POV Mary

Na manhã seguinte, logo que eu voltei da festa do pijama da Kim, eu recebi uma mensagem do Zayn.

"Quer vim aqui em casa para ver um filme. Zayn xx."

"Claro, já estou chegando. Mary xx" - eu respondi sorrindo.

Passei em casa, tomei um banho rápido, me arrumei e peguei uma carona com o meu irmão até a casa do Zayn.

– Oi! - falei depois que ele atendeu a porta.

Ele se aproximou de mim e colou nossos lábios. Nossa, como eu odiava aquilo! Toda a santa vez que ele me beijava, parecia que tinha algo explodindo dentro de mim kk. Eu passei minha mãos no seu pescoço e juntei ainda mais nossos corpos. Infelizmente, depois de um tempo tive que apartar o beijo por falta de fôlego.

– Não parece muito bravo pelo banho que você levou ontem Zayn... - eu falei rindo.

– Hm, porque você teve que me lembrar disso? Você não imagina o estado que ficou o meu cabelo!!! - ele falou com um pouco de irritação mas depois abriu um sorriso.

– Tadinho - brinquei - Vamos ver o filme?

– Claro!

Nós entramos fomos até a sala e ele colocou o DVD. Nem antes dos trailers terminarem alguém bateu na porta.

– Pode deixar que eu atendo! - me ofereci mas mesmo assim ele veio atrás de mim.

Quando eu abri a porta eu quase nem acreditei que aquela pessoa pudesse mesmo estar ali.

POV Zayn

Eu fui com a Mary até a porta e quando ela abriu-a, eu fiquei tão surpreso quanto ela.

– Luiza? - Mary perguntou.

– Hm, lincença! - ela passou reto e veio até o meu encontro - Então Zayn, cheguei na hora certa, né?

Não pude deixar de reparar nas roupas que ela usava. Saia bem curta e uma blusa que deixava a sua barriga de fora.

– Que.. que hora? - perguntei meio abobado.

– Af, a que agente combinou de ir no cinema gatinho... - ela falou revirando os olhos e se aproximando de mim.

– Primeiro de tudo, querida piriguete: ele tem namorada e, segundo: ele não é seu gatinho nem aqui nem na puta que pariu. - Mary falou muito brava.

– Opa, deve ter acontecido um engano! Eu não combinei nada contigo, Luiza! - era verdade, eu nem sabia o que aquela doida estava fazendo ali.

– Olha, para mim já chega! - Mary falou irritada. - Tô indo! Zayn depois do seu encontro com essa daí, nem precisa se dar o trabalho de me ligar, ok? - ela saiu e bateu a porta furiosa.

– Tá doida? - gritei para a Luiza.

– Só se for doida para te dar uns amassos - ela riu.

– FORA DA MINHA CASA AGORA! - eu empurrei ela.

POV Louis

Eu decidi fazer uma visita surpresa para Hanna. A essa hora ela já devia ter chegado da casa da Kim. Bati na porta e ela atendeu.

– Oi anjo - disse e puxei ela até a mim, beijando-a.

– Ai Louis, não faz isso senão eu me descontrolo - ela falou em um tom meio sério me fazendo rir.

– O que foi, Hanna? Está tudo bem? - perguntei meio desconfiado.

Seus olhos verdes fitaram o chão por alguns instantes.

– Quer entrar? - perguntou.

Quando eu entrei na sala de estar dela, adivinha quem eu vejo?

Steve.

– Han, posso saber o que que esse cara está fazendo aqui? - eu disse frio.

– Isso, por acaso, é da sua conta Tomlinson? - Steve perguntou.

– Na verdade é sim! Eu sou o namorado dela, e eu gosto de saber porque os ex's dela ficam dando visitinhas! - eu falei irritado.

– Namorado, hein? - Steve franziu as sobrancelhas - Mal me largou e já está com outro? Não sabia que você era desse tipo...

– Caralho, não fala isso da Hanna! - eu tentei me controlar.

– Pois é, Steve, eu acho que você já falou demais - ela respirou fundo - E eu não sou de tipo nenhum! Eu te larguei porque todo esse tempo você nunca me tratou com carinho...

– Mas, eu posso mudar! Eu juro que eu posso ser uma pessoa diferente - aquele cara me dava vontade de vomitar.

– Não, você não pode e você nem deve mudar! Vai procurar alguém que goste de você de verdade, Steve! E me deixa em paz. - Hanna abriu a porta para ele sair.

Depois da saída dele, ela se virou para mim e vi que ela tinha lágrimas nos olhos. Eu estendi os braços e ela veio correndo e me abraçou.

– Não tire esse seu lindo sorriso do rosto só por um idiota qualquer, viu? - murmurei baixinho para ela.

POV Harry

Em vez de ir direto para a casa da Jackie, eu dei uma volta pela a cidade inteira. Eu estava me cagando, eu não sabia o que falar para ela. Nessas horas que eu fiquei circulando pela cidade, ensaiei mil discursos para dizer a ela, mas nenhum parecia bom o bastante para descrever o que eu estava sentindo.

Eram 22h quando cheguei em frente a sua casa. Já tinha escurecido e havia apenas uma luz ligada, a do quarto dela. Estacionei o carro e pensei em mandar uma mensagem de texto avisando que eu estava lá. Em vez disso, peguei umas pedrinhas pequenas que haviam no chão e atirei na sua janela.

Ela abriu as cortinas com uma expressão irritada e fez um sinal para que eu esperasse que ela já estava descendo.

– Harry? - Jackie perguntou quando me encontrou na frente da porta de sua casa.

– Oi... er... eu acho que nós estamos precisando conversar... - falei colocando a mão na minha própria nuca.

– Sobre o que? - ela ficou desconfiada.

– Por acaso não tem um lugar em que agente possa sentar e coversar melhor? - questionei.

– Claro... - ela me levou até o quintal onde havia um banco/balanço. Nós nos sentamos ali.

– Então... - ela começou.

– Na verdade, eu não sei bem como falar isso - dei uma pausa - Jackie, desde que nós nos conhecemos, pelo menos para mim, agente sente alguma coisa um pelo outro - esperei sua reação.

– Harry, eu sei que eu sinto algo muito forte por você, mas eu ainda não descobri se é algo bom ou ruim - ela falou insegura.

Pelo menos isso é alguma coisa, pensei meio triste. Eu fiquei encarando ela e a vontade de ter ela para mim foi aumentando... O cheiro do perfume dela me deixava completamente louco e quando ela mordia o lábio... Parecia que eu não ia mais conseguir me controlar.

– E você é realmente uma pessoa muito legal quando não está me batendo ou me xingando - brinquei e ela me deu um tapinha no braço.

– Quando não está sendo um panaca, você também é bem legal Harold - ela riu.

Houve um silêncio desconfortável.

– Jackie, fala sério! Até quanto tempo agente vai ter que ficar só na amizade e fingindo que não sente nada um pelo outro? - perguntei objetivo.

– Achei que você já tinha descoberto o motivo - ela falou calma - Harry, você é um mulherengo, galinha, pegador... Por mim, nós já teríamos tido alguma coisa há muito tempo, mas eu tenho medo. Eu sei que se eu me apaixonar por você, nós não vamos ficar juntos nem uma semana. Porque eu sei que em pouco tempo você já vai estar atrás de outra - ela falou francamente.

Ai, aquilo tinha doido. Será que eu poderia mesmo fazer tanto mal a ela?

– Eu poderia prometer que eu vou mudar, mas eu não tenho certeza se eu consigo... - falei sincero - mas eu posso tentar mudar o meu jeito e, eu preciso que você entenda que eu nunca, nunca mesmo tive ou vou ter a intenção de te machucar.

Ela me me olhou e depois completou triste.

– É por isso mesmo Harry... Eu não tenho garantias, você também não tem garantias. Ninguém pode prever se esse romance vai fazer bem para nós.

– E ninguém pode prever se esse romance vai fazer mal para nós - completei - E se nós apenas tentássemos? O que acha? Mesmo se não der certo, nós podemos voltar a ser amigos... - propus.

Esperei um resposta dela mas a única coisa que eu obtive foi o silêncio.

O céu tinha um tom azul meio cinza e trovões não paravam de soar. Começou a chover, uma chuva no início fina, mas depois de algum tempo vieram pingos grossos. Ela ficou parada mas eu me levantei e decidi que aquilo tudo já era demais, era melhor eu voltar para casa.

Mas depois de dar uns 5 passos senti uma mão no meu ombro. Me virei e deixei um sorriso se espalhar pelo o meu rosto. Eu e Jackie estávamos frente a frente e nos beijamos.

Seus lábios se encontraram com os meus e eles se encaixaram perfeitamente. O beijo foi ficando cada vez mais rápido e desesperado. Eu coloquei a minhas mãos na sua cintura e ela envolveu entrelaçou as suas no meu pescoço. Ela abriu um pouco a boca dando passagem para a minha língua. Foi o beijo perfeito. Meus olhos estavam fechados e meu coração batia muito forte e rápido. Eu apartei o beijo devagar, por falta de fôlego, deixando a sua testa colada na minha.

Abri os olhos e encarei aqueles incríveis olhos azuis.