Um Lindo Acaso escrita por Marina


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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E naquela quente tarde de um sábado tedioso no parque, podia me contentar com a linda vista de ipês cor-de-rosa, e com meu livro sobre espíritos. Nada anormal. Apenas eu e meus pensamentos, cercados por flores já caídas da árvore que eu me apoiava até então.

Imersa a meus devaneios, me esquecendo parcialmente do livro que segurava e olhando o horizonte, assustei-me com uma das pequenas flores do ipê, que acabara de cair sobre meu nariz. Senti seu cheiro suave e, sem antes pensar aonde colocar a flor, levei, nada mais, nada menos, do que uma bolada em minha face.

- Ai! O que foi isso, garoto? – disse eu, me levantando.

- Me desculpe, foi meu primo. Está doendo muito? – perguntou o garoto que correra até mim, logo depois de parar em minha frente e colocar sua mão em meu rosto.

- Não mais. – corei – Toma. – num ato completamente impensado, dei-lhe a flor que segurava. Talvez com o intuito de livrar-me da pobre e inocente flor.

- Bem... Obrigado! – respondeu – Me dá um beijo? – ok, não era exatamente o que eu quis dizer quando lhe dei inocentemente a flor.

- Não. Cai fora.

- Mas você não vai me dar um beijo? – perguntava ele, indignado por eu não querer lhe dar um “simples” beijo.

- Não sei... – antes de concluir meu raciocínio, ele me beijou.

Foi bom. Macio. Estranho. Nunca havia sentido aquele frio na barriga antes. Bom... Surpreendente...

O empurrei.

- Imbecil.

- Linda. Gostei de você.

- Some daqui!

- Os incomodados que se mudem... Vou ficar por aqui mesmo. - E se sentou.

- Não vou sair daqui! – e me sentei também, abrindo meu livro e ignorando o ser ao meu lado.

Não contente, colocou seus braços à minha volta. Não me senti acolhida ou protegida, ou seja: ele não era o homem da minha vida. Pelo menos, era assim que pensava. O homem da minha vida me faria sentir segurança, só com um abraço carinhoso, mas firme.

Porém, não o afastei e, novamente, ele me beijou. De novo aquela sensação tomou conta de meu estômago e logo estava me deliciando novamente com seus lábios e, depois de então, com suas mordidas.

- Linda. – corei de novo – Tenho que ir, devolver a bola ao meu primo. Me passa seu número.

Passei sem pensar. E ele se foi, assim como a sensação que me causara. Porém, me deixou com o gosto de sua boca, a marca de suas mordidas e o arrepio que seus dedos ásperos me trouxeram. E depois daquilo, não poderia continuar a dizer que aquela era uma tarde de sábado tediosa, mas uma tarde de sábado cor-de-rosa como os ipês que inundavam minha vista.


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Notas finais do capítulo

então, o que acharam??
essa história cabe como One-shot, como se vê.
mas se quiserem... eu posso continuá-la =)
deixem seus comentários, por favor!