Violência Nem Sempre É A Solução escrita por Lise Muniz


Capítulo 17
Capítulo 17 - Finalmente


Notas iniciais do capítulo

Gente eu sei que eu demorei, mas foi por que eu estou toda enrolada com a feira da cultura do meu col'egio (ou melhor TI). Mas a'i v~ao dois cap'itulos novinhos para compensar. Se eu ficar sem postar na semana que vem, 'e pq eu to sem net.



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  - Tenho uma pergunta para você... Quer namorar comigo? - Will perguntou


Aquelas palavras ecoaram pela minha mente por um tempo. Will estava me pedindo em namoro? Era sério? Então eu voltei à realidade e peguei a rosa das mãos dele. Ele me encarou e eu agarrei o seu pescoço o beijando.


    - Acho que isso foi um sim. – ele disse sorrindo depois de eu o soltar


Eu ri e o abracei.


                                                         ...


Assim que entrei no palácio, Alice e Camila vieram correndo até mim. Por um minuto eu achei que elas iam pular em cima de mim e me derrubar como dois cachorros bem grandes, mas elas apenas pararam na minha frente e ficaram me encarando como duas débeis mentais.


    - Para quem teve o templo do próprio deus queimado, você está muito feliz. – Camila comentou


Eu não havia percebido que estava sorrindo e nem sabia como Camila sabia que o templo de Apolo havia queimado. Para mim a única coisa que me importava agora era o Will.


    - Além de o templo ter queimado, o que mais aconteceu Lana? – Alice perguntou com as mãos na cintura


    - Nada. – eu respondi meio distraída


    - Nada? Então o que é essa rosa na sua mão? – Camila perguntou desafiadoramente


    - Ok. Vocês me pegaram. – eu disse – Me esperem lá no quarto que eu tomar um banho.


Depois de um banho relaxante na incrível banheira quentinha do palácio, eu voltei para o quarto, onde Camila e Alice me esperavam, se remoendo de curiosidade.


    - Vamos! Conta-me logo! – Alice "pediu" – Eu estou quase morrendo de curiosidade aqui.


    - Ok! O Will me pediu em namoro. – eu falei indiferente


    - Sério? – Camila perguntou surpresa


    - Finalmente! A Lana tem um par para festa! Agora só falta você Camila! – Alice disse cruzando os braços e encarando a Camila


    - Festa? Que festa? – perguntei curiosa


    - Lana... Você sabe que dia é hoje?


    - Ahn... Não!


    - Hoje é dia 28 de Outubro.


    - Putz! Seu aniversário! É daqui a três dias! Eu estou super perdida no tempo!


    - Eu acabei de falar com o papai e ele disse que vai fazer um festão para mim, que nem a galera faz lá na Terra quando completa 16 anos.


                                                    ...


Enquanto Camila e Alice discutiam sobre os vestidos que elas iam usar, eu resolvi dar um tour no palácio e descobri que lá havia uma arena de treinamento no primeiro andar, um pouco depois do salão principal. Nele havia o brasão da família (que eu acabei descobrindo que era uma águia segurando uma serpente verde com as garras) onde duas espadas de ouro imperial estavam cruzadas, um tatame gigantesco para treinar todo e qualquer tipo de artes marciais, alvos para a prática de arco e flecha e um piso acolchoado para a prática de ginástica olímpica. Aquilo era o paraíso para mim. A sorte é que eu não estava mais de vestido, pois depois de tomar banho eu havia colocado uma camiseta branca e uma legging. Ou seja: LIVRE PARA FAZER TUDO O QUE QUISER!


De início, eu fui direto para os alvos e peguei o primeiro arco e flechas que eu vi. Nem sei quantas flechas eu atirei. Parei de contar na quinquagésima. Depois, eu fiquei treinando todos os movimentos de karatê sozinha e gritando feito uma idiota para o nada, porque eu havia esquecido que não havia nenhum sensei ali. Depois disso eu ainda inventei de praticar todos os saltos e manobras de ginástica olímpica que existiam e até as que não existiam, mas que eu inventei na hora. No final, eu peguei uma das espadas do brasão da família e fiquei tentando adivinhar como se usava corretamente. Eu era a pior esgrimista de todos os tempos. Eu preferia lutar com um canivete a uma espada. Aquela espada era pesada demais e não parecia se ajustar muito bem a minha mão. Eu tentei equilibrá-la na mão e desferi alguns golpes que não feririam nem um mosquito. Quando eu estava a ponto de desistir, alguém surgiu atrás de mim e segurou a minha mão direita (a que estava com a espada) e fez com que eu firmasse os dedos no punho da escada e desferisse um golpe na diagonal, que provavelmente partiria um monstro ao meio. Eu olhei para trás e vi Will sorrindo para mim. Eu larguei a espada no chão, sorri e dei um beijo nele.


    - Do jeito que você estava lutando, você não feriria nem um mosquito! – Will brincou


    - Eu mal consigo segurar essa espada! – eu reclamei – Eu sou a pior esgrimista de todos os tempos!


    - Não diga isso! Vem cá! – ele disse me puxando pelo braço – Eu vou te ensinar a lutar com uma espada!


Ele pegou a outra espada do brasão da família e ficou examinando a lâmina. Ele comparou com a outra espada e jogou-a para mim.


    - Toma! Essa é só de bronze celestial. – ele disse – A outra era de uma liga de ouro imperial e bronze celestial, por isso era mais pesada e você não conseguia segurar.


    - Tá bom nerd! – eu brinquei


Ele revirou os olhos e começou a explicar o que eu devia fazer. De primeiro, ele falou que a minha base estava horrível. Eu estava me apoiando demais no pé esquerdo ao invés de equilibrar o meu peso nos dois pés. Ele me ensinou que eu devia manter a perna direita sempre à frente, o corpo sempre ereto e a visão panorâmica. Alguns dos meus possíveis adversários não seriam tão certinhos como eu e provavelmente iriam tentar algum golpe baixo, então eu devia estar sempre atenta. Ele me mostrou como se segurava corretamente a espada e também alguns golpes básicos e bem fáceis (para ele). Ao final do dia, eu estava exausta. Peguei minha garrafinha de água e bebi-a toda em um só gole. Assim que me joguei em um banco para descansar, Sam apareceu na porta da arena.


    - Então vocês estão aí? – ela perguntou – A Alice e a Camila estão lhes procurando feito loucas!


Aí ela avistou os alvos no lado esquerdo da arena e deu um grito histérico, coisa que eu achei que ela jamais faria.


    - Por que você não me disse que tinha uma arena com dezenas de alvos super maneiros? – Sam gritou correndo na direção deles


    - Eu só fui descobrir isso hoje. – eu disse a ela – Quer treinar?


    - Menina! Você não se cansa não? – Will perguntou para mim


    - De atirar com arco e flecha? Não! – eu respondi levantando do banco em um salto e pegando uma aljava de flechas com pontas de prata – Toma Sam! Tem um arco ao lado do último alvo a esquerda.


Eu peguei outra aljava de flechas com pontas de bronze celestial e como sempre, transformei os meus anéis em um arco. Eu teria acertado todas as sessenta flechas se o Will não tivesse me dado um susto e feito com que eu atirasse uma flecha a dois centímetros acima da mosca do alvo. Eu o fuzilei com os olhos e ele se encolheu. Ninguém. Absolutamente ninguém, me fazia errar um alvo. Sam ficou pulando e gritando vitoriosa até que se lembro de que as meninas nos esperavam lá em cima. Ela saiu da arena correndo e pediu que eu a seguisse. Claro que eu não saí correndo feito uma louca que nem ela. Eu apenas subi as escadas civilizadamente e fui ao quarto da Alice, abraçada com o Will. Quando bati na porta do quarto da Alice, ela gritou lá de dentro:


    - Entra Lana! Mas deixa o Will aí fora!


Eu lancei um olhar que dizia "sinto muito" para o Will e ele entendeu. Alice devia estar trocando de roupa, o que era uma cena muito inadequada para ele assistir. Ele me deu um beijo de adeus e disse que era para avisar a Sam que ele já tinha ido. Quando abri a porta do quarto da Alice, eu a vi vestida em um vestido preto e rosa cuja saia, que alternava as cores, parecia ser feita de plumagens. Ele era tomara que caia e tinha uma bela fita preta presa à cintura. Camila sorria e Sam tentava ajudar a costureira a se organizar com as dezenas de alfinetes.


    - Esse vestido é... Uau! – eu disse surpresa


    - Gostou? – Alice perguntou animada – Vou usá-lo na festa do sábado.


    - Ele é muito bonito, mas eu acho que está faltando alguma coisa... – eu respondi pensativa


    - O que? – a costureira perguntou com uma agulha na boca


Eu corri para o closet da Alice e procurei algo que eu e a Julie a havíamos feito comprar na última vez que havíamos ido ao shopping. Era um bolero sem mangas, preto com um tecido macio e gostoso de tocar. Eu o dei para Alice vestir e Camila exclamou:


    - OH MY GODS! It’s so perfect now!


Sam a encarou com uma expressão de total dúvida no rosto.


    - O que você disse? – Sam perguntou a Camila


    - Eu disse "Oh meus deuses! Está perfeito agora!". – Camila explicou – Só que eu falei em inglês, por isso você não entendeu.


    - Essa língua é estranha! Sério! – Sam reclamou – Mas eu quero aprender! Lana me ensina?


    - Depois ela ensina! – Alice disse descendo do degrau de onde estava e me empurrando para fora do quarto – Agora ela vai experimentar o vestido dela!


    - Meu vestido? – perguntei surpresa 

    - Exato! Eu só não sei se eu acertei as medidas.

Quando abri as portas do meu quarto, me deparei com um lindo vestido em cima da cama. Ele era tomara que caia como o da Alice, cor de caramelo e com flores detalhadamente bordadas com uma linha escura. 

    - É lindo! - eu exclamei – Você tem um ótimo gosto Alice! 

    - Você tem que provar para a gente ver como é que fica! – Camila disse indo pegar o vestido em cima da cama

Eu peguei o vestido e o vesti com cuidado. Eu tinha medo que ele se esfarelasse na minha mão pelo tecido dele ser tão fino e delicado. O vestido entrou certinho. Não estava largo e nem apertado. Era perfeito. 

    - Me sinto uma princesa. – brinquei – Mas e você Camila? E o seu vestido? 

    - Está no meu quarto. – ela respondeu 

    - Então vai lá, veste e vem aqui que eu quero ver o seu. – eu pedi

Camila correu para fora do quarto e voltou minutos depois tropeçando na barra do próprio vestido. Ele era todo preto, com as mangas caídas e a saia rodada. O tecido parecia ser bem fino, mas havia várias camadas dele para reforçar o forro e o acabamento. 

    - Esse vestido... – eu comecei

    - Eu sei. Parece o com o de uma tal de Avril Lavigne que eu vi no seu celular. – Camila me interrompeu – A Alice pediu que a costureira copiasse o molde porque eu amei esse vestido. E aí? Ficou legal?

     - Melhor impossível! – eu exclamei – Você realmente se parece um pouco com a Avril Lavigne, só que com os cabelos negros.

     - Caramba! – Sam gritou de repente e nos assustou – Eu tenho que ir para casa!

   - Ah é! O Will está te esperando lá embaixo! – eu disse  

    - Amanhã eu trago o vestido para vocês verem. – Sam disse correndo escada abaixo – Tchau! Vejo vocês amanhã!


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Notas finais do capítulo

E a'i? O que acharam?



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