Assim que Edward estacionou o volvo perto da casa de praia, ouvi Alice e Jasper saírem do carro sem falar nada, vi todos entrarem na casa, com expressões variando entre preocupadas e apreensivas, mas naquele momento eu não podia falar ou me consolar com ninguém só Edward podia me tranquilizar, só ele podia me passar segurança, era nos braços dele que eu podia acreditar que as coisas tinha chances de dar certo.

E foi no silencio do carro que pude ouvir meus soluços altos cortando a tensão do momento.

-Ei amor...- Edward me chamou desolado me puxando pro colo dele e me abraçando apertado- Shhhhhhh... Minha linda calma, calma... Vai ficar tudo bem, eu prometo ele não vai te machucar, eu prometo Bella.- ele me embalava falando tudo aquilo com tanta seriedade.

-Edward... Eu... Eu não sei o que fazer!- falei entre soluços.

-Não tem o que fazer amor, só ignore o Antony, não vamos deixa-lo destruir nossa vida. Não vou deixa-lo se aproximar de você.- ele falou beijando minha testa.

-Tenho medo que ele saiba do bebe... Que de algum jeito me afaste de você.- falei deixando as lagrimas caírem livremente e Edward me olhou meio espantado ou aterrorizado, não consegui definir bem.

-Bella!- ele exclamou chateado- Nada no mundo vai tirar você de min! Não fale mais isso, por favor, eu não suportaria perder você, eu... Eu amo tantas pessoas, meus pais, meus amigos, meus familiares, se eu perdesse algum deles eu ficaria arrasado, mas se eu te perder eu morreria, por que em tão pouco tempo você se tornou mais que minha razão ou motivação pra viver, você tornou-se a minha própria vida! E perder você ou deixar que qualquer um a tire de min, seria como deixar que levem meu coração e ou meus pulmões, eu não tenho como viver sem eles, me sinto assim com relação a você e sabe por que disso tudo Bella?- ele perguntou me olhando nos olhos e eu o encarava perplexa com sua declaração. Eu só acenei um não com a cabeça.

-Eu digo tudo isso por que é o que eu estou sentindo aqui...- ele colocou minha mão em cima do seu peito- Isso tudo é por que eu... Eu te amo.

E então eu arfei. Entre lagrimas e soluços faltou meu ar, meus olhos arregalaram e as lagrimas cessaram um pouco eu olhava chocada pro homem a minha frente... Ele disse que me ama?

-Edward eu...

-Eu sei que pode ser cedo dizer isso, por que eu sinto que você gosta de min, mas não quero te forçar a nada eu sei que você não se envolveu com Antony a toa, você se apaixonou por ele e...- eu coloquei minha mão na boca dele para que parasse de falar.

-Edward deixa eu falar por min, ok?- pedi e ele assentiu- Eu... Achei que era apaixonada pelo Antony, mas o que eu senti por ele foi à ilusão de me apaixonar pelo que ele representava pra todos, nunca foi nada mais que deslumbramento, mas com você... Ah meu amor com você, é companheirismo, cumplicidade, amizade, paixão avassaladora, confiança e acima de tudo amor... Simples, puro e verdadeiro.- ele me olhou surpreso e eu sorri de leve- Eu te amo Edward Cullen, esse sentimento foi meteórico, por que chegou tão rápido que nem percebi, e arrasou de vez com meu coração, não tem mais volta eu só vou embora da sua vida se você não me quiser mais.- falei olhando pra ele que parecia meio bobo com minha declaração.

-Você... Bella você me ama?- perguntou confuso e eu ri beijando sua boquinha linda de leve.

-Sim, amo muito.

-Ah... Nossa isso é... Inesperado eu achei que meu amor fosse uma via de mão única!- falou surpreso.

-Você não queria... Ser correspondido?- perguntei confusa.

-O QUE? NÃO! É obvio que sim! Oh meu Deus é só que... AH BELLA!- ele acabou me puxando pra mais um beijo avassalador enquanto sussurrava ''eu te amo, tanto'' sem parar.

Depois de ficar sem ar ele encostou a testa na minha enquanto acariciava meus cabelos.

-Bella eu nunca vou deixar de querer você e nunca vou deixar você ir ... A menos que você queira.- ele falou olhando intensamente pra min e eu sorri.

-Eu nunca vou querer me afastar de você Edward, nunca.- falei beijando ele novamente.

...

-Edward?- chamei baixinho ainda abraçada ha ele, estávamos no volvo, em frente a casa de praia a mais ou menos uma hora.

-Hum...- murmurou cheirando meus cabelos.

-Ainda é o meu aniversario. - falei corando, com o que eu estava prestes a pedir, sorte que o carro estava escuro.

-Eu sei, amanha vou te dar seu presente.- ele falou alheio aos meus pensamentos.

-Não se preocupe com isso... Eu queria que você me presenteasse com outra coisa agora...- divaguei um pouco esperando pra ver se ele entendia.

-Outra coisa?- perguntou me olhando confuso e eu corei em dez tons de vermelhos e então finalmente Edward captou o espírito da coisa e arregalou os olhos.- Bella!

-O que?- perguntei alarmada.

-Eu... Nós ... Você não precisa se sentir obrigada a apressar as coisas só por que o Antony voltou, nos amamos temos todo tempo do mundo!- falou um pouco nervoso e eu sorri tranquila pela primeira vez na noite.

-Eu não me sinto obrigada, nem quero usar isso como subterfúgio Edward, eu te amo, ainda é o meu aniversario e eu quero muito isso...- ele me olhou e seus olhos verdes pareciam mais brilhosos, ele suspirou e começou a falar.

-Vamos pra casa, ligue pra Alice ou Rosálie e avise que estamos voltando.- falou ligando o carro e eu fiquei com um pouco de pânico.

-Você vai... Desistir?- perguntei temerosa.

-Não, vou te dar o que quer... Só estou te levando pra casa onde é seguro, não vou fazer isso com você em um carro, na frente da casa de praia.- falou e começou a dirigir e então sem permissão nenhuma lembranças de meses atrás voltaram do nada a minha mente, um noite em especial... Uma noite que estava afogada nas minhas memórias mais obscuras ha muito tempo.

FLASH BACK#

Olhei ao redor procurando por Rosálie... Onde aquela doida havia se metido?

A quermesse estava lotada, com a inóspita população de Forks, e foi rodando feito uma barata tonta atrás de Rosálie que eu avistei Charlie no meio da multidão caminhando pra barraquinha de cachorro quente com a mãe de Erick York e arregalei os olhos em choque, droga ele não sabia que eu estava ali!

Sai apressada, atropelando todo mundo na minha frente, sem ao menos olhar direito... Eu precisava achar Rosálie logo e correr pra casa, tinha que chegar antes do meu pai! Ou sem duvida iria sofrer um baita de um castigo.

E foi correndo feito uma doida que eu esbarrei em alguém e fui com tudo parar no chão.

-Aiiiii.- !

-Droga! Desculpe-me.- e foi ao ouvir aquela voz e encarar o rosto de quem eu havia atropelado que eu fiquei que nem uma lerda no chão.- Tudo bem com você Isa?- ao ouvir meu apelido falado por sua voz de mel eu derreti. Ain.

-An- Antony... Tudo.- falei feito idiota e ele sorriu, e que sorriso. Antony Cullen era o sonho de consumo de 10 entre 10 garotas de Forks e é claro eu não era uma exceção, e o fato de ele sempre me notar nos lugares e me cumprimentar só me deixava ainda mais envaidecida com sua presença tão... Marcante.

-Onde ia com tanta pressa? Podia ter se machucado feio Isa.- ele falou me ajudando a levantar e foi pensando no motivo da minha queda que olhei ao redor e nem sinal de Rosálie nem Charlie, fiquei mais nervosa se possível.

-Eu... Preciso ir pra casa, mas minha carona sumiu.- falei nervosa olhando ao redor.

-Fugindo do Pastor Swan?- ele perguntou sorrindo sapeca e eu congelei droga! Como ele sabia? Ele riu ao ver minha cara- Nem precisa confirmar da pra ver na sua cara, mas fique tranquila falei com ele logo que cheguei e aparentemente você não sabe, mas... Terá vigília na igreja depois da quermesse e seu pai vai ministrar a noite toda.- ele piscou e eu fiquei surpresa.

-Eu... Não sabia!- guinchei e ele riu.

-Imaginei que não. A propósito posso ser sua carona se quiser.- piscou e sorriu me deixando mais uma vez retardada, aqueles olhos azuis podiam ser tão convincentes.

-Ok.- foi a grandiosa resposta que pronunciei, ele acenou e seguimos pro estacionamento, depois eu me virava com Rosálie.

...

-Chegamos.- ele anunciou quando estacionou em frente a minha casa e eu suspirei triste, ele teria que ir... Ha menos que...

-Você quer entrar?- perguntei temerosa e ele sorriu surpreso.

-Claro! Por que não?- perguntou dando de ombros e então fomos pra minha casa.

Assim que passamos pela porta Antony foi tirando o casaco e eu tambem, então o chamei pra me seguir até a cozinha.

-Vou fazer um chocolate quente pra nós.- anunciei sorrindo e ele riu.

-Isa porque ao invés do chocolate não tomamos um... Vinho.- falou indicando a pequena adega climatizada do meu pai que ficava na cozinha, nela havia seis garrafas de vinho que Charlie mal usava, era raro demais ele abrir alguma, só quando havia visitas para o jantar e visitas que bebiam, isso se resumia aos meus tios Aro e Cristiny que vinham em Forks uma vez ha cada dois ou três anos, mas mesmo assim eu arregalei os olhos com a proposta de Antony.

-Eu... Nunca bebi.- falei murmurando e ele riu... De uma forma debochada? Não. Antony era cavalheiro demais.

-Sempre ha uma primeira vez, certo? - eu olhei incerta- Qual é fofinha... Ta com medo do papai te pegar?- perguntou rindo e eu fiquei temerosa, eu não queria decepcionar o garoto mais perfeito de todos, ele deveria estar so querendo se divertir um pouco... Talvez só alguns goles não fosse nada demais.

-Ok.- outra resposta grandiosa.

...

Eu já estava na quarta taça de vinho, e não me lembrava quantas Antony havia tomado e nem quanto tempo havia passado, tudo que eu sabia é que muito provavelmente eu estava bêbada, isso por que além de ter dois Antony's a minha frente, as paredes da cozinha não pareciam estar no lugar certo.

-Nossa...- falei meio débil- As paredes se mexem!- ri idiotamente e acho que Antony riu também.

-Você esta bem alto em querida?- perguntou e acho que sorri idiotamente outra vez.- Vou te levar pra cama, venha.- ele me pegou no colo e acho que me levou pra algum lugar pois logo em seguida senti algo macio abaixo de min.

-Tony...- murmurei e ele riu.- Sou louca por você... Me beija?- pedi.

-Eu... Você é bonita Isa, mas não é ela.- falou baixo e eu ri... Do que ele estava falando?

-Eu sou ela.... lalalala...- cantarolei e ri.

-Jane...- ele sussurrou e me beijou e então tudo foi uma explosão confusa, beijos caricias, apertos então as coisas começaram a ficar confusas.

...

NO DIA SEGUINTE

Acordei com a luminosidade irritante incomodando meus olhos e gemi morrendo de dor de cabeça.

-Ainnn.- falei piscando os olhos e pulei da cama pra fechar a janela quando empaquei de frente pro espelho e fiquei em choque.

Eu estava nua, com marcas nos seios, nas coxas, cabelos la em cima, lábios inchados e uma marca de mordida no pescoço.

Comecei a me desesperar... Como aquilo tinha acontecido? Olhei no relógio e constatei que eram 6:30h da manhã Charlie deveria estar dormindo, afinal era um sábado... E foi com o grito preso na garganta que eu lembrei...

Antony Cullen.

Quermesse...

Vinho...

Bêbada...

Quarto...

Declaração...

Beijo...

Amassos...

E o escuro... Dali em diante eu não lembrava mais de nada!

Porem era só olhar pro meu corpo diante do espelho que eu sabia o que tinha acontecido!

Céus!

E agora?

Um estalo se abateu sobre min, ele tinha usado camisinha ou estava tão bêbado quanto eu pra lembrar?

Olhei ao redor pelo quarto... Nenhuma vestígio, nem no lixo do banheiro, olhei pela janela e o carro dele não estava mais na rua.

Eu precisava de uma pílula do dia seguinte.

Mas eu veria isso depois, por que naquele momento apesar de saber que eu havia me entregado pro garoto mais perfeito do mundo, eu estava arrasada. Meu pai me odiaria pra sempre se descobrisse a idiotice que eu fiz.

Mas se eu conversasse com o Antony... Bom se ele ficou comigo é por que me ama não é? Ele repararia seu erro e ficaria comigo, não é?

Afinal ele era tão perfeito. Ele não me abandonaria, não depois do que houve entre nós.

FLASH BACK OFF#

Olhei assustada pela janela do carro quando me dei conta de que ja estávamos estacionando na mansão dos Cullen.

Meu coração veio na boca, as lembranças da noite mais horrenda da minha vida voltaram com força total e agora eu me lembrava um pouco mais nitidademente de tudo, agora eu lembrava que pensei na pílula do dia seguinte, mas fiquei desesperada demais procurando por Antony pra lembrar de compra-la, e agora eu lembrava perfeitamente do nome Jane mencionado naquela noite... Então além da aflição costumeira uma curiosidade mórbida me assolou pra descobrir quem era essa garota.

-Bella?- Edward me chamou e me olhava preocupado.

-Oi?

-Estou falando com você desde que saímos de La Push e você parece que desligou... O que foi?- ele parecia mesmo preocupado e eu estava nervosa, com o desenterro das memórias daquela noite na minha cabeça, muitas duvidas lotaram meu cérebro.

-Eu... Não estou me sentindo muito bem.- falei timidamente e ele arregalou os olhos.

-O que? Onde dói?- perguntou me analisando.

-Não é físico Edward... É emocional. Eu preciso descansar... Eu sinto muito, mas não...

-Eu imaginava, por isso te trouxe pra casa, não acho que seja o momento amor.- ele falou e eu estreitei os olhos.- Não me olhe assim, também estou louco pra fazer amor com você só não acho que tenha que ser necessariamente hoje!

Eu suspirei pesado e me rendi, afinal eu não estava psicologicamente em condições mesmo.

-Vamos entrar Bella, eles ja devem estar dormindo, e nós também precisamos, amanhã veremos como lhe dar com os acontecimentos.

-Ok.

...

Acordei assustada com o pesadelo que tive, liguei o abajur ao meu lado e olhei ao redor, Edward não estava na cama... Olhei no criado mudo e o relógio marcava 3:12h da manhã... Onde diabos Edward estava?

Sai da cama e olhei no banheiro e closet, ele não estava por ali... Abri a porta do quarto e olhei no corredor... Nada.

Resolvi descer as escadas e dar uma olhada na cozinha, eu aproveitava e tomava um copo de leite, mas foi quando cheguei ao segundo andar que ouvi vozes um pouco alteradas vindo do escritório particular de Carlisle, a luz por trás da porta estava acessa.

Aproximei-me lentamente e pude ouvir a voz melodiosa de Edward com um tom ameaçador discutindo... Discutindo com quem?

Prestei mais atenção na segunda voz e tremi... Era Antony.

Mas por que eles estavam discutindo no meio da madrugada, afinal?

Mesmo que fosse falta de educação eu precisava saber o motivo, talvez eu entendesse um pouquinho do que todo aquele mistérios entre eles queria dizer. Então encostei-me à porta e comecei a prestar atenção... Edward falava alguma coisa naquele momento...

-Você tem que entender que eu não prometi nada, Antony! Eu não posso ficar preso ha uma promessa inexistente!- Edward falou alterado.

-Não seja falso Edward! Depois de tudo o que você fez ha ela deveria ao menos honrar sua memória!- Antony falou raivoso.

-O que foi que eu fiz a Jane se não ama-la até o fim? Eu não fiz nada!- Edward disse e eu senti meu coração perder duas batidas.

-Você a tirou de min seu cretino! E ela morreu por sua causa... Se você não se metese no nosso caminho ela ainda estaria aqui.- Antony parecia furioso e eu estava chocada... Edward havia roubado a tal Jane do irmão? E pior... Edward a matou?

-Não acredito que vamos voltar a estaca zero...- Edward murmurou- Você sabe que o que aconteceu foi uma fatalidade, durante meses eu me deixei consumir por uma culpa que não era minha, um culpa que você infringiu a min quando o culpado era só você!- Edward vociferou irritado.

-NÃO! Eu não sabia que ela estaria naquele carro... Eu não sabia...- Antony parecia transtornado.- Eu sabia que o carro do Tayler estava com problemas, mas achei que você iria dirigir aquele dia e não ela, sozinha...

-Ha então você confessa que preferia que eu morresse aquela noite não é? Que armou pra min e quem morreu foi a minha namorada!- Edward falava nervoso e eu estava com a respiração presa nos pulmões e o coração na boca, uma porta me separava daquela briga, mas eu estava abalada.

-Eu não armei! Mas eu sabia que o carro estava sem freios... Eu não esperava que você morresse Edward... Eu só achei que talvez se você se machucase e eu amparasse a Jane... Talvez ela notasse que eu podia ser mais que um amigo... Mas... Saiu tudo errado, eu gostaria de voltar no tempo e concertar tudo, eu preferia que vocês ficassem juntos se ela estivesse viva.- Antony vociferou e eu senti minhas lagrimas caindo pelo rosto.

-Você é muito egoísta... Tirou a Jane de min e voltou só pra atormentar minha felicidade!- Edward falou com uma voz rouca, parecia quase chorosa e eu também chorava, tapando a boca com as mãos pra meu soluço não me denunciar.

-Egoísta eu, Edward? Tem certeza? Não sou eu que engravidou a Xerox da Jane.- falou com repulsa e eu arregalei os olhos... Ele estava falando de min?

-Elas não são a mesma pessoa... Não compare, eu era apaixonado pela Jane, mas eu amo a Bella e você não é ninguém pra falar de min já que cedeu aos encantos dela primeiro!- Edward disse com um tom de superioridade e depois deu um riso seco- Perdeu a fala irmão? Ha você achou que eu não sabia do seu casinho com a minha namorada? Você também sucumbiu, se aproximou dela como um step pra curar as feridas, pra fingir que era a Jane, você usou a Bella.

-Faça-me o favor Edward! Se eu a usei pra meu bel prazer você foi muito além! Você engravidou a garota, a iludiu e mente pra ela... Pelo menos eu fui verdadeiro e fui embora quando a ficha caiu... Ela não é a Jane! Você se ilude e ilude a garota... Mas Isabella não passa de uma Xerox opaca do que Jane era, uma filhinha de pastor sem importância nenhuma que só queria fugir da vida medíocre que levava e se agarrou a min encontrando essa oportunidade... Quando eu sumi do mapa, ela foi atrás de você... Isso só mostra o quão patética ela é e você mais ainda por viver uma ilusão com uma garota que só lembra fisicamente a Jane.

-Eu... Você é que é muito hipócrita, você a usou primeiro! Você a abandonou  destruída, foi comigo que ela encontrou consolo, então não me venha falar de ser egoísta ou de usar as pessoas por que você seria o primeiro da lista.- Edward gritou e eu sai de lá correndo.

Eu não aguentava mais aquilo.

Corri de volta para o quarto, vesti uma calça jeans por cima do blusão que estava calcei um sapato e liguei pra Rosálie aos prantos.

-Alo?- ela atendeu com uma voz sonolenta.

-Rose?

-Bella? O que houve? Ai meu Deus!

-Rose vem me buscar, por favor.- pedi chorando descontroladamente.

-O que houve amiga? Foi o crápula do Antony? O que ele...

-Rose, por favor... - pedi chorando.

-Ok... Chego em dez minutos, me espere na porta de casa.- ela falou seria e desligou.

Em meio as lagrimas torrenciais, peguei algumas roupas e objetos pessoais meus e soquei tudo numa mochila, foi o tempo de ouvir uma buzina alta soar na frente de casa... Desci as escadas correndo e sai da mansão desnorteada, Emmet estava no volante do jipe com cara de sono e Rosálie me esperava do lado de fora com uma expressão preocupada... Mas antes que eu conseguisse alcança-la ouvi o grito de Edward.

-BELLA?- perguntou me olhando da porta... O jardim estava iluminado, mas ainda era madrugada e estava tudo escuro... O frio de Forks mais intenso. Edward me olhava assustado parecendo não entender a cena a sua frente, eu mal o olhei... A dor era demais, funguei e me virei com Rosálie pra entrar no carro e então vi pânico passar em seus olhos.

-Bella... Aonde você vai...?- Já era tarde demais eu tinha entrado no Jipe e Emm deu partida.- BELLA? Não, o que?... EMMET PARE ESSE CARRO! PARE O CARRO AGORA... NÃO! BELLA! NÃO. - ele gritou, mas nós fomos embora deixando pra trás um Edward desesperado.