A Rebelde Da Rádio escrita por Emily Jobs


Capítulo 2
O início do fim de semana




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Capitulo 2 - O início do fim de semana

Narradora Mônica

Bem, depois do teatrinho que teve na escola, eu estava andando pelas ruas. Olhei para os dois lados e vi algumas pessoas me acompanhando. Uma delas é o Dc e a outra é a Magali.

- Onde você mora flor? -Ela perguntou, tentando se aproximar. Ela é completamente animada.

- B-Bem, eu n-não sei d-direito. Só s-sei que é n-n-na 2º rua do L-L-Limoeiro. -Tentei falar direito, o que é bem difícil.

- Ora essa! Eu também moro por lá! Sabe o Dc? -Ela falou sussurrando. - Ele mora do lado de uma casa linda que está á venda nessa rua. -Ela falou.

- Tchau! - Ela disse, levantando uma mão e entrando numa casa, ela aparenta ser bem riquinha.

Continuei meu caminho e virei na mesma rua que o Dc. Teve uma hora que ele parou e eu continuei. Quando eu estava passando por ele, ele segurou meu ombro.

Me assustei com aquele movimento.

- Você por acaso está me seguindo? -Ele me perguntou, virando-me para ficar rosto-a-rosto.

- N-Não...- Será que ele é tão convencido assim?

- Está bem, eu sei que você me acha um pãoo. Não precisa esconder. - É, ele é muitoo convencido. - Mas, aonde você mora? -Ele se aproximou, mais e mais, e quando ele estava perto demais, eu me descontrolei.

Empurrei ele com tanta força, que ele caiu na calçada. Olhei ele com meu olhar mais feio possível e gritei:

- ORA ESSA! SÓ POR QUÊ EU MORO NA MESMA RUA QUE VOCÊ NÃO QUER DIZER QUE EU ESTEJA TE SEGUINDO! CONVENCIDO! -Apressei o passo e vi uma casa com caixas de mudança.

Olhei para o lado, e vi ele entrando na casa ao lado, com um sorriso bobo no rosto. Ele faz eu querer estrangular mesmo! Ele desperta meu lado de assassina, é tão idiota, convencido. Sem saber, também tenho um sorriso de boba estampado no rosto. Olhei para a casa, ela é muito bonita.

Entrei na casa. Ela é diferente. Olhei para os lados e vi minha mãe falando pelo telefone, quando ela me percebeu, falou sussurrando. Terceira porta á esquerda.

Meu quarto deveria ser na terceira porta á esquerda. Subi as escadas, e vi várias portas. Abri a terceira a esquerda. Meu quarto é lindo! Bemm, para encurtar o papo, ele é bem parecido com esse:

Quarto da Mô:

Me joguei na cama. Dei uma risada e escutei uma música muito alta vindo do outro lado da janela. Quando me levantei vi que era meu maior pesadelo: O Dc tocando com a banda dele. Bem, aquela banda, é um horror total! As músicas não falam de nada, só fazem sucesso por quê os garotos são uns gatinhos, com a excessão do DC( quero dizer... ele é o mais gato da banda).

Peguei minha mochila e a abri. Quando eu escuto um barulho na minha janela, quando eu a abro, uma pedra bate no meio da minha testa. Massageei o local do machucado e olhei para a janela do Dc. Aberta, mas não tinha ninguém.

Fechei novamente a janela e peguei meu pente. Penteei meus cabelos com cuidado, e depois peguei um esmalte qualquer e pintei minhas unhas.

Meu celular começou a tocar, eu o peguei e vi que o número é desconhecido. Pensei em atender, depois re-pensei. No final eu apertei o botão para atender e coloquei no viva-voz.

- Alô quem fala? -Era a melhor coisa que eu conseguia pensar em falar.

- Ahhh, agora você consegue falar comigo sem gaguejar? -Ha, o Dc tá pegando no meu pé, depois vai reclamar de ter um braço arrancado. - Mas me fala gata, vai fazer algo de bom amanhã?

- Dc, c-como conseguiu meu telefone? - DROGA! Estou gaguejando de novo.

- Ora essa, eu consigo tudo o quê eu quero esqueceu? Você ainda não me respondeu. Olha pela janela. -Desliguei o celular e sentei na minha cama, que ficava perto da janela.

Lá estava o convencido com um caderno na mão. Ele fez um sinal de espera, e escreveu algo no caderno. Revirei os meus olhos, ele me mostrou o quê tinha escrito: SAI COMIGO?. Fiz um sinal de não com a cabeça e fechei as cortinas.

- O quê foi isso? -Dei um pulo e cai da cama, minha mãe começou a rir e depois parou. - Ah, desculpa querida, mas o quê foi isso? - Ela perguntou curiosa. Minha mãe nunca teve nenhum tipo de interesse na minha vida, não sei o por quê de ela estar interessada agora.

- Isso o quê? - Me fiz de desentendida, o melhor que eu podia fazer.

- Ora essa! Esse menino, por quê ele tava te chamando para sair, e por quê você disse não? -Ela peguntou, se sentando na cadeira do computador.

- AHHH, agora está interessada na minha vida?! Saí do meu quarto mãe! -Eu gritei, abri a porta e acenei com a mão para ela sair.

- Calma, to saindo. Ahh, eu coloquei seu violão ali! -Ela apontou para um armário. Quando ela saiu, ficou de frente á mim. - Qualquer problema me cha... -Bati a porta na cara dela.

Deitei na cama e tirei uma soneca. Acordei com meu celular tocando. Vi que o número é desconhecido, abri as cortinas e vi o Dc, com o celular no ouvido. Desliguei o telefone e ele olhou para a janela, me encondi rapidamente caindo chão.

Fui me arrastando para o armário e peguei alguma roupa e fui a suíte. Tomei meu banho e me vesti. Estava chovendo, ohh como eu adoro a chuva. Escutei um barulho vindo da cozinha. Abri a porta do quarto e vi minha mãe segurando uma bolsa, tentando passar maquiagem.

Pelo visto, eu iria ficar sozinha aquela noite. Mas, até que isso não é tão ruim. Desci os ultimos degraus fazendo mais barulho, ela errou o batom e passou ele pelas bochechas. Eu dei uma risada longa e gostosa.

- Ahh, não precisava me fazer errar o batom. -Ela disse. Eu me aproximei e peguei um guardanapo e comecei a passar tirar o batom da bochecha dela. - Mas filha, esqueci de te avisar! Eu e seu pai vamos passar á noite fora.

Peguei um blush leve e passei pela bochecha dela. Bem, não seria a primeira e nem a ultima vez que ela vai me deixar sozinha, então não fico magoada.

- Tudo bem, mas o quê eu vou comer? -Perguntei, além disso, ninguém é de ferro.

- Tem uns lanchinhos na mesa, e se quizer comer uma pizza tem dinheiro na mesinha de centro. - Ela falou.

Ela me mostrou onde era a mesinha de centro e me deu um beijo na testa e saiu pela porta. Hum, igual aos velhos tempos, sozinha em casa, com lanchinhos na mesa e dinheiro na mesinha de centro.

Decidi fazer algo diferente hoje, só para variar. Peguei minhas chaves e o dinheiro na mesinha de centro. Sai de casa sem um guarda-chuva. DROGA! Chuva forte, agora eu não posso sair e nem voltar. Se eu voltar, vou me molhar, se eu for, vou me molhar.

Sinto alguém me abraçar por trás, me sobre-saltei. Escorreguei, mas ao invés de cair no chão molhado, sinto uma pele quente e macia. Ele me levantou, e eu ainda estava de olhos fechados.

- Abra os olhos flor -NÃO PODE SER! Não pode ser ele!

Abri os olhos bem devagarinho, mas quando vejo ele estava com um guarda-chuva médio e estava olhando para os lados. Quando eu olhei para ele eu fiz careta e ele riu.

- Por quê está rindo? - Perguntei seca.

- Porquê você precisa da minha ajuda. -Ele disse num tom de deboche, grrrrrrr eu vou para a cadeia hojeeee..

- Não preciso de sua ajuda. Posso ir sozinha para jantar. - Eu disse, me inclinando para ver se a chuva ainda está forte.

- Vai se molher toda! Deixa que eu te levo. -Ele disse com um sorriso malicioso no rosto. OHHHH MOLEQUE QUE ME DÁ RAIVAAAA!

- S-Se você t-tentar alguma coisa, v-você vai v-ver. -Cerrei os meus punhos e ele riu, grrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!

Ele me puxou e fomos na chuva. O guarda-chuva é bem grande mas ele me puxou bem para perto dele. Quando estavamos chegando ele me puxou para um abraço e eu retribuí. Nós nos afastamos um pouco, mas não nos soltamos, quando já iamos nos beijar meus olhos se encheram d'água mas eu segurei o choro.

- Dc.. -Minha voz estava roca. - A chuva parou.

- Ahh, então tá.. -Ele também estava com a voz rouca - nos vemos por ai.

Ele fechou o guarda-chuva e acenou. Antes de entrar eu olhei para o lugar onde ele havia ido, ele estava socando o ar, e saltando de felicidade. Eu sorri e abri a porta do restaurante.

Quando terminei de jantar, eu paguei e sai pela porta. Dei um suspiro quando me lembrei do quase-beijo. DROGA! Eu não posso estar me apaixonando por ele. Tentei esquecer dele, afinal, ele tem uma namorada mais bonita do que eu. Passei pela casa de Magali e dei outro sorriso, a única garota que foi falar comigo.

Uma lágrima escapou do meu rosto quando lembrei do meu pai de verdade. Souza era o melhor pai do mundo, até que num acidente de carro, morreu. Já escrevi uma música sobre isso, mas isso não vem ao caso.

Agora meu rosto estava inchado de tantas lágrimas que escapavam, meu nariz também estava entopido. Cheguei em casa e joguei minha bolsa no sofá. Joguei meus sapatos para qualquer lado e subi correndo as escadas.

Escovei os dentes e vesti um pijama. Me escondi nas cobertas da minha cama. Me levantei novamente e olhei pela janela, vi lá o Dc compondo. HUMMM, O QUÊ?! O DC COMPONDO?!

Dava para escutar um pouquinho da musica....

(Para ficar melhor, vou colocar logo a tradução, e se quiser acompanhar e ver o vídeo é nesse link:http://www.youtube.com/watch?v=TQ_DPm8dmlo)

Falando com a lua

Dc- Eu sei está em algum lugar lá fora, em algum lugar longe. Eu quero você de volta, eu quero você de volta.

Eu comecei a pensar que a música era para mim. Mas eu vejo a Carmen lá com ele, eu fecho a janela devagar e dou um soco na parede. Saiu sangue da minha mão, mas que droga! Só um dia, para mim me machucar, que DROGA!!


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