Confissões De Um Vampiro: Corpo E Sangue escrita por AléxiaDuarte


Capítulo 12
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Chore! Ninguém é obrigado a ser "forte" o tempo inteiro.



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Julliét estava com uma cara de espanto enquanto fitava Vallentina com aqueles olhos azuis cheios de medo, quando começaram a transbordar de lagrimas.

- Quantos anos você tem?

Foi a única coisa que Julliét disse o que deixou Vallentina um tanto estérica por dentro a ponto de um colapso.

- Fiz desseseis, mas, por quê? Perguntou Vallentina tentando se estabilizar, mais não conseguindo.

Julliét soltou um longo suspiro, que nunca foi sinal de coisa boa.

- É simples você esta fazendo a transição, de humana, para bruxa e logo depois de bruxa para hibrida, metade bruxa metade vampira, como eu.

Vallentina respirou fundo tentando digerir o que acabou de ouvir.

- Bruxa? Porque bruxa? Não entendo.

Julliét pensou um pouco antes de responder e ficou olhando a reação de Vallentina.

- Sabe algo sobre sua mãe Vallentina?

- Não, só que ela me abandonou. – Vallentina levou a xícara ate a boca e bebeu um pouco do chá. – Por quê?

Julliét balançou a cabeça e ergueu uma das sobrancelhas e seu rosto transbordava indignação.

- Sua mãe não te abandonou, ela simplesmente não teve escolha. – Julliét olhava para Vallentina ainda tentando voltar ao seu estado calmo, mais a verdade é que ela se sentia atingida pela acusação, sabia que Vallentina era a coisa mais preciosa da vida de Désirée.

- Como não teve escolha? Todos têm escolhas. – Vallentina disse tentado assimilar as coisas.

- Olha Vallentina, vampiros e bruxas não dão certo, e uma das regras do mundo das bruxas é que se uma bruxa engravida de um vampiro, ela tem duas escolhas. Ela pode abortar o bebe ou ela tem o bebe e é exilada. Agora chuta o que sua mãe escolheu.

Vallentina deixou uma lagrima escorrer por seus olhos, todo esse tempo odiando sua mãe, odiando o que ela fez e tudo não passava de uma mentira, sua mãe a amava e escolheu que ela vivesse ao ter que abortá-la.

- Quem é minha mãe? Me fala, por favor. – Os olhos de Vallentina já não suportavam as lagrimas que caiam Julliét a olhou sentindo uma enorme vontade de abraçá-la.

- É Désirée Mayfair. Se quiser eu te levo ate ela.

 Os olhos de Julliét eram cheio de carrinho e ternura, um olhar que a muito tempo ela não usava, um olhar que ela tinha banido da sua vida a muito tempo atrás , mais ela se vira em Vallentina , os mesmos medos e inseguranças. Vallentina colocou a xícara sobre a mesa e se levantou.

- Então vamos! Disse             Vallentina fitando Julliét.

- Do jeito que você esta, não mesmo, sua mãe vai achar que eu te bati. Vem vou te emprestar um vestido.

Vallentina apenas concordou com a cabeça e seguiu Julliét ate o quarto. Julliét abriu o guarda roupas e retirou um vestido azul com alguns detalhes em preto e entregou Vallentina e logo depois pegou um par de sapatilhas pretas e a entregou também. Vallentina entrou no banheiro e trocou a roupa aproveitando para lavar o rosto, logo depois saiu do banheiro fitando Julliét, que fez sinal para que ela se sentasse na cadeira. Julliét penteava os cabelos de Vallentina com mais calma possível. Aquela sensação fez com que o coração da garota se alegrasse de uma forma incrível , ela nunca tinha ganhado tanto amor assim , tanto carinho. Julliét se sentiu feliz ao ver que Vallentina estava feliz, ela sempre sonhou ter uma filha, sonho que foi roubado quando ela foi transformada em vampira.

- Agora vamos. – Disse Julliét ajeitando os cabelos de Vallentina sobre os ombros.

- Como? Agente não vai de andando não né?

Julliét riu e depois fitou Vallentina ainda sorrindo.

- Claro que não, agente vai pegar o carro de Williams. Julliét disse se dirigindo a escada e a descendo.

- Mais e se ele precisar do carro? Perguntou Vallentina se sentindo um pouco ansiosa para ver a mãe.

- Ele rouba um. Agora vamos.

Julliét chegou a porta da frente e a abriu esperando Vallentina passar por ela. Julliét trancou a porta e se virou para Vallentina. Indo em direção a garagem ao lado da casa. Julliét entrou e se deparou com o carro de Williams e com outro carro do lado. Um conversível preto com a capota já abaixada e um bilhete sobre o capo.

“ Não sei o que você esta aprontando,

mas sei que precisa de um carro para se locomover,

 então esse é meu presente de aniversario adiantado , espero que goste

Com amor Williams. ”

Julliét sorriu e percebeu a chave abaixo do lugar onde o bilhete estava então a pegou e ligou o carro. E não havia como negar Julliét havia adorado o presente. Julliét abriu o portão da garagem e saiu com ele e logo Vallentina entrou nele.

- Porque vampiros gostam tanto de coisas caras? Perguntou Vallentina observando o carro de Julliét.

- Não sei , Williams acaba de me dar de presente de aniversario, alias que dia é hoje? Perguntou Julliét percebendo que não fazia idéia de que dia do mês era, ela só sabia que hoje era sábado.

- Hoje são vinte e cinco de março de 2010 , porque ?

Julliét sorriu de canto entrando na estrada e acelerando o carro fazendo com que Vallentina se segurasse.

- Amanha é meu aniversario.

Vallentina sorriu enquanto observava as casas de fazenda que passavam como um raio, com a velocidade em que Julliét dirigia.

- Ei , o limite é 60 não 180 ta ? Disse Vallentina com os olhos arregalados. – Eu ainda posso morrer!

Julliét apenas sorriu e cantou pneu enquanto entrava em uma casa de fazenda.

- Ai, ai, você ta parecendo o Williams. Já disse que adoro regras?

- Eu to percebendo.

Julliét diminuiu a velocidade ao parar em frente a casa.

- Ela já sabe que eu to aqui.

Disse Julliét enquanto saia do carro Vallentina fez o mesmo, e caminhou junto de Julliét ate a porta, que antes de Julliét bater se abriu e uma bela moça abriu a porta, suas semelhanças assustaram Vallentina, a cor da pele, o cabelo, o sorriso, a moça era praticamente seu reflexo.

- Vallentina essa é Désirée sua mãe.

Os olhos de Désirée estavam cheios de lagrimas enquanto fitava a garota que estava a olhando dos pés a cabeça. Vallentina se jogou nos braços de Désirée e as duas começaram a chorar. Julliét apenas sorriu e sentiu como se tivesse cumprido sua missão.

- Bom garotas acho melhor deixar vocês a sós, então eu v ola pra cima dormir um pouco. – Disse Julliét indo em direção a cozinha e depois subindo as escadas.

Désirée levou Vallentina ate a sala e se sentou de frente para a filha, passando a mão em seus cabelos e depois sorrindo de leve.


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Notas finais do capítulo

Gente , tão gostando , se estão , comentem plix *-*



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