A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero elogiar todas as leitoras que comentaram, vocês foram demais. Boa leitura!



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Seus olhos dourados me encaravam confusos e senti seus braços afrouxarem ao meu redor.

O mais desconfortável e mortal silêncio se fez entre nós dois. O único som era o trepidar da madeira queimando dentro da lareira. Nossos lábios estavam perto um do outro e era inevitável deixar de sentir todo o calor que o seu corpo emanava para o meu.

– Porque quer se casar comigo? – Repeti, em um fio de voz – Você me ama?

Edward engoliu em seco antes de me responder:

– Não importa.

– Importa sim! – Insisti, me arrependendo quando minhas mãos pousaram em seus braços enormes – Você me deve isso.

– Não devo não. – Ele voltou a usar seu tom frio, deixando suas feições indecifráveis – Posso ter qualquer uma nessa cidade, não reclame. Qualquer uma gostaria de estar no seu lugar.

Aquilo só fez com que o sentimento de ódio se alojasse dentro de meu peito, deixando minha respiração pesada enquanto a adrenalina se espalhava em meu sangue. Eu não o deixaria me tratar daquele jeito, não de novo. Antes que eu percebesse, minhas unhas foram afundando nos braços de Edward, mas é claro que aquilo não passou de meras cócegas para ele.

Analisei ainda mais sua expressão e dessa vez encontrei-o mordendo os lábios, analisando minhas unhas em seus braços.

– Pode me arranhar na cama. – Edward aproveitou a deixa e fez uma de suas piadinhas. Se não fosse pelo momento, eu iria rir ali mesmo e não duvidaria de que me jogaria em seus braços e faria suas vontades sem problema algum.

Só que não agora. Era preciso resistir. E foi por isso que não olhei para seu peito nu, e nem mesmo mais para baixo. Deixei meus olhos focados nos dele, permitindo que o ódio crescesse dentro de mim ao invés de... Bem, do desejo.

– Só me aceitei casar com você, para salvar a minha irmã. – Comecei a falar, encarando seus olhos. Verdade. – Se não fosse por isso, jamais aceitaria ficar com você, você é... Repugnante. – Mentira. O destino (Alice e Jasper) faria de tudo para que eu aceitasse me casar com ele, não se poderia mudar isso. Foi assim por séculos e assim sempre será. A parte do repugnante era verdade. Tudo bem, mentira. Edward era tudo menos repugnante.

Se ele soubesse, ao menos, de tudo que estava acontecendo...

– Mentirosa. – Ele sussurrou e meu corpo inteiro congelou quando seus lábios encostaram no meu ouvido – Eu vejo o esforço que está fazendo para não cair ao desejo. Sabe que somente eu posso fazê-la sentir desse jeito... Emocionalmente e fisicamente. – Agora seus lábios desceram até meu pescoço, fazendo todo meu corpo se arrepiar – Me aceitei casar com você... Porque fica perfeita ao meu lado. Alice mesmo quem me disse, todo mundo que olha para nós dois juntos, pensa isso. Não entende, o quão é... Perfeita para mim?

Aquelas palavras não faziam sentido algum para mim, só que para meu corpo, sim. Meu corpo aceitava cada toque, cada sussurro... Ele estava me seduzindo. Sem falar que eu nunca o ouvira chamando-me de perfeita.

– Fale a verdade. – Pedi e não pude resistir, quando vi, minhas unhas deslizavam por todos seus braços.

– Seu pai me devia, era a única maneira de me pagar. Sabe disso. – Ao ouvir que ele mencionou o meu pai, acordei de meu estado de estupor e eu estava pronta para afastá-lo de mim, só que quando ele depositou um chupão em meu pescoço, revirei os olhos e gemi.

Aquilo foi o suficiente para ascender à chama de dentro de mim, esquecendo-me de todos meus princípios. Esquecendo até mesmo de perguntar se ele me amava. Sem falar que Alice ficaria furiosa ao saber que outro chupão havia aparecido em meu corpo.

Percebendo que nunca havia depositado um chupão nele, levei meus lábios em direção de seu peito e suguei com toda a força possível a sua pele, surpreendendo-me do quão o gosto de seu corpo era gostoso.

Escutei Edward gemer e fiquei contente quando parei de chupá-lo e analisei a enorme mancha vermelha em sua pele, sabendo que mais tarde ficaria arroxeada. Depois, meus olhos analisaram todo aquele corpo até encontrar seus olhos, famintos pelo desejo. Meus gestos eram rápidos e expressavam toda a loucura que havia dentro de mim.

Afundei minhas mãos em seus cabelos e me joguei em seu colo, envolvendo sua cintura com minhas pernas. Com movimentos ágeis e de tirar o fôlego, Edward me pressionou contra seu corpo e virou para o lado, agora deixando meu corpo preso contra a parede.

– Vamos pra cama. – Exigi, adorando quando ele começou a tirar minha camisa.

– Céus! Como pode ficar tão gostosa em uma roupa tão simples?! – Murmurou, jogando minha camisa para o outro lado do quarto – Cama? Vamos aproveitar um pouquinho essa parede.

Aceitando totalmente sua oferta, apertei minhas pernas em sua cintura e deixei que minhas mãos deslizassem por todo o seu peito nu, agora descendo mais para baixo, mais para baixo... Até chegar ao monte incrivelmente duro coberto pela calça jeans.

– Vamos tirar essa calça, está incomodado demais. – Em meio ao desejo, não percebei que as palavras saíram de minha boca.

Edward correspondeu a minha oferta com um gemido. Seus lábios estavam depositando um chupão em meu braço. Outro.

Meu corpo inteiro se arrepiou e minhas mãos estavam abrindo o zíper de sua calça quando meus olhos analisavam o lado de fora da janela, que estava na nossa frente.

Lá em baixo, no jardim, estavam Alice e Jasper, abraçados, olhando espantados para mim e Edward. Não me importei pelo fato de Alice estar prensada contra a árvore, com os lábios inchados. Nem mesmo Jasper, que estava sem camisa.

– Meu querido Deus. – Fiquei boquiaberta, tirando minhas mãos do zíper da calça de Edward.

O fogo que tanto me consumia, desapareceu, deixando que o completo gelo preenchesse cada parte de meu corpo.

– O que está aconte...- Edward foi se perguntando até seguir meu olhar e encontrar os dois lá em baixo, razão de minha distração – Filha da... – Ele soltou um palavrão ao nos ver diante de tal situação.

Com movimentos ágeis, Edward me soltou gentilmente no chão e fechou a cortina da janela. Aproveitando o tempo, atravessei todo o quarto à procura de minha camisa e quando a encontrei, vesti o mais rápido que pude.

Edward olhou para mim e ao analisar sua expressão, fiquei indignada. Ele estava com os lábios formando um sedutor sorriso safado, daqueles que fazem qualquer uma se derreter.

– Podemos acabar o que estávamos fazendo? – Perguntou, cheio de vontade.

Minhas bochechas começaram a arder de tanta vergonha e em resposta, revirei os olhos. Aquilo tinha que acabar de uma vez por todas. O que Alice pensaria de mim? Tudo bem que ela estava aproveitando muito bem o tempo lá fora, só que era diferente. Ela conhecia Jasper deste sempre! E eu conhecia Edward... por uma eternidade. Só que era diferente, não fazia nem ao menos 1 mês ao certo que tive convivência com ele nessa encarnação. Queria conhecê-lo de verdade, e não apenas pelas visões do passado. Era o agora que importava.

Seu diário estava a uma distância mínima de mim e se eu pudesse pegá-lo sem que Edward percebesse... Com toda a certeza, todas as informações que continham no diário me ajudariam a revelar muito mais sobre ele.

Saí de meus devaneios e encontrei Edward se aproximando perigosamente de mim, com uma enorme marca roxa exibida em seu peito largo.

Foi quando tive uma idéia.

– Edward, espera ai! – Gritei, colocando minha mão toda aberta em minha frente em um gesto de impedi-lo de se aproximar ainda mais. – Quero propor uma coisa.

– Sim? – Ele continuou andando em minha direção, vagarosamente, como se fosse um leão pronto para atacar.

– Quer uma lua de mel, não quer?

– Que pergunta óbvia. Claro que sim. – Ele respondeu, só que dessa vez parou imediatamente ao ouvir minhas palavras. Mesmo estando à uma distância mínima, tive vontade de jogá-lo na cama e fazer loucuras ali mesmo.

Eu sabia que no fundo, estava começando a sentir fortes sentimentos por ele. Só que isso não podia acontecer, não agora. Não enquanto a vida de minha irmã estava em jogo.

– Tenho uma proposta: Se você prometer ser bonzinho e não encostar um dedo em mim sem que eu peça, vou ser toda sua na lua de mel. – Propus, arrumando meus cabelos bagunçados.

Ele esperou um tempo para responder, e quando o fez, levantou uma de suas sobrancelhas, analisando.

– Toda minha? – Pediu, sem sombras de duvidas ele aceitaria.

– Até o último fio de cabelo. – Prometi.

– E se você pedir para eu te tocar, a promessa não será quebrada, não é?

– Com toda certeza.

– Tudo bem, aceito. Se prepare para pedir. – Ele sorriu vitorioso.

Mal sabia ele que eu estava disposta a não ceder.

– Se prepare para ser decepcionado. – Eu lhe assegurei, sorrindo pelo canto da boca.

Desviando meus olhos dos dele e também para a porta fechada do quarto que me levaria até as suas telas, atravessei o quarto em direção da saída e eu já estava passando pela porta quando Edward chamou meu nome:

– Bella?

– Sim? – Olhei em sua direção, tentando ao extremo não olhar para seu corpo, ao invés disso, deixei-me perdida no dourado de seus olhos.

– A nossa outra aposta está em pé, não é? – Perguntou mais uma vez, analisando-me – De dormir comigo.

– Você ganhou e é mais do que justo. Hoje durmo com Nessie. No Alasca, durmo com você. – E então atravessei a porta, saindo do quarto.

– Quero derreter toda aquela neve com você do meu lado. – Eu o ouvi gritar atrás de mim.

Sabendo que aquilo poderia muito bem se realizar, balancei a cabeça de um lado para o outro em desaprovação. Edward ia ter que saber fazer muito mais que apenas o contato físico para eu perdoá-lo pelo o que fez. O meu plano era seduzí-lo a cada momento, uma pena que ele não poderia corresponder, se não... Adeus lua de mel! Eu não iria mais me dar ao luxo de cair em seus truques, de hoje em diante, o jogo iria mudar.

O que mais me deixou intrigada, foi que li em seu diário que ele estava escondendo um segredo. Qual era o seu segredo? E porque algo me dizia que Edward estava mentindo pra mim?

Senti-me constrangida ao lembrar-me da cena incrivelmente tensa que tivemos no quarto, ao encontrar Alice e Jasper lá em baixo. Tentando bloquear a imagem de minha cabeça, resolvi dar uma passeada do lado de fora da casa, no pátio. Eu poderia colocar meu plano em aprender a usar as rosas ao meu favor em pratica hoje mesmo, já que o tempo lá fora estava iluminado. Nessie estava dormindo e só iria acordar para jantar,dando-me tempo suficiente para um bom e secreto passeio.

Decidida, fui em direção de meu quarto para pegar um casaco, já que o tempo lá fora provavelmente estava frio. Ao chegar ao meu cômodo, encontrei várias sacolas de lojas espalhadas pelo chão, ou melhor: milhares delas. Todas estavam com roupas diferentes dentro delas.

Alice tinha feito comprar de roupas novas para o Alasca. Concluí, em puro desgosto.

Tendo o cuidado para não pisar em uma das sacolas e cair, abri meu guarda roupa até encontrar um casacão todo preto, cheio de bolsos. Percebi que todas as roupas de pessoas normais haviam sumido dali e suspirei. Soltei meus cabelos em meus ombros e os penteei, feliz ao saber que não haviam virado um monte de cachos armados e sim em fios lisos. Escolhi um tênis confortável e desci as escadas o mais rápido que pude e quando finalmente cheguei do lado de fora da mansão, fiquei aliviada.

O ar frio do fim do dia atingiu meu rosto e fez meus cabelos voarem para trás, dando-me certa sensação de liberdade. Meus olhos vasculharam todo o gramado ao meu redor a procura de Alice e Jasper, só que não encontraram nem sinal dos dois. Ainda bem.

Tracei o caminho que me levaria até o final da casa, onde estavam as rosas. Não tive problema algum com a grama molhada e muito menos as pedras cheias de musgos que estavam em meu caminho. Quando era criança, eu jogava bola, subia em arvores e até mesmo subia em cima do telhado da casa dos vizinhos, e é por isso que tenho uma coordenação motora ótima. Sempre me imaginei bem velhinha e ainda fazendo esportes.

Assim que cheguei ao meu destino e encarei as milhares de rosas a minha frente, lembranças dolorosas de meu pai voltaram a minha mente e principalmente daquela noite. Como queria que ele estivesse ali, abrindo os braços para mim outra vez para que eu pudesse me afundar neles. Ignorei a vontade de chorar e me aproximei das rosas, agora passando minhas mãos nas pétalas negras.

– Ajudem-me. – Pedi, sabendo que parecia uma idiota falando ali sozinha – Não sei como começar, não sei o quanto posso fazer com a ajuda de vocês. Preciso descobrir uma maneira de acabar com o assassino, e é a única maneira de fazer isso é com a ajuda de todas vocês.

De inicio, nada aconteceu. Não sei quanto tempo fiquei ali, parada. Até que ouvi o barulho de terra se abrindo e do nada as rosas começaram a se mover para os lados, abrindo uma pequena estrada. O gesto me fez dar um passe involuntário para trás, só que o choque só durou poucos minutos.

Do meio das outras rosas, surgiu apenas uma única que tinha todas as pétalas vermelhas. O caule parecia infinito, já que ela se arrastava graciosamente pelo chão, indo na minha frente.

Siga-me. Ordenou uma voz dentro de minha mente e a obedeci.

Meus passes eram sempre cuidados e na maioria do tempo lentos, já que acompanhavam a rosa. Em meu caminho, as outras rosas abriam espaços para que pudéssemos passar. Aquela rosa vermelha que estava me guiando foi a que espetei meu dedo. Tudo parecia surreal demais para mim e às vezes a vontade de me beliscar para ter a certeza de que aquilo não era um sonho parecia muito tentadora. A magia realmente existia, eu podia sentir e ver. Era incrível.

Não me importei para qual era o caminho que a rosa estava me levando, eu podia confiar nela mais do que em qualquer coisa. Elas podiam me ajudar. Podiam me ajudar a matar o assassino.

Dessa vez, a rosa vermelha fez a volta em um monte de terra que estava em nosso caminho e depois disso, foi em direção do monte de rosas, desaparecendo de vista.

Cave. Foi a ultima coisa que ordenou, antes de sumir no meio das outras.

Rapidamente, me agachei ali mesmo e não me importei com o fato de que minhas unhas estavam lindas e impecáveis, apenas cavei, como se a rosa pudesse controlar cada movimento meu, como se fosse a coisa certa a se fazer. Percebi que a terra parecia nova demais para estar ali e também estava molhada, por culpa da chuva. Cavei, cavei, até que minhas mãos foram de encontro a algo sólido.

Puxei o que quer que fosse de dentro do buraco e me deparei com uma arma, toda suja de terra.

Uma arma idêntica ao que o assassino havia usado no dia da festa. Reconheci de imediato, como se fosse impossível esquecer aquilo que há dias atrás estava apontado para a cabeça de minha irmã. A arma era pequena e preta, muito moderna. Pronto, aquilo era tudo que eu sabia a respeito de uma arma.

Eu sabia que precisava procurar alguém que entendesse do assunto.

Só o que mais chamou minha atenção, foi: Porque raios de motivos o assassino esconderia algo de tanta importância justamente aqui?

Foi quando percebi que o assassino poderia muito bem estar escondido por aqui, morando em qualquer que fosse a parte do enorme gramado. E se ele tivesse um esconderijo por aqui? Afinal, como poderia vigiar todos meus passos estando longe de mim?

Era isso. O assassino estava acampado ali, vigiando todos meus passos. Estava a pequenos metros de meu quarto ou do quarto de minha irmã, podendo agir a qualquer momento. E se ele estivesse lá agora mesmo, dentro da mansão? Só que é claro que não iria atacar minha irmã lá, tão protegida por Jasper e Alice.

Era preciso apenas encontrar seu esconderijo.

Esconderijo que estava no mesmo terreno que a mansão de Edward. Será que as rosas poderiam me guiar até lá?

E as marcas digitais estavam ali na arma, não estavam?

O tempo já estava escurecendo e resolvi sair dali.

Cheias de dúvidas na cabeça, coloquei a arma dentro do bolso de minha jaqueta e joguei toda a terra novamente dentro do buraco. Apresada, me levantei e dei as costas para o pequeno buraco. Não foi preciso pedir nada para as rosas, pois a cada passo que eu dava, o caminho se fechava atrás de mim.

Sentindo-me completamente vigiada e vulnerável, corri até a porta de entrada da mansão e já estava abrindo a porta quando ouvi uma voz conhecida atrás de mim.

– Bella! – Gritou a voz familiar ao fundo.

Vire-me e encontrei Jéssica segurando as grades do portão, do lado de fora. Ela acenava para mim e sorria. Contra gosto, fechei a porta da mansão e corri em direção do portão, passando pela pequena estradinha de rosas enquanto sorria forçadamente para ela.

Ela era minha amiga, mas não podia ser considerada a melhor. Nossa relação era apenas uma simples amizade e diversão.

Jéssica usava um vestido branco que de longe poderia identificá-la como uma menina da roça. Há dias atrás, eu também usava a mesma coisa e senti falta disso. Quando cheguei ao portão, suspirei.

– Quanto tempo. – Falei, sentindo-me desconfortável.

– É mesmo. Agora você ficou rica e não dá mais bola para os pobres. – Ela brincou, mexendo em seus cabelos.

– Eu também era pobre e não me importaria se continuasse. – Questionei um pouco mal humorada, ela não fazia idéia de toda a droga que eu estava envolvida.

– Não reclama de barriga cheia, Bella. – Jéssica respondeu no mesmo tom, olhando para algo por de trás de meus ombros. – Nessie está bem?

– Sim, ela está. – Olhei na mesma direção que ela e só encontrei a mansão.

– Que bom.

– É.

Ficamos um tempão em silêncio. A triste realidade de que Jessica e eu só nos agüentávamos por culpa que éramos praticamente vizinhas caiu por cima de mim como se fosse um balde de água fria.

– Você podia me convidar para entrar! – Pediu entre dentes, ao perceber que não fiz tal convite.

– Agora não é uma boa hora. – Falei nervosa enquanto sentia o peso da arma em meu bolso – Pode vir outra hora?

Jéssica me olhou como se tivesse levado um tapa na cara. Suas bochechas um pouco gorduchas ficaram vermelhas e senti todo seu corpo tremer.

Dei um passo para trás.

– Você é uma mal agradecida. Se não fosse por mim, nada disso teria acontecido! – Confessou, deixando-me boquiaberta – Quer saber? Tomara que você morra, sua vaca cretina e ingrata.

Eu estava pronta para pegar a arma de meu bolso e apontar para a cabeça dela, por sorte, Jéssica foi mais rápida e saiu da minha frente, dando-me às costas, furiosa.

Aquela trairá. Desejando a minha morte! Bem, aquilo só mostrava que Jessica não passava de uma interesseira, pensando que eu devia alguma coisa a ela.

Dando de ombros, dei as costas para o portão e entrei o mais rápido que pude na mansão. Como sempre, ao entrar na pequena sala de visita, deparei-me com o quadro coberto pelo pano preto.

O mais rápido que pude e furiosa com tudo que estava acontecendo, fui em direção do quadro e levei minhas mãos em direção do pano preto, pronta para ver o que de tão importante tinha por de trás dele.

Só que fui impedida quando ouvi o barulho da porta se abrindo, denunciando a presença de alguém ali.

Rapidamente, coloquei minhas mãos por de trás de minhas costas e sorri inocentemente.

Deparei-me com Jasper. Ele segurava um saco preto nas mãos e me olhava um pouco furioso.

Tentei evitar lembrar-me da cena ocorrida há algumas horas atrás no quarto de Edward e escondi minhas mãos cheias de terra dentro do bolso do casaco. Certo alivio me subiu a cabeça ao saber que pelo menos era Jasper e não Edward.

E então Jasper fez algo que me deixou surpresa e ao mesmo tempo paralisada:

Ele jogou o saco preto que segurava nas mãos violentamente no chão.

Assim que o saco caiu no chão, se abriu e foi revelando um monte de lixo. No meio do conteúdo nojento, estava o rato sem cabeça. A palavra “você” ainda estava escrito em sua pelagem branca.

– Pode me explicar isso? – Perguntou cheio de fúria– Porque não contou para mim e Alice que o assassino está te chantageando?

Oh, bem. Merda.



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Notas finais do capítulo

Então, devem ter percebido que demorei um pouquinho para postar, desculpem, é que ando cheio de coisas. E mesmo assim, se eu for escrever muito rápido, a historia fica mal escrita e vocês sabem que sempre que demoro, eu recompenso vocês com um capitulo grande. Gostaram?! Espero que sim. Pessoal, esse capitulo eu deixei beeeem misterioso, por culpa que certas coisas que aconteceram, como a de Bella encontrar a arma, são umas de muitas que vão acontecer para que ela consegua montar todo esse quebra cabeça: UMA PISTA LEVA A OUTRA, LEMBREM-SE. Ansiosos para nossos personagens ir ao Alasca? Pois é, eu também. No próximo capitulo do qual não vou demorar para postar, eles vão ir, não se preocupem! E agora, como nossa Bella vai conseguir explicar toda a historia ao Jasper? Infelizmente, não posso contar nada. PESSOAL, CONTINUEM COMENTANDO, VOCÊS ESTÃO SENDO DEMAIS, MESMO.Fiquei muito feliz com os comentários que tive, e isso só serviu para mais cenas quentes Beward. E agora, quem será que vai perder nessa aposta? KKKKKKK, duvidas, duvidas....
Espero que estejam gostando da fic! E não esqueçam de comentar.
Ruan.