That Was A Quite Show escrita por mai_peace


Capítulo 9
Perfect


Notas iniciais do capítulo

Eu não sou muito fã desse drama Faberry, talvez o fato de que elas não são reais no show faz com que tudo isso seja muito cruel para o meu coração, então o drama vai ter fim...
A música é da banda Hadley e eu fiquei apaixonada por ela, acho que caiu muito bem!



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E no final as pessoas se apaixonam pelos príncipes e pelas princesas dos romances água com açúcar e amam frases clichês, elas esperam ver aquele primeiro beijo que sabem que nunca terão.  E Rachel Berry sempre fora uma delas, todas as tardes se trancava em seu quarto com um pote de sorvete e assistia algum musical com Barbra, sonhando com Finn Hudson chegando em um cavalo branco e às vezes ela chorava, quando sem querer o rosto de Quinn vinha na sua mente.

Seu pai a segurou contra o peito quando percebeu que a menina estava chorando de forma desconsolada, em uma cena romântica do filme, e Leroy se levantou para buscar um copo de água afagando o ombro da menina.

–Eu só queria um romance como esses dos filmes papai. – disse a menina chorando.

–Rach, você terá, o mais lindo romance que você poderia ter. Mas se ele não for Finn, será outro garoto e eu tenho certeza que se for ele, ele voltará para você.

Leroy se sentou ao lado dos dois com um copo de água entregando para a menina, e pousou seus lábios com um doce beijo na testa da menina.

–Eu não entendo porque vocês terminaram dessa vez... – lamentou o pai, Rachel pareceu chorar mais ainda agora que ele havia tocado no assunto e eles se entreolharam sentidos por tê-la feito chorar ainda mais nesse momento.

–Está tudo bem meu amor. Você não tem que nos falar sobre o que aconteceu, nós iremos esperar o momento em que você estiver se sentindo melhor para tocar no assunto.

Rachel engoliu suas lágrimas juntos com o copo d’água e ficou ereta no sofá, olhando para a parede que estava na sua frente.

–Eu amo, papai. Eu queria sentir aqui no meu peito que isso não é amor,  - ela bateu no seu peito teatralmente enquanto falava e lágrimas rolavam pelo seu peito – porque eu não posso deixar de acreditar nesses filmes tão românticos em que a mocinha sempre encontra um homem com o qual ela sabe que irá passar o resto da sua vida e se põe a cantar sobre ele, porque ela o ama e ela sabe que só irá amar um homem pelo resto de sua vida. Eu tenho medo de nunca conseguir amar ninguém além dele, pelo resto de minha vida.

Hiram e Leroy se aproximaram juntos da menina e a abraçaram, querendo retirar aquela emoção tão exagerada que batia dentro do peito de sua filha.

–Meu bebê, - balbuciou Leroy – você irá ter o seu amor. Finn irá voltar para você, - ele puxou o queixo da menina para que ela pudesse olhar em seus olhos – porque qualquer pessoa que você ame dessa forma e não te ame de volta, seria um completo idiota ou teria que ser cego, para não enxergar que só você o amará dessa forma. Mas se você o ama tanto assim, você deve lutar, porque os verdadeiros amores, nunca chegam fácil, querida.

Leroy deu um beijo no seu marido e a menina se apegou aos braços de seus pais e desde que ela havia começado a chorar, ela sentiu realmente algo perfurando o seu peito e as lágrimas começaram a escorrer furiosamente pelo seu rosto. E quantas vezes ela não havia fracassado em fingir que Finn era o motivo de suas lágrimas até aquele velho rosto, voltar a rodear a sua mente.

–Você acha que eu irei viver esse amor algum dia papai? - perguntou.

Hiram acariciou o seu rosto retirando algumas lágrimas de seu rosto.

–Alguns amores, simplesmente não estão destinados a serem, meu bebê. Ou talvez, não seja você destinada a lutar por ele.

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Quinn estava jogada na sua cama olhando para o teto e Chandler tinha um livro em mãos analisando com certo cuidado.

–O quanto mais de nerd você deixa esconder atrás desse rostinho bonito? – perguntou ele e levou um soco em seguida.

–Deus, minha mãe está tão feliz de me ver com um garoto tão bonito como você, que eu acho que ela vai oferecer minha mão em casamento se ela te convidar para o jantar.

Chandler gargalhou e se jogou na cama junto com a menina.

–Obrigada pelo convite, para vir até a sua casa, eu não suportaria passar mais um dia naquela casa com os meus pais.

–Eu gostei da ideia de simplesmente não passar mais um dia jogada no chão do meu quarto sozinha até adormecer. - resmugou a menina, ainda olhando para o teto.

–Eu acho que se estivéssemos deitados no chão, esse momento seria mais dramático. – Ele gargalhou com a realização e Quinn riu, se ela acreditasse ser hétero pela forma como ela se sentiu pelo riso do menino contaminando o ar, ela diria que estava apaixonada, – Aquela menina da escola, ela...

–Ela não é nada, nem ninguém e eu adoraria que você não falasse sobre o assunto. - cortou rapidamente Quinn, se levantando da cama em seguida.

–Sabe, quando eu me apaixonei, por aquele estúpido jogador de futebol, todos os dias eu sonhava que ele fosse ter um pouco de coragem para lutar por mim ou que ele não tivesse tanto medo do que iriam pensar. Eu sei que aquilo machucava nós dois, mas eu sei como a ideia de nunca poder lutar pelo que eu sentia me destruía por dentro.

Quinn observou o rosto do menino deitado na sua cama, olhando para o teto também, talvez aquele amor ainda machucasse o seu peito, ela podia dizer pelo olhar que ele tinha em seu rosto.

–Eu sinto muito por isso. – disse tirando uma mecha do cabelo dele de seu rosto de forma delicada.

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Rachel se sentou na sua cama, ela ainda se lembrava de quão doce Quinn era quando tinha apenas quinze anos de idade e a maioria das pessoas da escola não se davam nem conta de Rachel. Esta não entendia o quanto todas as coisas haviam mudado, como de um segundo ela passou de invisível para um constante alvo de bullying, como Quinn passou de uma menina doce que dizia que a amava para a menina que gritava com ela e dizia amar outra pessoa.

Rachel nunca iria entender o que havia mudado.

Ela segurou seu telefone nas mãos e quando se deu conta ele já estava no seu ouvido, chamando o número dela. Um dejavu do que já havia ocorrido tantas vezes antes veio em sua mente, quantas mensagens ela já havia enviado, perguntando ‘O que mudou?’ e nunca obtivera respostas, quantas ligações ela havia feito que jamais foram atendidas, um dia ela simplesmente se cansou e parou.

Rachel apertou os olhos enquanto ouvia o telefone chamar, ela não sabia porque agora depois de tanto tempo ela havia ligado novamente, mas dessa vez ao invés da habitual caixa postal que ela sempre ouvia ela simplesmente ouviu silêncio e uma respiração.

“Por que?” se perguntou dessa vez. E era simplesmente aquilo que rondava na sua mente, ‘por que?’ as coisas eram daquela forma, o que tinha causado aquela volta de 180º em sua vida?

–Rachel... - sussurrou Quinn do outro lado, com uma respiração profunda em seguida e a outra menina ainda não havia se dado conta de que estava chorando, depois de tanto tempo, a HBIC jamais havia dado a chance para que ela chorasse na sua frente, então ela não havia percebido que ela estava chorando.

Rachel se levantou e caminhou em direção ao seu teclado, colocando seu telefone no viva-voz, em cima dele.

“Diga que você não me ama mais, olhe nos meus olhos e fale que você ainda não é a mesma menina que me amou, porque eu ainda sou a mesma menina que você amou, Quinn!” – gritou Rachel no palco, enquanto Quinn se levantava do piano e tentava ir em direção a porta, desde que a menina havia chegado, tentava a encurralar.

Rachel segurou seu braço, e a HBIC se virou para ela furiosa e apenas emitiu um: “Nunca mais, toque em mim, Rupaul.”

Ela saiu e Rachel lembra de ter chorado a noite toda até adormecer e decidido nunca mais a tocar.

–Eu ainda sou... a mesma... - disse com dificuldade, do outro lado da linha, quase em um sussurro e a morena do outro lado jamais teria se dado conta, se ela houvesse respirado no momento, pelo resquício de voz que havia sido soprado naquele instante.

Quinn ouviu algumas notas serem tocadas e percebeu que Rachel tinha o telefone em cima do seu teclado, ela respirou fundo e não pode conter as lágrimas do seu rosto.

                                          “Falling a thousand feet per second

You still take me by surprise

I just know we can't be over

I can see it in your eyes

Making every kind of silence

Takes a lot to realize

It's worse to finish than to start all over

And never let it lie

And as long as I can feel you holding on

I won't fall

Even if you said I was wrong…”

Quinn não se lembrava de jamais ter ouvido uma voz tão linda quanto a de Rachel, ela se lembrava de quando ia até a casa dela após jantares maçantes com a sua família e ela se deitava no colo da menina, recebendo cafuné, enquanto Rachel cantava para ela. A voz da menina sempre fora a sua preferida.

“I'm not perfect

But I keep trying

Coz that's what I said

I would do from the start

I'm not alive if I'm lonely

So please don't leave

Was it something I said

Or just my personality...”

As duas meninas ainda podiam sentir as lágrimas rolarem pelo seu rosto, talvez pela primeira vez fossem lágrimas de alívio.

“Making every kind of silence

It takes a lot to realize

It's worse to finish than to start all over

And never let it lie

And as long as I can feel you holding on

I won't fall

Even if you said I was wrong…”

Quinn riu, do outro lado da linha, ouvindo os versos da música e Rachel sorriu, em ouvir a risada da menina dela ecoando no ambiente, ela iria se repetir em seu ouvido durante semanas.

“I know that I'm not perfect

But I keep trying

Coz that's what I said

I would do from the start

I'm not alive if I'm lonely

So please don't leave

Was it something I said

Or just my personality...”

Ela finalizou a canção, com uma pergunta que provavelmente ela se fazia sobre Quinn. Coisas que haviam ficado por tanto tempo, sem respostas.

–Desculpa eu... – começou Rachel, mas foi interrompida rapidamente por Quinn.

–Rach, você pode cantar pra eu dormir? – perguntou ela, com um suspiro.

–Sim. – respondeu sem hesitação, ela sabia que não devia, mas talvez ela tinha mais saudades da ‘sua Quinn’, do que ela podia imaginar.

Rachel se deitou e apagou as luzes do seu quarto, ela cantou até a HBIC do outro lado da linha adormecer e adormeceu ouvindo a respiração dela no seu ouvido, Rachel tinha certeza que ela jamais iria dormir tão bem novamente. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse final e curtam a nova reviravolta que a história vai ter agora! ;)
Comentem e deixem as suas opiniões, obrigada por continuarem acompanhando! *-*



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