POV Jasper

Assim que cheguei em seu quarto, a vi. Deitada na cama, sem nenhuma peça de roupa, toda machucada.

– Jasper – ela sussurrou tão baixo, que se não fosse um vampiro não teria ouvido. Foi sua ultima palavra antes de cair na inconsciência. Não poderia deixa-la nesse estado, sozinha. Alice precisa de mim.

Ouvi vozes subindo as escadas, mim escondi. Poderiam ser os pais dela.

– Vamos Charles, a Alice está dormindo. – disse uma mulher.

Os passos estavam mais perto, a porta se abriu. Dela saíram dois homens e uma mulher, os mesmos que estavam conversando na sala.

– Então Sr Newton, vejo que gostou da minha filha. O negócio está fechado? – disse Charlie Swan. Ele parecia ansioso por um sim. Que espécie de pai é esse que vende sua filha?

– Oh sim meu caro amigo. Sua filha é muito boa – o segundo homem disse numa voz maliciosa. - A partir de hoje considere meu sócio. Mas tenho uma condição.

– E qual seria? – ele o olhou desconfiado.

– Quero a pequena Alice novamente Charlie. Você sabe, a Victoria é apenas uma fachada não me serve mais para o prazer. – disse caminhando em direção à cama, sentou e passou a mão pelo corpo dela.

Nesse momento minha vontade era sair da escuridão e mata-lo. Como ele ousa tocar a minha Alice.

– Claro meu caro. Minha casa estará sempre aberta para o Sr, quando quiser será bem recebido por minha filha.

– Ótimo. Vejo que essa vai ser uma ótima parceria meu caro amigo. Amanhã trago os papeis e venho fazer uma visita a sua pequena. – levantou da cama e apertou firme a mão do Charlie.

– Até amanha Sr Newton. Estaremos esperando para o jantar, boa noite. – disse a mulher, pela primeira vez.

Os três saíram do quarto e ouvi os passos descendo as escadas. Pulei a janela e me escondi atrás de uma sombra. Esse monstro não ficaria impune, iria mata-lo com minhas próprias mãos por ter feito essa crueldade com ela. Depois me vingaria de seus pais.

Alguns minutos se passaram e o Sr Newton saiu com seu carro pela rua deserta. O segui. Pulei em cima do carro com um estrondo terrível, ele se assustou e acelerou ainda mais.

Coitado, pensa que pode escapar de mim. Ele irá sofrer tudo que ela sofreu.

Com um simples movimento arranquei a porta do banco de trás e joguei pelas ruas desertas de Forks. A chuva caia forte, os raios anunciavam o começo de uma terrível tempestade, sua ultima tempestade.

Entrei no carro e rosnei. O homem que até minutos atrás era o caçador se tornou a caça. Medo. Era o único sentimento que vinha dele.

– Boa noite Sr Newton. Hunm vejo que está com medo. – disse com uma voz rouca e aveludada, uma voz que fazia qualquer um tremer de medo.

Seus olhos arregalaram quando viu meu reflexo no retrovisor.

– Quem é você? O que está fazendo no meu carro? Saia daqui, você não sabe quem eu sou – sua voz estava agoniada, ele tremia e suava. Acelerou ainda mais o carro.

HAHAHAHAHAHA isso seria divertido

– Oh ai que você se engana. Thomas Newton, dono de uma das maiores empresas do sul dos Estados Unidos. Acabou de fechar um negócio com o cretino do Charlie Swan em troca recebeu sua filha de presente. Tem certeza que eu não sei nada sobre você?

– Co..como você sabe disso? Quem é você? – ele estava desesperado.

– Sou sua morte. – disse e rosnei alto

Ele se assustou e parou o carro bruscamente. Estávamos perto do penhasco, o tirei com força do carro e o joguei no chão. Ele gemeu de dor. Joguei o carro no penhasco enquanto a chuva forte caia sem piedade.

– Por favor, não me mate, quanto você quer? Eu lhe pago, mas não me mate – disse de joelhos, implorando por sua vida.

– HAHAHA você acha que quero seu dinheiro? Você vai pagar por ter maltratado Alice, vai sofrer tudo que ela sofreu, vai morrer nas mãos de um vampiro – sorri mostrando minhas presas, meus olhos estavam mais escuros que a noite, enquanto caminhava lentamente em sua direção.

Cansei de brincar com a comida, mordi seu pescoço enquanto ele se debatia e bebi todo seu sangue. Quebrei seu pescoço e o joguei do penhasco.

Passei um tempo encarando as águas escuras e as fortes ondas quando sua imagem me veio no pensamento. Minha Alice!

–------x------

Cheguei a seu quarto, fiquei na parte escura ao lado do espelho. Ela estava agitada, seu cheiro estava forte, seu sangue. Hunm seu sangue. Jasper! Você não pode pensar essas coisas, ela precisava de mim.

Alice se remexia na cama e acordou com um grito agudo.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAH.

– Calma Alice foi só um pesadelo. - dizia a si mesma enquanto tentava controlar a respiração.

Sentou-se em sua cama e observou o quarto escuro e silencioso, apenas o barulho do vento entrando pela janela aberta. Sua respiração que antes estava calma se agitou novamente.

Sua pele ficou pálida e ela perdeu a respiração por um momento, pude ver o choque em seus lindos olhos, ela olhou em direção ao espelho onde eu a encarava com fúria e desejo pelo seu sangue. O monstro em mim estava solto, eu a desejava queria provar seu doce sabor mais sei que isso é errado. Ela não merecia outro monstro em sua vida.

Aproximei-me lentamente em direção a sua cama, não queria assustá-la ainda mais. Percebi quando ela se encolheu e fechou os olhos. Sentei em sua cama e toquei seu rosto, me controlei ao máximo para não machuca-la com esse movimento.

Alice continuava de olhos fechados como se temesse a morte e realmente ela não está totalmente errada.

– Alice - sussurrei seu nome, precisava ouvir sua voz.

Nesse momento Alice abriu os olhos e seus sentimentos eram uma mistura de surpresa, incredulidade, medo e ansiedade.

– JASPER! – ela gritou

– Shi... calma não fique com medo, não irei machuca-la Alice. – falei baixo, mas sabia que ela me ouvia. Não conseguia olhar em seus olhos e ver o pânico novamente.

– Co..como você entrou aqui? – sussurrou e sua voz transmitia ansiedade e dúvida. A luz da lua entrava fracamente pela janela e virei para parte mais escura de seu quarto, não queria que ela visse meus olhos.

– Isso não importa. – falei e só então percebi seus machucados. Sua pele antes fina e macia estava vermelha e com várias partes arroxeadas. – Você esta bem? – disse tocando um machucado em sua perna.

Meu toque ou a pergunta à fez lembra-se de tudo o que aconteceu. Seus olhos encheram de lágrimas e seus soluços eram altos.

– Jas... Meu pai ele... – tentou dizer enquanto chorava mais e mais. Senti uma vontade de conforta-la de tê-la em meus braços e protegê-la.

– Vem cá pequena. – disse pegando um cobertor grosso e a cobrindo. Puxei seu pequeno corpo para meus braços e ela encolheu-se mais. Seus sentimentos eram variados, estava ficando louco. Medo, ansiedade, dúvidas, pena, tristeza e algo mais que não soube identificar.

– Estou aqui Alice, não tenha medo. Ninguém irá te machucar novamente minha pequena. – disse acariciando seus cabelos.

– Ele vai voltar Jazz, ele vai fazer de novo eu sei que vai – senti seu desespero a tomar. E Alice olhou em volta á procura de algo.

– Confie em mim, ele não irá voltar. – disse isso e não contive um rosnado.

Alice permaneceu quieta, sua respiração parou novamente.

– Não precisa ter medo Alice, eu já disse não vou deixar ninguém te fazer mal – a puxei colando mais em meu corpo. Tinha a necessidade de ter seu pequeno e frágil corpo perto do meu. Seus braços arrepiaram.

– Olhos vermelhos. Você. – balbuciou. No mesmo instante fiquei rígido e fechei as mãos em punho parando de acariciar seus cabelos.

– Do que está falando pequena? – mim fiz de desentendido, quem sabe ela não esqueceria esse assunto. Mesmo assim me afastei um pouco de seu corpo.

– Quero ver seus olhos – ela não me respondeu. Droga não podia mostrar meus olhos a ela.

– Hum, Alice eu é tenho que ir – disse enquanto me levantava. Precisava sair dali o mais rápido possível.

– NÃO! Jasper por favor, não vá, prometo fico quietinha mais vão me deixe – sua voz saiu esganiçada, e levantou-se com pressa fazendo com que o cobertor caísse no chão, escorregando por sua pele.

Alice estava completamente nua em minha frente, eu sei que era errado depois do que ela sofreu. Mas não tive como não admirar suas belas curvas, seu corpo pequeno e machucado escondia formas perfeitas.

Meus olhos percorreram seu corpo lentamente, parte por parte, apreciando cada detalhe o que a fez ficar corada. Sua pele vermelha fez minha boca salivar.

Cheguei mais perto, iria perder o controle a qualquer momento. Peguei o cobertor do chão e a enrolei novamente em meus braços a levando para cama. Minha respiração estava ofegante.

– Tudo bem, eu fico com você. Vou cuidar de você minha pequena. – ela pareceu relaxar e se ajeitou em meus braços dormindo logo em seguida.