O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes) escrita por Cíntia


Capítulo 23
O antigo aliado


Notas iniciais do capítulo

Alexander aparece na mata e ameaça Tulip e Diamond.
Agradeço a todos os leitores.Meu agradecimento especial vai para a Julia Zanini e ao Math Dragneel que comentaram no última capítulo. Realmente muito obrigada, sem vocês não colocaria o capítulo. Espero que todos gostem e comentem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217861/chapter/23

Tulip era rápida e conseguia desviar de alguns golpes, mas não tão rápida para desviar de todos. Ela estava machucada,  eu pude ver alguns cortes.  Ela pulou, mas não conseguiu se equilibrar e caiu de mau jeito no chão. Alexander estava prestes a desferir o golpe fatal, quando gritei:

- Alexander!

Ele se virou um pouco assustado, mas depois disse:

- Diamond, então é aqui que você estava – ele andou em minha direção -  Nós estávamos curioso com o que tinha acontecido com você... Então foi isso! Arrumou uma aliada, mas que menina fraquinha, hein? Poderia ter escolhido melhor.

- Olha o que fala... –falei com um pouco de raiva, depois diminui o meu tom- Deixe a gente em paz, vá embora e você ficará bem.

- Você está me ameaçando? – ele levantou a lança – eu estou com a sua lança! Está desarmado e me ameaçando?

- Estou! È melhor não criar confusão comigo. Você não está muito confiante quanto quer parecer. Tá com medo?  Por que fica parado? Está esperando o seu parceiro de caçada aparecer?

- Ahhh- ele riu- Depois que você foi embora paramos com isso. Estou fazendo as caçadas sozinho.  Não tenho medo de você, Diamond. Você é um fujão, um medroso. E será um prazer acabar com você.

Tolo! Confessou que não tinha uma retaguarda. Era somente, eu e ele, mas eu ainda estava em desvantagem. Eu realmente estava desarmado, por que deixara a outra lança? Ele veio para cima de mim e girava a lança. Eu pulava me desviando dos golpes. Ele estava confiante, e conseguiu acertar alguns: um de leve atingiu meu braço esquerdo e o outro um pouco mais profundo no lado direito do meu rosto.

Meu rosto ardia e sangrava. Eu tinha que pensar rápido, rolei no chão, mudando um pouco a área onde estava e vi duas facas.  Aquilo seria a minha salvação. Pulei mais uma vez para mais perto das facas e consegui alcançar uma. A joguei contra ele, cortou o seu braço, mas ele ainda continuava segurando a lança, peguei a outra faca e a arremessei,  essa ficou cravada em seu abdômen.  Ele caiu no chão. Me aproximei dele, ainda estava vivo, mas estava próximo do fim.

Corri em direção a Tuly, ela continuava caída, com muita dificuldade em se levantar. Havia um corte feio na perna e outros leves em algumas áreas do corpo.  Mas ela havia caído em cima do braço esquerdo e sentia muita dor.  A ajudei ficar de pé. E recolhi nossas coisas, peguei a lança de Alexander, facas que estavam espalhadas e deixei somente a que estava nele.  Abri sua mochila e fiquei com o pouco de comida que ele tinha.

Eu e Tulip tínhamos que fugir dali.  Os carreiristas não caçavam mais juntos, mas provavelmente estariam por perto. Tentei amparar Tuly. Mas ela sentia dor e andava muito devagar. Coloquei uma das mochilas nas costas dela, a outra na sua frente e a última nas minhas costas, pedi que ela segurasse a lança e a carreguei no colo. Assim andamos mais rápido. No caminho, ainda peguei a minha outra lança com o animal que eu tinha abatido.

Minutos depois, ouvi um tiro de canhão. Alexander finalmente tinha morrido.  Era mais um carreirista morto, restando apenas 6 tributos na arena.  E mais uma morte para minha cota. Mas de todas, provavelmente essa foi a mais justificada.

Depois de andar bastante, com algumas paradas apenas para recuperar o fôlego. Achei que já tínhamos nos distanciado o suficiente do lugar onde Alexander havia atacado. Eu estava bem cansado e também era necessário verificar as nossas feridas e tratá-las.

Tulip já havia parado de sangrar na perna, com ajuda dela consegui colher algumas folhas, coloquei em seu machucado e enfaixei. Seu braço estava bem inchado e apesar de não admitir para ela, eu sabia que estava quebrado, coloquei uma espécie de tala e tentei imobilizá-lo. Mas não era muito bom nisso.  Sem contar que eu percebi a dor que ela sentia e tentei não forçar muito.  Dei um remédio para dor que havia no kit de primeiros socorros e torci para ela melhorar um pouco.

Meu machucado no braço era bem leve mesmo, já tinha parado de sangrar e eu só o limpei um pouco para evitar qualquer coisa.  O do rosto era um pouco pior, mas nada preocupante.  Limpei e coloquei um curativo que tinha no kit:

- Vai deixar uma bela cicatriz. Que pena, seu rosto era tão perfeitinho. – Tuly falou tocando na área próxima a ferida

- Você está otimista. Será que eu ainda terei tempo suficiente para formar uma cicatriz?

- Você deveria acreditar mais na sua sobrevivência, Diamond! – ela estava deitada em baixo de uma árvore e se virou um pouco aborrecida comigo.

Não era a minha intenção, mas acho que a fiz lembrar algo que ela não queria.  Eu a abracei tomando cuidado para não apertar o seu braço e disse:

- Mas nós estamos vivos e juntos agora. Isso é o que importa.

- Foi por pouco, Diamond... E do jeito que estou ,talvez tivesse sido melhor que ...

- Não diga isso.  Não fale que seria melhor que estivesse morta.  Isso não é verdade. Tuly ...

-  Qual a minha utilidade como sua aliada agora? Estou toda machucada, você não quis contar,mas sei que meu braço está quebrado. Só vou te atrasar.  Sabe... acho que ninguém iria achar horrível, se você me deixasse agora.

- Eu não vou embora, Tuly. Vou ficar com você. – eu a beijei, queria sentir o seu gosto e acabar com aquela conversa que não era nem um pouco agradável

Resolvemos passar a noite ali mesmo.  O chão era um lugar mais perigoso, mas Tulip não tinha condições de subir em árvores, e nós até que estávamos confortáveis ali.

À noite vimos o rosto de Alexander no céu. Eu fiquei me perguntando como ficaram meus ex-aliados com essa perda. Mais um carreirista morto, agora eles eram apenas 3, com o mesmo número de adversários ainda na arena.

O chão era um lugar mais confortável para namorar, e apesar de eu e Tulip estarmos machucados, a coisa entre a gente ficou mais quente. Trocamos vários beijos, abraços, carícias e amassos.  Meu braço percorria o corpo dela.  E o desejo me dominava.

Eu sabia que todos estavam assistindo a gente. Não queria que vissem Tuly com vulgaridade. Mas foi algo mais forte do eu. O cobertor nos cobria e ela também parecia querer.  Em poucos dias, um de nós ou ambos estaríamos mortos.  Provavelmente seria uma das poucas, senão a única chance de possuí-la, era algo que eu queria muito. Então, fui e frente e aconteceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Alexander morreu, só há somente mais 6 na arena, o que vai acontecer? O que querem que aconteça? Comentem, deem sugestões, recomendem. Isso sempre me deixa feliz.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.