. – Respondi.

— Você é a Isabella Swan, certo? – Afirmei. – Sou Jane Volturi. Então, você sabe por que está aqui?

— Sim. – Sussurrei.

— Quer falar sobre isso? – Neguei. Me doía lembrar de tudo e me dava muito medo... – Olha Isabella, eu entendo que você não queira falar, mas seria muito bom se me contasse.

— Eu não gosto de falar sobre isso. - murmurei.

— Eu sei que não, eu sei também que é muito doloroso o que você passou. – Jane disse.

— Você não sabe de nada. Não sabe como é ser sentir destruída e pensar o que tinha feito para acontecer tudo isso. – Despejei.

— Eu já passei por isso Isabella, e pode ter certeza que sei. Por isso eu quero que confie em mim para falar qualquer coisa. – Fiquei impressionada por ela ter passado isso. – Conheço um grupo de jovens que falam sobre esse assunto, se você quiser conhecer posso te dar o endereço.

— Isso séria bom. – Falei e ela sorriu.

— Soube que tem um namorado.

— Tenho. 

— Quando está perto dele sente medo ou insegurança? – Perguntou ela.

— Não, quando estou ao lado dele, me sinto segura e feliz, até esqueço do que passei. – Expliquei. Nunca sentiria medo do Edward, confio nele.

— Ótimo. Bem, parece que a consulta já está terminando. – Nossa, foi rápido, nem percebi o tempo passar. – Semana que vem nós vemos novamente.

—Ok.

— Se precisar conversar é só me ligar. – Ela me deu seu número. – E vou dar o endereço do grupo para sua mãe. Tchau.

— Até Dra. Jane.

[...]

No jantar fiquei pensando sobre o tal grupo, acho que seria bom ouvir a história de outras pessoas. Também pensei sobre a escola, queria voltar, mais as pessoas iriam ficar comentando e eu ia ser o centro das atenções.

— Mãe, quando eu vou voltar para a escola? – Perguntei.

— Quando você quiser filha, e só se estiver se sentindo bem. – Renée respondeu.

— Bella, não acha que está muito cedo em voltar para a escola? – Falou Charlie.

— É que está quase acabando o ano e não queria perder as provas finais. – Argumentei.

— Querida, não se preocupe em perder as provas, nós já conversamos com o diretor e ele disse que está tudo bem você fazer depois.

— Tá... Bem, acabei meu jantar. – Subi e fui para o meu quarto. No exato momento em que eu sento na cama o meu celular toca.

— Alô?

— Oi amor.— Ouvir a voz do Edward foi muito bom.

— Olá.

— Como você está? - perguntou. 

— Estou indo... E você?

— Melhor agora. — Own, amei ouvir isso. – Gostaria de sair comigo amanhã?

— Adoraria.

— Ótimo, passo ai às 18 horas, ok?

— Tudo bem. 

— Beijos linda.

— Beijos. – Amanhã seria um novo dia sem preocupações.

(Continua...)