Slipped Away escrita por Broken
Notas iniciais do capítulo
E agora é definitivo, eu tenho o post compulsivo kkkkk' Espero que gostem, é a minha primeira vinda desse casal.
Link da Música: http://www.kboing.com.br/avril-lavigne/1-1000602/
I hope you can hear me I remember it clearly… The day you slipped away, was the day I found it won't be the same…
Aqueles últimos dias estavam sendo péssimos tempos para aqueles eram nascido-trouxas ou que simplesmente eram puros-sangues que lutavam pelo direito de igualdade, mas mesmo naqueles tempos aquilo que as pessoas chamam de amor continuava a proliferar entre os corações puros.
Na casa que aparentemente estava vazia e completamente abandonada devido ao seu estado (que não passava de uma forma de não atrair comensais até ali), havia um cômodo com as luzes acessas. Dentro chegava a ser organizado, a lareira estava acessa, o som da madeira sendo queimada era escutado com o dobro de seu volume normal devido ao eco ali presente.
O casal que ocupava a casa estava naquela sala, cada um sentando de um lado do sofá. Ele tinha uma aparência doentia, loiro de olhos cinza, o jovem fitava o chão para evitar olhar para a garota a sua frente, que também era loira, porém de olhos azuis, com uma aparência bela, exalava uma saúde e felicidade que mantinha rastro até mesmo quando não estava bem, como no momento.
- Você está terminando comigo? – ela perguntou com a voz embargada. – Responda-me, Remus!
- Dorcas isso...
- Não me venha com aquela história de que será para o meu bem! – Dorcas interferiu.
- Mas é a verdade! – Remus disse fitando a garota. – Olha, Dorcas – ele aproximou-se dela de modo que pudesse segurar as mãos delas e fitar os seus olhos azuis -, eu sou um lobisomem, e se você-sabe-quem descobre isso, ele vai tentar me usar para te... – ele engoliu em seco – matar.
- Eu não me importo, Rem! – Dorcas gritou. – Você nunca fez isso antes, porque faria agora?
- Você não entende...
- Então me explica! Explica-me o porquê de você estar se portando como um menininho assustado. O porquê de querer me afastar de você.
Dorcas já não se importava com as lágrimas que rolavam por sua face alva.
- Pelo simples fato de que te amo! – Remus gritou. – E eu não quero te perder, por isso eu estou te mandando para a França, ele nunca vai te procurar por lá.
- Eu prefiro ficar aqui, ao seu lado, lutando por dias melhores, pois o mal só vence se o bem permiti – Dorcas sussurrou.
- Dorcas, se você me ama, vá! Fique salva, porque eu simplesmente não posso dormir sabendo que você corre perigo ao meu lado – Remus controlava o máximo que podia sua voz. – Fique com a sua família.
Dorcas pôs de pé e limpou as lágrimas enquanto dirigia-se a porta.
- Agora você pode dormir tranquilamente, Lupin – Dorcas disse em tom frio. – Eu irei assim como quer, ah, e antes que eu me esqueça – ela removeu o anel de ouro com uma rubi no meio e o entregou para Remus. – Acho melhor ficar com ele – Dorcas disse fitando o anel com lágrimas, aquele era o seu anel de noivado com Remus.
- Dorcas... – Remus chamou de modo que pudesse se desculpar com um simples olhar, ele a segurava pelo pulso, porém esta se soltou.
- Não, Remus – e dizendo isto ela saiu pela porta de entrada, com lágrimas silenciosas cortando caminho por sua face e ali mesmo no hall ela aparatou para aonde os seus familiares estavam.
Remus continuava parado ali, fitando a aliança de Dorcas, ele a depositou dentro de seu bolso dizendo:
- Acho que será o melhor para você, Meadowes.
[...]
Dias haviam se passado, mas ambos simplesmente não conseguiam esquecer o que sentiam.
Remus continuava a pensar no dia que ela se foi e ele sabia que se volta-se a vê-la nada mais seria o mesmo.
Em seu quarto, Dorcas ficava pensando que não conseguiu ao menos ter uma despedida descente, ela sentia-se mal todo dia, mas hoje... Hoje estava com a estranha sensação de que algo ruim iria acontecer, e em seu interior desejou que Remus estivesse ali, mas ele não estava, agora seria apenas ela.
A loira foi tirada de seus pensamentos por barulhos vindos do andar de baixo. Aparatações? Foi o que pareceu, mas quem seria? Depois feitiços, eram como se uma guerra estivesse acontecendo no andar de baixo, suas ideias foram quase que comprovadas ao ouvir o barulho de objetos sendo quebrados gritos e por fim, silencio.
Ela rapidamente levantou-se do parapeito do quarto e pegou a sua varinha e tentou produzir um patrono descente, mas o resultado que obtivera fora apenas um borrão daquilo que era o seu canário.
- Vá até a sede da Ordem e diga: “Comensais invadiram a minha casa”.
Dorcas estava impossibilitada de fazer qualquer feitiço, enquanto o seu patrono não regressasse. Ela tratou de esconder-se no armário e ali ficou por alguns... Segundos? Então ela lembrou-se de seus pais. Ela desceu as escadas o mais rápido que podia, sem ao menos se importar com o barulho que fazia.
- Mãe? Pai?
Seus olhos encheram-se ao ver os corpos de seus pais jazidos ali, naquela sala, ele falara que o Lord não viria a encontrar ali, mas ele a encontrou, a prova era a que seus pais estavam mortos.
Dorcas aproximou-se dos corpos e tocou a face de cada um.
- Eu sinto muito... – ela desculpava-se mesmo sem saber ao certo o porquê.
- Olá, Srta. Meadowes – uma voz sibilou a suas costas.
Dorcas virou-se instantaneamente.
- Você – rosnou.
- Isso, eu – Voldemort respondeu com seu sorriso de escárnio.
- Você os matou!
- Eu lhe avisei o que aconteceria caso não viesse para o meu lado – Voldemort disse.
- Eu prefiro morrer a fazer isso! – Dorcas gritou.
- Que seja como deseja – os olhos de Dorcas arregalaram-se. – Avada Kedavra!
A última coisa que viu fora o lampejo verde vindo ao seu encontro, e então o seu corpo caíra no chão, tal como os de seus pais.
[...]
Remus aparatara o mais rápido que possível na casa dos Meadowes na França após receber o patrono de Dorcas, que ele tinha certeza que não foi destinado a ele, mas não lhe importava.
Ao chegar no local deparou-se com tudo muito silencioso, por isso entrou com a varinha em punho, alarmado para tudo... Quer dizer, quase tudo.
- Dorcas? – chamou ao ver a garota ali no chão.
A princípio achou que esta estava desmaiada, mas ao aproximar-se e virar a garota de modo que pudesse ver sua face, viu suas orbes azuis fitando o nada.
- Dorcas! – gritou com lágrimas caindo e indo ao encontro do rosto da garota em seus braços.
- Não! – gritou. – É minha culpa! Eu não devia ter deixado você vir! Eu não devia ter mandado você vir!
Ele acariciava a face da garota quando resolveu que já era hora de voltar para a sede, ele a tomou em seus braços como já fizeram milhares de vezes antes, quando ela ainda estava sorrindo para ele.
Seus olhos estavam demonstrando frieza, suas lágrimas queria demonstrar a sua dor, mas ele ainda aparatou, por algum motivo ele conseguiu, tinha forças ao menos para fazer isso.
[...]
No cemitério, Remus foi o último à colocar sua rosa, que ao contrário das demais rosas brancas, era vermelha tal como o sangue, representando o seu amor por ela.
- Sentirei sua falta – disse com a voz magoada ao ver a terra sendo posta sobre o caixão e saiu dali.
Em seus olhos viam-se dor, mas em seus pensamentos ele a via saindo por aquela porta, para agora, nunca mais voltar, pois agora ela foi para um lugar que ele não podia trazê-la de volta. Ele a perdera para sempre.
Now you're gone there you're go somewhere I can't bring you back…
I miss you
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