Capítulo 7 – I don’t love you! I love her!

Eu não te amo! Eu a amo!

Bella POV

Abri lentamente meus olhos, tentando adaptar-me a claridade que entrava pela janela.

Demorei a perceber onde estava.

Então não havia sido um sonho?

O corpo másculo de Edward, deitado nu ao meu lado, era uma resposta muda de que eu realmente não havia sonhado.

Um sorriso involuntário brotou em meu rosto.

Ele tinha dito que me amava.

Havíamos feito amor.

Eu não poderia estar mais feliz.

Edward me ama!

Meu coração batia acelerado ao lembrar-me da noite anterior, de quão perfeito e mágico havia sido.

Edward foi super carinhoso comigo.

Foi do jeito que sempre sonhei que seria.

Fechei meus olhos me lembrando de cada detalhe perfeito, de cada toque, de cada beijo...

O som de algum celular vibrando veio me despertar.

Levantei meio a contra gosto a procura do aparelho, o encontrando no chão em meio à pilha de roupas. Era meu celular que vibrava como se não houvesse amanhã.

Assim que o peguei o mesmo parou de tocar.

Olhei no visor e haviam 20 chamadas perdidas.

– Merda! – praguejei

Meus pais deviam estar preocupados!

Eu não era do tipo de garota que passava a noite fora.

Comecei a recolher minhas roupas e as vesti com pressa.

Precisava ir logo pra casa antes que meus pais tivessem um treco.

Já vestida com minha saia e com a camisa de Edward, pois não achei em lugar nenhum minha blusa, sentei ao seu lado na cama.

– Edward... – toquei seu ombro – Acorda dorminhoco. – acariciei seu ombro, mas nada de ele acordar. – Edward. – chamei um pouco mais alto e toquei seu rosto – É serio Edward. Acorda! – mais uma vez nada de ele se mexer – Caramba Edward! Como você tem o sono pesado!

Edward abriu os olhos e me encarou.

– E quem disse que eu estava dormindo? – disse sorrindo torto

– E não estava? – perguntei me levantando, mas fui puxada de volta pra cama pelas mãos firmes de Edward

– Não, não estava. – negou enquanto me puxava para si – No momento em que levantou dessa cama eu acordei, mas fingi que dormia. Estava bom demais ver você andando sem roupa alguma pelo quarto. – disse se deitando sobre mim

Meu rosto esquentou assim que escutei sua resposta.

Edward sabia como me deixar sem graça.

– Precisamos ir embora. – disse tentando ignorar o fato de que ele estava totalmente nu sobre mim e com o membro ereto colado a minha barriga

–Acho que podemos ficar mais um pouco... – sussurrou em meu ouvido mandando vibrações por todo meu corpo – Você não acha Bella? – perguntou erguendo minha saia e tocando-me intimamente

– Edward... – gemi

– Me diz o que você quer Bella? – pediu ainda tocando-me

– Você... – já havia me esquecido completamente de que deveria ir pra casa, de quem eu era, de onde estávamos...

– Eu estou aqui amor. Sou todo seu. – disse colando seus lábios nos meus enquanto invadia meu corpo com uma única investida, tirando-me o fôlego

***

– Meu pai vai me matar! – repeti pela milésima vez

– Calma Bella! É só você falar que estava comigo.

– Tá aí ele mata nós dois! – respondi tensa, era mesmo capaz de meu pai matá-lo se soubesse o que fizemos

– Relaxa Bella! Seu pai confia em mim. – disse e eu tive que concordar com ele, papai confiava mesmo em Edward – Vamos dizer que depois da festa nós fomos pra praia e acabamos pegando no sono lá.

– Você só esquece que eu não fui com você, Edward. – respondi nervosa

– Realmente, você não foi comigo. – respondeu amargo – A propósito, por que foi com aquele cara?

Arregalei meus olhos com a pergunta. A resposta dela iria comigo pro túmulo.

Edward não precisava saber o quão desesperada eu estava pra aceitar a ajuda de alguém para fazer ciúmes nele.

– Bella? – chamou-me Edward, fazendo com que eu despertasse desse momento off

– Oi?! – disse confusa

– Então, por que foi com ele? – insistiu

– Não quero falar sobre isso agora, Cullen. – usei seu sobrenome, fazia sempre isso quando queria evitar responder algo – Além do mais estou mesmo preocupada com a reação dos meus pais, do meu pai. Você sabe que eu nunca, nunca cheguei em casa a essa hora. – suspirei olhando o relógio que marcava 7:18h da manhã

– Eu sei, mas confia em mim. Seus pais vão entender. – disse tentando me tranquilizar e no fundo eu sabia que podia confiar nele

***

– Foi isso que aconteceu chefe Swan. Bella e eu acabamos pegando no sono, o que no final foi uma boa, porque tínhamos bebido um pouco, e o senhor sabe como é perigoso beber e dirigir.

Meu pai assentiu concordando.

– Você está certo meu rapaz. Foi sensato da sua parte não dirigir e não deixar que Bella dirigisse depois se ter bebido. – me olhou – E você mocinha, quantas vezes eu vou ter que te lembrar que telefone existe? – perguntou aborrecido – Quase nos matou de preocupação!

– Desculpa pai. Não farei mais isso! – desculpei-me

– Tá, tá. – resmungou – Agora vá tomar um banho e trocar essa roupa. Está cheirando a cigarro e cerveja.

Arregalei meus olhos e corei violentamente.

Ainda bem que ele só identificou o cheiro do cigarro e da cerveja.

Respirei fundo antes de me mover.

Acenei para Edward que ainda estava ali me olhando e subi direto para meu quarto.

Após tomar banho e colocar uma roupa limpa, fui à procura do carregador para colocar meu telefone para carregar.

Estava distraída quando escuto um barulho vindo da janela.

Virei-me assustada e então o vi.

Edward vestia apenas uma bermuda preta, seus cabelos estavam bagunçados como sempre.

Ele segurava o quadro que por muitas vezes usamos para nos comunicar em nossa infância.

“Tem um minuto?”

Sorri para ele e assenti, pegando o meu quadro e a caneta também.

Ele então apagou o que estava escrito no dele e um tempo depois voltou a me mostrar.

“Eu não disse que seu pai não ia encrencar?”

“Você tinha razão, ele confia em você!”

Ele sorriu presunçoso.

Rolei os olhos antes de responder.

“Você se acha muito Cullen!”

Ele sorriu abertamente antes de responder.

“E tem como não me achar?! Ainda mais agora que descobri que a garota mais especial da face da Terra me ama. Agora sim vou me achar mais!”

Corei vermelho pimentão.

“Deixa de ser bobo!”

“Sou bobo por você!”

Não tive como não sorrir ao ler sua resposta.

“Preciso ir trabalhar” escrevi

“Mais já? =/” fez biquinho

Assenti.

“Sou uma futura jornalista, esqueceu?!”

“Essa futura jornalista bem que podia faltar o trabalho hoje e passar o dia comigo!”

“Bem que eu queria, mas não posso. =(”

“Tudo bem. Posso ir te buscar depois do trabalho então?”

Sorri ao ler.

Sempre desejei que Edward me buscasse depois do trabalho.

Parece que meus sonhos mais profundos estavam se tornando realidade.

“Claro. Vou adorar!”

“Que horas você sai hoje?”

Passei o horário para ele e nos despedimos.

Podia parecer impossível, mas já sentia falta dele.

Será que eu nunca me cansaria de sua presença??

“Claro que não! Você está apaixonada! Como se cansar do seu grande amor?!” – suspirou meu lado bom

“É verdade, grande mesmo.” – comentou meu lado mau cheio de malícia

Sacudi a cabeça mandando esses pensamentos para longe. A última coisa que eu precisava era ficar a tarde inteira aérea por conta dos acontecimentos das últimas horas.

***

Eram exatamente 17:00 horas quando sai da rádio.

Edward já se encontrava encostado em seu Volvo prata me esperando.

Seu sorriso ao me ver fez meu rosto queimar antes de sorrir de volta.

– Já estava preparada para esperar... – disse caminhando em sua direção

– Não seja maldosa. – reclamou – Quando te deixei esperando? – fez uma careta

– Ih, tenho uma lista de situações nas quais você me fez esperar! – debochei

– Sendo assim, desculpa minha dama. – pediu me puxando para um beijo

Nosso beijo era lento e apaixonado.

Seus lábios deslizavam suavemente pelos meus. Nossas línguas movimentando-se em sincronia.

Beijar Edward era como flutuar.

Estar em seus braços me fazia sentir nas nuvens.

Não conseguia pensar em mais nada a não ser o tamanho da minha felicidade naquele momento.

– Edward Cullen o que é isso?

Narrador

Edward e Isabella pararam o beijo a contra gosto e olharam na direção da voz que os interrompera.

Tânia encarava Edward estarrecida.

Havia avistado Edward e pensou em fazer-lhe uma surpresa, tinham brigado e ela pensava em fazer as pazes. Por isso havia estacionado e ido de encontro a ele.

Mas não esperava encontrá-lo atracado com “umazinha” qualquer.

Quando seu olhar pairou sobre Isabella ela recuou um passo.

Seu olhar agora era mortal.

– Você! – disse com desprezo encarando Isabella – Larga já o meu namorado sua songa monga! – cuspiu com raiva avançando para cima de Bella com a mão em riste, pronta para bater em sua rival que apenas arregalou os olhos sem reação alguma

– Tânia, nem pense em fazer isso! – a voz de Edward soou firme e em um movimento rápido ele colocou Isabella atrás dele

– Edward, você e essa aí... Eu e você, nós dois...

–Chega Tânia! – a mulher que até então ainda falava se calou – Eu não esperava que fosse ser assim, mas já que você apareceu não tem outro jeito. – começou – Olha, não existe nós dois. Depois de ontem eu percebi que não dá mais. Acredite eu ia conversar com você, terminar de outra maneira...

– Mas Edward, nós nos amamos. Brigamos, mas sempre fazemos as pazes, não é assim...

– Eu não te amo, Tânia. Nunca amei. Gostava da sua companhia, mas não a amava. Desculpe se deixei isso durar, se te fiz interpretar meus sentimentos de outra forma... – disse Edward convicto de que tudo aquilo que um dia sentira por ela fora apenas atração, uma paixão, talvez, mas não amor. Amor era o que ele sentia por Isabella.

– Eu não acredito! Essa dai te envenenou contra mim, não é isso?! Olha Edward, seja lá o que ela tenha te dito é mentira! Eu te amo meu amor... – disse tentando tocar Edward, que recuou

– Acabou Tânia! Será que é difícil entender?

– Mas, mas...

– Chega Tânia! – disse firme

– Eu te amo Edward! Você não pode ficar com ela! Olha pra ela! Toda jeca! Você merece alguém como eu!

Isabella estremeceu atrás de Edward. Não queria estar ali, não queria escutar o que Tânia estava dizendo, não queria acreditar em suas palavras. Não depois de tudo que tinha vivido com Edward nas últimas 24 horas.

Não!

Tânia estava com o orgulho ferido e queria ofendê-la. Nunca fora diferente, ela sempre a ofendera.

“Edward me ama.”

Repetia em sua mente. Precisava acreditar naquilo.

– Você escutou quando eu disse que não te amo, Tânia? Que nunca te amei? – disse Edward como se estivesse falando com uma criança – É Isabella quem eu amo! Quem eu sempre amei. – a declaração de Edward fez com que o coração de Bella se alegrasse, não precisava se sentir insegura.

“Ele me ama! Ele sempre me amou!”

Tânia ficou sem reação após ouvir de Edward que ele amava Isabella.

Aproveitando-se do choque em que Tânia se encontrava, Edward abriu a porta do carro para que Isabella entrasse, fechou a porta e logo em seguida deu a volta no carro.

– Adeus Tânia! – disse entrando no carro e dirigindo para longe dali.