Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 18
Capítulo XVI - I'm strong, but love is evil.


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo, como eu prometi. Espero que gostem, boa leitura. E não deixem de acompanhar. *U*



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    Agora a notícia que tomava conta da escola era a festa que Marcie Millar daria. Todos os anos ela fazia a mesma festa para arrecadar fundos para o time das lideres de torcida. Vee, por mais que odiasse Marcie, estava insistindo para irmos.

     - Por favor! Nem precisamos olhar para a cara dela!

     - Claro que precisamos, temos que dar algum dinheiro só para entrar.

   Ela ficou de cara feia por algumas horas, fazendo aquele olhar de cachorrinho pidão. Então aceitei ir, desde que, Patch também fosse.

   Vee bufou alto e reclamou o resto do dia que eu agora andava colada de mais nele.  

  Mais tarde naquela noite, fui buscar Vee em sua casa. Patch nos encontraria já na casa da Marcie. E claro, que eu me preocupava com Marcie e ele no mesmo terreno, agora ela andava parando-o nos corredores para puxar conversa, ele era o mais educado possível, mas sempre saia andando sem ligar para ela.  

       - E ai, estou bonita? – Disse Vee quando saiu de casa e parou em frente a minha janela.

   Ela estava usando uma blusa rosa, jaqueta, calça jeans e salto alto, e até muito maquiada para o meu gosto. Comparei minha roupa com a dela.

       - Ah, claro. – E fiz questão de esconder meus tênis sujos para que ela não me obrigasse a voltar em casa para trocar.

   Vee puxou um espelho mínimo da bolsa e começou a retocar o batom.

        - Patch vai nos encontrar lá?

        - É, esse é o plano.

        - Vai ter que ficar de olho na Marcie, ela não vai desistir. Sabe disso.

        - Eu sei. – E o resto da viagem até a casa de Marcie se seguiu em silêncio. Ao chegarmos, já deu para ver que ia ser uma longa noite.

     Pessoas dançavam no gramado da casa, algumas estavam debruçadas para fora das janelas e outras estavam até no telhado.

        - Isso está uma zona. – Disse quando sai do carro e já senti o forte cheiro de cigarro e álcool.

        - É uma festa ao estilo Marcie, esperava o que?

 Andávamos em direção a casa quando uma das amigas de Marcie, e líder de torcida saiu, estava com o vestido mais curto que eu já vira, quase dava para ver o útero daquela criatura. Ela estendeu um cesto que estava cheio de notas de R$10 e R$20.

         - Sua contribuição e blá blá blá.

    Olhei para Vee e ela tirou da bolsa o que parecia ser uma nota de R$20, sorriu para a líder de torcida, e agarrou meu braço me puxando para dentro da casa.

         - Não acredito que deu mesmo dinheiro para ela.

         - Prefere ficar do lado de fora?

   Chegamos á sala e estava lotada, nem espaço para andar tinha. A música me deixava quase como surda de tão alta e as pessoas dançavam loucas.

          - É, acho que prefiro.

         - Vamos. – Fomos para uma mesa cheia de bebidas, Vee escolheu uma garrafa de cerveja e fomos nos sentar na escada, que agora, era o lugar mais calmo da sala.

     Eu esticava o pescoço, procurando Patch pela multidão de pessoas.

          - Onde ele está? – Murmurei baixinho. Vee estava com uma expressão calma enquanto tomava a cerveja e olhava um grupo de garoto. –

          - Ele não está aqui, tente lá em cima. – A mesma líder de torcida descia a escada, e anunciou em meio a risinhos.

     Olhei para Vee, que ergueu uma sobrancelha e deu os ombros.

         - Fique ai, já volto. – Levantei-me e subi as escadas, todas às portas estavam escancaradas menos uma no final do corredor.

      Andei com calma até ela, olhando com atenção os outros quartos. Abri a porta e na mesma hora senti que alguém tinha cortado minha cabeça fora.

       Marcie Millar puxava Patch pela nuca, e o beijava como se fosse arrancar os lábios do garoto. Já ele não a tocava, mas tinha as mãos ao lado do corpo da mesma como que para empurrar, mas ele não empurrou.  Abri a boca para gritar ou falar alguma coisa e a voz não saiu. Bati o pé forte, o que chamou a atenção dos dois.

        A vadia riu, como se tivesse ganhado um prêmio e Patch veio em minha direção.

       - Nora.

       - Não fala nada, OK? – Coloquei uma mão em seu peito e o parei, para que ele não se aproximasse mais.

   Não deixe eles te verem chorar, segura o choro. Eu pensava enquanto, olhava a cara dos dois. Patch tinha a boca meio aberta como se tivesse parado no meio de uma frase.

     Sai do quarto correndo e desci as escadas, Vee se assustou e gritou quando passei por ela e nem disse nada.

      - Nora! Aonde você vai?

    Eu corri pela calçada até que o som da festa se abafasse, eu não conhecia aquele bairro, mas andei mais de sete quadras. A mesma cena passava mil vezes pela minha cabeça e eu agarrei meus cabelos como se quisesse arrancá-los.

      Ele não tinha me seguido, ele não se importava comigo.

    Cocei os pulsos com a mais força que pude, como que para abrir as cicatrizes que ainda estavam ali, as lágrimas caindo sem parar.

      - Merda. – Eu quase gritei. Só tinha um carro na rua, uma van escura, que estava parada ao meio fio com as luzes apagadas.

      Quase corria, esperando que por mágica eu sumisse. Não acredito que ele fez aquilo comigo, por que ele não a empurrou? Era tão simples.

      Soluçando por causa do choro, eu limpava as lágrimas teimosas com a manga de meu casaco.

     - Nora! – Ouvi a voz de Patch ainda distante, olhei para trás, ele ainda estava a uma boa distancia. Estava quase chegando a van quando um homem corpulento saiu dela, todo vestido de preto e com uma cara feia.

     Parei um pouco e comecei a andar em outra direção, atravessando a rua. Mas outro homem estava na outra calçada, vestia quase as mesmas roupas que o outro e estava com os braços cruzados. Parei no meio da rua, de costas para a van quando senti uma mão fria, por cima de minha boca. O homem que estava ao lado do carro agora me segurava com força nos braços enquanto eu me debatia em seus braços. Ele me jogou da parte de trás da van como se eu fosse eu fosse um saco de roupas sujas, e subiu comigo, ainda tampando minha boca.

      Era fedido ali, parecia ter comida estragada em todos os cantos. O outro homem entrou dando uma risada exagerada, ele se virou no banco do motorista e me deu uma boa olhada.

        - É, Patch tem bom gosto.

           


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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