O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes) escrita por Cíntia


Capítulo 16
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Diamond se depara com uma ameaça de Star.
Gente queria agradecer a todos que estão lendo a minha história e especialmente ao Math Dragneel,a Mary L S que continuam seguindo e comentando a minha história e a Callisto que comentou pela primeira vez. O último capítulo foi o mais o mais comentado de todos que eu já escrevi. Realmente obrigada. Eu não ia escrever um capítulo hoje mas vocês me animaram. Continuem comentando e espero que todos gostem desse capítulo.



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Eu não esperava por essa. Star estava tentando me matar. Eu sabia que ela não gostava de mim, mas não esperava esse tipo de reação, pelo menos, não tão cedo. Lembrei do meu pai pedindo para eu tomar cuidado com ela, e me contando a estória de Dion. Mas ele só atacara os colegas no fim dos jogos. E ainda havia muitos tributos vivos. Não esperava isso, não naquele dia. Não com 12 tributos na arena. Ela realmente devia me detestar.

Não sei se foi o susto, ou alguma estratégia, mas continuei fingindo que estava dormindo, pelo menos até arrumar um jeito de sair daquilo. Virei o meu corpo, sem abrir os olhos, tentando tirar o cordão da mão de Star. E consegui, mas antes que eu pudesse reagir, ela já estava com a corrente de volta em sua mão. Então escutei outra voz:

–O que você está fazendo? – Cruiser falou um pouco alarmado

–O que parece? Me livrando de um empecilho. - respondeu Star que largou o cordão e se levantou

–Star, matar o seu companheiro de distrito, não me parece uma decisão muito acertada.

–E por que não? Ele também é o meu adversário. E não acho que vai servir de mais nada para a gente. Você viu o jeito que ele anda. Não acho que matará novamente. E assim não serve mais para o grupo.

–Talvez você tenha razão quanto a forma dele agir, mas não acho que é certeza que ele não matará mais, talvez só precise de um empurrão. Você viu o quanto ele é útil em batalhas. Ele poderá nos servir novamente, nem que seja para sacrificá-lo ou matando animais. Os outros também poderiam não gostar disso. Entenda, não discordo completamente, só acho cedo demais, ainda há muitos na arena, a gente pode fazer isso quando tiver menos tributos ou até mesmo, podemos arrumar uma forma mais útil e menos suspeita de matá-lo.

Star demorou um pouco para responder :

–Sim, entendo. Mas eu irei me livrar dele, e isso não demorá muito.

Eles deram alguns passos e foram se deitar longe de mim. Era isso! Meus aliados já planejavam a minha morte. Meu tempo ali havia acabado. Uma aflição tomou conta de mim. Eu tinha que ir embora. Esperei um pouco de tempo se passar. Abri meus olhos e vi que Cruiser estava de guarda longe e olhando para o outro lado.

Eu tinha que ser rápido e silencioso. Olhei o que tinha perto de mim. Só havia a minha mochila e algumas pedras, embolei a minha coberta e coloquei as pedras embaixo. De longe aparentaria que eu ainda estava ali. Procurei minha lança. Droga! Ela estava distante. Alexander dormira e a deixara próximo dele. Não tinha como pegá-la. Poderia acordar os outros.

Coloquei minha mochila nas costas e andei com cuidado. Quando já estava longe do acampamento corri o máximo que eu consegui. Me embrenhei na mata numa corrida vertiginosa. E só parei para tomar o fôlego em alguns momentos.

Quando reparei já tinha amanhecido. A minha garganta estava seca e ardendo. Sentei e abri minha mochila. Droga! Minha garrafa de água estava seca e ao entrar na floresta eu havia me distanciado do curso d´água. Procurei algo para comer e só vi um pouco de biscoito. Aquilo aumentou a minha sede, mas diminuiu um pouco a sensação de fome que já afrontava o meu estômago. Havia ainda na minha mochila algumas facas, mas nada além disso. Eu devia ter sido mais precavido. Meu pai me avisou para não confiar nos meus aliados. Devia ter abastecido a minha mochila todo dia antes de dormir.

Continuei andando, tentava encontrar alguma indicação de água por perto. Mas eu não era bom nisso. Quem eu estava enganando? Não era nem um pouco preparado para viver na floresta. Sabia mexer com armas e só. E quando fugira dos meus aliados possivelmente cavara a minha morte. Mas se eu tivesse ficado lá, não demoraria muito para ser morto também. Então era a morte certa e a provável. Então escolhi a provável

A floresta escondia perigos, eu sabia me defender e matar, mas não sabia me alimentar. Tentei pegar algum animal, mas todos fugiam com facilidade. Eu fazia muito barulho, e parar para ficar de tocaia, não era algo interessante para mim, eu estava em fuga e não queria que me alcançassem. E mesmo que eu ficasse de tocaia não acho que seria bem sucedido. Podia tentar colher algo. Mas não sabia o que era comestível, eu poderia pegar algo venenoso e não saberia. Então, continuei andando.

A sede me matava, minha garganta ardia. A fome também já me afrontava. Mas mais do que tudo precisava de água. Nunca havia sentido tanta sede em minha vida. Sentei e olhei para cima. Fiquei olhando em minha volta. Pássaros. Folhas verdes e amarelas. Poucas frutas e todas muito altas para que eu pudesse alcançar. Eu também não saberia subir naquelas árvores.

Continuei olhando por um tempo e não sei se falei alguma coisa, se pedi por água ou não, quando um paraquedas caiu próximo a mim. Me levantei, era um presente dos patrocinadores. Eu ainda tinha patrocinadores, mesmo depois de dar uma de covarde e fugir?

Abri o pequeno paraquedas, e para o meu alívio era uma garrafa de água. Bebi com toda voracidade. Aquilo me trouxe um grande alívio. Então notei um pequeno bilhete:

“ Use-a com sapiência --- Papai”

Resolvi seguir o conselho do meu pai. Deixei um pouco de água na garrafa e a guardei na minha mochila.

Já era o meio da tarde e depois de beber a água, meu estômago reclamou mais. Fui caminhando. Tentava pegar algum animal, mas continuei não tendo sucesso com nenhum. Estava com muita e raiva e não conseguia pensar direito. O que eu conseguia fazer era somente espantar os bichos. Se eu arrumasse alguma ave, um coelho até mesmo um réptil, eu poderia parar e provavelmente voltaria a razão.

Devia estar andando como um zumbi, bati em alguns galhos e cheguei até a cortar meu braço em alguns pontos. Também enrosquei meus pés em cipós e raízes, caindo e machucando meus tornozelos e cotovelos. Eu estava um caco. Mas aqueles pequenos machucados não era o que mais incomodava e sim a fome.

Continuei caminhando às cegas quando vi um arbusto. Nele havia pequenas frutas vermelhas. Podiam ser venenosas, eu sabia, mas agora não me importava. Só queria acabar com aquele buraco no meu estômago. Me ajoelhei e colhi algumas frutas, já ia colocando a primeira na boca quando escutei uma voz atrás de mim:

– Se eu fosse você, não comeria isso.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? De quem é essa voz? Um aliado? Um inimigo? Façam as suas apostas. Comentem, recomendem e até o próximo.



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