Haru abriu os olhos assim que pensou que o fecho de luz tinha sumido, mas quando os abriu sentiu outro clarão, mas desta vez do sol no seu rosto. Ele estava deitado todo esparramado no meio de uma estrada e olhava para o céu, ele começou a olhar para os lados meio confuso e desesperado

Haru – Anh? Onde eu estou? Não era pra isso aqui ser uma biblioteca?

Ele percebeu uma carruagem chegando perto e se não saísse logo seria atropelado, o garoto deixou o desespero de lado e em um movimento rápido ele deu um salto para trás com o impulso de uma das mãos conseguindo a tempo de sair do caminho daquele transporte.

Haru – Ufa... – Ele ficou aliviado e esfregou a testa – Agora é descobrir como eu vim parar aqui.

O garoto começou a andar pelas ruas da cidade e olhava para todos os lados atrás de uma pista, ele ia em direção à Fairy Tail para conseguir explicação, quando chegou lá teve outra surpresa a Guilda estava em ruínas, não totalmente destruída, mas parecia abandonada e não tinha ninguém por ali.

Haru – Mas... O que é isso? Não faz o menor sentido – Ele esfregava a cabeça – Onde é que eu estou? E o que está acontecendo? Eu não entendo nada... – Ele esfregou ainda mais os cabelos loiros os despenteando mais do que já estavam.

??? – Olha só parece que temos alguém que se perdeu da mamãe.

Haru parou de se descontrolar e olhou furioso para a pessoa que havia o insultado, era um homem estranho ele tinha um afro amarrado baixo em dois e levava uma clava nas costas e estava acompanhando de quatro homens.

Haru – O que você latiu desgraçado?

Homem – Me chamo Teebo, sou um integrante da Guilda Twilight Ogre...

Haru – Não ligo para o seu nome. Muito menos pra sua Guilda.

Teebo – Hahaha, o garoto tem marra, mas parece muito desesperado. – Ele começou a debochar – O que foi? Perdeu-se da namoradinha?

Haru ficou com raiva, mas não se deixou levar totalmente ainda.

Haru – E você por acaso tem uma com essa cara feia?

Os próprios companheiros de Teebo começaram a rir o enfurecendo e fazendo com que fosse pra cima de Haru com a clava em mãos sem pensar duas vezes, Haru apenas desviava dos golpes sem muito esforço, uma hora quando o cara deu um golpe pela lateral Haru colocou uma das mãos sobre a clava meio que plantando uma bananeira em cima dela apenas com uma mão.

Haru – Muito lerdo – Disse isso e deu um chute no rosto do cara o levando ao chão, o garoto voltou ileso para ao mesmo lugar que estava antes.

O cara estava nocauteado no chão sendo visto incrédulo pelos companheiros e Haru nem ao menos ligava, e então ele foi atacado pelo quatro de uma vez, talvez por busca de vingança, Haru fez a mesma coisa que antes desviou de todos os golpes e os nocauteou sem muito esforço.

Haru – Que perda de tempo e energia, nem precisei usar magia – ele dizia batendo as mãos

O garoto foi em direção a um dos caras que parecia ser o único acordado depois dos golpes , ele o pegou pela gola o levantando do chão

Haru – Ei o que aconteceu com essa guilda?

Homenzinho – Você não sabe?

Haru – Se estou te perguntando é porque eu não sei, você não acha? – ele perguntou com um pouco de raiva e apertou ainda mais sua gola e o afastando ainda mais do chão

Homenzinho – Desculpe, desculpe... – ele disse com um pouco de medo – à alguns anos ela esta abandonada por causa do sumiço de alguns integrante à sete anos atrás, como eles não tinham recursos ficou assim e muito membros deixaram a guilda. Agora a filial é em outro lugar

Espera. Como assim isso aconteceu há sete anos? De acordo com as historias dos pais isso tinha sido a mais de vinte anos pelo menos. O que estava acontecendo?

Haru – Em que ano estamos?

Homenzinho – Nem isso você sabe... Coitado, não deve ter educação – Ele disse baixo, mas o garoto ouviu.

Haru bateu no homem um monte de vezes para revidar o xingamento, o cara acabou com o rosto inchado, poucos sangramentos e vários galos, ele agora estava jogado de novo no chão

Homenzinho – Des... Desculpe...

Haru – Não teste minha paciência. Em que ano estamos?

Homenzinho – Ano 791...

Haru – Você realmente acha que eu acredito nisso? – ANDE LOGO ME CONTE EM QUE ANO ESTAMOS – Pegou de novo o pequeno homem do chão pela gola, agora mão estava em chamas.

Homenzinho – Po... Por favor... É sé... Sério... Este é o ano, 791... – O homenzinho chorava ao sentir o calor que vinha dos punhos de Haru.

Haru o soltou novamente no chão, posicionou uma das mãos no queixo, estaria pensando e analisando. Estava no lado da Guilda, estava em ruínas, e ainda do lado de fora sem ninguém com ele.

Haru – Onde fica o outro prédio?

Homenzinho – Perto da prefeitura... Segue por ali. – Ele apontou para direção mesmo todo ferido.

Haru não respondeu, apenas seguiu na direção. Já avistava o enorme prédio antigo quando viu a sua frente um grupo de pessoas apostando algo, e em cima de um caixote de madeira, ele avistou mechas róseas. Caiu os ombros ao perceber de quem se tratava.

Haru – Não acredito...

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Obake estava bem longe de Haru, ela caiu num lugar mais “confortável” que ele. Parecia estar nos campos floridos de Magnólia. O mesmo lugar que encontrara Hikari e Ivy. Acordou sem saber como acordou ali, do lado de fora e ainda muito longe da Guilda. Teve a mesma reação que Haru. Olhou para cada canto.

Obake – Mas que... Ahn? Luna? – Viu a amiga encostada numa arvore olhando algo que a deixava tremendo, não se sabia do que era exatamente. De medo, de frio ou qualquer parecida. – LUNA?

Luna – Xiuuuuuu. – Congelou a boca de Obake. Normalmente ela não é louca o suficiente para fazer isso com alguém, ainda mais com Obake.

Enquanto Obake tentava se libertar do gelo sua boca, e jurando se vingar, Luna a puxou para se esconder perto da arvore. Num estralar de dedos Luna desfez o gelo, e Obake mesmo assim tampou a boca, para não rir.

A cena era de que Juvia se arrastava para Gray. Estavam aparentemente... Novos?

Obake – Por que sua mãe esta fazendo isso?

Luna – Eu não sei... Ela não faz isso desde que ela tinha... – Luna se interrompeu ao lembrar-se do tempo em que sua mãe era nova. – Nossa idade...

Obake – Estranho... Mas primeiro: Como viemos parar aqui? Segundo: Cadê todo mundo? Terceiro: Por que sua mãe esta fazendo aquilo se já são casados?

Luna – Eu não sei não, será que tem a ver com aquele livro?

Obake – Que livro? Aaaaah aquele eu taquei na cabeça do fósforo ambulante?

Luna – Por que você chamou seu namorado assim?

Obake – Não sei deu vontade...

Uma gota enorme escorrer pela parte de trás da cabeça de Luna poderia ter sido imaginado ali.

Obake - Pensando bem acho que tem a ver sim, floquinho. – Obake às vezes tinha mania de dar apelidos bobos quando é carinhosa ou com muita raiva.

Luna – Hummm, Olha só... – Apontou ainda escondida, para mais algumas pessoas que vinha em direção ao Gray e Juvia.

Obake – Quem são? Não consigo ver. – Ela esticou-se ao máximo que podia para enxergar, mas não deu certo. – Luna da uma ajuda aqui? – Transformou a mão em uma espécie de luneta e Luna fez uma lente utilizando gelo.

O queixo da maga do metal caiu de certa forma que quase alcançasse o chão. Ao ver Wendy e Charlie chamando-os para irem logo embora. E num breve momento Wendy ficou corada e correu, Charlie bufou saindo voando com uma gota na cabeça constrangida, e Juvia com corações nos olhos e vermelha também. Obake também desfez a luneta fingindo ter visto nada.

Luna – O que foi? O que viu?

Obake – A Wendy mais nova... – Ela fitava o chão, não parecia acreditar no que vira.

Luna – SÉRIO? Mas por que você ficou assim?

Obake – Do nada seu pai arrancou a roupa... Que corpão...

Luna – OBAKE! Alguma aconteceu... Será que eles ficaram mais novos por causa do livro ou...

Obake – Voltamos para o passado?