American Idiot escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 15
Whatsername


Notas iniciais do capítulo

I MADE A POINT TO BURN ALL OF THE PHOTOGRAAAAAAAAPHS(8)
WAZZUP?
Dessa vez não demorei o/
Eu ia postar amanhã, mas eu tenho que ir na casa de uma amiga ajudar ela a arrumar a pasta e tals... Então, é -q Resolvi postar logo -q
Lembrando que esse é o último, viu? '-'
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/218848/chapter/15

-Frankie, me passa a caixa de lápis de cor? ... Ei, Frank. Estou falando com você. Frankie?

Já faziam mais de três anos desde minha visitinha à cidade. Muita coisa mudou desde então: eu comecei a prestar o serviço social e, quando terminei, comecei a trabalhar como assistente em alguns lugares. Eu e Gerard juntamos nosso dinheiro para comprar uma casa, afinal, eu queria morar o mais longe possível da minha mãe. Sim, eu recebi a mensagem dela, mas a ignorei completamente, porque o que ela fez para mim não merece perdão, pelo menos, não tão cedo. Quem sabe, um dia, eu volte a falar com ela.

Enfim, Gerard e eu nos mudamos para uma pequena (pequena mesmo) casa um pouco afastada e minha mãe fez várias tentativas de se aproximar de mim, e eu simplesmente continuei a ignorando. Mikey, o irmão de Gerard, acabou se mudando para Jingletown depois que ele conseguiu convencer o irmão menor a vir conosco. Agora, eu vejo Mikey praticamente todos os dias. Ele é tão legal quanto o irmão, e se deu extremamente bem com Bob e Ray também. É, parece que estava tudo bem, mas eu estava com um problema...

... De uns tempos para cá, Whatsername não saía da minha cabeça. Eu sei, já fazem mais de três anos, mas ela simplesmente voltou à minha cabeça. Recusei-me a comentar algo sobre isso com Gerard, isso podia gerar... Problemas em nosso relacionamento.

-Hmmm?

-Está tudo bem? – indagou ele – Você anda meio disperso...

-Ah, sim, estou. – sorri fracamente – Eu só estou um pouco tonto... Vou tomar um ar. – levantei-me rapidamente e me dirigi à janela do meu quarto, evitando olhar para Gerard, que continuava desenhando no sofá da sala de estar.

Comecei a observar a paisagem fora de nossa casa. Comecei a me lembrar de cada momento feliz que passei com ela. Eu sei que nosso fim não foi dos melhores, mas tenho que admitir que eu passei momentos felizes com ela. Comecei a sorrir involuntariamente, mas logo o sorriso desapareceu de meu rosto ao me lembrar do dia em que ela me disse seu verdadeiro nome. Fiz um pouco de força para me lembrar de seu nome, mas...

... Nada veio à minha mente.

Sim, eu havia me esquecido do nome de Whatsername.

-Pensei ver você descendo a rua... Mas, no fim, era só um sonho... – sussurrei comigo mesmo.

-Frank?

-Oi, Gee. – senti seus braços em volta de minha cintura.

-O que houve, meu amor? Por favor, me conta... Eu só quero te ajudar.

-Eu... Eu não sei. – admiti – É só que... Ultimamente, Whatsername tem estado na minha cabeça bem frequentemente. Eu fiz questão de queimar todas as fotografias, você se lembra disso. – ele assentiu – Pois é, eu achei que, com isso, eu ia me esquecer dela totalmente. Mas acho que me enganei...

-Frankie, você lembra que ela foi embora...

-... E eu segui por um caminho diferente. Sim, eu lembro. O problema é que eu... Eu me lembro do rosto, mas não consigo me lembrar do nome dela... Quer dizer, do verdadeiro nome. Agora eu imagino como Whatsername está.

Gerard suspirou e começou a encarar a paisagem também.

-Você sabe que eu não posso tirar essas memórias de sua cabeça, nem fazer com que você se lembre do nome dela, mas... Bom... Você acha que fez uma boa escolha? Em se afastar dela?

-Tecnicamente, foi ela quem se afastou, desaparecendo sem deixar rastros.

-Mas você não correu atrás. Acha que fez certo?

Não respondi. Ele suspirou mais uma vez.

-Então corra atrás dela...

-Não, eu vou ficar com você.

-Frank, está na cara que você ainda a quer, anda, pode ir atrás dela.

-Ela já deve ter se casado... Como será o rosto dele?

-É sério, Frank. Anda. Vai atrás dela.

-Mas Gee... Eu não vou te deixar...

-Eu só quero te ver feliz. E se isso quer dizer te ver com outra pessoa... Que assim seja.

Apesar de suas palavras, eu podia ver a dor em seus olhos. Mordi meu lábio inferior e acariciei seu rosto.

-Eu sinto muito... – sussurrei e beijei seus lábios levemente antes de sair da casa.

Dirigi rapidamente até a cidade. Era um trajeto normal para mim, já que, vez ou outra, eu ainda ia lá para visitar Cherry. Por causa do costume, só demorei umas duas horas para chegar. Quando cheguei, estacionei o carro na Danger Zone e fui direto falar com Cherry.

-Ei, Cherry.

-Frankie! – ela sorriu e me abraçou – Quanto tempo! O que faz aqui?

-Eu preciso da sua ajuda.

-Ah... – ela franziu a testa – Pode falar.

-Onde está a Whatsername?

Ela não respondeu, simplesmente me encarou gravemente.

-Você sabe que todos nós perdemos contato com ela...

-Não minta pra mim, Cherry. Eu sei que você é a única que ainda fala com ela. Agora me diz, onde ela está?

-O que quer com ela?

-Vai mesmo defender ela? – falei, em um tom sarcástico – Só me diz onde ela está.

-O que quer com ela? – repetiu Cherry, calmamente.

-Conversar.

-Só isso? Você jura? – ela me lançou um olhar desconfiado.

-Sim.

Ela suspirou.

-Ok, eu te levo até lá, mas não vai dizer que eu disse onde ela estava, viu? Se não, eu estou morta.

Suspirei fundo, aliviado.

-Muito obrigado, Cherry. Prometo que você não vai ser envolvida nisso.

-X-

Uma meia hora depois, Cherry me guiou até uma casa extremamente afastada da cidade, quase que na parte pobre. Era um lugar vazio e sombrio, mais sombrio que a Danger Zone. Fui levado por inúmeras ruas pequenas e sem nome, até pararmos em um prédio horrível e praticamente abandonado. Cherry entrou no elevador do prédio e eu a segui. Ela apertou o botão número quatro e aguardamos por um minuto, até que o elevador parou. Cherry abriu a porta, mas não saiu.

-Vá até o último apartamento do corredor. É lá que ela mora. Vou estar te esperando lá embaixo. E... Boa sorte.

-Obrigado. – murmurei e saí do elevador, dando passos incertos até a última porta do corredor, assim como Cherry havia dito. Bati na porta empoeirada de madeira escura e aguardei. Ouvi passos vindos de dentro do apartamento e, subitamente, alguém abriu a porta.

Arregalei os olhos. Para a minha surpresa, Whatsername continua a mesma de sempre. Talvez com um ar mais velho, mas, de modo geral, não havia mudado. A não ser uma coisa: seus olhos, que sempre possuíam um brilho juvenil e animado, estavam apagados, opacos, sem vida.

-Whatsername... ? – chamei, baixinho. Ela estreitou os olhos.

-Jimmy. Como me achou? – sua voz era venenosa, como se quisesse me afastar apenas com palavras.

-Eu... Perguntei pelas ruas.

Whatsername não pareceu convencida, mas não perguntou mais nada sobre isso.

-O que você quer?

-Eu queria... Conversar.

Ela bufou.

-Entre.

Abaixei a cabeça enquanto passava por ela. A casa era extremamente ruim, chegava a ser pior do que a minha. Pequena, mal arrumada... E deprimente.

Sentei-me no sofá empoeirado e puído, com uma delicadeza maior do que normal, com medo de que o sofá se esfarelasse debaixo de mim. Ela se sentou na poltrona dura na minha frente e cruzou as pernas, aguardando a minha fala.

-Eu... Queria pedir desculpas por tudo o que aconteceu anos atrás. Você se lembra, não?

-Claro que me lembro.

-Então... Eu peço desculpas. Fui um idiota. Eu queria meio que... Recomeçar.

Ela arregalou os olhos e riu.

-Está brincando?! Aquilo foi um romance adolescente! Cresça, Jimmy. Nós dois temos 18 anos, somos praticamente adultos. Não posso mais perder tempo com pirralhos que acham que o mundo é feito de amor. Eu preciso construir uma vida, como eu tenho feito até agora.

-Bela vida que você construiu, huh? – murmurei, irônico, fazendo um gesto em direção à casa deplorável de Whatsername.

Ela estreitou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

-Some daqui, Jimmy. Não sinto mais nada por você.

-Com todo o prazer. – repliquei secamente, sentindo todo e qualquer resquício do amor que eu tinha por ela desaparecer – Adeus.

-Adeus.

Andei em direção à porta e, antes de fechá-la, ouvi Whatsername gritar:

-REMEMBER, WHATEVER IT SEEMS LIKE FOREVER AGO!

Bufei e saí daquele prédio caindo aos pedaços. Se, um dia, eu me arrependi de ter deixado Whatsername, já não era mais o caso agora. Os arrependimentos são inúteis na minha mente e eu tenho que deixar isso para lá.

O elevador desceu até o térreo e eu encontrei Cherry em pé, me esperando.

-Vamos embora.

-Como foi?

-Horrível.

-Sinto muito. – ela fez uma careta.

-Não é culpa sua. Eu que espero o melhor do ser humano e sempre quebro a cara.

-Frank... Por acaso você ainda ama Whatsername? – indagou Cherry, franzindo a testa.

-Amava. Até descobrir o monstro que ela é.

-O que quer dizer?

-Ela é rebelde... Até demais. Eu não vi isso quando era adolescente, mas... Ela ultrapassa os limites da rebeldia. Rebeldia demais não leva a lugar nenhum. Aprendi isso da pior forma possível. – suspirei ao lembrar-me de St. Jimmy.

-Pode até ser... Mas você tem o Gerard, não é? – ela sorriu.

-É... Eu tenho.

Espera.

Sim... Eu tenho o Gerard...

Meu deus! Como eu fui burro!

Rejeitei o amor dele por causa de uma mimada qualquer!

Arregalei os olhos.

-Cherry, preciso voltar o mais rápido possível para Jingletown.

-Por quê?

-Não tenho tempo pra explicar. Anda, vamos!

-X-

Poucos minutos depois, eu já estava voltando para Jingletown na maior velocidade possível, ainda pensando o quanto eu fui idiota em deixar o meu próprio namorado só por causa de uma velha paixão adolescente.

Como eu ignorei praticamente qualquer sinal, cheguei em Jingletown em pouco tempo. Estacionei o carro na garagem e abri a porta bruscamente, encontrando Gerard ainda sentado no sofá, desenhando. Ele levantou o olhar subitamente ao ouvir o barulho da porta. Corri e abracei-o fortemente.

-Gee, eu nunca vou te deixar.

Pude sentir que ele começou a sorrir.

-V-você voltou mesmo... Ah, Frankie, obrigado! – ele me beijou longamente.

-Claro que voltei, acho que aprendi que não posso ficar longe de você. – passei a mão por seu rosto – Whatsername foi só alguém que, um dia, eu amei. Mas o meu amor por você é eterno.

Ele sorriu antes de me beijar também.

E na noite mais escura, se minha mente não me falha, eu nunca vou voltar no tempo...

... Esquecendo você, mas não o tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

... THE END O/
Weee -q
Muito obrigada a todos vocês que leram, viu? Sem vocês, eu já teria desistido há muito tempo *-* Cêis são um bando de lindo ♥
Foi bem curta, I know. Mas espero que tenha divertido vocês de alguma forma, né.
E pra alegria de vocês, pretendo postar a 21st Century Breakdown na segunda, é.
Então, eu sou péssima pra terminar fics '-' Nunca sei o que falar aqui '-'
Simplesmente espero que tenham entendido a ideia dessa fic. Sei lá, eu sei que usei a história original do American Idiot pra escrever, mas, mesmo assim, é óbvio que tem algumas ideias minhas... Só espero que eu tenha conseguido passar minhas ideias pra vocês.
E...
É.
Vejo vocês por aí :3
#Gone