The Hunger Games - Revenge escrita por PunkFreak


Capítulo 1
Revenge


Notas iniciais do capítulo

Um pequeno prólogo...



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Os meus olhos percorreram toda a imensidão da floresta abrupta que me rodeava. Tudo naquele lugar estava calmo demais, e uma coisa que os jogos me ensinaram foi que tudo o que está demasiado calmo pode ser igualmente perigoso. Porque o que pode parecer calmo por fora pode criar uma explosão com o mínimo toque. Sou o melhor exemplo disso, apenas perco para o carvão.

Caminhei pelo caminho de anos, já fixado pelos pés. Quase conseguia ver as minhas pegadas anteriores tal era o meu conhecimento sobre aquele terreno cheio de agulhas de pinheiro. Convenci-me que o que me impedia de facto de conseguir observar as minhas marcas passadas era o denso nevoeiro que parecia escorrer exatamente na minha direção. Peguei no meu arco, escondido num tronco oco, e as minhas mãos já experientes posicionaram uma flecha no seu devido lugar, com rapidez. As minhas botas desenhavam um caminho sem volta, que me parecia normal, derivado ao número de vezes que já o tinha percorrido. Era impossível dizer ao certo quantas vezes eu e o meu pai já havíamos caminhado na mesma direção, no mesmo trilho, contudo, com objetivos e pretextos tão diferentes. 

Estava a caminhar para a minha morte, por assim dizer. Claro que não literalmente, pelo menos por agora. Mas sentia-me como se tivesse uma arma apontada á minha cabeça, presa e desesperada. Pelo menos, fisicamente, espero parecer calma e pronta para o que está para vir.

Zzzzzzzzz. O meu ouvido começa a doer mais uma vez. Já é a terceira vez esta tarde, não é comum acontecer tantas vezes. Zzzzzz. Outra vez. E mais outra. Desisti de tentar controlar o incómodo barulho no meu ouvido quando finalmente cheguei.

Sim katniss, chegaste. Digo para mim mesma. Olho para tudo a meu redor, sem realmente observar o que está à minha volta. O meu olhar paira levemente sobre o lago e a casinha de madeira lá ao fundo, junto ao relvado descuidado e cheio de raizes e ervas daninhas. Junto a uma das margens, observo algumas sagitárias, a planta que me deu o nome. Mais ao longe, alguns pinheiros e uma coleção de arbustos.

Abanei a cabeça, sentindo-me uma idiota. Claro, este é sem dúvida o melhor momento para apreciar a paisagem, pensei, com ironia, insultando-me com todas as coisas possíveis e imagináveis. Sentei-me num tronco caído e meio em decomposição, que esperei aguentar com o meu peso. Olhei para as árvores esperando por qualquer pequena agitação, mas nada. Até que ouço um mimo-gaio a cantar uma melodia. É uma melodia simples, de quatro notas, que me soa estranhamente familiar. Os meus cantos da boca levantam-se um pouco, contra a minha vontade, um sorriso. Que desapareceu segundos depois assim que as memórias dolorosas chegaram até mim. Me alcançaram como se eu fosse de fumo e me fizeram dissipar no ar, sem nenhuma tentativa de o impedir da minha parte. 

Porque tudo tem sempre que acabar mal para o meu lado, penso eu. Zzzzzzzz. Outro zumbir para tornar o momento pior e mais angustiante. Outra pequena agitação vinda da floresta, o que pensei ser apenas mais um mimo-gaio ou talvez outro animal qualquer. Não me dei ao trabalho de observar melhor ou de ver se era algo perigoso. E era, mas não do modo que eu esperava.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Por favor?



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