– Isso é loucura, não vai funcionar! - A incredulidade imperava em meu tom de voz enquanto os três ali na sala me olhavam estupefatos, alegando que eu era pessimista demais.

Damon, Stefan e até mesmo Jeremy, inventaram um plano para convencermos o William a dar uma trégua para nós, usando a tática do amor. William nunca teve o amor, nunca soube o que é ser amado e eles acham que isso pode amolecê-lo. Eu não achava uma idéia boa levando em conta de que William pode ter desligado a sua humanidade e por mais que Klaus esteja mudando, isso não quer dizer que William queira mudar também.

– Elena, por favor, nós temos que tentar tudo o que estiver ao nosso alcance! - Disse Stefan, tentando a todo o custo me convencer.

Suspirei tentando colocar meus pensamentos em ordem.

– Tudo bem, não custa nada tentar, não é? - Dei um meio sorriso.

– E quando colocaremos esse plano em prática? - Perguntou Jeremy.

– Hoje mesmo. - Respondeu Damon.

– Porque você se incluiu nisso Jeremy? Lidar com o William é muito perigoso. É melhor você ficar aqui e esperar. - Ordenei.

– Não mesmo. Eu vou com vocês. - Bufei, sem paciência com o Jeremy.

– Fique tranquila, Elena. Eu posso proteger o Jeremy. - Bonnie ficara ruborizada ao terminar esta frase. Percebi que Jeremy deu um meio sorriso e pousou a mão em seu ombro, fazendo Bonnie dar o sorriso mas aberto que eu já vira.

– Eu também quero ir. - Klaus falou, surpreendendo a todos. - Acho que se eu vou ser mesmo bonzinho, tenho que me redimir com o William. Já causei muito mal a ele e acho que é hora de começar a praticar o pedido de desculpas já que não é só com ele que tenho que me desculpar. - Fiquei boquiaberta. Não só eu, a sala toda ficou em silêncio absoluto, apenas absorvendo tudo o que Klaus havia dito. Até Caroline ficara surpresa.

Depois de ajustarmos os últimos detalhes do plano maluco do Stefan, Damon e Jeremy, nos dirigimos a casa de William. Decidimos que só eu, Bonnie e Caroline entraríamos. Os outros ficariam do lado de fora, ouvindo tudo com a super audição vampírica e passando todas as informações ao Jeremy. Klaus entraria também, mas só na hora certa. Era a nossa jogada de ouro, nossa cartada final se tudo falhasse.

Eu, Bonnie e Caroline nos entreolhamos assim que paramos em frente a porta da casa do William. Respiramos fundo, tentando criar coragem para o que estávamos prestes a fazer.

Bati na porta uma vez e nada de William atender. Bati outra, e mais outra e nada.

Caroline tentou abrir a porta e se surpreendeu a ver que estava destrancada. Entramos relutantes em sua casa, temendo que tudo não passasse de uma armadilha.

Após vasculharmos todos os cômodos, vimos que ele tinha saído. Bonnie pegou alguns itens pessoais do vampiro e fez um feitiço de localização.

– O que você viu, Bonnie? - Caroline perguntara.

– Ele está no cemitério e com os cordões dos imortais. Temos que ir logo, não temos muito tempo. - Assentimos, saindo da casa de William logo em seguida.

– O que aconteceu? - Damon veio até mim.

– Ele não está em casa, mas Bonnie viu que ele está no cemitério com os cordões dos imortais. - Eu estava desesperada. William estava tramando alguma coisa, alguma coisa muito ruim. - AAAAAAI. - Gritei de dor ao sentir algo queimando minha pele.

Damon apontou para o meu cordão, que parecia pegar fogo. Mas antes que ele pudesse fazer alguma coisa, o cordão voltou ao normal e parou de queimar minha pele.

– Droga, ele está fazendo alguma coisa que afeta diretamente ao seu cordão. - Damon constatou.

– Vamos logo, não podemos perder tempo! - Stefan nos chamou e entramos no carro, chegando no cemitério rapidamente.

Avistei William na parte mais afastada do cemitério, rindo, enquanto os cordões repousavam em uma lápide. Vários objetos e ervas que não consegui identificar estavam ao lado dos cordões.

– PARE COM ISSO WILLIAM! - Caroline gritou enquanto íamos aonde William estava.

Tentei chegar perto dele mas um escudo transparente me barrou, fazendo com que eu voasse alguns metros antes de cair.

– ELENA! - Damon gritou e veio até mim no mesmo instante. - Você está bem? - Perguntou preocupado.

– Sim. - Respondi, o abraçando.

– Aproveite bem esse abraço, Elena pois será o último que você dará! - Os olhos de William estavam de um tom de roxo que me dava medo.

– Como assim? - Eu estava apavorada.

– O feitiço que estou fazendo exterminará todos os imortais da face da terra. - Todos nós acabamos ficando estupefatos. Meu coração acelerou, espantada com a maldade que habitava no coração de William.

– Você não pode fazer isso! - Gritei.

– Claro que eu posso. Todos os imortais morrerão e eu serei o vampiro mais esperto que existe.

– Você não é um bruxo, não pode fazer isso. - Damon disse, debochado como sempre, tentando não acreditar nas palavras de William.

– Quem disse que eu não sou um bruxo? - William deu um sorriso debochado e automaticamente eu me lembrei do feitiço do Círculo de Fogo.

– Eu nunca fiz nada para você! Porque está fazendo isso? - Perguntei quase chorando.

– Vingança! Christopher e seu grupinho do mal tentaram me matar, mas não conseguiram. Quase consegui matá-los mas eles são muito espertos. Esse será meu presentinho para eles e todos os outros imortais idiotas que existem. Não tenho nada contra você, Elena mas acho que eles merecem uma lição e se eu tiver que matar toda a cidade para obter o que eu quero, eu matarei. Nada me impedirá. - Percebi que Bonnie atrás de mim tentava desfazer o escudo invisível e protetor de William a todo o custo.

– Olá, Elena. - Rebekah apareceu em meu campo de visão. Ela não estava protegida pelo escudo e parecia triunfante. - Olá, Nick.

– Não me chame de Nick, sua traidora! - Vociferou Klaus.

– Entendo que esteja irritado com o que eu fiz mas entenda, eu tenho que estar do lado daqueles que estão por cima e bom... você não está. - Ela deu um sorriso quase angelical. - Você ainda tem tempo de mudar isso. Convenci o William a deixar que se junte a nós e ele concordou depois de muita relutância. Isso não é ótimo? Poderá se vingar do Elijah e de seus protegidos e patéticos imortais e ainda por cima, terá o que você sempre quis: A morte de todos os imortais. Tenho certeza de que não ama tanto essa vampira ao ponto de ser capaz de sacrificar aquilo que você mais quer no mundo. - Klaus pareceu balançado com o discurso falso da víbora e Caroline percebera isso.

William observava a cena com um sorriso iluminado por um brilho estranho e malígno.

– Klaus, não dê ouvidos a ela. - Pediu Caroline. - Lembre-se de tudo o que passei, lembre-se de tudo o que passamos juntos! Você não pode abrir mão de tudo agora. - A minha amiga estava chorosa.

– Desculpe Sweet mas não posso perder uma oportunidade dessas. - Ele lançou um olhar significativo para o Stefan e Caroline começou a chorar compulsivamente com um semblante decepcionado.

Klaus saiu de perto da Caroline e me lançou um olhar bastante significativo. Eu sabia! Ele estava planejando algo. A única forma de acabar com o William era atravessando aquela droga de escudo e Klaus sabia disso tanto quanto eu.

Damon e Stefan perceberam a mesma coisa que eu. Só quem não tinha percebido era a Caroline e o Jeremy. Bonnie continuava tentando nos ajudar com suas habilidades mas William parecia mais preparado para isso do que qualquer um de nós.

– Seu traidor! Eu sabia que não deveria confiar em você, eu sabia! - Vociferou Caroline, abalada.Klaus atravessou o escudo juntamente com Rebekah.

– E você foi burra o bastante para acreditar em Niklaus? Você é uma boba mesmo Caroline! Pessoas como ele não mudam nunca. - William disse.

– Caroline é tão idiota quanto as suas amigas, Will. - Meu sangue ferveu com o que Rebekah disse.

– Você é uma cobra mesmo... - Olhei para Rebekah desaprovadoramente e ela apenas riu.

– Desculpe, querida mas seus lindos elogios não me abalam. - Revirei os olhos. - Termine logo esse feitiço, William. - Ordenou a loira, recebendo um olhar frio de William.

– Tudo o que você faz é movido a vingança, tudo! Não acha que já está na hora de parar com isso? Já parou para pensar que toda essa raiva e infelicidade que habita em seu coração possa vir somente de você e diretamente para você? O que você ganha fazendo isso? Uma medalha de ouro? A satisfação de acabar com a vida de alguém? Que satisfação é essa? Mas sabe, você pode ser o vampiro mais esperto do mundo mas nunca terá o que todos procuram: O amor. - Pedi com todas as minhas forças que as palavras o atingissem.

– HAHAHAHA. Que comovente! Sério, suas palavras me comovem Elena mas nada do que disse me afetou. Não preciso de amor. Tenho tudo o que eu quero bem ao alcance de minhas mãos. Posso ter as mulheres que eu quiser, a hora que eu quiser. - O loiro estava se achando o tal.

– Duvido! Aposto que você nunca foi capaz de amar nem a sua própria família! - William ficou transtornado com o que eu disse, lançando-me um olhar feio.

Ele fechou as mãos em punho e começou a tremer, tentando a todo o custo manter o auto-controle. Olhei rapidamente para Bonnie que ainda permanecia concentrada mas pude jurar que a vi dando um sorrisinho de canto.- Quem é você para falar assim sobre mim? Acha que sabe tudo o que eu vivi? Não, você não sabe! Sua vida sempre foi perfeita, Elena!

– Como pode achar que a minha vida foi perfeita? Meus pais morreram quando eu era pequena, mataram a minha tia também, passei por experiências traumatizantes então, se existe alguém aqui que não sabe da vida um do outro, esse alguém é você! Se você tivesse amor dentro de si, não faria tantas atrocidades com pessoas que não tem nada a ver com isso. - Eu estava descontrolada. Os outros assistiam a tudo em silêncio.

– Eu faço atrocidades com quem eu quiser! EU SOU UM VAMPIRO SEM HUMANIDADE! Fui feito para isso e somente para isso. Fui designado para revolucionar o mundo dos vampiros! Terei muitos seguidores pelo mundo e minhas histórias serão contadas por vampiros e outros seres do mundo sobrenatural. Serei uma lenda viva. - Ele sorriu, se acalmando.

– Grande coisa! - Algo dentro de mim me disse para avançar em direção ao William que o escudo não me atrapalharia. Disfarçadamente, peguei um galho grosso e pontudo de madeira que estava perto de mim.

Aproveitei que William fazia o feitiço para pegá-lo e corri, passando pelo escudo com toda a determinação que eu tinha. Saltei sobre o William mas a Rebekah entrou na frente e o galho atravessou seu peito.

Eu achava que aquilo não a mataria, mas me surpreendi ao vê-la virar cinzas.Todos olharam para a cena boquiabertos.

– Eu lancei um feitiço no galho para que ele matasse qualquer pessoa que fosse perfurada por ele. - Bonnie se explicou. - Ah, e eu também removi o seu escudo, William. - Pela primeira vez em todo esse tempo, vi William ficar desesperado. Continuou fazendo o feitiço, impaciente por não conseguir completá-lo.

– Acho que devo desculpas a você, William. Eu tive uma grande parcela de culpa por você ter se tornado o que é hoje. Matei seus pais brutalmente, sem nem me importar, mas era exatamente assim que eu me comportava até um tempo atrás. O problema, William, é que você me culpava por tudo o que se tornou hoje quando você fez tudo sozinho. Você vivia maltratando seus pais e seus irmãos. Vivia com raiva de tudo e de todos. Você nasceu assim. A maldade já fazia parte de você. Se eu soubesse que se tornaria muito pior quando virasse vampiro, eu nunca teria lhe transformado. Então, é com grande pesar que lhe informo que este é o seu fim. - Klaus anunciou solenemente enquant me posicionava atrás de William.

– Não pode me matar, eu tenho esse spray que bloqueia poderes e posso usar em você. - Ele tirou um vidrinho de seu bolso.

– Não é comigo que tem que se preocupar e sim, com ela. - William virou-se lentamente e sem mais delongas, enfiei a estaca em seu peito.

William arregalou os olhos que num passe de mágica, voltaram a cor normal. Azuis e maldosos.

Ele ofegou um pouco, olhando-me com fúria.

– Não me olhe assim. Suas escolhas o levaram até aqui. - Falei solenemente enquanto via William se transformar em cinzas, vendo apenas o galho intacto ali.

Logo depois, Rebekah e William começaram a pegar fogo. Observei a tudo atentamente, sentindo que meu coração não estava enevoado. Eu não me sentia triste. Eu precisava fazer aquilo e já me sentia preparada o suficiente para enfrentar tudo o que viesse. Eu não era mais aquela Elena que chorava após sofrer um ataque. Tudo o que passei antes de chegar aqui tinham me preparado para este momento e agora, já estava pronta. Eu era oficialmente uma imortal. Não apenas Elena Gilbert, a imortal despreparada e sim, Elena Gilbert, a imortal forte e guerreira. E, sinceramente, eu me orgulhava disso.

Senti Damon passar um braço em volta do meu ombro e me puxar para si. Me agarrei nele e me senti feliz por poder senti-lo. Me senti confortada ao saber que eu podia contar com o Damon para qualquer coisa. Para me proteger, para ser meu amigo, para cuidar de mim... me amar.

Saímos do cemitério logo em seguida. Caroline estava de mãos dadas com Klaus, feliz por saber que ele não estava disposto a trocar tudo o que viveram até hoje para se aliar ao William.

Jeremy e Bonnie conversavam e sorriam. Parecia o início de um sentimento que brotava no coração de ambos.

Tudo parecia entrar nos eixos.

(...)

Caroline narrando:

William estava morto e Rebekah também e como isso era um motivo enorme de comemoração, acabei conseguindo convencer meus amigos a fazermos uma festinha para celebrarmos nossa vitória. O plano não tinha saído como esperávamos mas tudo acabou bem dessa vez.

Klaus decidiu convidar Elijah e os imortais do bem, pois sabia que tinha que se desculpar e eu estava feliz por isso. Era um bom começo para ele.

– Acho melhor descermos logo. Seu irmão já deve ter chegado. - Klaus chegou perto de mim e seu perfume impregnou minhas narinas. Ele deu um sorriso charmoso e pegou em minha cintura, colando nossos corpos.

– Ficar aqui com você pode ser mais interessante. - Dei uma risada.

– É, mas acho que você tem mais um pedido de desculpas para fazer hoje. - Ele revirou os olhos.

– Dois pedidos de desculpas em um dia só. Estou evoluindo mesmo. - Eu ri mais uma vez com o comentário.

– Estou feliz por isso. - Eu disse.

– Eu tenho uma idéia de coisas que podem te deixar mais feliz. - Klaus murmurou, com uma voz rouca e sexy.

– Ah é? Tipo o que? - Perguntei.

– Tipo isso. - Klaus mordeu meu queixo de uma maneira sexy e que me deixou eletrizada. - Ou isso. - Sua boca subiu, encontrando a minha. Minhas mãos foram parar em seus cabelos e as mãos dele, estavam minha nuca e logo depois pelas minhas costas e barriga.Nos separamos um pouco ofegantes.

– Acho melhor descermos logo. - Sorri e ele assentiu, pegando minha mão logo em seguida.

Bonnie narrando:

Eu estava na varanda, observando o pôr-do-sol admirada. A felicidade que eu sentia por saber que tínhamos derrotado William era maior do que tudo. Se não tivéssemos chegado a tempo, uma catástrofe teria acontecido. Fico feliz de termos conseguido impedir que a morte de todos os imortais acontecesse.

Depois que Elena matou William, tratamos de pegar os cordões dos imortais que estavam em cima da lápide e Caroline os entregou ao Klaus.

– No que está pensando? - O dono da voz fez com que meu corpo inteiro ficasse arrepiado. Jeremy parou ao meu lado, sorrindo de um jeito fofo e sexy ao mesmo tempo.

– Em tudo o que aconteceu hoje. Estou feliz por tudo ter dado certo. - Sorri, admirada.

– Eu também fiquei feliz com isso. Foi uma vitória e tanto. - Ele riu.

– É. - Concordei.

O silêncio reinou e ficamos nos olhando por infindáveis segundos. Jeremy se inclinou em minha direção e eu fiz o mesmo, nervosa demais para pensar com clareza. Senti sua respiração atingir o meu rosto e deixei meus lábios entreabertos, sentindo os lábios de Jeremy pousarem delicadamente em cima dos meus.

O beijo estava calmo e me senti relaxada e totalmente extasiada. Meu coração parecia querer explodir e eu só queria que Jeremy continuasse me beijando. Para sempre se fosse possível.

Meus dedos se embrenharam em seus cabelos e suas mãos foram parar em minha nuca e alisavam as minhas costas de vez em quando.

Nos separamos um pouco ofegantes e eu sorri, satisfeita com tudo o que estava acontecendo no dia de hoje.

– Eu amo você, Bonnie.

– Eu também amo você, Jeremy. - Me inclinei em sua direção, encontrando a boca de Jeremy novamente enquanto sentia a noite chegar lentamente acima de nossas cabeças.

Elena narrando:

Estávamos todos na sala agora. Damon segurava a minha mão e eu sorria para Bonnie e Jeremy que estavam abraçados. Klaus parou em frente a Elijah e os imortais, segurando os cordões dos imortais próximo ao peito.

Caroline estava radiante por ver seu namorado tão mudado. Tudo o que todos nós passamos, de algum modo, valeu a pena. Se nada do que tivéssemos vivido tivesse acontecido, não estaríamos aqui agora e certamente não estaríamos tão felizes.

– Acho que esses cordões pertencem a vocês. - Klaus pigarreou, e Elijah e os imortais os olharam boquiabertos. - Eu devo desculpas a todos, pelo mal que causei e pelas maldades que fiz. Eu fui muito mal, por muito tempo, eu vivi com ódio, desprezando a maioria das pessoas que conheci e capturei vocês e os prendi. Isso não me fez ser o homem mais satisfeito no mundo mas naquela época, fazer maldades era a única coisa que eu achava que conseguiria me satisfazer. Mas tudo mudou quando eu conheci a Caroline. - Ele lhe lançou um olhar amoroso e eu sorri automaticamente ao vê-los tão apaixonados. - Ela me fez ver que tudo o que eu precisava era de amor e eu encontrei nela isso e muito mais. Não posso dizer que sou o melhor homem do mundo agora, mas estou tentando. - Ele riu e todos também deram risadas, inclusive Elijah e os imortais. - O que estou querendo dizer é que, se eu quiser me redimir com alguém, esse alguém são vocês. Meu irmão, me perdoa por ter tirado de você sua felicidade. - Eu sabia que ele se referia a Lexi. O bom, era que eles dois estavam juntos novamente. - A única coisa que eu quero é ser alguém melhor. Me desculpem. - Todos sorriram e Elijah o abraçou fortemente. Percebi que os dois choravam, emocionados enquanto cochichavam palavras de consolo e mais uma enxurrada de pedidos de desculpas.

Logo depois, os imortais pegaram seus cordões e o agradeceram por tê-los devolvido. O clima naquela casa era de paz e felicidade. pela primeira vez no dia, estávamos realmente felizes por tudo o que tinha acontecido no dia de hoje.

Eu e Damon nos levantamos e fomos dar uma volta pelo jardim da casa de Klaus. Eu não escondia meu contentamento ao ver tudo dando certo. Parecia que eu estava dentro de um sonho muito bom e logo, alguém viria me acordar.

– Eu estou tão feliz! - Dei alguns pulinhos, rindo.

– Todos nós estamos. E você me surpreendeu hoje. Quero dizer, você sempre me surpreende. Quando acho que já sei tudo sobre você, você faz algo totalmente novo que só faz com que eu me apaixone mais por você. Sua força, sua garra, toda essa coragem que tem só me faz ficar orgulhoso de você. - Damon me puxou para um abraço e eu o apertei contra mim, sentindo seu calor, seu perfume, a maciez de seu cabelo e sua barba, roçando em meu rosto.

– Eu não conseguiria ser assim se não tivesse você do meu lado para me ajudar e me dar forças. - Sorri, beijando seu pescoço.

– Eu amo você. - Damon segurou meu rosto entre suas mãos e eu sorri, emocionado.

– Eu também te amo. Meu amor. - Me inclinei em sua direção, pronta para todas as sensações gostosas que viriam a seguir.

Damon encostou seus lábios nos meus e eu sorri antes mesmo do beijo começar. Minhas mãos foram para a lapela de sua jaqueta de couro, fazendo com que ele chegasse mais perto de mim. O beijo era urgente e calmo ao mesmo tempo. Minhas mãos agora o envolviam pelo pescoço e as mãos dele estavam em minha cintura.

Desfrutávamos de uma sensação indescritível, beijar Damon era mágico, romântico, era... especial, perfeito, só porque era com ele.

E pela primeira vez no dia, o dia havia terminado bem. E eu faria de tudo para que todos os outros terminassem do mesmo jeito.