Por Trás De Uma Magia 2 escrita por anne_potter23


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Então... ficou um pouco maior que o normal, mas acho que isso é bom, né?
Anyway, espero que gostem, porque dessa vez, acabou a fic PRA VALER.
Não vai ter nenhum tipo de continuação nem nada...
E desculpa eu ter demorado tanto pra escrever uma fic tão curta...
Mas obrigada por tudo, gente.
Boa leitura ♥
ps- segunda surpresa jack XD
pps- Sim, o fim é uma referência/tributo à fodastica tia Jô ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217656/chapter/19

De começo, pensei que não ia aguentar. Porque Draco e eu vivemos muito juntos. Porque eu já o amei, mas também porque o amava. Porque, com o tempo, se tornara como um pai para mim.

Mas então entendi. O que passou é passado, não há volta e ponto. Não adianta parar o tempo por causa disso. Deve-se é seguir em frente.

E naquele momento entendi como eu deveria o fazer.

É claro, em qualquer situação na qual eu não estivesse tão alterada pela raiva e tristeza, e tão determinada a acabar com tudo de uma vez, eu teria feito diferente. Eu teria tido medo.

Mas acho que, na hora certa, as pessoas são iluminadas com pensamentos que, mais tarde, não fariam sentido. Que, se elas parassem para pensar, seriam estúpidos. Mas não, muito pelo contrário. Tais pensamentos são o que nos movem a fazer coisas das quais, por um tempo, podemos até nos arrepender profundamente. Mas, com o tempo, percebemos que foram completamente essenciais para o que somos e o que nos tornamos.

Tais pensamentos me fizeram não pensar duas vezes. Fizeram os “e se?” não passar pela minha cabeça.

Eu sabia o que tinha que fazer.

Matar Goyle.

E, embora não tivesse pensado muito sobre isso na hora, sabia que só a raiva e vontade de vingança que eu sentia eram fortes o suficiente para mata-lo.

Mas como fazê-lo?

– Olhe o que você fez. – falei, cheia de lágrimas nos olhos. – Você não entende, não é mesmo? Ele era como um pai para mim.

– Oh, pobrezinha! – sua falsa pena fez com que o estresse dentro de mim crescesse cada vez mais. Levantei-me e me atirei aos braços de Tiago. Porque não Al? Digamos que ele não se encaixava perfeitamente no plano.

Olhei para Thi. Somente olhei. Rapidamente e apenas uma vez. E fiquei feliz de notar que isso foi o suficiente.

Flashbackmode on:

– Porque levaria isso? – perguntei a ele, quando colocava uma faca acomodada em seu cinto, por debaixo da roupa.

– Caso precisemos.

– Acho que a varinha é bem mais útil, Thi. – falei, irônica.

– Se precisarmos matar alguém, - começou ele. – acho que seria melhor que fosse com essa faca. Porque matar alguém com um feitiço é muito dramático. Muito proibido. Muito marcante.

Naquele momento entendi que estava certo.

– E mais. Essa faca tem um valor. Ela leva toda uma história consigo. – comentou, passando o dedo de leve e com cuidado sobre a lâmina. – Só acho que seria bom acabar com isso do jeito que começamos.

Flashbackmode off:

Ele me deu a faca de modo tão discreto que até eu levei um tempo para notar o que acontecera.

Segurava nas mãos a lâmina que começou essa história, há pouco mais de um ano.

A lâmina que quase matou meu ex-namorado.

– Se fosse seu pai, Goyle, você sentiria o mesmo. – comentei. Olhei em volta. Al estava enciumado, triste e confuso. Ella, Gerald e Luke só pareciam querer sair de lá o mais rápido possível. Tiago continha um sorriso por pouco. E, pulando o falecido Draco com meus olhos, dei de cara com um confuso, porém confiante, Bryan.

– Sou mais forte que você, Serena. – sua confiança era tanta que chegava a irritar. Só queria ter como explicar a ele que era isso que o matara, antes que morresse. Mas isso estragaria tudo.

– É o que você pensa, Goyle. – disse Tiago.

Então era isso.

Entendi que aquela era minha deixa. Mesmo que tudo tenha acontecido em questão de segundos, as imagens se passaram em câmera lenta em minha frente.

Tirei a faca da manga, mirei e arremessei. Ela girou várias e várias vezes no ar. Tinha até me esquecido de que era boa nisso. Atirava dardos como ninguém e com estilo.

Mas isso não importava. O que importava era que, apesar da minha certeza de que seria bom demais para ser verdade que eu acertasse o alvo, eu o acertei.

Bem no coração.

A faca parou exatamente no ponto médio entre as duas costelas, atravessando o centro do coração de Goyle. Ele morreu na hora.

Se doeu em mim? Se eu senti angústia por ter causado uma morte?

A grande verdade é que não.

Em primeiro lugar porque eu acabei com isso do modo mais perfeito possível. E, além disso, porque eu prefiro mil vezes acabar com a vida de alguém que merece, que matar alguém inocente por dentro, aos poucos, coisa que muitos fazem.

Agora o que sentia era que eu era a prova viva de uma contradição.

Eu me sentia feliz. Tudo isso acabara. Eu era uma heroína. Voltaria a ser feliz em Hogwarts, assim como todos os outros. Mas me sentia triste, vazia. Draco se fora por algo que ele não tinha culpa ou controle. Ele nem sequer estava envolvido.

Com o tempo, porém, entenderia cada vez mais que ele morreu feliz, que morreu lutando. Protegendo a quem ele amava. Isso era o que importava.

Alvo me abraçou, me beijou, quase arrancou minhas roupas fora ali mesmo.

– Pelo menos agora estamos em segurança.




– Tenho a honra de dizer – ao ouvirem a voz da McGonnagal, pararam de falar aos poucos. – caham – pigarreou – Tenho a honra de dizer que seis de nossos alunos, hoje, ao se encontrarem numa situação de vida ou morte, não só souberam se defender, como também derrotaram uma ameaça constante para nós, bruxos de Hogwarts.

O salão principal ficou em silêncio. Ninguém sabia o que fazer. A maioria ali, na realidade, ainda nem entendera sobre o que ela falava.

– Os alunos Gabrielle Johnson, Alvo Severo Potter, Tiago Potter, Gerald Longbottom, Luke Adams e Serena Terrence, derrotaram, há apenas algumas horas, o ex-aluno Bryan Goyle, que tentou matar a todos eles. E pior, Goyle matou o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que, passando pelo local, tentou defender os alunos.

Mais uma vez silêncio. Era um choque muito grande. Muitas informações.

– E é por isso que cada aluno vai ganhar cinquenta pontos para sua casa! – continuou animada. – deixando a grifinória em primeiro lugar disparado devido aos 300 pontos ganhos.

O salão explodiu em murmúrios. Alguns comemorando, outros de protesto. Mas no fundo todos entendiam que merecíamos. Porque curamos a todos eles de um mal que inclusive ignoravam. Nos entreolhamos e sorrimos.



Abri um sorrisinho malicioso quando Al trancou a porta de seu quarto.

– Agora ninguém vai nos atrapalhar. – cochichou em meu ouvido, dando-me arrepios.

Andei até sua cama de costas, com ele me guiando, mesmo que estivéssemos aos beijos. Sentei-me. Ele mordeu meu nariz, rimos, e então colocou uma mecha de meu cabelo que caía sobre meu rosto por trás da orelha.

Por muito tempo somente nos beijamos calorosamente. Mas então minha boca desceu para seu pescoço. Seu quente, cheiroso e delicioso pescoço. Ele arfava quando decidi desabotoar sua camiseta. Era quase primavera, e ele não sentiu frio quando o fiz.

Então ele tirou minha camisa e abriu o fecho de minha saia. Também tirei sua calça, vendo-o com aquela box branca. Certo, isso era a coisa mais sexy do mundo.

Eu mesma tirei meu sutiã, porque tudo que eu queria era sentir o calor da pele de Alvo. Ele sorriu quando o fiz.

Quando tirei sua cueca, tive que fazer muito esforço para não parecer surpresa. Era maior que o de Tiago. Detalhes, detalhes... Esquece isso, Serena.



– E aí, gostosão? – perguntei, deitada sobre seu corpo quente debaixo do lençol. – satisfatório?

– Muito. – respondeu tascando-me um beijo, enquanto pousava sua mão sobre minha coxa, subindo-a até minha bunda. – E você, mocinha, o que achou?

– Perfeito. – respondi com um sorriso malicioso, e depois mordi o lábio inferior.

Era isso que eu queria. Não era só sexo quente e delicioso, mas amor. Era especial porque era com alguém que eu amava. E só por isso.

E agora era como se tivesse tirado um grande peso de minhas costas, porque poderia transar com Alvo à vontade, sem constrangimentos.

Colocamos nossas roupas e demos as mãos, descendo para o salão comunal. Lá alguns amigos com sorrisos cheios de malícia nos esperavam.

– Hummmm... E vocês dois, hein? – todos disseram.

– Shiu, não é da conta de vocês! – respondi, sorrindo.

– Certo, então, mudando de assunto, estávamos com vontade de ir ao lago negro. Afinal, está um dia lindo e quente. É a primavera chegando.

Nem precisamos responder. Eu e Al saímos quase correndo, como duas crianças felizes, na frente de todos. Assim que chegamos nos jogamos na grama úmida, rindo. Rolamos de um lado para o outro, aos beijos. Era um lindo fim de dia.

– Te amo. – ele me disse.

– Eu amo mais. – sentamo-nos, ao ver todos os outros chegando.

O vento era quente e o cheiro era agradável. A neve já derretera e as flores nasciam. As nuvens se moviam com rapidez, iluminadas pelo sol poente.

Clouds are marching along, singing a song, just like they do...

Tantas lembranças felizes. Tantos sorrisos, tanta segurança. Como agora. Estávamos seguros e sem problemas.

E a noite quente chegava, e com ela, as estrelas. As que brilhavam tão forte como em nenhum outro lugar. Naquele lugar maravilhoso. Mesmo com tantos problemas. Não era só conosco que os problemas aconteciam. Há alguns anos, um jovem garoto também sofrera e rira muito nesse lugar.

Seu nome era Harry. Ele tinha uma inconfundível cicatriz em formato de raio na testa. Uma cicatriz que mudara sua vida. E uma cicatriz que não voltara a incomodá-lo nos últimos anos. Tudo estava bem.

Fim



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Trás De Uma Magia 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.