F R A G I L E escrita por Scorpion


Capítulo 13
13. Ciúmes.


Notas iniciais do capítulo

Olá coisas lindas a preciosas da minha vida *-*
Como você estao? Enfim... Eu perguntei ontem sobre o palpite da idade deles. Alguem quer opinar? Ninguem acertou ainda. HM Amanha vocês descobrem, anyway. IUAHSIUDSHIUDSHUI
Aproveitem o capitulo, não surtem como a Líís pelo nome do capitulo, ok?
Cheeeeeeeeeeeiro! ♥_♥



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13. Ciúmes.


Bem-vindo?

Que bonita palavra. Nunca imaginei o que esta simples palavra escrita sobre os tapetes nas entradas das casas poderia fazer comigo.

Porque Frank Iero me convidou a sua vida, me recebeu com gosto e meu ser acabou de assimilar. O que significou de verdade esse “bem-vindo”?

Me perguntei logo depois de vê-lo ir embora. Se vestiu em silencio e beijou meus lábios por ultima vez. Não perguntei. Não falamos. Minha garganta fecha em frente a ele e meu cérebro não funciona. “Estragos do amor” digo a mim mesmo como consolo.

Em todo caso não tivemos tempo para esclarecer, simplesmente me sinto feliz porque já estamos a três dias depois do “Bem-vindo”. Nos vemos em Black Rose as duas da manha. Quando Frank termina seu programa e juntos procuramos vitimas, mas eu já não encontro o sentido se o tenho ao meu lado.

Só me deixou levar ao quarto escuro por pedido dele. Só deixo que peguem meu membro com a boca para que ele me veja gemer com suavidade.

Depois tomamos uns drinks, dançamos um pouco mais e vamos ao seu apartamento.

Nos perdemos em rítmicas caricias e fazemos amor até o amanhecer.

Mas tenho que entrar cedo para trabalhar e sempre saio antes que ele abra os olhos. Chego ao meu apartamento e entro com roupa e tudo na água fria para poder acordar. Durmo apenas poucas horas por dias e as olheiras que cobrem meu rosto são mais que visíveis.

Um deplorável estado físico que não dá espaço á imaginação sobre meu estado anêmico. Estou tão feliz que dói. Estou tão apaixonado que me dá raiva pensar todo dia nele. Estou tão vulnerável...

-Gerard, olha pra você! –Minha mãe acaba de entrar e eu tenho que deixar minha obra de arte em tinta azul.

-Donna, você me assustou!

Minha mãe segura minhas bochechas e beija minha testa.

-Você está horrível filho.

-Eu também te amo, mamãe. –Respondo e novamente me deixo cair sobre a cadeira d emadeira.

-Quando você irá ao hospital?

-Fui a uns dias. –Menti.

-Te disse para me avisar.

Levantei meus ombros e lhe neguei os olhos. Não queria ir ao hospital. Não mais. Minhas doses eram semanais, e ainda sobrava bastante fato para todo o mês. Não havia necessidade de fazer mais testes. Eu sei me cuidar. Eu posso me cuidar.

Não quero me decepcionar mais.

-Como está?

A olhava. Avaliador. Não tinha intenção de comentar nada, mas minha boca não obedece e sempre esqueço de pensar antes de falar.

-Bem, voltei a me encontrar com Frank e sou muito feliz.

Acho que precisava dizer para alguém. Mas minha mãe não reagiu da melhor forma, e sem se despedir simplesmente saiu.

Suspirei. Havia me afastado de tudo, todos.

Em pouco tempo... Tudo se tornou... Tão diferente...

“E no final... Valerá apena?”

-Olá Gee! –Chegou abrindo a porta com emoção fazendo com que esta batesse contra a parede. Saltei um pouco de minha cadeira de madeira e apenas levantei o olhar, tive Frank sentado em cima de mim com uma perna de cada lado do meu corpo e suas mãos atrás de meu pescoço.

-Frankie... –Sorri. Ele também o fez e depois me beijou.

-Odeio quando me chamam de Frankie. –Explicou quando nossas testas estavam únicas e  roçar entre o nariz de um no outro era constante. –Bob me chama assim para me chatear. Mas quando você o fala é...

-Não deixarei de te chamar assim mesmo que me peça.

-Não ia pedir.

Sorri e voltei a beija-lo. Sua voz me parecia tão terna e inocente, com um toque de entusiasmo não confirmado, mas que brilhava nesses redondos olhos resplandecentes. O abracei pela cintura e o ajustei melhor sobre mim. Ter seu corpo sobre o meu era uma aquecida e excitante sensação.

Envoltos em um apertado abraço nos ficamos os seguintes instantes. Ele apoiando sua cabeça em meu ombro e eu afundando o rosto em seu pescoço aspirando seu aroma e sentindo seu suave peito levantar-se ao compasso de sua respiração tranquila.

-Quero que me acompanhe. –Sussurrou de repente.

-Para onde? Quando?

-Agora. Uma reunião com meu sócio e chefe. –Suspirou. –É hoje as seis da tarde. Me disseram que era para confirmar minha mudança de horário.

Me separei dele e o olhei nos olhos.

-Sim. Pensei em mudar o horário e fazer um novo programa pela manha, algum trabalho criativo pelas tardes e romance a meia noite só nos finais de semana...

Meu peito queria explodir. Ansiosas borboletas queriam sair de meu interior, mas o impedimento que minha pele fazia só fazia com que sentisse sua revolta me fazendo rir de felicidade. Meus olhos brilharam com pequenos flashes.

-Gerard? O que houve?

Neguei com a cabeça.

Para minha perturbada mente era um alivio que houvesse tomado essa decisão.

Para meu teimoso coração significava que era a oportunidade para estamos juntos.

Minha maltratada esperança teve a ideia, talvez errônea, de que ele havia feito por mim, para que nossos horários combinassem. Mas o motivo não importa, só importa que ele esteja comiga, e disso eu me encarrego.

-Você é assustador. –Sorri abraçando-me ao seu pescoço puxando-o mais contra meu corpo. –E te amo Frankie.

-Cale-se...

Voltamos a nos beijar. Luta entre língua, lábios e saliva.

Mãos que se agarravam ao corpo do outro, respirações cruzadas e respirações aceleradas.

Entendi o jogo de Frank. Não há palavras clichês que valha, o melhor são as ações.

“Com ações me ajuda a entender o que é que sente por mim.”

-Querido!

Novamente a porta se abre estrepitosamente. Frank afasta seus lábios dos meus, mas seu corpo continua sobre mim e suas mãos continuam acariciando minhas costas.

A campainha deixa de soar e Ray asfixia seu sorriso ao me encontrar em tal “postura”.

-Oh... Olá... Ray. –Desviei o olhar. Deixei meus braços caírem um de cada lado da cadeira e senti a acumulação de sangue em minhas bochechas.

-Ele é Ray? –sussurrou meu locutor de cabelos pretos abraçando-se, estranhamente, mais em mim.

Assenti com a cabeça.

-Ele é Frank? –Voltei a assentir com a cabeça e logo em senti fora de lugar.

Ray se aproximou mais de nós e Frank se apertou mais a mim sem deixar de olhar meu amigo alto. Meu melhor amigo o olhava com desprezo enquanto Frankie correspondia o olhar lançando a ele um de aborrecimento e algo que me pareceu com asco quando fez aquele torcer de lábios.

-Vamos logo Gee? –Falou o homem que ocupava meu colo.

Frank esfregou seu nariz contra minha bochecha quebrando o contato de olhares e fazendo que meu rosto ardesse mais de vergonha porque Ray não deixava de me olhar com aquele gesto de reprovação.

-Sim, eu... Me... Me deixa ficar de pé?

-Oh! –Exclamou com inocência e se colocou de pé. –Me desculpe Gee. –Sorriu.

Não entendia. E preferia continuar abraçado a ele, mas Ray me olhava com raiva e Frank não demorava em responde por mim aquele olhar. Frank nunca se portava tão carinhoso e terno comigo...

-Vamos Gee... –Pegou minha mão. Entrelaçar nossos dedos foi como uma corrente elétrica que se apoderou de todo meu corpo. Minhas pernas bambearam e minha garganta se fechou.

-Frank... –Tremia. –Não... Não posso ir... Não posso deixar a... Livraria...

-Por favor... –Soltou minha mão e se agarrou a minha jaqueta. –Só por hoje. Te pagarei o dia que perderá por minha culpa!

Minhas bochechas se acenderam. Senti meus punhos se fecharem e desviei o olhar. Me pagar? Quem ele acha que sou?

Me afastei desse contato.

-Gerard...

Olheu em direção a essa voz. Ali estava Ray. Meu amigo. Meu grande amigo. Meu melhor amigo.

-Ray... –Sussurrei. –Po... Poderia cuidar da livraria por mim? –Sorri com encanto e Ray me segurou pelo pescoço.

-Idiota! Não me peça isso! –Segurei seus braços para que não me asfixiasse.

-Ray...

-Não me peça para fazer a vontade dele! Não faça!

-Gerard é velho para tomar suas próprias decisões. –De pé ao nosso lado Frank falou. Seus olhos amendoados brilharam com paixão. Logo as mãos de Ray abandonaram meu pescoço escorregando por meu peito. –Eu sou parte de sua vida, e nem você nem ninguém vai poder evitar.

Um sorriso autossuficiente e foi tudo o que Ray precisou para se afastar de mim e se atirar sobre Frank com o punho fechado. Tentei alcança-lo. Frank tentou esquivar. Mas um porto soco se cravou na maçã esquerda do rosto de Frankie, bem embaixo de seu olho.

-Ray! –Gritei com um monte de sentimentos se amontoando em minha garganta. Minha voz se quebrou e minhas pernas reagiram correndo para seu lado. Frank mantinha sua mão na bochecha acertada e com o olhar no chão. Ao querer toca-lo ele segurou meu rosto antes e limpou minhas lagrimas. –Frank... –Sussurrei olhando o com olhos de pena. Vi a marca vermelha manchando o perfeito rosto e a vontade de mandar ao diabo tudo e a todos voltou.

-Hey... Não chore. –Limpou meu rosto. –Quer ir embora?

Assenti com a cabeça. Não queria estar ali, com Ray, com o amigo que não entende que machucando a pessoa que eu amo estaria me machucando.

-Gerard...

-Ray...

Nos olhamos uns instantes e logo senti a mão de Frank se fechar contra a minha.

-Gerard, eu, me desculpe mas...

-Poderia fechar a livraria por mim? –Perguntei com um sorriso. Não queria me quebrar mais. Não queria odia-lo. Não podia.

-Sim.

-Nos vemos logo Ray.

-Até logo.

E beijou minha bochecha. Um inocente beijo que me fez sentir culpado e traído ao mesmo tempo.

Sai segurando sua mão. Pegamos o carro e ele fechou minha porta.

Quando o motor já estava em movimento senti a queda de uma silenciosa lagrima.

O que havia sido aquilo?

Olhei para Frank tão absorto e concentrado em continuar dirigindo. Por que se comportou tão atencioso comigo em frente a Ray? Por que foi tão terno?

Por que queria me levar?

Iríamos a um evento com seu chefe, não deveria levar seu parceiro?

Parceiro?

Eu... Parceiro de Frank Iero.

Sorri.

-Seu amigo é um homem das cavernas, e não só pelo cabelo. –Disse sem me olhar. –Doeu bastante.

Abaixei o olhar.

-Ray... É um pouco agressivo. Desculpe.

-Agressivo e ciumento. -Franziu o cenho.

-Ci... Ciumento...? –Murmurei mais para mim do que para meu acompanhante.

“Será por acaso que Frankie estava com ciúmes?”

Entendo o comportamento de meu amigo. Para ele meu locutor é uma merda feita de ser humano.  Mas ele... Que motivos tinha para ficar assim? Porque a batalha de olhares ao sabe que era Ray que estava em nossa frente?

-Ci-ú-mes...

Ri divertido com suavidade.

-Ciúmes... –Murmurei.

* * *

Chegamos ao lindo são cor de perola. E no instante em que coloquei os pés ali me senti incrivelmente intimidado e mal vestido. Ainda que Frank estivesse em igual condições que eu continuava mantendo a mesma segurança admirável de sempre.

-Eu... –Sussurrei parando de andar.

-Huh?

-Me sinto deslocado... –Abaixei o olhar.

-Em frente a esses caras? Gerard, em comparação a eles você é magnífico. Em comparação a muita gente, acredite.

Isso foi um elogio, verdade?

Minha mente pode me enganar e me fazer criar ilusões, mas Frank sorri e sei que tudo é verdade. Sorrio de volta e caminho junto a ele com confiança.

Muitos homens se aproximam de Frank, ele os cumprimenta com cortesia e pouco a pouco vai se afastando de mim. Se perde entre murmúrios e figuras difusas, eu fico estático de pé ao lado da porta olhando abobado o mundo que meu Frankie pertence. Homens de paletó que tomam champanhe, mulheres com longos vestidos e senhores com elegantes cigarros em seus lábios. Murmúrios e risadas abafados. Todo um mundo de aparência e falsidade.

Mas Frank se resalta. Com jeans e o cabelo bagunçado Frank parecia mais imponente e lindo que qualquer outro. Desço o olhar e suspiro. O que faço aqui? O melhor que poderia fazer seria sair dali e me fechar em meu apartamento até que seja a hora de ir a Black Rose. Mas não me atrevo.

Fragilidade...

Minha eterna amiga, cúmplice e inimiga.

Uma taça se coloca em frente a mim. O champanhe brilha em um tom dourado e frio. Uma mão tatuada me a oferece e com pressa pego a taça. Frank surge em minhas costas e um olhar chateado é o único que distingo.

Me proponho a falar e lhe pedir para irmos, preparo meu olhar doido, mas uma voz em minhas costas se adianta.

-Frank Iero! Que bom que decidiu vir. Em alguns instante é a nomeação oficial do novo programa e, bom, precisamos de você lá em cima.

Virei e vi um homem de meia idade, barba e bigode. Olhos marrons e cabelo preto encaracolado. Uma grande massa corporal sobressaindo de sua elegante calça azul e gravata amarela.

-Bem, vamos daqui a pouco, Jake.

-Oh, você trouxe um parceiro? –O homem me olhou com zombaria. –Jacob McGregor, mas pode me chamar de Jake. –Ofereceu sua mão, a segurei e apertei por instantes.

-Ele é o Gerard.

-Gerard Way. –Corrigi depois da surpresa inicial de escutar Frank pronunciar meu nome em frente a alguém. Me parecia tão... Bom...

“-Quem é?
-Ninguém”

Que distantes e irreais soavam aquelas palavras no meu ninho de recordações...

-Olha, é uma grande surpresa ver Frankie com um parceiro.

-Eu...

-Cale-se. –Murmurou com uma voz seria o locutor. Soltei a mão e vi o rosto corado de meu Frankie e o cenho franzido. –Não tem que preparar um discurso Jake?

O homem se foi assentindo. Não sei porque o discurso parecia muito interessante ou porque, como eu, teve medo do olhar frio que lançava o de cabelos pretos.

Passou a noite e Frank recebeu sua nomeação como locutor oficial. Apresentaram novos programas e ideias para a estação. No fim meu corpo tinha cinco taças de champanhe e um tédio total. Quando Frank enfim desceu do palanque se aproximou de mim com um sorriso e sem se importar com os elegantemente vestidos presente me segurou pela cintura e me beijou. Respondi com inocência como todas as vezes em que seus lábios me tomavam e  quando nossa respiração acabou nos separamos apenas alguns milímetros.

-Vamos para Black Rose. –Não foi uma pergunta, foi uma afirmação mas eu não me importei e assenti com o olhar.

Ao nos separarmos todos os olhares estavam em nós. Meu rosto ficou vermelho de vergonha e abaixei o olhar com medo. Escutava suas ofensas e as lagrimas queriam sair. Mas senti um calor. Seu braço atravessou meu corpo e cobriu meus ombros. Frank olhava em todas as direções enquanto abraçava com mais força meu corpo contra o seu.

Um pé fora do salão e meu tato o queimou, ou isso eu pensei pois ele me afastou subitamente. Entrei no carro e enquanto nos dirigíamos a esse inebriante clube minha mente pensava em Frank, para variar.

“Vamos, é uma grande surpresa ver Frankie com um parceiro”

Parceiro.

Acabamos de nos comportar como um casal?

Quando Frank está rodeado de pessoas se comporta de um modo muito diferente comigo. É atencioso, terno, cavalheiros e sem vergonha.

Quando estamos só não fala comigo, apenas me olha. Não me toca mais do que para fazer amor.

Porque tem que mostrar aos demais e não a mim?

Porque tem medo de mim? Porque mente pra mim?

“Sou parte de uma de suas mil farsas?”

Vamos ao seu apartamento.

Nu em seu quarto gemo seu nome enquanto ele investe com força. As gotas de suor escorrem por sua testa e seus lábios me sorriem.

Mantenho os olhos semicerrados. Ele não me permite que os feche.

Um ultimo grito e caímos em êxtase.

-Isso que eu chamo de celebrar...

Sua voz cínica. Seu horrível riso hipnótico.

Maldito Frank Iero farsante.

“Sou o entretenimento grátis?”

E apesar de tudo, igual a um mosquito seguindo a luz, te seguirei sem me importar se me levará a ruína...

Não sei, não sei, não sei
Quantos sabem de mim
Mas eu posso deixar passar
E permito que me leve
Pouco importa o que faça de mim(*)

(*)Te Digo Amor - Miguel Bosé


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Notas finais do capítulo

IAUSDHIADUSHAUI Vai... Eu sei que cês já tão putas com esses começos legais e fins "tristes", com esses começos ruins e fins "legais", mas, ok. O capitulo é um dos meu preferidos! *0*