A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

ME DESCULPEM PELA DEMORA, VOU RECOMPENSAR VOCÊS!
# Boa leitura, anjos.



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- Vocês se conhecem? – Perguntou Rose, tirando-me de meu estado de total estupor e surpresa.

- C-C-Claro – Gaguejei e quis sumir dali, sabendo que meu nervosismo estava falando mais alto que tudo em meu próprio corpo, me deixando completamente à deriva.

- No dia festa – Jacob se apressou em respondeu por mim, sorrindo para Rose.

Ao olhar para sua expressão, encontrei um Jacob totalmente despreocupado e ainda por cima com um sorriso totalmente divertido em seu rosto. Será que ele está adorando a situação toda? Quer dizer, eu havia beijado ele. E se Rose descobrisse?  Não ia ser nada legal ver a loira furiosa avançando para cima de mim enquanto enterrava a mão na minha cara.

Foi quando me lembrei de que havia mais uma pessoa no mesmo cômodo que havia presenciado toda a cena: Edward. Se não fosse pelo fato de sua irmã estar ali, eu mesma teria provocado-o mais uma vez. Edward merecia.

Não demorou muito para que Jacob se colocasse ao lado de Rose, agora passando o braço ao redor de sua cintura.

Tentando controlar o tremelique em minhas mãos, fechei a porta e os guiei em direção ao sofá em frente ao que Edward estava sentado. Rapidamente, me sentei ao lado de meu noivo e deixei meus ombros bem colados nos dele, fazendo uma encenação e tanta. E é claro que Edward fez questão de se aproveitar da situação, passando seu braço por trás da minha cintura e se colando em cima de minha cocha, próximo demais do meio das minhas pernas. Ignorei o arrepio que percorreu minha espinha e sorri para meus convidados, que agora se sentavam no sofá.

Será que Edward se lembrava de Jacob?

Pelo canto do olho, observei Edward e sua expressão estava a mais tranquila de todas. Engraçado que há semanas atrás eu jurava que nunca tinha visto algo tão inumano e frio em minha vida toda. De uns dias para cá, ele parecia... Feliz?

- Já marcaram o dia do casamento? – Perguntou Rose, com os dedos entrelaçados nos de Jacob.

Eu estava pronta para responder só que ao ver que os olhos de Jacob me fitando, fiquei paralisada e nada saia de minha boca. Ao perceber minha demora, Edward respondeu por mim:

- As papeladas devem chegar amanhã cedo. – Edward disse calmamente – E logo depois do meio dia vamos para o Alasca.

As papeladas do casamento. Em breve eu seria esposa de Edward. Obviamente, o casamento não iria demorar muito para acontecer. A data deveria estar próxima, já que eu estava indo ao Alasca para ser aprovada pela família de meu noivo. Tentei não afundar na maré de imaginações quando me imaginei vestida de noiva, entrando na igreja.

- Alasca? – Rose deu um gritinho de felicidade – Bella já deve ter comprado várias roupas perfeitas para o frio, eu suponho.

- Alice cuidou disso para mim – Desvie dos olhos de Jacob e sorri para a irmã de meu noivo – Ela é quem cuida de minhas roupas. Eu não poderia confiar em alguém melhor para essa tarefa.

- Alice é totalmente maravilhosa, tem mãos de fada para roupas! E esse vestido, hein? Estou totalmente cogitando a possibilidade de arrancá-lo de você. – Nesse momento Edward engasgou depois de falar, mas logo deixou que um sorriso torto tomasse conta do seu rosto.

- Ei! Seu pervertido. – Rosalie reclamou fazendo cara de desgosto.

E então o papo foi fluindo entre nós. Ignorei o nervosismo com o fato de que amanhã mesmo as papeladas de meu casamento iriam chegar e o fato de que iria para o Alasca. Será que lá eu ficaria longe do assassino? Bem, era possível. Seriamos apenas eu, Edward e minha irmã. Eu poderia usar esse tempo todo longe do assassino e aproveitar minha irmã.

Todo o tempo em que passamos na sala de estar, limitei-me a não ficar olhando para o quadro coberto pelo pano preto e principalmente para os olhos de Jacob. Em vez disso, fiquei falando com Rosalie e tentando ignorar as frases com duplo sentido que Edward soltava a cada cinco minutos, mas logo estranhei quando encontrei Edward e Jacob fuzilando um ao outro.

- E então Jacob, você trabalha com o quê? – Edward perguntou depois de muito tempo calada encarando Jacob.

Agradeci mentalmente ao meu noivo. Quero dizer, Edward, por ter pronunciado alguma coisa. Eu já estava cansada de ficar falando sobre moda e todas essas coisas. Afinal, uma jaqueta de couro e uma calça jeans eram mais que o suficiente para mim.

- Sou bombeiro – Respondeu, imitando o mesmo tom de voz frio de Edward.

- Deve ser um trabalho muito frustrante, imagino.

- Por um lado, é. Mas eu gosto de salvar vidas.

- Eu até havia me esquecido de agradecer você por ter cuidado do meu ferimento no braço. Obrigado – Edward agradeceu, e juro que ele pareceu ameaçador.

- De nada. Já pegaram quem atirou em você? – Perguntou Jacob, fuzilando-o.

- Não.

- Ah, é mesmo! – Rosalie interrompeu o assunto dos dois, voltando-se para mim – E como foi que você conseguiu se salvar de quem havia sequestrado você, querida?

Eu não esperava por aquela pergunta.

- Ah – Comecei a implorar mentalmente para que minha criatividade ajudasse-me – Eu me entreguei já que o maldito estava com a arma apontada para minha irmã. Ele... O sequestrador... Levou-me até atrás da casa... – Inventa, inventa! Lá vai: - Por sorte errou o tiro e consegui correr para o meio das rosas. Corri o mais rápido que pude e... Inesperadamente, Jasper e Edward apareceram, foi quando ele fugiu.

- E o seu pai? – Ela perguntou curiosa – Me disseram que ele foi achado morto, e estava com você. Que não foi morto na casa, quando tudo pegou fogo.

É claro que toda Dark Roses já sabiam que meu pai havia sido encontrado junto comigo. Aquilo só fez com que uma ferida em meu peito se abrisse, fazendo com que a dor e a perda se espalhassem por todo meu inconsciente. A cidade inteira deveria estar comentando e me senti um mero senti alvo de fofocas.

- O caminho pelo qual eu estava correndo me levou à direção de um saco preto que estava caído no chão, onde estava o corpo de meu pai. Aliás, no momento em que Edward e Jasper chegaram, foi quando tropecei no saco. Foi como se... O sequestrador me fizesse correr pelo caminho certo. – Me admirei quando aquelas palavras saíram pela minha boca. Pela primeira vez em muito tempo, deixei a mentira fluir e me dei bem. Pela cara de Rosalie, pareceu que eu havia sido bastante convincente.

Aliás... Edward não havia comentado nem uma única vez sobre o assunto. Aquilo era estranho. E afinal, onde estava o corpo de meu pai?! Ele merecia um funeral... Se bem que Nessie não poderia saber que papai não havia morrido no incêndio. E sim no dia da festa.

- Que horror! Parece que alguém está tentando acabar com o noivado de vocês. – Rosalie concluiu, olhando para nós dois – É incrível o quanto vocês dois ficam perfeitos juntos, como se tivessem nascido justamente um para o outro. Parece até ironia do destino, não é mesmo?

Sorri com tal ideia. O destino tinha sido muito irônico comigo nas ultimas décadas, mal sabia Rose sobre isso.

Senti que os lábios de Edward pousaram em minha cabeça e seus braços se forçaram ao redor de minha cintura.

- É claro que Bella foi feita para mim. Só para mim. – Senti um tom possessivo e quase como uma indireta para Jacob quando Edward pronunciou a palavra ‘’só’’.

- Eu vou pegar um café para nós na cozinha! – Me levantei do sofá decidida, ignorando o sentimento confuso e ao mesmo tempo feliz que tomou parte de meu corpo ao ouvir tal possessão na voz de Edward – Vocês querem, não é mesmo?

Todos na sala concordaram menos Edward, que estava com um copo cheio de uísque na mão, apontando diretamente para mim.

Decidida, saí da sala, mas fui surpreendida no meio do caminho quando Alice apareceu na minha frente, assustada.

- Venha comigo, rápido! – Ela exigiu e pegou minha mão.

- O que...

Não tive tempo para discordar e deixei que ela me guiasse. Eu estava pronta para perguntar o que estava acontecendo, só que me calei quando Alice pegou um atalho pela casa que nos levou em direção à biblioteca. Conclui que íamos descer para o seu “cômodo secreto” e me senti vitoriosa quando vi Alice pegar um livro totalmente diferente na estante, agora o puxando para trás, abrindo a passagem secreta.

Passei pela passagem e esperei que Alice fizesse o mesmo. Não demorou muito para que ela pulasse e aparecesse do meu lado. Ela passou a mão na terra, novamente a fazendo se desintegrar, agora dando brecha para qualquer um passar. Dessa vez, por incrível que pareça, senti a presença da magia. Se é que isso era possível.

- Você precisa ver isso! – Ela falou apavorada, passando pela brecha que nos levaria direto para seu cômodo secreto.

Passei rapidamente pela brecha e ao entrar no cômodo, meus olhos percorram todo o local até que acharam o que estava fazendo com que Alice ficasse apavorada, foi preciso apenas olhar para onde seus olhos focavam com o mais puro choque. 

Onde minutos atrás estava a gaiola com o rato dentro dela, agora só se encontrava um monte de rosas pretas, com seus espinhos impedindo que alguém tocasse no que estava dentro da gaiola. Reconheci de imediato o liquido vermelho que estava caindo das pétalas: Sangue.

Não era mais possível ver o que estava dentro da gaiola, já que as rosas impediam. A única coisa que confirmava que havia um rato ali dentro há horas atrás era o sangue do animal obviamente morto escorrendo pelas pétalas.

Olhei para a parede de terra e me impressionei com a força que as rosas tiveram, já que seus caules atravessaram toda a parede e agora estavam cheios de terra. As rosas negras envolviam toda a gaiola, me lembrando de várias cobras venenosas.

- Foi incrível a força que essas rosas tiveram para atravessar a parede – Alice falou em meio ao choque – Nunca havia tomado tanto susto. Elas simplesmente... Perfuraram a pele do animal. O grito do rato... Foi agonizante. Jurei que elas iam me atacar.

A voz da Alice foi se tornando um eco em meu ouvido à medida que eu ia me aproximando das rosas. Meus pés se moviam involuntariamente em direção das rosas e quando me dei conta uma de minhas mãos pousou em cima de uma pétala, coberta de sangue.

- Saiam – Exigi, as palavras saindo de minha boca antes que eu pudesse perceber.

Em questão de segundos, as rosas se mexeram e começaram a voltar por onde vieram e foram desaparecendo. E pensei ter visto uma rosa vermelha no meio das negras, provavelmente, a mesma que eu havia espetado meu dedo.

Elas se foram, deixando apenas o corpo do animal todo rasgado e dissecado dentro da gaiola. Sem falar nos furos que deixaram na parede de terra. Chegou a ser apavorante vê-las se mover como cobras enquanto voltaram se rastejando.

Quando olhei por de trás de meus ombros, encontrei Alice, cobrindo a mão com a boca de tanto pavor.

O que estava acontecendo comigo?


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Notas finais do capítulo

E então pessoal, sei que vocês devem estar se perguntando o porque de tanta demora: Houve complicações com a net da minha beta, demorou três dias! É, eu sei, é um azar. Mas vocês mal sabem o trabalhão que deu para esse capitulo chegar ate mim betado kkk. E também demorei pra escrever, já que estava curtindo um pouco as ferias. Nesse pouco tempo, preparei um monte de coisas pra vocês na Fic, acho que irão gostar. Todos estão se perguntando, ONDE ESTÁ O EMMETT?! Se acalmem, ele está no Alasca esperando por nós u_u. AMANHÃ EU POSTO O PRÓXIMO CAPITULO. Isso mesmo, AMANHÃ! E se duvidar, QUARTA já posto o outro ... pra compensar toda a demora. COMENTEM PESSOAL, ASSIM EU PENSO BEM NO CASO DE VOCÊS E FAÇO MUUUUUUUUUUITO BEWARD NO ALASCA ... Afinal, as coisas tem que esquentarem por lá. Até amanhã e não deixem de comentar, obrigado deste já e sempre!

Ruan.