Cliviland City : O Desastre escrita por AndressaC


Capítulo 6
Quem é você?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que estão acompanhando! Valeu!
Continuem acompanhando!
Xoxo ;***



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May abriu os olhos rapidamente, estava no sótão da casa dos tios, o sótão era seu quarto desde que fora morar com eles aos 10 anos, antes o sótão era cheio de bagunça, coisas espalhadas, caixas cheias de teias de aranha, agora com seus 14 anos, May já tinha o transformado em sua casa, havia guardado as caixas embaixo da sua cama e colocou uma escrivaninha que ficava perto de uma janela inclinada, tinha também uma estante de madeira, que seu tio tinha feito pra ela, colocou seus livros, era tudo perfeito para May, era um lugar aconchegante.

_ Ai, que sonho mais estranho – ela esfregou os olhos, - que bom que era só um sonho! – olhou para a prateleira que ficava em cima da cabeceira da cama, mas o seu rádio-relógio não estava onde deveria estar. - Oxi, que estranho? Quem tirou meu relógio daqui?

Levantou da cama e olhou pela janela, o céu estava em um tom de laranja jamais visto por May, não havia sol ou lua, apenas nuvens avermelhadas, as ruas estavam desertas. Vestiu o seu roupão e desceu as escadas que levavam ao primeiro piso, onde ficava o quarto dos tios, estava vazio, a cama estava arrumada. “Eles podem ter saído, mas se tivessem teriam me acordado pra falar aonde iriam, muito estranho”.

Desceu as escadas que levava para o térreo, na sala não havia ninguém, a antiga TV estava desligada, e as almofadas estampadas do sofá estavam nem um pouco amassadas, como se fossem novas. May ficou olhando as almofadas e seu viés bem feito, quando um barulho estranho veio da cozinha. Ela foi bem devagar ate a cozinha, a cada passo que dava o barulho ficava mais alto, ela estava confusa, tentava escutar o barulho, não conseguia distinguir o barulho, pareciam rosnados de cachorros, que brigavam por um pedaço de carne crua, mas os tios não tinham cachorros em casa, o que deixou May mais confusa ainda.

Quando chegou a soleira da porta, o barulho agora era nítido, algum animal comia algo atrás da mesa, e May ainda não conseguia ver o que era a fonte do barulho, ela pegou a vassoura que estava encostada na parede, ela teria que lidar com o animal sozinha, pois os tios não estavam em casa, ela contornou a mesa, e ficou terrivelmente chocada com o que viu.

Não era animal nenhum, eram duas pessoas, elas estavam sob alguém desfalecido no chão, eles colocavam a mão dentro da barriga da pessoa, e colocavam a carne arrancada na boca, pareciam animais selvagens. De tão horrorizada derrubou a vassoura no chão, e o barulho que fez ao cair, chamou a atenção das criaturas, elas olharam diretamente para ela. May reconheceu os predadores, eram os seus tios, seus rostos estavam todo sujo de sangue, e quando olhou para o corpo no chão, também o reconheceu, era ela, May estava no chão, morta, com o abdômen aberto. Começou a se afastar, mas os tios, com as mãos em forma de garras andavam atrás dela. Os dois pularam de uma vez em cima dela, com as garras prontas para despedaçar novamente seu corpo. Ela gritou e então abriu os olhos desesperada.

Ela olhou a sua volta, não reconhecia o lugar, parecia um pequeno galpão, não se lembrava de como tinha chegado ali, apenas se lembrava de ter batido o carro e ter desmaiado. Procurou pela mochila, mas ela não estava em suas costas, “droga, essa seria uma boa hora pra usar uma arma!”. Sua cabeça estava doendo, “devia ter pegado alguns analgésicos no hospital”, passou as mãos pela cabeça, procurando por hematomas ou machucados, tudo ok na cabeça, nada grave, só um corte na testa que logo cicatrizaria. Levantou-se para checar o corpo, suas pernas doíam por causa do impacto, mas tirando isso estava ótima. Agora estava mais preocupada em saber onde estava.

_ E ae? Esta tudo no lugar? – A voz feminina vinha de um canto afastado do galpão, era escuro, mal era possível ver a silhueta da mulher que estava encostada na parede.

_ Parece que sim, onde estou? Como eu cheguei aqui? Onde esta minha mochila? Quem é você? – suas pernas ainda doiam, se apoiou na parece para não cair.

_ Calma, uma pergunta de cada vez. – A garota andou ate algumas coisas que havia ali, pegou alguma coisa e veio na direção de May. – suas coisas estão aqui, só peguei um bolinho se não se importa, estava com muita fome, faz um tempo que não comia, mas sua arma e seu sinalizador estão ai - Ela andou ate May, e tinha nos braços a mochila. – Você trabalha no hospital né?

_ Como sabe? – Quando a garota se aproximou de May para entregar a mochila, foi que May pode vê-la melhor, Ela usava uma calça jeans, uma blusa regata creme e por cima um colete de couro rosa com o zíper aberto, não aparentava ser velha, devia ter no mínimo uns 29 anos, seus cabelos eram castanhos avermelhados. May estendeu os braços para pegar, olhando meio de lado para a mulher.

_ Suas roupas, quer dizer, você usando o uniforme do hospital, pelo menos é o que parece. – ela se afastou um pouco e pegou o que parecia algumas roupas, e voltou na direção de May – tome, troque de roupa. – Entregou a muda de roupas para May.

_ Aonde arrumou essas roupas? – era uma calça caprí jeans, azul claro, e uma blusa regata preta.

_ Peguei de uma mulher morta que estava por aqui – May olhou com os olhos arregalados para a mulher – Calma, eu to brincando, eu encontrei em uma dessas caixas. – Ela apontou para algumas caixas perto da parede, mas May continuou olhando torto para a mulher, e olhou ao redor a procura de um lugar em que pudesse se trocar – o banheiro é por ali. – ela apontou para uma porta perto das caixas.

May andou ate a porta e a abriu, o banheiro estava cheio de caixas, checou os bolsos do uniforme, e as ampolas com o sangue do indigente ainda estava ali intacta, não sofrera nem um arranhão, May as guardou em um dos bolsos da mochila, trocou de roupa “sai do hospital e nem percebe que ainda estava com o uniforme”.

As roupas serviram, e como ela estava com seu all star nem foi preciso procurar um sapato para ela.Se olhou em um espelho em cima de uma velha pia, seu cabelo curto estava todo desgrenhado, abriu a torneira da pia, e um pouco de água com ferrugem saiu da torneira, e logo depois água limpa. Ela colocou a cabeça embaixo da água, lavou o corte em sua testa. Depois pegou a blusa do seu uniforme e secou os cabelos depois prendeu com o elástico que tinha no pulso. Ela pegou a mochila e saiu do banheiro. Andou ate o colchão fino onde tinha acordado e se sentou nele.A desconhecida veio e se sentou ao lado de May.

_ Qual é seu nome? – ela ofereceu uma garrafa d’água pra May, ela pegou e tomou um gole, sua garganta estava colada de tão seca.

_ May Denner. – Ela olhou de lado para a mulher, e devolveu a garrafa – E quem é você?

_ Meu nome é Claire Redfield, é um prazer te conhecer, pena que em circunstancias não tão boas.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse capitulo é meio monotono, mas o proximo vai ser bombastico, garanto! Comentem! o



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