Witch escrita por MFreeak


Capítulo 16
Capítulo 15: Sarah Montgomery (Parte 1)


Notas iniciais do capítulo

ATUALIZAÇÕES E NOVIDADES SOBRE ''Witch'' NAS NOTAS FINAIS, LEIAM POR FAVOR
PS: Espero q gostem do cap, parte dois em breve



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                            ''Século XVI, 1 de Outubro de 1673''

Ouço cantorias, uma voz suave e aconchegante, mexe comigo, me deixa quentinha, confortável, com sono e calma. Mamãe. Mamãe está comigo em seus braços.

A lareira queimando aquecia e iluminava o local junto com as velas. Minhas irmãzinhas, Ann e Abigail estavam dormindo em suas camas na parte de cima da casa, minha avó está dormindo também. Mamãe está me segurando em seus braços, balançando de um lado para o outro, sentada em sua cadeira de balanço na sala. Nasci há duas horas. Minha avó fez o parto na minha mãe, ela limpou minha mãe, e minha mãe me limpou. Mamãe escolheu meu nome, Sarah.

                                                 

                                                  ***~o~***

Tenho 1 ano de idade, minha irmã Abigail tem 3 e a minha irmã Ann também. Minha mãe teve outro bebê, o nome dela é Elizabeth, mas nós chamamos ela de Betty. Papai não estava mais perto de nós.

É muito esquisito quando ele está em casa, mamãe ficava calada. Escondia algumas velas coloridas, escondia uma faca estranha também, escondia uma mesinha bem bonitinha, com uma escultura pequena de uma mulher com uma barriga bem grande, e uns colares com umas estrelas engraçadas. Mamãe brincava de esconde esconde com agente de vez em quando, ela fazia isso quando papai chegava, andando entranho, falando estranho, e batendo na mamãe. Mamãe sentia muita dor. Quando isso acontecia, ela pedia para agente se esconder. Abigail e Ann sempre ficavam abraçadas comigo e minha nova irmãzinha Betty. Elas não sabiam brincar direito de esconde-esconde.

                                                 ***~~o~~***

Tenho três anos de idade, mamãe teve uma outra bebezinha. O nome dela é Maria, e ela chora muito. Elizabeth agora tem dois aninhos, e a Abigail e Ann tem cinco. Quando vóvó ia na nossa casa, Abigail ia sempre cozinhar com ela. Embora precise melhorar um pouco na carne, mas no resto está bom. Ann sempre ficava escrevendo. Ela amava desenhar também. Betty amava cantar, toda hora ela ficava cantando a canção que a mamãe cantava pra gente. Quando vovó tava em casa, ela dizia que o vento que via da esquerda disse pra ela que o papai era do mal. Vóvó era baixa, com os cabelos longos e brancos como a lua cheia que íam até as coxas, ela tinha os olhos azuis da cor do crepúsculo. Ela sempre usava um manto com capuz negro, uma saia redonda cinza, e uma blusa laranja escura, com panos negros e roxos. Mamãe era alta e tinha cabelos castanhos. Era alta, com bochechas rosadas e olhos cor de esmeralda, seus cabelos eram longos e brilhantes que íam até os quadris. Ela andava com uma manto com capuz vermelho vinho, uma saia redonda laranja clara, com alguns véus rosas claros, e uma camisa azul claro. Mamãe era linda e tinha cheiro de rosas. Abigail era alta, tinha cabelos castanhos claros, e olhos castanhos claros, puxados do papai. Ela tinha um vestidinho amarelo que não parava de usar, Ann, tinha os cabelos negros e olhos castanhos, tinha um vestido vermelho claro, desbotado nas pontas. Eu tinha os cabelos pretos, bem pretos, e olhos azuis. Quando eu nasci, papai brigou com a mamãe dizendo que ela era uma... ''puta'' vóvó disse que essa era uma palavra feia que homens malvados falavam, eu tinha um vestido azul desbotado nos tornozelos, com mangas curtas. Betty tinha os cabelos loiros e olhos verdes claros, quando ela nasceu papai bateu muito na mamãe, e vóvó disse que coisas ruins iriam acontecer com ele se continuasse. Ela amava usar o vestido rosa que vóvó deu pra ela, ela tinha uma tiara feita de rosas muito cheirosas. Maria tinha cabelos castanhos e olhos verdes musgo, usava uma manta verde, e ficava na cama dormindo o tempo todo. Ann vivia pegando ela no colo e brincando de pular bem alto, pra ver se conseguia voar.

                                                ***~~o~~***

Vóvó deu pra Ann e Abigail umas vassouras feitas com galhos grandes finos e cheirosos quando elas completaram treze anos. Vóvó pediu pra Abigail desenhar uma estrela engraçada que mamãe sempre usava por dentro da blusa, e pra colocar um triângulo com um traço no meio. E pra Ann, a estrela engraçada um um triângulo normal. Abigail tinha uma fita amarela amarrada nas cerdas, dos galhos cheirosos, e os da Ann tinha uma fita vermelha. Elas ganharam um colar com a mesma estrela, uma capa preta e um chapéu pontuuuuudo e preto, ganharam também um pote que tinha até nome ''caldeirão'' disse que iam poder fazer bebidas pra ajudar em várias situações. Elas brincavam de pular na vassoura, era uma brincadeira que faziam no quintal, quem pulasse mais alto vencia, e ganhava uma maçã dada especialmente pelas fadas da primavera. Uma vez eu perguntei pra vóvó por que ela não pulava com a mãmãe, e ela disse: ''Ôh minha menina, acha mesmo que esses ossos de bruxa velha iriam aguentar dar ao menos um passo naquelas malditas vassouras'' E ela dava uma gargalhada alta e completava ''Mas um dia, eu irei voar para bem longe com a minha vassoura''. Perguntei também, por que eu não tinha uma vassoura como elas, e por que não podia pular alto como elas. Vóvó respondeu ''O dia em que aprender a sangrar pelo útero, poderá fertilizar a vida no campo.'' Não entendia nada do que a vóvó falava, mas ela era bem legal. Não entendia por que mamãe não gostava de que agente brincasse perto dela.

                                                ***~~o~~***

Ontem eu finalmente menstruei, aquele sangue que vóvó falou quando eu tinha doze anos. E fiz 13 anos dois dias depois. Ganhei a minha estrela... pentagrama, que mamãe chamava. Mamãe fez o mesmo que fez com Ann e Abigail ano passado. Me deu um manto preto com capuz preto, um chapéu preto pontudo, uma vassoura com as ''ervas'' amarradas ao cabo com fita azul, que vóvó disse que era a cor meu elemento de poder, água. O cabo da minha vassoura tinha o pentagrama no topo, e vóvó pediu pra mim desenhar um triângulo apontando pra baixo, que era o símbolo alquímico para a água. Vóvó me deu um livro preto amarrado com fita azul. Ela disse ''Esse é o seu livro mágico, aqui tu escreverás o que tú precisas para a vida, compartilha com ele teus pensamentos, tua vida e todo o resto, ele é parte de tú Sarah'' Junto com ele tinha uma faca que se chamava athame, ela tinha o cabo preto e a lâmina prateada e afiada. ''Teu athame nunca tocará em sangue Sarah, ouvistes?'' perguntou vóvó e eu respondi que sim. Ela me levou para a floresta e pediu para mim fechar os olhos. E segurar com a mão direita e escolher a árvore na qual farei minha varinha. Com os olhos fechados deixei os duendes elementais da terra me guiarem, e os silfos me levarem. Andei, andei, andei e encontrei uma romãzeira. Abri os olhos e vóvó ordenou para escolher um dos galhos. E assim o fiz, levantei o athame e apontei para cada aleatoriamente dizendo ''outono, inverno, primavera e verão, vassouras, panos, poções e botões, o que eu escolher o certo será, para a minha varinha eu fazer e usar'' - era meu uni-duni-tê - abri os olhos e apontei meu athame para um longo e fino galho, onde na sua ponta, havia um romã maduro e pronto para comer. ''Agora, suba a árvore, corte o galho com teu athame e traga - o para mim''. Pedi ajuda das ninfas das árvores para me ajudar a pegar o galho. Subi na árvore e fiquei frente a frente á vara. ''Perdoe - me por estar tirando seu galho ó bondosa árvore. Mas serás recompensada por isso'' depois de recitar isso, peguei meu athame e cortei o galho. Desci a árvore lentamente e dei o galho á minha vó. Ela tirou o romã e colocou em uma pequena bolsa, que eu nem havia visto, e depois apontou o galho seco para meus olhos azuis e disse ''Esta varinha será seus olhos, ela verá o que você não vê''. Ela abaixou e apontou a varinha para minha boca e disse ''Nas diversas dimensões, nas diversas estações, nas diversas lunações, essa varinha falará por você''. Ela apontou para meu coração e disse ''A varinha sagrada e tú, são uma só''. Ela apontou para meu ventre, e comecei a sangrar, sentia dor, mas não dor insuportável, uma dor... calma. ''Unta tua vara em teu líquido sagrado'' ordenou a vóvó. Peguei minha vara e a molhei toda com meu sangramento vaginal. Estava untando - a com meu líquido divino, a fertilidade, o poder puro de toda mulher. Ofereci para minha avó meu galho ensaguentado. Mas ela me mandou segurá - lo. ''Ouçam ar - Ela apontou a mão direita para o leste, e uma tremenda ventania nos atingiu - Fogo - e apontou com a mão direita para o sul e um vapor quente me fez quase soar - Água - Ela apontou com a mão esquerda para o oeste e uma ventania úmida nos atingiu - Terra - ela apontou pro norte com a mão esquerda e o chão começou a tremer, a terra começou a mudar de lugar, pequenos montes de terra estavam sendo atraídos para nós - Trevas - ela pontou com as duas mãos para baixo, e o céu se escureceu, ficou na penumbra, como se fosse crepúsculo - e Luz - ela levantou as mãos para o céu, e apenas alguns raios de luz saíram do céu iluminando em formato de um círculo longo de uns 3 centímetros, onde eu e minha avó estávamos no centro. ''Neste exato momento, a varinha pertence á Sarah Lillian Montgomery. Obedecerá ás ordens desta bruxa, e nunca á desobedecerá, pois ela cedeu seu líquido sagrado. Que Assim Seja!''

Ela levantou as duas mãos pro alto e tudo voltou como era, o ceú azul, a terra lisa e árida.

Ela me instruiu á ir pra casa com ela sem pensar nisso. Disse também que a varinha e meu athame eram únicos. A varinha serviria para lançar os feitiços mas poderosos. Como mudar o clima, era só apontar a varinha para o céu coma mão direita e recitar o encantamento com as fadas. O athame seria para os rituais normais, esbbats e sabbats. Ou simplesmente abrir o círculo de proteção.

                                         .................)0(................

Alguns dias depois eu e a minha mãe estávamos comprando pão perto da floresta, e enquanto íamos para casa, perguntei por que ela não gostava de nos deixar sozinha com a vóvó, ela disse que quando era pequena, vóvó era extremamente rígida, não podia brincar se não seguisse as regras duras, e se desrespeitasse á qualquer momento as suas regras, enfrentaria punições terríveis.

Quando chegamos em casa, Maria - que estava com 10 anos - e Betty - com 12 anos - estavam brincando de esconde - esconde. Quando entramos dentro da casa, vóvó estava sentada na cadeira se balançando em silêncio. Quando subi para o corredor de cima, encontrei Abigail e Ann viradas de frente pra parede - e encostadas na mesma -, com rabos de cavalo longos e com os braços direitos em formato de L ao contrário, com a palma da mão aberta e junta. Mas elas não estavam de pé, estavam levitando no meio da parede. Estavam paradas, mas vi pingos de suor no chão, onde suas sombras estavam.

Dei um grito de susto e mamãe subiu correndo.

- ANN, ABIGAIL - Mamãe gritou, mas elas continuaram do mesmo jeito, então ela correu e puxou levemente o rabo de cavalo das duas com uma mão em cada um, elas desceram devagar até o chão, e enquanto faziam isso, a mão direita se esticava e voltava a ficar junto ao corpo. Quando chegaram ao chão estavam na ponta do dedão do pé, mamãe as puxou levemente para trás e elas vieram eretas, de olhos fechados, a única coisa que arrastava no chão era o dedão do pé. Depois de ficarem uns 13 centímetros da parede elas caíram, mas mamãe as segurou.

- Oh, minhas filhas, vocês estão bem?

- Mãe? - Abigail balbuciou quase sussurrando, ela estava fraca e suada, assim como Ann

Vóvó subiu as escadas e disse.

- Acho que aprenderam a lição.

- Sim senhora - As duas disseram juntas

E vóvó desceu para a sala. Mamãe levantou com os olhos cheios de água e desceu as escadas.

- Por que fez isso com minhas filhas mamãe?

- Hoje elas fizeram um menino quebrar o nariz, elas admitiram!

- Fizeram isso mesmo? Perguntei sussurrando, tentando ignorar o fato de que a casa tem ouvidos

- Sim, apontei o dedo pro gordinho da esquina do lado e disse ''seu nariz é tão grande que se você cair de cara ele quebra na hora'' E ele caiu como um bode no dia de Samhain - Abigail sussurrou bem baixinho no meu ouvido

- Eu nunca ri tanto na minha vida, eu fiz ele tropeçar mais duas vezes enquanto ia pra casa. - As duas riram sussurrando ao mesmo tempo.

Elas agiam como se nada tivesse acontecido.

- Por que fizeram isso? Já estão crescidas e continuam fazendo essas coisas, vocês tem 15 anos.

- Ai eu sei, deixe de ser chata Sarah - Reclamou Ann.

- Eh, ele sempre nos cortejava em horas indevidas. E Ann tem namorado.

- Abigail! - Ann a repreendeu com um tapinha na mão, fazendo sinal de silêncio pra ela.

- Elas aprenderam a lição, não precisava ter sido tão rígida aponto de dar este castigo - Ouvimos mamãe discutindo com a vóvó

- Elas mereceram, não devem brincar com os poderes.

- Mas elas iriam receber o castigo proporcional ao seu erro. Quando fazia este castigo comigo a minha cabeça quase explodia. Isto é uma tortura mamãe.

- Estava fazendo isso para o bem delas. E para o seu também. Pagaram agora para não quebrarem os narizes depois.

- Mas nosso corpo iria se curar de novo, e mais rápido, seria um castigo justo.

Desta vez, vóvó estava em silêncio como se não valesse a penas discutir. Mas ainda não abaixava a cabeça.

- Nunca mais dê uma de suas punições ás minhas meninas.

- Muito bem - disse vóvó - quando precisar de mim, sabe como me chamar.

Vóvó foi para os fundos. E eu á segui silenciosamente.

Enquanto andava, quando seus pés pisavam no chão, a grama virava para o lado oposto, como se os pés dela afastassem a grama ao seu redor, e quando tirava voltava ao normal, e assim acontecia periodicamente com os passos.

- Vóvó

Chamei - a, e ela colocou os dois pés no chão, fazendo a grama apontar para o lado oposto formando um pequeno círculo de 30 centímetros embaixo de seus pés.

- Sim Sarah?

- Aonde a senhora vai?

Ela veio á minha direção e tocou minha bochecha com a mão

- Não muito longe minha pequena.

Ela andou mais alguns passos para trás e virou de costas para mim. E disse palavras estranhas, mais como um feitiço.

                                    ''Eu irei até um corvo qualquer.

                                Com pesar, lamento e um véu preto.

                       E eu me aproximarei em nome do deus de chifres.

                                E nessa forma irei voltar para casa.''

Depois de dizer isso, vóvó se agachou no chão bruscamente e começou a tomar uma coloração negra, que se escurecia cada vez mais, seus cabelos se juntavam á cabeça formando uma forma oval assustadora. Seus lábios perderam a vida e a cor, pegaram uma coloração de cinza torrado, cujo se esticavam formando um bico fino e grosso. O tórax dela se encheu e se ergueu, enquanto seus braços se juntaram mais ainda com as pernas, seus dedos ficaram longos e cinzas, e suas unhas engrossaram e cresceram muito, formando - se garras. Ela perdia a proporção do tamanho, e ficou bem pequena, até que sua manta negra e alguns de seus vestidos ficaram em cima dela.

Estava assustada com o que vi.

Lentamente me aproximava das roupas da vóvó caídas no chão, e quando eu as puxei, ouvi o barulho de um... Corvo.

''Crá - Crá'' o corvo voou pra longe de mim, em direção á floresta. Eu sabia quem era... Vóvó. Peguei suas roupas e as coloquei perto de uma árvore. E assim, voltei pra casa.

                                                   **~~o~~**


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Notas finais do capítulo

****IMPORTANTE****
Então galera, quero agradecer á todos os reviews que venho recebendo, vcs são muito gentis e carinhosos e é ótimo saber que tem tanta gente acompanhando a fic. Mas um monte de gente está com dúvidas sobre a vida dos bruxos do círculo - Mila, Ethan, Creg e principalmente a Lilith - então tive a brilhante (talvez não) idéia de criar um spin-off de Witch. Chamado HISTÓRIAS DE HALLOWEEN, vai ter 13 caps (por motivos meio óbvios) e vai contar a história de todos os bruxos do círculo um cap para a vida passada do bruxo e outro para a vida atual, Depois da parte dois desse capítulo, eu vou postar aqui pra você, com o link Aqui, e nas notas finais do próximo Cap. HISTÓRIAS DE HALLOWEEN vai estrear ainda esse mês, depois da parte dois desse cap, WITCH vai entrar em Hiatus até HISTÓRIAS DE HALLOWEEN acabar, mas n fiquem tristes, HISTÓRIAS DE HALLOWEEN VAI TER CAPS SEMANAIS, UM A CADA SEXTA :DDDD... Espero que gostem, bjoks, até a parte dois!!!



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