Enchanted escrita por Gabriela


Capítulo 3
3. Encontro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. É que estou sem reviews e isso desanima.
Precisava postar não iria e nem vou abandonar a fic.
Boa leitura.
beijo.



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Em todo caso, ele esperava minha resposta. Mas será que eu estava preparada para induzir a pergunta?

Chega de indecisão.

Minha mãe sempre dizia: “É bom experimentar coisas

Eu refletia: eu já experimentei e não deu certo. Ele é um ótimo cara para mim, mas eu tinha medo. Se o amor me atacou uma vez porque não poderia atacar de novo?

Como sempre entrei no Face Book as duas da tarde.Como sempre ele estava lá.

Estava eu Alison, na frente de um computador, com medo de responder uma pergunta a um desconhecido. Era a pergunta e era o desconhecido, ou é não sei.

Só sei que devia acabar, parar com isso, eu tenho 17 anos e não sou mais uma criança com medo de apanhar por ter aprontado.

OK! VAMOS LÁ!

Ele disse “oi” e eu respondi. Ficou um bom tempo sem dizer nada. Será que ele estava tenso? Não poderíamos ficar naquela então eu comecei:

-Você... Lembra daquela pergunta que me fez ontem?                

-Sim.

-Então...

-Então o que?

-Você vai querer ainda?

-É... Você vai mesmo?

- É eu vou.

-Quando você quer?

-Quando você sugere?

-Quando você está disponível?

-DANIEL!!

-Tá! Amanha às duas da tarde pode ser?

-As duas?

-Sim. Ou você prefere estar no computador do que na minha companhia?

-Não me refiro a isso!

-Ah o que então?

-Amanha?

-Sim. Você está nervosa, tensa?

-Não – menti -Amanha às duas horas. Te encontro lá.

-Lá onde?

-Central Park?

-OK! Central Park.

-como vou te achar?

-Eu vou estar com uma camisa roxa e uma calça jeans.

-Eu vou estar de camiseta ou blusa azul.

-Até lá! Eu preciso ir, preciso resolver umas coisas. Tchau.

-Tchau.

Eu queria acabar com aquilo, nossa conversa nunca foi tão tensa. Não agimos como antes. Suspeito que seja porque ele, ou melhor, nós vamos nos encontrar.

Honestamente, eu queria ser uma mosquitinha. Só para ver a reação dele. Ele parecia - pelas suas palavras curtas - estar como eu. 

Eu precisava estar preparada para aquilo. Porque realmente ira acontecer.

Não sei se ansiosa era a palavra certa, eu estava nervosa.

Liguei para Ana e disse que iria me encontrar com o Daniel, ela ficou super feliz. Era difícil não ficar feliz com toda essa empolgação dela.

Mesmo sonolenta em minha cama fiquei imaginando como seria o dia seguinte. Como o Dan era realmente.

[Sonho ON]

Estava tudo escuro, eu não enxergava absolutamente nada, aquilo estava me assustando, não saber onde estava quem estava a minha volta e o que eu fazia, até o momento em que consegui identificar algumas vozes:

- eu te amo minha gostosa. – aquela voz não me era estranha, parecia estar bêbado, mas quando disse gostosa consegui identificar a voz, era a do amigo do Alex.

- eu também te amo mozão. –aquela voz com certeza vinha da fútil namorada ou ficante da noite, não sei, só sei que estava tudo escuro e ainda me assustava.

- ei Alex meu amor, porque você não para esse carro? Vamos mos amar um pouco. – aquela voz esquisita, bêbada, gargalhava, espera um pouco... Aquela voz... Era a minha voz.

-Alison, vai para trás, isso não vai dar certo. –disse uma voz, uma preciosa voz que eu não escutava a um bom tempo.

-Para de bobeira, pare esse carro – eu disse com a voz embriagada.

BIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII;

Um barulho ensurdecedor de uma buzina fez o casal de bêbados soltarem todos os palavrões que eles conheciam.

-Alison, por favor, vai para trás, não se incline no carro, Alison vai. –Alex ordenava preocupado.

-Eu disse pra você parar esse carro, será que você não entende? – eu disse, a seguir ouvia barulhos, estalos de bocas se mexendo, provavelmente era o casal de bêbados ou eu com Alex?

-Alison, pare com isso, isso não vai dar certo, vai para trás e pare de beber. Eu disse a sua mãe que cuidaria de você e você me decepcionou essa noite, nós viemos para boate do meu tio para nos divertir e vejo que a senhorita se divertiu demais não é mesmo?

-seu estúpido, não é esse namorado que eu tenho pare esse carro agora eu vou descer.

Foi ai que as imagens pouco nítidas vieram a minha mente, era a minha mão girando o volante contra a vontade de Alex.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – vozes, angustiadas, desesperadas gritavam.

         Tudo ficou visível, claro com a luz do luar, mas eu ainda enxergava e ouvia perfeitamente bem:

Alex, com a cabeça sangrando, deitado pelo chão, totalmente imóvel e apagado e os amigos feridos –o carro capotado dificultava os movimentos- e eu estava em prantos chorando como nunca. Não sabia o que fazer, apenas chorava.

[Sonho OFF]

Acordei chorando, e me levantei de imediato. Não queria ficar na cama lembrando-se daquele sonho ruim que na verdade era a triste lembrança da morte de Alex.

Eu estava tão bem, porque aquilo tinha que vim agora e me lembrar de toda aquela angustia que sofri?

Fui ao banheiro para fazer minha higiene matinal e por mais que eu evitasse aquelas lembranças vinham a minha mente ainda mais forte. Sentei no chão, coloquei as mãos sobre meu rosto e comecei a chorar, queria que aquilo nunca tivesse acontecido. Era o meu Alex. Porque eu tinha que ter feito aquilo, a idiota atrás de novas experiências bebeu mais do que devia e olha o que aconteceu, a morte da pessoa que eu mais amava nesse mundo. Eu só queria chorar e esquecer aquilo, deixava que meus soluços e lágrimas tomassem conta pra tentar diminuir a dor.

As lágrimas escorriam, mas eu sabia que não iria adiantar. Ele não voltaria para mim. Decidida, levantei.

Enxuguei meu rosto com as costas de minhas mãos e me arrumei para ir ao colégio. Precisava focar no que estava pra acontecer hoje. O meu encontro com Dan.

Não consegui prestar a atenção na aula. Ana ficava brava comigo, porque tinha repetir tudo o que dizia. O meu devaneio me levava para longe.

Será que dessa vez o amor iria me mudar por completo. Como ele mesmo disse será que ele iria “tirar escuridão do meu coração”?

Era meio dia, eu fui tomar banho e me arrumar. Arrumei-me um pouco melhor – é claro – do que quando eu vou á padaria.

         Coloquei a camisa roxa, uma das minhas favoritas. Era simples, mas bonita.

Uma e quarenta e cinco sai de casa. Queria chegar ao Maximo cinco minutos atrasada. Ser recepcionada por ele, com seu sorriso. E não eu dando um sorriso caloroso para ele, eu não queria fazer isso, eu não era boa nisso.

Como planejava cheguei lá, cinco minutos atrasada. Cadê ele? Eu não o via em lugar nenhum! Será que ele desistiu? Ou ele pensa como eu, chegar um pouco atrasada parece ser uma boa solução.

Com esse pensamento me acalmei e fiquei mais um pouco no imenso parque de NY, ele é lindo, já tinha ido mais vezes com a minha mãe e minha família, porem nunca havia pensado que estaria lá para um encontro.

Passaram-se 30 minutos e ele não chegou. O que será que aconteceu? Será que ele já veio aqui? Será que ele me achou? Ou ele se perdeu? E lá estava eu pensando em todas as possibilidades para ele não estar ali.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

O meu limite acabou. Duas horas se passaram. Sim, duas horas. Eu tentei me distrair com musicas do meu celular, mas não deu muito certo. Visualizava aqueles casais no parque e imaginava agente lá. Chega, cansei, eu me ferrei de novo. Porque isso?! Que Droga!

Em casa, a primeira coisa que pensei em fazer era apagar, deletar, excluir ele do meu Facebook. Não pensei, fiz.


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Notas finais do capítulo

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