The Best Swimmer escrita por AlohaHawai


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bom meus lindjos, tenho uns pequenos comentários para fazer. Primeiro, a morte da... (não posso falar ou perde a graça) foi feita pela minha linda, maníaca, psicopata e perturbada amiga MahhLawliet Marcella , creditos à ela! E segundo, nos sonhos da Annie, eu me baseei na websérie Finnick & Annie, capitulo 4, acho super perfeito e eu não copiei nada, está bem, créditos à eles também. Espero que gostem viu, e me falem o que acharam! Terceiro, desculpem pela demora, eu acabei de mudar da escola (no meio do bimestre/semana) e tenho milhares de provas para fazer, e eu não sei absolutamente nada da materia. Quarto, acho que só postarei no fim da semana que vem, quando as provas bimestrais acabaram (e depois vem as recuperações, uhuul.



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— Ficou louco, Tom? Isso não vai acontecer. — disse Tite, mas parecia que ela estava mais se convencendo, do que tentando convencer os outros.

Na verdade, era até provável que isso acontecesse, quero dizer, a neve estava cobrindo a maior parte do chão e o lago já estava endurecendo. Em algum momento nós poderíamos ficar congelados, mas não quis dizer isso.

Termino de arrumar as barracas e quando tudo já está pronto, entro numa delas. Estou exausta, com as pernas doloridas e uma dor de cabeça insuportável, como se minha cabeça fosse tombar e eu morreria em poucos minutos.

— Olhem! — ouvi Tite gritar com sua voz irritante — É um paraquedas.

— Finalmente. Para quem é? — perguntou Tom

— Para Annie.

Rapidamente me levantei e sai da barraca, em seguida arranquei o pequeno potinho das mãos de Tite, assim voltei para barraca. Na verdade eu não tinha ideia de porque Finnick me mandara isso, mas ajudaria em alguma coisa.

Era um remédio para dor de cabeça, isso mesmo. Eu acabara de pensar nisso e em segundos o remédio já estava em minhas mãos. Finnick me conhecia bem demais. Havia um cartão em cima do pote, o peguei.

Fique viva. Te amo.

Era disso que eu precisava, sabe, para ganhar o dia. Depois de um tempo dentro da arena eu estava precisando mesmo falar com Finnick, mesmo que tenha sido com isso e eu não pudesse mandar nada de volta. Mas de qualquer forma, isso estava de um bom tamanho.

Peguei uma das pílulas rosa e a coloquei na boca, em seguida dei um gole de água e logo o remédio já havia descido. Assim, deitei minha cabeça em cima de minha mochila e fechei os olhos.

xxx

As coisas estão tediosas demais, todos percebemos isso. Logo que acordei, percebi que Tom, Tite e Spenser estavam dormindo. Quero dizer, nunca vi uma edição em que os Carreiristas passavam mais que a metade do dia dormindo.

Provavelmente devo ter falado a coisa cedo demais, porque logo que me junto com Britney para comer uns biscoitos, escuto um canhão. Não sei dizer se estava perto ou longe daqui, mas me deu um pouco de medo.

— Vamos fazer alguma coisa. — disse Britney se levantando, fiz o mesmo

Não sabia a aonde íamos, mas a segui para a direita. O que eu mais conseguia ver era árvores, grandes, finas, pequenas... Tinha de todos os jeitos e tamanhos. Isso estava me cansando um pouco.

Continuamos seguindo reto, mas é nesse momento que eu escuto um berro. Não é um berro de alguma pessoa, mas algo alto, agudo e irritante de se escutar. Não sabia distinguir de onde viera, mas eu tinha quase cem por cento de certeza que viera de alguma das arvores. Paro abruptadamente e Britney olha para mim, revirando os olhos.

— Deve ser um pássaro.

Mas eu sei que não é, porque eu não ficaria paralisada e com medo se escutasse um pássaro. Britney se aproxima de mim com um olhar meio raivoso e me segura pelo ombro, me empurrando na direção que íamos.

— Corre. — falo para Britney

Então, corro feito uma louca, na direção oposta do barulho que ouvi. Galhos pontudos arranham meu rosto, enrosco meus pés em folhas rasteiras, mas continuou correndo do mesmo jeito, com Britney em meus calcanhares. Não sei muito bem para a onde estou indo, mas faço o possível para deixar o acampamento em que estávamos para trás. O suor escorre pelo meu rosto e minha respiração esta fraca.

— Olha lá em cima. — ela sussurra

Logo acima da gente, um enorme ninho de aves. Eram pássaros lindos, todos pareciam um algodão-doce e tinham uma cor rosada, quase como um iogurte de morango. Mas eram assustadores também, com bicos finos e longos, como um espeto.

Eu já havia visto esses pássaros antes, não tinha certeza, mas acho que fora no ultimo Massacre Quartenário, onde o tributo do 12, Haymitch Albernathy, havia sido o vencedor. Esses pássaros pareciam lindos e fofos, mas na realidade eram mortais. Tínhamos que nos apressar para sair daqui.

— A carne deles... Deve ser deliciosa. — Britney fala — Eles são tão fofos. Quero pegá-los, me ajude.

Olho para ela, sem acreditar. Puxo-a, balanço-a e chacoalho seus ombros, e depois de mais um menos dez minutos, ela acorda de seu “transe”. Era isso o que essas aves faziam, elas nos deixavam desacordada, e em poucos segundos nos devorava. Mas ao andarmos, ela acaba pisando num tronco e os pássaros começam a voar em nossa direção.

— Corre! — grito, e em seguida acabo me jogando atrás de uma moite

Esperei um minuto até poder deixar a minha respiração estável, e em seguida olho para onde estávamos, e sufoco um grito. Onde Britney estava, não sobrou nada. Um amontoado de pássaros estava no lugar devorando-a, enquanto ela está aos gritos. Poucos segundos depois eles se dissipam.

Vejo o corpo dela completamente destroçado, um dos pássaros passa à minha frente. Suas penas rosadas com tons azulados estão manchadas do sangue de Britney. Seus olhos pequenos e negros me dão calafrios, e em seus longos bicos ensanguentados, vejo algo que me deixa com ânsia: um dedo.

Tento olhar o que sobrou da garota, e acabo ficando com mais tonturas. Literalmente, sobraram apenas os ossos, e algumas partes de carne. Um de seus olhos está totalmente perfurado, dando vista à suas orbitas vazias. Seus cabelos loiros estão espalhados pelo local. Segundos depois ouço o canhão.

Quero gritar, mas isso é quase impossível, me sinto imóvel. Minhas pernas estão bambas e é como se eu fosse desabar no chão a qualquer momento. Além disso, parece haver borboletas em meu estomago, voando e voando, me deixando com náuseas.

Eu sabia que precisava sair de lá, e depois de alguns minutos, foi isso que fiz. Corri o mais rápido possível para onde estávamos acampados, apesar de não ter ideia para aonde eu iria. Consegui avistar a barraca verde meio chamativa por meio das arvores e continuei em frente, até escutar a voz alta de Tite.

Os garotos estavam sentados em frente à fogueira, enquanto a garota estava dentro de uma das barracas, com um pacote de uva passas nas mãos. Me aproximei deles com os ombros e a cabeça abaixados, não sabia como dar a noticia.

— Oh, e aí Annie? — disse Tom e abriu um sorriso. Respirei fundo — Cadê a Brit?

Tite saiu da barraca e olhou para mim, assim como Spenser que estava com os olhos presos em minha direção.

— Eu... Bom, então.

Todos me olharam e reviraram os olhos, Tite bufou com impaciência.

— Diz logo. — ela suspirou

— Ela morreu. Os pássaros, eles... Eles a picaram. São bestantes, não sei explicar. Tem uma aparência fofinha, mas são mortíferos... Igual aqueles que tinham no Massacre Quartenário, vocês lembram?

Eu estava falando rápido demais, mas acho que eles entenderam tudo.

Tom olhou para meu rosto com uma expressão pálida e em seguida entrou dentro de sua barraca, fechando o zíper e ficando sozinho. Não consigo explicar o que havia acontecido naquele momento, mas senti como se uma parte de Tom havia morrido... Como se Britney fosse sua cara metade.

Tite e Spenser olharam para mim e abaixaram a cabeça, então ele voltou a fazer a fogueira e ela encostou suas costas num tronco, abaixando a cabeça. Os dois demonstravam estar forte, mas eu sabia que se algum deles morressem, os quatro sentiriam. Era isso o que acontecia quando se fazia aliados.

— Então aquele ultimo canhão...?

— Sim, foi ela.

Algumas horas depois já estava anoitecendo. A floresta estava começando a ficar escura e o barulho dos pássaros, corujas e os bichos da noite já começaram a me assustar, era completamente medonho.

Em seguida, logo que o sol acabara de se por, o hino da Capital começou a tocar. A insígnia apareceu logo depois, e me preparei para ver os mortos do dia.

Primeiro apareceu o garoto do 5, que tinha cabelos cacheados e pretos; em seguida, a garota do 9, com cabelos ondulados, ruivos e compridos. Depois, apareceu Matt, com seu rosto magrelo, um olhar vago e um jeitinho de dar pena. Por ultimo, apareceu Britney, com seu rosto de princesa, cabelos loiros e lisos, olhos claros e uma aparência ótima. Somente 4 mortos nesse dia.

Após passar tudo, a insígnia apareceu brilhante no sol e depois desapareceu, deixando a arena em um silencio profundo e um breu.

Resolvi que ia dormir, então dei um gole na garrafa térmica, peguei uma bolacha com gotas de chocolate e entrei na barraca, a onde Tite estava. Acho que ela não gostaria de dormir com Spenser e Tom, que estava de um jeito bem estranho. Além disso, eu era a única garota além dela.

Fechei os olhos, suspirei e descansei a cabeça.

— Você mudou, Finn, muito! — falei e virei o corpo

O garoto pousou os dedos em meu queixo e virou o meu rosto em sua direção, abrindo um sorriso ao me ver. Seus olhos verdes não pareciam o mesmo e antes, quando eram brilhantes e com vida, agora eles não eram nada.

— Estou te esperando faz tempo, podia ter me avisado que ia demorar.

— Desculpe Ann, eu não sabia. Tive algumas coisas para fazer na Capital.

Olhei para ele e revirei os olhos, eu sabia do que ele estava falando. Daquelas amantes que ele tinha por lá. Mas fiz o possível para não falar isso, já que era como um segredo que ele guardava.

Finnick olhou para mim com um sorrisinho torto no rosto e se aproximou mais de meu corpo. Ele me puxou para mais perto de si, então colocou minha cabeça deitada em seu colo, e em seguida passou suas mãos sobre meus cabelos.

— Tinha uma pessoa importante lá, eu não poderia recusar.

— Claro. — revirei os olhos — Toda semana você tem alguém importante, não é? Provavelmente era uma mulher.

— Você sabe, Annie, eu não posso recusar. Não posso simplesmente virar ás costas para a Capital.

Ele sempre vinha com essa desculpa. Mas, falando sério, ele achava que eu era o que? Porque todos deviam me conhecer como a “Annie boazinha”, a “Annie ingênua e bobinha”, mas eu realmente esperava que Finnick não pensasse assim, que ele não fosse como os outros. Mas novamente eu estava errada.

— Você tem que parar de guardar segredos, Finnick. O que você acha que eu sou?

Finnick balançou a cabeça e olhou para baixo, onde eu estava.

— Eu já disse, não posso lhe contar. Você sabe o porquê, me desculpe Annie.

— Chega Finnick. — falei e me levantei bruscamente de seu colo, fazendo voar areia por todo o lado — Cansei. Vai lá com as mulheres da Capital, deve ser maravilhoso ter alguém se jogando em seus braços a todo minuto.

Dito isso, olhei para ele e fui em direção à trilha que nos levava de volta para o centro do Distrito. Podia sentir as lágrimas quentes escorrerem rapidamente sobre minhas bochechas, descendo pelo meu pescoço e parando e minha blusa. Tudo isso era tão estúpido e eu estava me sentindo uma idiota.

— Espere, Annie.

Em minutos senti sua mão quente e pesada sobre meu pulso, e parei. Me virei em sua direção e olhei para ele, que estava parado em minha frente, com um olhar de suplica e um as sobrancelhas arqueadas, como se estivesse esperando uma resposta.

— Eu não posso te contar Annie, mas... — ele olhou para baixo e vi uma pequena lagrima brotar em seu olho esquerdo

— Não se preocupe Finn. — falei e me ajoelhei na areia, ele fez o mesmo

Eu tinha que parar de ser dura com ele, estava sendo tão boba e ridícula. Finn ia praticamente todas as semanas para a Capital e eu quase nunca o via andando por aqui, ele passava o resto do dia na ilha privada em que morava. Eu tinha que pelo menos aproveitar o tempo que ele ficava no Distrito, e eu não estava conseguindo fazer isso muito bem.

— Não vou te abandonar. Prometo.

Toquei a ponta de seu nariz e eu abri um sorriso, em seguida ele passou os braços em volta do meu pescoço e me abraçou. Era tão aconchegante, quente e gostoso, eu me sentia bem perto dele.

— Eu vou ficar aqui com você, para sempre. Não vou a lugar nenhum. — falei e lhe beijei

Acordei e estava tudo tão silencioso e escuro, impossível já estar de manhã. Tite ainda estava dormindo, então tomei cuidado para sair da cabana e não fazer nenhum barulho. Em seguida, abri um pacote de biscoitos e coloquei três na boca. O sonho que tivera havia me deixado com fome.

Nunca poderia esquecer aquele dia. Na verdade, eu não conseguia esquecer nenhum dia que eu tivera com Finnick. Acho que aqui e agora, dentro da arena, as lembranças com ele pareciam voltar à tona cada vez mais rápidas. Era só eu fechar os olhos que vinham tudo de uma vez só.

Me sentei sobre o pote em que guardávamos as comidas e fechei os olhos. Tudo estava silencioso e eu ainda conseguia escutar o barulho das corujas piando em cima de minha cabeça.

Não sabia muito que fazer agora. Não queria voltar á dormir, não queria ter mais sonhos com Finnick. Não queria ficar sozinha nessa floresta, ficar aqui me lembrava da morte de Britney e isso não estava me ajudando... Além disso, parecia estar mais frio o do que ontem, o que me fazia tremer completamente. Meus dentes batiam uns contra os outros e minhas pernas balançavam.

Depois de mais ou menos meia hora, voltei para a barraca. Ainda estava escuro e eu esperava ver um céu claro quando acordasse. Deitei meu corpo e pousei a minha cabeça, em seguida, fechei os olhos novamente.

Pela primeira vez desde que entrei na arena, não sonhei com Finnick. Na verdade, acho que não sonhei com nada, era como se eu estivesse em uma caixa escura e fria. Eu estava sozinha, agachada num canto e tremendo de frio; lagrimas escorriam de meus olhos e eu soluçava.

Não tem ninguém comigo, até que eu vejo uma imagem. Não parece muito nítida e está meio brilhante, mas eu consigo ver cabelos lisos e escuros, grandes bochechas e olhos muito parecidos com os meus. Me aproximou da imagem, colocando minhas mãos sobre seu rosto, não sinto nada. Depois de olhar bem, descubro quem é. É Cherr.

Ela está lá, parada e olhando para mim. Em seguida apareceu outra imagem, é ela, com duas crianças e uma senhora. Não reconheço ninguém, mas a senhora se parece muito com a minha mãe.

Me sento novamente e assisto as imagens balançando e conversando entre si, como se fosse uma novela ou algo assim. Elas estão felizes e as crianças correm, brincam e conversam animadamente. Cherr está fazendo biscoitos, enquanto a senhora – que eu acho ser a minha mãe – está cuidando das criancinhas.

Então, depois de um tempo, eu consigo entender o que estou vendo. É um futuro. Não o meu, e não o das pessoas que estão na minha frente, mas é o que acontecerá caso eu morra. Minha irmã vai crescer, minha mãe vai ficar idosa... Tudo isso apesar da minha morte eminente. A vida delas não mudará nenhum um pouco.

xxx

Acordo sobressaltada. Suor estava escorrendo de minha testa e meu rosto estava molhado, assim como a gola de minha camiseta, que parecia encharcada. Olho para o lado, Tite não está lá, então me levanto, provavelmente já amanheceu.

Ninguém está lá fora, e eu só consigo ver uma grande massa branca cobrindo tudo o que está em minha volta. A neve tomou conta da arena, e provavelmente nossas cabanas eram as únicas que haviam “sobrevivido”.

Não vejo Spenser, Tite ou Tom, então imagino que eles estejam dentro da cabana. Não quero incomodá-los, a única coisa que preciso agora é da voz irritante e chata de Tite. Me sento dentro da cabana e dou um gole na água, até que escuto eles conversando. Admito que a minha curiosidade sempre foi grande, e agora eu precisava escutar a conversa... Eles estavam me excluindo de novo.

— Vamos nos livrar daquilo quando? — escuto a voz de Tite

— Não sei... Temos que esperar um pouco. — fala Spenser — Britney acabou de morrer, estamos meio fracos.

— Não quero esperar mais.. Quero que esses Jogos acabem logo.

— Espera Tite. — escuto a voz grossa e alta de Tom — Annie é uma ótima pessoa, até é gostosa. Vamos esperar mais um pouco e depois matamos ela, está bem?

— Você é um idiota. Mas está bem, matamos ela depois.


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que tenham gostado e pfpfpfpfpfpfpf mande reviews, até o próx. capitulo! :D Xoxo, District 4. And may the odds be ever in your favor.