A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM PELA DEMORA!
Boa Leitura (=



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Papai estava dormindo no sofá enquanto as chamas tomavam conta da casa.

- Papai, acorda! Corra! – Gritei pra ele, tentando, inutilmente, destruir uma barreira invisível que não me deixava ir ate ele.

Quando os olhos de papai se abriram e ele gritou de susto, fiquei aliviada. Era agora, ele iria fugir e eu e minha irmã não seriamos separadas. Eu não iria ter que me casar com Edward.

Só que no momento que ele se levantou, um par de mãos agarrou seu pescoço, fazendo seu corpo se deitar de má vontade novamente no sofá.

Quando olhei para o dono das mãos, dei de cara com Edward.

Meus olhos se abriram e olhei para o alto, assustada.

A primeira coisa que pensei, foi que eu havia morrido, pois ainda me lembrava que a ultima coisa que havia acontecido enquanto ainda era viva: Eu estava praticamente vomitando meus pulmões, dentro da limusine de Edward.

Minha respiração estava a mil e tive que colocar minha mão sobre meu peito para verificar se meus pulmões estavam mesmo no lugar ou se ao fazer tal gesto minhas mãos iam atravessar meu corpo, já que obviamente virei fantasma.

Só que no meio do gesto, minha mão deslizou por algo que me lembrou um braço, só que não era o meu. Ainda mais assustada, olhei para o lado e encontrei Edward deitado, seus braços envolviam minha cintura e meus lábios estavam muito perto de seu peito, era possível controlar os movimentos de sua respiração pesada. Encima de minha cabeça, travesseiros deliciosos que estavam afundados estavam posicionados.  Foi difícil mover minhas mãos, pois elas estavam em baixo dos braços de Edward.

Não precisei de muito tempo para concluir que eu estava em uma cama... Com Edward.

Ok, eu estava no inferno! Porque Deus, o que fiz de errado? Ate virgem eu morri, ora essa!

Assim que o hálito de Edward atingiu meu rosto, um cheiro forte de álcool atingiu minhas narinas e fui obrigada a retirar minhas mãos de seus braços, só que ao fazer tal coisa, seus olhos se abriram e percebi que estavam cansados e confusos. Para completar, olheiras realmente profundas estavam presentes em seu rosto.

- Demorou mesmo para acorda – Ele disse, me olhando com toda calma possível.

- O que você ta fazendo aqui? – Perguntei com raiva, retirando minhas mãos de perto dele.

- Dormindo com minha futura esposa, quem sabe?

Assim que a palavra esposa saiu de seus lábios, fui atingida por um golpe da realidade e me levantei da cama com apenas um salto. Todos os acontecimentos passados foram passando pela minha cabeça como se fosse um filme: A rosa vermelha, minha casa pegando fogo, o resgate de minha irmã , o beijo entre mim e Edward  e finalmente a cena da qual eu quase tossi meus pulmões

- Não morri? – Perguntei para ele, enquanto observava o quão grande a cama era da qual ele estava deitado.

- Claro que não – Ele respondeu todo tranqüilo, se levantando um pouco tonto da cama – Só ficou desacordada por três dias.

- Três dias? - Perguntei, quase gritando.

O cômodo ao meu redor era realmente grande, quem sabe ate maior que minha antiga casa. A parede era toda branca com alguns desenhos de rosas meio que transparente envolvendo cada espaço vazio. A cama (que dava umas sete da minha antiga, que havia virado pó) estava posicionada ao lado de uma janela grande, que estava tampada por uma cortina vermelha. Um guarda roupa realmente moderno da cor de madeira antiga estava colocado atrás de mim, perto do que me lembrava um closet que só aquelas garotas ricas podiam ter. Um sofá estava colocado ao lado de uma porta e mais para longe, do outro lado do quarto, havia outra porta (certamente uma para o banheiro e outra para a saída). Do outro lado da cama, havia um grande espelho grudado na parede, que refletia minha imagem.

Meus cabelos estavam penteados e lisos, como se eu penteasse meus fios de cabelos uma cinco vezes por dia. Minha pele branca estava corada nas bochechas e meus olhos verdes encaravam a peça de roupa que eu estava usado: Um lindo pijama de inverno azul.

- É, três dias. Gastei rios em dinheiro com você, acho que veio cerca de dez médicos aqui só para te ver – Ele continuou falando com toda a tranqüilidade do mundo – O resultado foi que você ficou com pneumonia e infecção nos pulmões por culpa de toda fumaça que cheirou. Agradeça a Alice mais tarde, foi ela quem ficou quase toda hora aqui, cuidando de você. Sem falar na compra de roupas que foi fazer por você.

- Compra de roupas, Alice? – Perguntei mais uma vez, tentando absorver todas as informações na cabeça.

Olhei para minha mão aonde deveria estar inchada e só encontrei pequenas cicatrizes. Passei a mão pelo meu braço que deveria estar envolvido por uma faixa, e só encontrei uma camada de pele seca, formando uma ferida que em breve iria desaparecer dali.

- É, Alice é tipo sua criada, assim como tenho o meu. Não se preocupe, ela comprou vários tipos de creme e esta cuidando de sua pele como se você fosse uma boneca mimada.

- Nessie! – Gritei, olhando para ele – Cadê minha irmã? – Perguntei novamente, ignorando quem diabos Alice deveria ser.

- Ela tem ido às aulas todos os dias que você tem ficado desacordada – Ele continuo respondendo minhas perguntas, sem humor algum – Não passou um dia sequer sem que ela deitasse aqui com você e ficasse contando historias para você, Alice deu um livro de contos de fadas para sua irmã. Ah, agora são dez da noite, sua irmã esta dormindo.

- Quero ver ela. – Exigi.

- Primeira porta a direita, ao lado do seu.

Não precisei nem se quer de mais tempo para ouvir aonde era o quarto ou não, só sei que quando percebi meu corpo começou a agir por conta própria e abri a porta de meu quarto (depois de ter errado a porta que dava para o banheiro) e depois abri a porta que estava ao lado de meu quarto.

Ao longe, vi o corpinho de minha irmã deitado na cama ao longe. Seu quarto era grande assim como o meu só que a cama era menor assim como as cômodas e o guarda roupa. Não ousei entrar no quarto e chegar perto dela para ouvir sua respiração lenta e ao mesmo tempo aconchegante, eu sabia que fizesse isso ela iria acordar e não iria dormir mais pelo resto da noite. Era só agüentar ate o dia raiar. Depois, eu e ela teríamos todo o tempo do mundo, não é?

Aliviada e com uma vontade enorme de atravessar o quarto e ir ate Nessie, fechei a porta do quarto e assim que comecei a caminhar em direção do ‘’meu’’ quarto.

Encontrei Edward parado a poucos centímetros longe de mim. Parecia que ele não havia dormido há dias, estava ate mesmo com a mesma roupa que eu o vi usando a ultima vez.

- O que vai acontecer agora? – Perguntei, encarando seus olhos dourados, tão frios.

- Você vai ir dormir e durante a manhã agente discute sobre isso. Alice vai levar você para um salão de beleza, pois amanha a noite vamos ter uma festa no salão principal da cidade, todos precisam saber que você esta bem novamente e não um cadáver em decomposição.

- Tanto faz – Respondi de mau humor – Mas em poucos dois vou voltar a estudar, fique você bem informado.

- E mais um coisa – Ele acrescentou, sorrindo para mim, ignorando meu comentário – O corpo de seu pai não foi encontrado dentro da casa.

Eu não esperava por aquelas palavras.

- O que? – Perguntei pronta pra chorar.

- O. Corpo. De. Seu. Pai. Não. Foi. Encontrado. Na. Casa. – Ele repetiu sem paciência – Já estou mandando fazer uma busca, não se preocupe. Tenha uma boa noite!

Depois de me dar tal noticia, Edward saiu de minha frente e seguiu reto no corredor. Só que fui mais rápida que ele e quando percebi, eu o puxei pelo braço, com toda raiva.

Com apenas um movimento, Ele me colocou contra a parede e nossos corpos estavam muito, muito próximos.

- Escuta aqui, sua vadia. Da próxima vez que fizer isso, vou lhe dar um soco que juro que arrebento essa sua cara. Entendeu? Vá dormir ou expulso você daqui. Eu disse que pela manhã, agente conversa.

- A única vadia aqui são as mulheres que você costuma dormir. E ah, não sou uma das cadelas que você esta a bater. Encosta em mim e vou adorar ver você na cadeia, embora você mereça um canil – Ameacei me desviando de seus braços, enquanto caminhava de volta para meu quarto, furiosa.

Assim que cheguei ao quarto, me pus a chorar e fechei a porta atrás de mim. Quem ele pensava que era para me tratar daquele jeito? Um tipo de vadia? Se ele estava pensando que podia me tratar daquele jeito, estava muito, mas muito enganado.

Um barulho de algo atingindo o chão me fez dar um pulo para trás.

Ouvi que o barulho foi perto da janela e me aproximei da mesma, percebendo que ela estava aberta. O vento frio atingiu meu rosto sem piedade alguma e meu corpo estremeceu.

No chão, cercado pelo brilho da lua, estava caída uma pedra envolvida por um pedaço de papel.

Olhei para fora e encontrei o completo vazio, apenas a pequena estradinha com as flores pretas a cercando.

Seguindo meus instintos, peguei a pedra e tirei o papel que estava envolvido nela. Joguei a pedra de volta para fora e abri a folha de papel, já me preparando para as palavras que estavam por vir.

O corpo de seu pai esta mais perto do que você imagina.  Amanha, depois da festa. Espero que esteja pronta para termos um encontro. Te levarei ate o corpo.

Minhas mãos tremiam violentamente e não pude evitar que as lagrimas caíssem.

As palavras estavam escritas por cima de uma foto da qual o corpo de um homem era consumido por chamas. O corpo de meu pai.

Afinal, onde estava o corpo de meu pai? E melhor ainda, o que irá acontecer amanha, depois da festa?


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?! Primeiramente, quero pedir as minhas mais sinceras desculpas pela demora ao postar o capitulo. O motivo da demora é que tive alguns problemas que podemos chamar de familiares, e não pude nem ter tempo de entrar aqui. Me desculpem? O capitulo esta um pouco grande, para compensar toda a demora. ATE QUARTA o próximo capitulo já vai estar disponível, certo? E por favor, comentem sempre que puderem para eu ter a certeza que todo o esforço que to fazendo esta mesmo valendo a pena. Obrigado pessoal!