O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes) escrita por Cíntia


Capítulo 20
Depois do beijo


Notas iniciais do capítulo

Como Tulip e Diamond agirão depois do primeiro beijo?
Bem, hoje eu recebi reviews bem estranhas, duas reviews (do mesmo perfil) extremamente negativas no prólogo e no capítulo seguinte. Eu respeito a opinião de todos e as respondi. Logo depois recebi uma review (do mesmo perfil) no capítulo 3, me pedia desculpa, dizia que alguém havia assumido o perfil dele e feito essas críticas. Estranho não ? Eu realmente gosto de reviews e elas me deixam animadas. Mas a esses gostam desse tipo de coisa, parem de brincadeiras e quando fizerem críticas (principalmente as negativas),façam com substância, falem de aspectos que podem ser melhorados, acrescentem algo a história.
Agora eu agradeço a todos que estão lendo .Nas últimas horas ganhei mais um leitor para acompanhar essa história, muito obrigada quem quer que seja você. Muito obrigada também a Mary L S, ao Math Dragneel, e a Julia Zanini, que comentaram no último capítulo, fiquei muito feliz que vocês estão gostando, seus comentários realmente me animaram. Esse capítulo é especialmente dedicado a vocês. Do mais, espero que todos gostem do próximo capítulo.



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Tulip estava furiosa. Ela gritava comigo, me fuzilando com o olhar:

- Quem você acha que é? Quem você pensa que eu sou? Não sou uma daquelas garotas que caia aos seus pés por você ser filho de um vitorioso.

- Eu sei, Tuly.  Não pensei que você era como elas, aqui na arena ser filho de um vitorioso não ajuda nada. Eu só achei que você também ...

- Fique longe de mim!

- Você quer que eu vá embora ... para sempre? – disse abalado

- Não, não sei... Só se afaste por um tempo... Eu quero pensar ... Você não deveria ter feito aquilo.

Terminei de vestir o resto das minhas roupas (só faltava a calça). Peguei minha lança e me afastei. A idéia era caçar. Mas não consegui. Era muita coisa na minha cabeça. Sentei em baixo de uma árvore, fiquei com meus pensamentos. Tulip estava furiosa. Será que eu tinha feito algo tão grave? Ela não gostava de mim? Eu não era acostumado a ser rejeitado por garotas, ao contrário, elas que sempre me rondavam.

Mas com Tulip era diferente. Eu gostava dela.  Me sentia bem com ela.  Nossas conversas eram agradáveis e divertidas. Ela me colocava para cima, me acalmava.  Quanto eu desistia, ela me fazia seguir em frente.  As vezes, quando eu estava com ela,  conseguia até esquecer um pouco das coisas que vi e fiz na arena. Os olhos de Kinsey, e de Cairo. A fúria de Tammy. Star tentando me matar. Ferimentos. Sangue e mortes.  Esquecer que meu pai esperava que eu voltasse, ele não merecia ser desapontado. Talvez ele não agüentasse a minha morte. E toda minha família também sofreria.  

Ela era baixinha, um pouco maior que uma criança e eu desejava protegê-la. Ela também era bonita, tinha rosto, olhos e corpo bonitos.  Um tipo de beleza bem diferente da que existia no meu distrito.  Não sei direito o que eu sentia, mas a queria perto de mim. Em meus braços como na noite anterior. Também tinha vontade de beijá-la, abraçá-la, protegê-la. Eu me sentia atraído por ela, a desejava. Eu não devia sentir isso. Ninguém na arena deveria se sentir assim, já que todos nela eventualmente deveriam se tornar inimigos. Mas eu não conseguiria me tornar inimigo de Tulip, não conseguiria feri-la, ela era a primeira pessoa que demonstrou sinais sinceros de amizade comigo. Ela salvou a minha vida.

Se a gente tivesse nos conhecido em outra situação, não sei como eu poderia ter conhecido alguém do distrito 11, sem ser nos jogos vorazes.  Mas eu gostaria de tê-la conhecido fora dessa arena. Talvez as coisas pudessem ser diferentes... Tudo poderia ser diferente... Mas não, nós dois não poderíamos sair vivos dali.  Isso eu sabia, e poderia ser muito doloroso.

Tulip não havia gostado do que eu tinha feito. Por que ela havia ficado tão ofendida? Por minha causa? Ela não gostava de mim? Ou era pelos jogos? Nós não poderíamos ter nada por causa da eventual morte de pelo menos um de nós?  Ela não queria trazer mais sofrimento? Eu não sabia. Já havia passado algum tempo e resolvi voltar.

Quando cheguei perto dela , vi que ela estava arrumando as nossas coisas. Quase tudo já havia sido recolhido, ela me notou e eu falei um pouco irritado, talvez eu não devesse agir daquele jeito, como um inimigo,mas foi o que fiz:

- Você quer que eu vá embora?

- Não!... Só quero que não me toque mais.

- Ok, isso não será problema! – falei como se a desprezasse, suas palavras tinham me magoado

- Ótimo,  então vamos – Tulip foi andando em direção a área de mata tropical

Falamos apenas sobre o plano de ir para a floresta tropical, já que lá era mais quente, e como ficaríamos afastados um do outro, seria mais agradável para dormir. Era provável encontrar armadilhas pelo caminho, mas não importávamos com isso.  Um clima de briga nos rondava.   E caminhamos o resto do tempo em silêncio.

Em certo ponto ouvi um barulho de animal, que se aproximava da gente. Consegui ver um bicho grande, um pouco parecido com um gato, só que tinha pintas e era bem maior. Lembrei novamente das minhas aulas de geografia, aquilo era uma onça. Pensei em jogar minha lança, mas aí vi mais 2 onças, apenas uma lança não seria páreo para elas.  Além disso, havia algo estranho, elas eram muito fortes, e tinham algo de maligno, parecia que queriam nos atacar, não para se defender, mas para nos matar mesmo.  Devia ser mais uma armadilha dos Gamemakers, eles ainda não haviam desistido ainda.

Tulip e eu corremos. Ela era mais rápida do que eu e logo conseguiu subir em uma árvore. Eu subi atrás dela.  Nenhuma das onças conseguira nos machucar, mas elas ficaram em volta da árvore preparadas para o bote, se nós descemos.   Ficamos um tempo cercados, até que ouvimos outro barulho de animais, seguido de gritos.

Alguém estava sendo atacado em um lugar não muito longe dali.  As onças saíram de perto da árvore e foram em direção aos gritos. Os gritos então aumentaram, e depois de um tempo cessaram. Ouvimos um tiro de canhão. Alguém havia morrido. Só tinha mais 10 tributos na arena.  Um pouco mais tarde poderíamos descobrir quem era a vítima desse dia.

Tulip e eu resolvemos ficar na árvore mesmo.  Em pouco tempo anoiteceria e as onças ainda podiam estar nos rondando. Não havíamos chegado à mata tropical, então essa seria mais uma noite de frio.

A imagem de Yvaine, a moça do distrito 6, apareceu no céu quando já estava escuro. Eu e Tulip comemos um pouco e nos preparamos para dormir. Ainda estávamos falando muito pouco e eu evitava olhar para ela. Me ajeitei para dormir, e tirei o cobertor da minha mochila.  Olhei para ele por uns momentos, e pensei, não deixaria Tulip com frio. Levantei o cobertor para ela e falei:

- Toma.

- Isso é seu.

- Toma! Eu não vou usar. Se não quiser que eu o jogue no chão, é melhor pegá-lo.

- Tá bom– ela pegou o cobertor das minhas mãos e se cobriu. Hoje ela estava com raiva de mim, o suficiente para me deixar passar frio.

Eu me encolhi no meu galho. Estava gelado. Ia ser difícil dormir. Além disso, havia os pensamentos sobre o que tinha acontecido hoje, os assassinatos que vi e cometi, minha família, Juno e etc.  Eu me movimentei várias vezes no galho. Não conseguia dormir. Quando escutei um barulho acima de mim e vi que Tulip descia em  minha direção.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? O que vai acontecer agora? O que Tulip irá fazer? Deixem as suas opiniões, digam se gostaram ou não, mostrem que estão realmente lendo, recomendem a história. Ter manifestações dos leitores sempre me anima a escrever, mais e mais.



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