10/01/xxxx

 

Tudo começou quando a piplup Pauline teve aquele sonho. Ela se viu em um campo florido, onde vários butterfrees e bealtiflies voavam alegremente, o que não é incomum, pois ela tem um sonho assim praticamente todas as noites:

 

- Estou sonhando que morri e fui pro pokecéu de novo! Preciso parar de comer comida mexicana antes de dormir. - ela disse.

- Pauline, preciso ter uma conversa com você!

- Me desculpe, Senhor!Eu não devia ter amarrado os bigodes daquele magikarp no pára-choque do caminhão!

- Ahn... Se eu fosse você, olharia para trás!

 

Pauline olha para trás e vê um pokémon muito estranho, que era quem estava falando com ela o tempo todo:

 

- Quem é você?

- Sou Shaymin. Eu entrei no seu sonho para dizer que sua cidade está correndo perigo.

- Como assim? De que perigo você está falando?

- Você saberá daqui a um tempo. Seus familiares e seus amigos precisam da sua ajuda.

- E o que você quer que eu faça?

- Você deve formar um time de exploração o mais rápido possível. O seu pai foi um grande explorador. E com certeza, você também será.

 

Pauline acordou assustada. “É, os efeitos da comida mexicana são piores do que eu pensei”, ela pensou. Imediatamente, ela ouviu a voz de Shaymin em sua cabeça:

 

- Isso foi mais do que um sonho, minha jovem! Você deve procurar logo alguma associação para times de exploração. E você devia mesmo parar de comer comida mexicana. Uma vez que comi, pensei que fosse ficar com diarréia até o resto da vida.

11/01/xxxx

 

De manhã, Pauline foi tomar café da manhã com seus pais:

 

- Bom dia, preguiçosa! Dormiu bem? - Louis perguntou.

- Sim. Mas eu tive um sonho diferente...

- Como foi, Pauline? - sua mãe perguntou.

 

A mãe de Pauline era uma golduck chamada Nancy. Ela foi uma das primeiras recrutas do time de exploração de Louis e Maryanne.

 

- Eu vi um pokémon que parecia um hamster branco com uma salada nas costas. Ele disse que o nome dele era Shaymin e que a cidade está em perigo!

- Efeito da comida mexicana... - disse Nancy.

- Espere! Alguns pokémons têm a habilidade de entrar em sonhos! Pode ser verdade! Ele disse mais alguma coisa? - perguntou Louis, começando a se preocupar.

- Ele também disse que eu tenho formar um time de exploração para evitar isso.

- Então, é melhor você fazer isso. Tem uma associação do outro lado da cidade.

- Por que você não chama o Caleb? A mãe dele era a líder da nossa equipe! - sugeriu Nancy

 

Caleb era um cyndaquil filho de Maryanne, que nunca entendeu porque ele não tinha interesse em exploração.

 

Depois comer algumas gomas azuis e tomar um copo de leite de miltank, Pauline foi até a casa de seu amigo Caleb. Maryanne já a estava esperando do lado de fora:

 

- Oi, Pauline! Eu sabia que você viria!

- Pelo dimensional scream?

- Não, sua mãe acabou de me ligar. E ainda por cima, ligou a cobrar! Ela devia ganhar um chute na...

- O Caleb está aí? - Pauline perguntou, antes que Maryanne resolvesse mesmo acertar umas contas com sua mãe.

- Sim, mas ainda está dormindo. E você sabe tentar acordá-lo é tão inútil quanto tentar ensinar um feebas a desfilar.

- Deixe comigo.

 

Pauline entrou no quarto de Caleb e gritou em seu ouvido:

 

- ESTÃO DANDO COMIDA DE GRAÇA NA ESQUINAAAA!!!

- O quê? As gomas vermelhas são minhas!As gomas vermelhas são minhas! - Caleb disse, acordando com o susto. - Pauline... Que idéia é essa de me acordar a essa hora?

- Mas são quase dez da manhã!

- Como você tem coragem de me acordar às dez da madrugada?

- Ahn, Caleb, a Pauline quer formar um time de exploração com você. - Maryanne disse.

- Tô fora! - disse Caleb.

- Ah Caleb, vai ser tão legal! Pense bem! -insistiu Pauline- Ajudar pokémons em perigo, descobrir lugares jamais explorados, prender criminosos psicopatas...

 

O cyndaquil não parecia nada interessado.

 

- Comer gomas, maçãs, berries... - Completou Maryanne.

- É mesmo! Dá para ganhar comida como recompensa! Vamos logo! - ele disse

 

Caleb saiu correndo para fora de casa.

 

- CALEB, ME ESPERE! - gritou Pauline, tentando alcançar seu amigo.

- Você sabe o caminho para a associação? - Caleb perguntou.

- A associação de Sunrise Town está do outro lado da cidade. Eu já estive lá!

 

Enquanto isso, no outro lado da cidade, uma bunneary que cuidava de uma creche de ovos tentava convencer um time de exploração aceitar um magikarp recém-nascido em sua equipe:

 

- Vamos lá! Eu choquei esse ovo para vocês com todo carinho e agora vocês não vão levar essa coisa?

- Nada disso! No nosso time, só os melhores entram. - disse o charizard, que era o líder do time.

- Escutem, eu pago 1200 pokedólares para vocês levarem este troço saltitante.

- Está bem! Nós levamos.

Nisso, uma lopunny e um riolu chegaram:

 

- Oi, filhinha! Como vai a creche?

- Muito bem, fiz outro time de exploração levar um magikarp!

- Aposto que ela subornou os clientes de novo! - disse o riolu.

- EU NÃO SUBORNEI! - gritou a bunneary.

- SUBORNOU SIM!

- MENTIROSO!

- CORRUPTA!

- FOFOQUEIRO!

- CALEM A BOCA! SE NÃO, CHAMO A SUPERNANNY PARA VOCÊS! - gritou a lopunny, impaciente.

 

Pauline e Caleb chegaram nesse momento:

 

- Com licença! - disse Pauline - vocês sabem onde fica a associação de Sunrise Town?

- Não está longe, eu levo vocês até lá - disse o riolu.

- Pauline, você disse que sabia onde ficava! - disse Caleb

- Ah, eu esqueci...

- Vocês devem estar querendo formar uma equipe de exploração, certo? - perguntou o riolu.

- Isso mesmo.

- Eu sou Júnior. Meu pai é o mestre da associação.

- É sério? - perguntou Caleb.

- Sim, e aquelas são minha mãe Lina e a chata da minha irmã, Candy.

 

Depois de andar um pouco, os três chegaram à associação. Era uma construção de dois andares.

 

- Aqui estamos nós. Vou mostrar a associação para vocês.

 

Júnior, Pauline e Caleb entraram na cozinha da associação, onde um treeko está lavando a louça e cantando desafinadamente:

 

- “Viveeer e não ter a vergonha de ser feliiiz!”

- Aquele ali é o Tyson. Ele é órfão e mora aqui na associação. - Explicou Júnior - Ele costuma me ajudar a cuidar da associação.

- “Eu seeei que a vida devia ser bem melhor e serááá!” - cantava Tyson.

 

De repente, a janela da cozinha se quebra.

 

- Tyson! Já é a quarta janela essa semana! E ainda é segunda feira! - Reclamou Júnior.

- Desculpe. Acho que estou um pouco desafinado.

- Por que não procura um professor de canto? - sugeriu Pauline.

- Eu já tentei três, mas o primeiro foi parar no hospício, o segundo morreu de hemorragia interna e o terceiro suicidou.

- Tyson, esses são Caleb e Pauline. Eles serão os novos aprendizes. Você pode mostrar a associação para eles enquanto falo com meu pai?

- Deixe comigo.

 

Júnior deixou Caleb e Pauline com Tyson.

 

- O que foi aquilo? Versão brasileira da perish song? - perguntou Caleb.

- Não prescisa ofender, Pauline! - respondeu Tyson.

- É CALEB! - Ele gritou, furioso.

- Me desculpe! E-eu juro que você tem cara de Pauline! - disse Tyson, sem graça.

- O QUÊ?

- Ahn, esquece! Vou mostrar a associação para vocês.

 

Enquanto Tyson mostrava a associação para Caleb e Pauline, eles conversavam:

 

- Tyson, você tem uma equipe de exploração? - perguntou Pauline.

- Não, eu costumo trabalhar aqui dentro. De vez enquanto eu exploro alguns dungeons, mas não é sempre.

 

Depois, foram até a câmara do mestre da associação, que era um lucario.

 

- Mestre, esses são Pauline e Caleb. Eles querem formar um time de exploração - disse Tyson.

- Então, vocês são os novos aprendizes de que o Júnior falou, certo? Sou Raider, o mestre e fundador da associação. Me digam, qual é o nome do time de vocês?

- Que tal “Comida Grátis”? - perguntou Caleb.

- Você só pensa em comida? - perguntou Pauline.

- Não, também penso em caminhão.

- Caminhão?

- É. Caminhão cheio de comida!

- Eu tenho uma sugestão. O que acham de “Pokéheroes”? - sugeriu Tyson.

- Gostei! - disse Pauline.

- Eu também! - disse Caleb.

- Está bem. Vamos fazer o registro do novo time. - disse Raider.

- Mestre...

- Sim, Tyson?

- Eu... Eu... Posso fazer parte do time Pokéheroes?

- Você quer entrar para nossa equipe? - perguntou Pauline, curiosa.

- Quero! Vocês são tão legais e já passou da hora de eu ter um time!

 

O registro foi feito e o time recebeu distintivos, uma mochila para carregar itens, um mapa e alguns itens para ajudá-los em suas primeiras missões.

 

- Eu acho bom que você tenha entrado para um time, Tyson! - disse Raider.

- Porque assim eu posso aproveitar as explorações com meus novos amigos, certo?

- E também para você pagar as janelas que quebra todo santo dia! - brincou Raider.

- Vamos pessoal! Temos que escolher nossa primeira tarefa! - disse Pauline.