Atmosfera Viciante escrita por PridePeople


Capítulo 8
Capítulo 8




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Bati na porta dele. Sei que ele provavelmente tentava imaginar o que eu fora fazer fora da escola, e com quem. Quando ele abriu, a porta parecia bravo, mas logo quando me viu, seu sorriso irritante e extremamente irônico apareceu.

– Olá... – disse sarcástico, com um sorriso irônico. Nossa.

– Oi – pausei – queria parar com a aposta. – disse rápido, e entrando, sem me importar se ele deixasse. Assim, sentei na cama.

– Oque? – disse perplexo – Num entendi.

– Eu sei.

– Mas por quê? – disse questionando.

– É ridículo. – disse conformada.

– Eu sei – disse admitindo – perdi a cabeça.

– Eu também – disse mais compreensiva do eu nunca.

– Acho que tô gostando...

TOC-TOC. – interrompeu.

– Quem é? – perguntei.

– Não sei.

Quando Otavio abriu, senti um frio na espinha, a pior pessoa para interromper nossa conversa, apareceu. E por incrível que pareça, eu não estava tão surpresa por isso. Ela já tem o histórico de inconveniência.

– Oi Tavinho. – disse dócil (até demais).

– Oque você quer? – disse cortante.

Olhou pra dentro, e quando me viu, logo soltou seu veneno:

– Hum... O que vocês dois estão fazendo aí sozinhos, hein? – disse irônica.

– Te importa? – disse Tavinho debochando.

– Que hostilidade... – disse se fazendo de vítima.

– Não precisa de tudo isso... Tavinho... – disse interrompendo os olhares de maldade de Hayley, e os de Otavio, de hostilidade.

– Eu só queria dizer aquilo mesmo, - pausei – podem ficar sozinhos.

Otavio perplexo, olhando pra mim enquanto eu saia, disse:

– OQUE?

– Ah, agradeço linda – disse com tom conveniente.

– Não foi nada. – olhei indiferente.

– Foi tudo. – disse triste.

Olhei para ele, com aquela cara de piedade que ele estava, decidi:

– Venha então Tavinho, comigo. – disse irônica.

– Oque? – disse Hayley contrariada.

– Ótimo. – disse irônico, seguindo completamente o plano.

Saímos de lá, deixando Hayley, tão “sedenta” de confusão, que ela mal pôde disfarçar, então que decidi, chegar mais perto de “Tavinho”, não perdendo a chance e o costume de provocar, no caso, ela.

=OTAVIO ON=

Era ela na minha porta. Queria anular a aposta. Algo que eu fiquei literalmente perplexo em cogitar, ainda mais vindo dela. Aposto que tinha algo a ver com a saída dela da escola.

Mas aí, quando estávamos realmente com as “Guardas baixas”, Hayley resolveu aparecer. Eu por um minuto, não pensava na aposta quando falava com Mandy, eu realmente poderia conquista-la, sem ser audacioso, sem parecer com uma espécie de “máscara” ou “escudo”. Mas Hayley realmente estragou tudo. E voltamos a nos olhar daquele modo desafiador, como sempre. Que apesar de legal, eletrizante, era de um jeito ou de outro, um “escudo”, uma espécie de “proteção”.

– Ela é muito inconveniente. – disse depois que saímos do meu quarto, a deixando Hayley totalmente irada.

– Pois é. – pausei – mas por pouco, você não me pareceu frágil. – disse irônico.

– Foi você que admitiu gostar de mim – já se afastando com um sorriso irônico – não o contrário.


Parei e olhei, percebi que a Mandy estava de volta. Apesar daquela Mandy, me parecer mais fácil, era mais legal conversar com aquela. Bobagem minha! Esta Mandy deixa tudo mais divertido.

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Estava já de noite, eu estava com meu MP3, ouvindo Grease: “You’re the One That I Want”, relembrando do dia que tive com Jason. Algo me fazia estar desconfortável a lembrar daqueles momentos. Eu me parecia tão... Fútil e ingênua, como na época que Jason me conheceu. Mas ao mesmo tempo, gostava do modo como ele me prendia... me entrelaçava... Mais sutil que Otavio, obviamente.

Quando vi no espelho, próximo ao meu computador, eu estava totalmente esgotada, mas me sentia bem com isso. E ao mesmo tempo, vi aqueles olhos pela fresta da minha porta, me entreolhando, me minando, me avaliando, possivelmente. Era Otavio, eu podia jurar. Aqueles olhos, aquele olhar, não me enganavam. Então decidi:

– Pode entrar, aqui dentro, presumo que esteja mais confortável que ai fora. – disse me virando diretamente para a porta.

– Hum... Já está tão boa em me perceber, ou... – pausou andando até mim – Consegue realmente me sentir? - jogou o peso para as mãos, que estavam convenientemente, nas braçadeiras da cadeira, me fazendo recuar, com sua aproximação.

– Certamente, estou boa nisso. Procuro sentir coisas que valem a pena – disse debochada, já me virando novamente para o espelho, recostando os pés em cima da cômoda, e fazendo um sinal para que ele fechasse a porta.

– Hum – disse fechando a porta – porque acha que estamos cada vez mais próximos? Eu sempre entrando aqui...

– Estamos mais próximos por opção sua, e você só está cada vez mais aqui, porque cada vez mais tem menos juízo... – disse estralando os dedos, no ritmo da música do meu MP3.

– Entendo – disse irônico – O que você tá ouvindo?

– Você obviamente já sabe. – disse irônica.

– Grease. – pausou – Não pensei que gostasse.

– Não gostava, uma pessoa me ensinou a curtir, entende? – disse tentando provoca-lo.

– deve ser o tal garoto que te fez me abandonar. – disse um pouco desnorteado.

– Abandonado? – disse irônica.

– Você entendeu. – disse cortante.

– Entendi sim... – disse rindo.

Fui deitar na minha cama, e percebi ele me olhando, quase me medindo, sabe?

– Oque foi? – disse curiosa.

– Tava pensando, no meu orgulho. – disse apalpando as mãos.

– Hum, as vezes atrapalha, as vezes nos livra, sei como é. Nos faz não parecer “previsíveis”. – disse compreensiva.

Otavio olhou freneticamente pra mim, especialmente nos meus olhos. Parecia com uma mistura de perplexo, com confuso, exausto e curioso. Eu surpresa disse:

– Que foi? – disse entreolhando para ele, que não parava de me olhar, freneticamente.

– Também, penso... Penso exatamente como você, com estas palavras, sem tirar nem por... – disse desnorteado.

– E? – disse agora confusa.

– Incrível como nos parecemos... – disse agora, num passo de mágica, de perplexo, para oferecido.

– Que cantada mais antiga... – disse me debochando.

– Cantada? Você realmente se acha. – cuspiu.

– Então se for assim, realmente combinamos em algo. – disse agora, o enfrentando numa guerra de olhadas e entreolhadas.

Silêncio.

– Você, prefere qual música do Grease? – disse sereno.

– You’re the One That I Want. – disse agora também voltando a estabilidade.

– Eu também. – disse rindo.

Ri com ele. E novamente estávamos ali, naquela selva, de lados desconhecidos, tanto eu quanto ele, acredito que estávamos nos estranhando com nossas próprias atitudes, de baixar a guarda, abaixar o “escudo”, e ao mesmo tempo, desvendando, sem mínimas pretensões o “eu” um do outro.

– Você é incrível. – admitiu ( eu espero ).

– Oque? – disse assustada.

– Isso mesmo que você ouviu... – pausou – você com certeza será mais do que um troféu para mim.

Meio aflita, e emocionada, e entusiasmada, e extremamente confortável, me mantive quieta, custava acreditar no que ouvira.

– Não vai dizer nada? – disse suspeitando.

– Você também, pode-se dizer que pe legal. – disse agora sorrindo mais que uma criança de seis anos.

– Eu sei – disse rindo, com um tom autossuficiente.

– HAHA! – cuspi.

– Você irônica. Só seria melhor, e mais bonita... – pausou enquanto deitava do meu lado na cama, sem pretensões de me agarrar, mas simplesmente, querendo aproximação – Comigo.

– Talvez eu concorde, - disse olhando nos olhos dele – Só talvez.

– Talvez? – disse questionando – Se for por medo, eu te protejo. De tudo que você quiser, puder e precisar ser protegida. – disse com olhar romântico. Perai, romântico?

– Eu sei, você é capaz de tudo isso. – disse sorrindo, ainda fixada no olhar dele.

– Nos filmes de romance, o casal se beijaria agora. – disse fechando os olhos.

– Mas isso é realidade. – disse assustada.

– Exatamente. Mas na realidade, também há romances, tanto quanto, investigações, suspense...

A partir daí, reinou o silêncio. Algo o interrompeu algo que parecia não estar mais em meu controle.


Neste caso, algo que geralmente eu chamaria de “um beijo meu”.


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Notas finais do capítulo

Noss, que romantico '-'



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