Um Dia Nem Tão Comum escrita por GiMile


Capítulo 1
Capitulo único.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219216/chapter/1

Era uma tarde nublada e um pouco escura onde eu e Hinamori estávamos esperando o ônibus para voltar para casa. Hinamori estava sorridente como sempre, ela usava o uniforme da escola, uma saia e uma camisa branca. Eu estava serio, mas com um sorriso de canto, eu usava a camisa branca da escola e uma calça jeans.

Assim que nosso ônibus chegou, entramos e sentamos um ao lado do outro, Hinamori estava distraída e não percebeu que eu a olhava. Ela se virou e eu corei na hora, me virei para a janela. Quando ouvi sua doce voz.

-Shiro-chan esta tudo bem?

-Hã. Sim por quê? – Falo me virando.

-Você não parece muito bem.

-Ah... só estou cansado.

-Imagino. Você vai fazer alguma coisa amanha?

-Não por quê?

-É que eu estive pensando que você possa querer descansar um pouco e ir ao parque comigo – Fala ela corando um pouco.

-Ah... – Corei um pouco – Claro.

Ela sorriu e por dentro eu me derreti todo. Adorava aquele sorriso, era caloroso e confortante. Sorri de volta.

O ônibus estava praticamente vazio a não ser por nós. O ônibus parou em um ponto onde entrou um homem encapuzado. Quando o ônibus voltou a andar ele gritou.

-Parados isso é um assalto!

Os olhos de Hinamori se arregalaram. Viramos para o local onde o homem parado olhava fixamente para nós. Hinamori agarrou minha mão com força. Ela estava tremendo, segurei a mão dela com firmeza, eu também estava com medo.

O homem estava com uma faca e uma arma presa no quadril.

-Fique calma – Sussurrei para ela.

Pelo olhar ela estava apavorada. Encontrei seu olhar e ela apertava cada vez mais a minha mão.

O homem ordenou ao motorista para entrar em uma rua de terra cheia de arvores. O ladrão voltou a nos olhar, continuou a nos analisar, a cada segundo que passava eu ficava mais nervoso, mas não era por mim, mas sim porque Hinamori estava lá também. Eu suava frio, minha mão estava gelada. Hinamori tremia. O ladrão falou.

-Você garoto! – Apontando para mim, o que não tinha muito sentido, pois eu e Hinamori éramos os únicos sentados.

Eu gelei na hora. Eu e Hinamori soltamos nossas mãos por um segundo. Nessa hora ela apertou minha perna.

-Levante-se – O homem gritou.

Eu me levantei, Hinamori segurou minha mão com o olhar como se dissesse “Não vá. Ele vai te matar”. Eu tentei tranquilizá-la com um sorriso que não foi bem sucedido. O homem gritou novamente.

-Venha aqui agora!

Fui caminhando até o homem. Ele era alto, usava luvas de couro, cabelo ralo e escuro, tinha uma cicatriz que ia do olho esquerdo até o canto da boca.

-Qual seu nome? – Falou ele estreitando o olho.

Eu hesitei não sabia se deveria falar.

-Fale! – Gritou ele

-Hitsugaya Toushirou – Falei.

-O que você tem nos bolsos?

-Hã...

Eu tinha esquecido o que eu tinha.

-Tire tudo!

Coloquei a mão no bolso e comecei a tirar primeiro o celular, era preto praticamente novo, depois  minha carteira que estava no outro bolso, ela tinha algumas notas e uma foto minha com Hinamori e mais dois amigos. Ele olhou a foto e olhou para Hinamori que estava sentada olhando assustada para mim.

-Garota venha até aqui. – Falou para Hinamori.

Ela se levantou e foi caminhando até nós, parou do meu lado ela estava tremendo mais que antes. Eu não demonstrava nervosismo, mas estava bem nervoso.

-Qual seu nome? – Perguntou o homem.

Hinamori não respondeu, ela estava com medo e sua voz não saia. O homem foi bater nela e eu segurei o braço dele com toda minha força e apertei.

-Eu não faria isso se eu fosse você – Falei em uma voz baixa e ameaçadora enquanto apertava cada vez mais o braço dele.

-Insolente! – Gritou ele.

O homem pegou a faca e me atacou no braço que começou a sangrar, franzi o cenho e coloquei meu braço para baixo para não forçá-lo.

Ele sacou a arma e correu em minha direção, “ele vai atirar em mim” pensei. Mas ele passou correndo por mim e pegou a Hinamori com a arma na cabeça dela.

-Não se mexa ou ela morre!

Meus olhos estavam arregalados, eu estava tremendo suando frio meu coração estava a mil. Eu não podia deixar nada acontecer com ela.

-Por favor, não faça isso – Falei – Eu faço o que você quiser.

  Agora era eu que estava tremendo.

-Eu duvido – ele fala – Uma parte eu já consegui agora só falta matar alguém.

-Por que quer fazer isso?

-Porque eu quero.

-Por favor, não mate ela. Eu vou no lugar dela.

-Não Shiro-chan! – Gritou ela.

-Calada! – Gritou para Hinamori que estava agora quase chorando – Por que quer morrer por ela?

-Porque... – comecei – Porque eu a amo.

Eu estava olhando para o chão, mas pude ver o ladrão hesitar. Hinamori me olhava com surpresa.

-Por favor deixa-a ir.

-Muito bem – Disse ele soltando-a.

Eu fui caminhando até ele, eu não podia deixar que ele me matasse nem que ele matasse Hinamori. Minha vida passava pela minha mente até eu me lembrar, “A caneta! Eu tinha uma caneta no bolso” Era minha única chance de conseguir me livrar dele por alguns segundos.

Quando cheguei ao lado dele discretamente peguei a caneta. Agora era tudo ou nada. Virei-me para ele e enfiei a caneta em suas costelas. Infelizmente ele também se virou e enfiou a ponta da faca em meu ombro, cai de dor e bati a cabeça no banco e desmaiei com a pancada na cabeça.

Quando acordei ainda estava no chão do ônibus, minha camisa estava molhada, mas não era sangue. Levantei um pouco a cabeça e me deparei com Hinamori em cima de mim. Segurei a mão dela e ela se virou para me olhar. Me sentei, ela me abraçou forte mas com um certo cuidado com meu braço e quando nos soltamos olhei em volta, nem sinal do ladrão ou do motorista.

-O que aconteceu? – Perguntei.

-Depois que você desmaiou o ladrão achou que você tinha morrido e saiu e o motorista foi tentar achar sinal para o celular e ligar para alguém.

Me levantei, e me sentei no banco onde nossas coisas estavam e Hinamori se sentou ao meu lado.

-Aquilo que você disse para ele era serio? – Perguntou ela.

-Aquilo?

-É quando ele perguntou por que você queria morreria por mim – Fala olhando para as mãos.

Revirei minha mente por alguns segundos quando me lembrei.

-Sim, foi serio.

Agora ela me olhava com atenção, nós estávamos bem próximos, eu não sabia o que fazer agora. Mal tive tempo de concluir meu pensamento quando ela me abraçou chorando.

-Eu também te amo!

Surpreso eu retribui o abraço colocando meus braços em volta da cintura dela, trazendo-a mais perto de mim, ficamos assim por um tempo até nos separarmos um pouco e ficamos nos olhando e chegando os nossos rostos cada vez mais perto, até nossos lábios se tocarem de leve, mas logo aprofundamos mais o beijo. Nos separamos para respirar, mas ainda bem próximos.

-É melhor irmos para casa, todos devem estar preocupados.

-Sim – Fala ela sorrindo.

Fomos para casa a pé bem juntos. E contamos tudo para meus pais e para os pais dela menos a parte do beijo. Fui levado para o hospital para tratar meu braço e meu ombro. O resto dos dias foram comuns, mas bem melhores do que antes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
É a minha primeira fic, mas só postei agora.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Dia Nem Tão Comum" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.