Dividida escrita por Aliciana


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Pessoal deu um erro basico na hora de atualizar os capitulos...
vou postar ate quarta feira mais 2 capitulos...
o capitulo 7 estava repetido, porem ja consertei.
entao divirtam-se!
esse aqui e o capitulo 8, como no meu arquivo do word.
beijos



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As fofocas corriam soltas pelo colégio. Todo mundo falava do beijo entre o Luca e eu e o nosso namoro. Algumas meninas morriam de raiva de mim, por eu estar com o cara mais fofo da escola e outras me apoiavam bastante, como minhas melhores amigas, Monica e Magali. Passou um mês mais ou menos depois que começamos a namorar e estava ficando cada dia mais apaixonada. Nem me lembrava mais que um dia eu gostei do Cebola do jeito que achava que gostava. Ele era apenas um grande amigo, e só.

Cê começou a ficar distante de mim, o que me deixou meio triste. Tá certo que quando a gente começa a namorar esquece um pouco dos amigos, mas poxa, ele mora perto da minha casa, além de ser meu melhor amigo. Saíamos muito juntos o Cas com sua namorada, a Magá e o Quim e o Luca e eu, e isso deixou a Monica e o Cê meio excluídos da turma.

Um dia eu estava na sala super distraída guardando meus materiais e quase todo já tinham ido embora quando percebi que Denise, Carminha e Maria Melo estavam na sala junto comigo. Elas foram se aproximando de mim e a Carminha disse:

- Vem cá Miss Light, que feitiço você fez para conseguir prender o Luca heim?

- Do que é que você ta falando?

- Não percebeu não, sua pata choca, o Luca nunca ficaria com você a não ser por feitiçaria.

- Ou macumba né Carminha? Hahahahahaahaha- disse a Maria Melo.

-Eu não fiz nada sua loira oxigenada, ele simplesmente gosta de mim. E prefere uma garota inteligente do que uma fútil. Agora vocês me dão licença que eu to afim de ir embora. – disse, tentando me desviar delas.

- Você não vai a lugar algum. Eu sei que tem alguma coisa de errado com você e vou descobrir o que é. – Carminha disse, segurando meu braço.

- Pois pode revirar todo meu passado, que não vai encontrar nada. Não tenho o que esconder e minha vida é um livro aberto.

- Tudo bem, fofa, mas só pra constar, o Luca só está com você por pena. Ele não te ama, não gosta de você e provavelmente sente até nojo quando você o beija, mas sabe como os garotos são, adoram fazer caridade, principalmente ele. – a Carminha disse isso, soltando meu braço e me dando as costas, com suas seguidoras correndo atrás.

Ele não tem pena de mim, é claro que não. Ele disse varias vezes que gosta de mim, que me acha linda e divertida, interessante... Essas nojentas estão fazendo isso só pra me deixar irritada. Fui embora pensando nisso, morrendo de raiva.

Passaram-se alguns dias e eu nem me lembrava mais da ameaça do “trio das belezas”. Havia chegado cedo no colégio e decidi ficar no anfiteatro, que virou um refugio quando eu queria ficar sozinha. Me joguei em uma poltrona nas primeiras fileiras e mergulhei em uma leitura. Depois de ler algumas páginas do novo livro que eu comprei (de romance), eu escutei um barulho vindo do palco. Fiquei com um pouco de medo mas acabei decidindo ver o que era. Vi o Cebola sentado no chão encostado em uma parede, atrás das cortinas escrevendo alguma coisa.

- O que você ta fazendo aqui Cê?

- Nossa Isa, que susto. Eu tô escrevendo umas coisas, não é nada demais. E o que a senhorita está fazendo?

- Tava lendo um livro. Você sabe que esse é meu refúgio. Cê por que você tá distante? Se for por causa do meu namoro com o Luca...

- Não, Isa, quê isso. Eu arrumei um trampo depois do colégio e ta só a correria esse mês de treinamento, mas sacumé... sabe meu docinho, eu sinto sua falta... você não me manda mensagens mais, nem parece ser minha melhor amiga- o Cebola fez um gesto para que eu me aproximasse e decidi me sentar no chão de frente à ele. Percebi que estava com uma carinha triste - quero você de volta na minha visa Isa.

- Eu também sinto sua falta Cê, mas não precisa fazer sua carinha de “chantagem emocional” comigo. Assim você corta meu coração. – disse irônica.

- Então me promete que você nunca mais vai me abandonar por causa “dele”. - o tom de voz dele ficou diferente quando se referiu ao Luca.

- Ok senhor Cebola. Vamos parar com esse drama mexicano e vem cá me dar um abraço que eu tava morrendo de saudade de você. – disse isso e caí nos braços dele, me afundando naquele perfume que eu sentia muita falta... no calor dos braços fortes, no aconchego... sentia falta do cafuné que ele fazia no meu cabelo e de repente sua mão tocou minha nuca e senti um arrepio...  eu escutei meu coração batendo rápido e coloquei a mão no peito... mas não era somente eu que estava nervosa.

O Cebola tava diferente comigo. Eu deitei minha cabeça em seu peito e escutei as batidas rápidas e descompassadas que seu coração fazia. Por que ele estava nervoso daquele jeito? Será que era só saudade mesmo o que ele ta sentindo? Eu fechei meu olhos e escutei ele sussurrando como se falasse para ele mesmo “ela tá namorando seu idiota, sua melhor amiga, melhor amiga dela... desista disso.” E então eu percebi que ele também sentia algo por mim alem de amizade. Oh meu Deus isso não deveria estar acontecendo, eu namoro o Luca. O Cebola gosta é da Monica. Então eu escutei um ruído e me levantei do seu colo.

- Cebola, acho que já ta na hora de irmos pra classe. Hoje temos prova esqueceu? – ele parece que tinha saído de um transe quando me levantei de seus braços.

- É clalo... ah, claro Isa. Se perdermos essa prova estamos fritos.

Arrumamos nossos materiais e saímos andando, ele me abraçando e fazendo gracinhas, como se nunca tivéssemos nos afastado. Durante o resto da semana nos encontrávamos no anfiteatro e conversávamos durante um tempo até as aulas começarem. Era um tempo curto, porém só nosso.

Já era final de Abril e começava a esfriar. Os professores passavam muitos trabalhos e quase não tinha mais tempo para ficar no anfiteatro com o Cebola. Além e eu e o Luca estarmos cada vez mais juntos. Ele me ensinava muitas coisas. Jogávamos video game, basquete, passeios de noite e eu já o tinha apresentado aos meus pais.

Durante a aula do prof. Licurgo( que ninguém sabe o que ele ensina) eu mandei um bilhete para a Monica, Magá, Marina, Cascuda e Aninha convidando elas para irem a um clube que meus pais eram sócios fazermos um “fim de semana das garotas”. Precisava passar um tempo com elas, pois andava muito com o Luca. Nesse clube haviam chalés então as pessoas poderiam ficar o fim de semana tranqüilos e mais seguros. Chegamos ao clube na sexta de tarde e curtimos muito cada minuto juntas.

- Isa queria conversar com você a sós. –Monica disse, me puxando pra um banquinho atrás de uma árvore. - Eu queria te falar algo e queria saber sua opinião.

- O que foi? – disse me sentando ao seu lado.

Ela olhos nos meus olhos, séria, suspirou fundo e disse:

- Eu percebi uma coisa nesses últimos dias. Uma coisa que eu já sentia durante muito tempo, mas não queria admitir nem pra mim mesma.  E eu me lembro das coisas que você falava sobre ele. Eu estou apaixonada por ele amiga. Só você e a Magá é que sabem, claro. E eu percebi isso graças a você.

- E quem é o felizardo Monica?

- O Cebola. – quando eu escutei essas palavras, gelei. Havia me esquecido completamente de que a Monica gostava dele e que ele gostava dela. Eu estava tão envolvida nos meus próprios sentimentos e no meu namoro com o Luca que eu não havia me tocado de que iria ajudá-los a ficarem juntos. Juntos... é claro, eles se gostam, isso é o certo. Mas por que eu me sentia travada, congelada?

- Amiga você tem que me ajudar. Tenta descobrir se ele gosta de mim do mesmo jeito. Já que vocês são melhores amigos.

- Claro, que eu ajudo, imagina, todas nós namorando. Ia ser ótimo. – disse isso tentando disfarçar a tristeza que sentia.

- Isinha, eu senti sua falta. Quando começou a namorar o Luca ficamos distantes, nem parece que somos mais super amigas. – ela disse me abraçando.

- Eu também senti saudades, mas Monica eu não te disse o que o Luca fez no jantar que eu preparei para apresentá-lo aos meus pais. Foi lindo, ele chegou com um buquê de flores para minha mãe e outro pra mim.  E como eu disse a ele que meu pai gosta de vinho tinto ele comprou um super chique, português.

- Sério? Moça não deixe esse escapar heim, o Luca é super romântico, parece um príncipe. Hehehehehehehehe

Depois que começamos a falar do Luca eu percebi que o Cebola não pode ser mais nada do que um grande amigo. O Luca gosta de mim, é meu namorado. E a Monica gosta do Cê desde pequena, como a Magá me disse, não é certo eu desejar os dois. As meninas nos encontraram no banco e continuamos a sessão fofoca.

Quando chegou a segunda feira, todos me olhavam esquisito no colégio, como se eu tivesse feito uma coisa terrível. Era como aqueles dias em que me acusavam de várias coisas, aquelas mentiras que inventaram sobre mim. Monica veio correndo em minha direção com os olhos cheios de lágrimas e me empurrou contra a parede:

- Me diz que não é verdade o que eu vi!

- Eu não sei do que ta falando.

- Sua falsa. Eu confiei a você o meu maior segredo ontem e você já tinha roubado ele de mim. Esquece que eu existo ta legal? – ela disse isso e saiu correndo, com a Magá atrás dela, me lançando um olhar de decepção.

- Cascão eu não to entendendo nada.

- Vem comigo garota maluca. – ele saiu correndo me puxando pra uma multidão que estava olhando algo no mural de recados do colégio. – Você e o careca têm muito o que explicar pra gente. Principalmente pro teu boy.

Dizendo isso ele me virou pro mural onde eu vi: uma foto do Cê e eu abraçados no chão do anfiteatro.


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Notas finais do capítulo

eu tirei essa cena inspirada do anime " hana yori dango" que eu achei muito bom para ter inspirações de acontecimentos dramaticos e cliches( coisa que eu adoro)
esse anime é super antigo mas a historia bem romantica.
espero que tenham gostado!!
reviews para eu ser feliz!!...
*ansiosa para saber o que acharam



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