One-shot - Dont Fall In Love escrita por JessicaC


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Resolvi trazer mais uma one-shot para vocês!
Classifiquei como +16, apenas porque fiz uma pequena referência sexual. Ainda assim, é uma história super leve, como vocês irão constatar!
Relembro que o capítulo está escrito sob o ponto de vista da Bella.
Espero que gostem =)



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Fechei os olhos com força, tentando ignorar aquela sensação ingrata que apertava o meu peito. Não precisava enxergar para saber que as atenções estavam viradas para mim, para nós. A sua mão agarrava a minha com alguma pressão. Ele queria transmitir otimismo, queria prometer, mesmo sem palavras, que esperaria por mim, queria dizer, mesmo não sendo necessário, o verdadeiro valor, daquele que foi o nosso maior segredo.

- Está na hora – ouvi ao longe, ao mesmo tempo em que me encolhi, querendo empurrar essa voz da minha cabeça.

- Ficaremos bem – sussurrou baixinho, de modo a que só eu escutasse aquelas palavras.

Os minutos seguintes foram uma autêntica tortura psicológica. Não posso dizer que não esperava por aquele resultado, estaria mentindo se o dissesse. Porém, dizer que não encontrara dificuldade alguma em dizer adeus, seria o mesmo que brincar com os meus sentimentos. 

- Você está bem? – Alice perguntou com compreensão – Estarei aqui, sempre que precisar – tentou me confortar.

- Estou sendo idiota? – murmurei, sem saber se ela conseguiria entender o que eu falava – Já sinto saudades. Como vou aguentar ficar nessa casa, sem ele? – aumentei um pouco o tom, reprimindo as lágrimas que tanto queriam aparecer.

- Não, está sendo humana. Pense que no máximo, só faltam 1 mês e meio para que possam estar juntos novamente – sorriu com a afirmação.

- E se ele se esquecer de mim? – temi a sua resposta.

- Já não lembra o que ele disse, mesmo antes de sair? – fez com que eu retrocedesse alguns minutos, e deixasse as suas palavras inundarem a minha memória.

“Estarei à sua espera” – declarou enquanto me apertava num intenso abraço, rodeando a pequena cintura do meu corpo, e passando o calor confortante que eu tanto gostava.

- O seu rosto iluminou, até a sua face ganhou cor – Alice percebeu a mudança do meu estado de espírito – Você só tem que acreditar no que ele disse. A vida são dois dias, hoje você está aqui, amanhã estará nos seus braços – piscou o olho e saiu em seguida, me deixando sozinha para que eu pudesse digerir a situação.

Como sempre, desde que conheço Alice, a baixinha tinha razão. Me concentrei nas coisas que passamos juntos, nos momentos bons que marcariam o inicio da nossa história. Sorri involuntariamente, e me permiti vagar pelas várias recordações que havia adquirido na casa.

41 dias antes…

Entrei no quarto de hotel, pela última vez. Estava atrasada e precisava me apressar, não poderia correr o risco de chegar mais tarde do que o limite estipulado. Arrumei os acessórios que faltavam, dentro da pequena mala de mão, dei uma vista olhada pelo cômodo, com medo de me esquecer de algo, e saí batendo a porta atrás de mim.

- Podemos ir? – Alec, a minha sombra - nome pelo qual tratavam a pessoa que tomava “conta” de mim - quis saber.

- Sim, vamos logo – entrei no carro e suspirei de alívio.

- Preparada para a grande noite? – ele brincou, sabia que eu estava um pouco mais nervosa do que há uma semana, quando fomos apresentados.

- Acho que sim… Hoje o mundo todo irá conhecer Isabella Swan – respondi divertida – Algum conselho?

- Só tenha em mente a resposta para 3 perguntas. Quem é, para o que vai, e quem será no final. Se isso estiver bem claro, dentro da sua cabeça, tudo sairá perfeito – terminou, já estacionando o veículo, no lugar sinalizado.

Quem sou, para onde vou, quem serei…

Ponderei alguns momentos e parecia ter tudo sob controle.

Quem sou…

Como já disse, sou Isabella Swan. Tenho 23 anos, sou solteira, estudo artes cênicas, e faço pequenos trabalhos como modelo fotográfico. A minha pequena estatura jamais me permitiria desfilar na passarela, mas isso não me incomodava, muito pelo contrário. Nunca quis ser daquelas mulheres magérrimas, que vivem fazendo dietas, tudo para se parecerem com um pau alto e esguio. Nada disso, eu sou bastante proporcional, tenho curvas nos lugares certos, e a minha única preocupação é me manter saudável.

Vivo sozinha desde os 16 anos, os meus sonhos eram complicados de alcançar, mas eu sempre lutei, e continuo lutando, por eles. Os meus pais são divorciados, isso nunca me surpreendeu, duas pessoas tão distintas, com desejos tão opostos e sentimentos tão diversificados, não conseguiriam manter um casamento. Já a minha relação com os dois é igual, amo ambos como é natural, mas não possuo uma relação tão próxima como a maioria dos filhos. Todos nos habituamos a isso, não posso dizer que seja algo que machuque alguém. O tempo se encarregou de nos afastar, ainda que falássemos mensalmente, por telefone, eram apenas assuntos banais.

Já participei em alguns programas, fazendo figuração, mas nunca consegui fazer o que tanto queria... Novela. Sendo atriz, esse era o meu maior objetivo. Sempre procurei por uma oportunidade que me abrisse portas para a realização desse sonho, até que um dia a sorte ficou do meu lado, e isso me remete para a questão seguinte.

Para onde vou…

Estava em casa, assistindo televisão, coisa que nem costumo fazer, quando escuto o anúncio que mudaria a minha vida.

“Entrar num jogo é algo que pede resistência. Nesse caso em específico é preciso ter uma boa condição física, para ultrapassar missões mais pesadas, mas também é fundamental a existência de um bom psicológico, que aguente a pressão e a manipulação presentes na maioria do tempo.

As regras são bastante claras, cumprir o que lhes é pedido e nomear os companheiros quando assim for necessário. A inteligência é precisa em todos esses momentos. Não se pode esquecer dos segredos, esses sim são os mais importantes, e aqueles que tornam as coisas mais interessantes. As suas descobertas são uma ótima oportunidade para que qualquer um se firme como um grande jogador. As pistas têm dois pesos e duas medidas, ora são uma boa ajuda e deixam o caminho certo a seguir, ora são um despiste que os leva para bem longe da verdade.

Num programa de TV, com um formato tão peculiar, é fácil se criarem amizades, inimizades e, quem sabe, paixões levadas para a própria vida real.

Um único conselho para todos os participantes: Tentem não se precipitar. As aparências até podem iludir, mas a razão sabe bem o que seguir.

A aventura na casa mais vigiada do país está à sua espera.

Inscreva-se já! Quem sabe não será um dos privilegiados a quem daremos as boas vindas na Casa Secreta!”

A minha atitude foi imediata. Consultei o site que aparecia no visor da tv, e preenchi os dados necessários para concorrer ao programa. O questionário era gigante, eles estavam realmente interessados em todos os detalhes da vida das pessoas. Eu sabia que os meus amigos, e também a minha família, ficariam surpresos com essa minha tentativa, porém, eu tive certeza de que aquela era uma hipótese de mostrar publicamente aquilo que eu valia como atriz. Se o intuito era jogar um jogo de segredos, a mentira e a manipulação deveriam fazer parte do pacote. Sendo assim, isso me daria espaço de manobra para que eu brilhasse na representação da minha personagem.

Os dias seguintes foram um borrão na minha cabeça. Consegui ser selecionada, e precisei tomar algumas providências. Se chegasse ao final do programa, seriam 3 meses fora de casa, porém, esse não era o meu intuito. Eu só queria que as pessoas certas vissem o meu talento, de modo a que pudesse trabalhar na minha área. O resto viria por acréscimo.

Uma semana antes de o programa começar, todos os participantes tinham que ser isolados do resto mundo. Ainda não nos conhecíamos, cada um foi colocado num hotel diferente, com a tal pessoa que cuidaria da gente, isso para evitar que tivéssemos contato com o exterior.

E foi assim que cheguei até aqui. Estou em frente do estúdio onde me arrumarei e me prepararei para dizer até já à vida real.

- Bella? – Alec abanou o meu ombro, chamando pela minha atenção – Tudo bem?

- Claro. Estava apenas repensando os motivos que me fizeram entrar nessa nova aventura – expliquei sucintamente, me mexendo no banco do carro – Podemos sair? – fiz tenção de abrir a porta, mas Alec foi mais rápido e tratou desse pormenor.

- Gostaria de poder dizer: “Seja bem vinda à Casa Secreta”. Mas como isso não depende de mim, acho que terei que me contentar com um “Seja bem vinda ao estúdio” – falou num tom mais profissional.

- Obrigada Alec – ele apontou na direção que eu deveria seguir – Nos despedimos aqui, verdade? – senti um formigueiro na barriga quanto ele assentiu. Estava por minha conta.

Andei lentamente, até ao camarim que me era destinado, e abracei as horas seguintes como o meu mais novo projeto de trabalho.

- Você está linda – disse a maquiadora, enquanto finalizava os últimos retoques.

- Entraremos no ar daqui a 10 minutos – avisou alguém da produção.

O meu corpo começou a mover-se por impulso. Eu ouvia as indicações que me davam, seguia tudo à risca, e quando dei por mim, estava prestes a abrir a porta daquela que seria a minha casa nos próximos dias.

Quem seria eu, após essa experiência? Isso eu não sei, porém, estava prestes a descobrir.

Respirei fundo e entrei com o pé direito, não faria nada que me pudesse trazer azar. Assim como me tinham avisado, seria a primeira. Dizem que a primeira impressão é a mais verdadeira, posso dizer que estava fascinada com a beleza da casa. Estava pintada num misto de cores alegres, fortes, que traziam muita personalidade. A parte exterior, onde ficava a piscina e uma pequena área de lazer, era bastante aconchegante. Quanto ao interior, acho que a palavra acolhedor era perfeita para descrever o ambiente.

Entrei no quarto destinado às meninas, e pousei a mala de mão que trazia, em cima de uma cama. Não tive muito tempo para aproveitar o silêncio que ainda tinha ao meu redor, a voz pediu que me dirigisse ao confessionário. Quem era a voz? Bom, isso eu também não sei. A voz era uma entidade superiora, aquela a quem tínhamos que obedecer. Ela dava as ordens, missões, etc, e nós tínhamos duas opções. Cumprir ou lidar com as consequências. Demorei pouco tempo a encontrar a porta que dava acesso ao compartimento que me colocaria em contato com a apresentadora do programa. Assim que a abri, achei um sofá confortável e uma câmera virada na minha direção. Estaria em direto dentro de segundos.

Quando a voz da apresentadora surgiu, saí do estado de torpor, no qual me encontrava e reagi. A situação era diferente do que eu imaginava. Eu não podia ver nada do que acontecia no estúdio, só ouvia a sua voz e, ao fundo, um pouco de ruído que penso ser do público. Falei sobre mim e confessei estar animada por ter sido uma das 17 escolhidas. Quanto ao segredo, aquele que cada pessoa teria que levar para a casa, tudo se tratava de um mistério. Nem eu mesma sabia que segredo teria, isso porque era das poucas que tinha ido às “cegas” para o programa, e, invés de ter um segredo próprio, teria um, dado pela produção.

- A Isabella deve estar se perguntando pelo seu segredo. Certo? – Juliana, a apresentadora, perguntou.

- Imagino que tenham escolhido um grande segredo – dei uma pequena risada.

- Não imagina o quanto – também ela riu – Lembro de ler no seu questionário uma coisa bastante interessante. A Isabella disse que jamais se apaixonaria dentro da Casa Secreta. Fiquei intrigada… - parou alguns instantes, provavelmente para ter certeza do que diria de seguida – Como pode ter tanta certeza disso?

- Digamos que eu não vim aqui para arrumar um namorado – mexi no cabelo, estava ligeiramente desconfortável com o tema abordado.

- Não digo o contrário, porém, não acha que é precipitado afirmar algo sob o qual não temos escolha? Quando o amor aparece, não pede licença – disse, despertando alguma curiosidade da minha parte.

- Talvez sim, talvez não… - respondi incerta.

- Bom, deixemos de lado essa dúvida. Tenho algo para lhe contar agora – a sua voz estava risonha, como se o que estivesse para vir fosse engraçado – O que me diz, se eu pedir para o seu segredo entrar?

- O meu segredo entrar? – repeti as suas palavras, sem entender o significado por detrás delas.

- Isso mesmo Isabella. Já vai compreender tudo, mas antes… Edward? – chamou por alguém, me deixando ainda mais confusa – Pode entrar! – convidou com simpatia.

Pelo pequeno espelho, situado ao lado da câmera à minha frente, consegui assistir à entrada de um homem no confessionário. Estava surpresa, mas consegui manter a postura. Dei uma olhada na pessoa parada atrás de mim. Deveria ter uns 25 anos, no máximo, tinha cabelos loiros, era alto, e parecia estar em forma. Despertei da bolha em que me tinha enfiado, ao escutar Juliana.

- Olá Edward, seja bem vindo – cumprimentou – Sente-se ao lado dessa bela jovem, acho que é uma boa altura para se conhecerem.

- Prazer, sou Edward Cullen – estendeu a mão na minha direção.

Completamente por fora do que estava acontecendo, me vi obrigada a retribuir o gesto.

- Eu sou Isabella Swan – sorri, mordendo o lábio inferior.

- Meninos, prestem atenção ao que eu vou dizer – Juliana quebrou o silêncio, mais uma vez – Devem estar curiosos para saber o que estão fazendo juntos aí no confessionário. A resposta é muito simples, vocês vão ter um segredo em comum – o silêncio voltou a invadir o ambiente.

Acho que nem eu, nem ele, esperávamos por isso. Soltamos sorrisinhos forçados, esperando saber mais detalhes, sobre aquele que seria o nosso segredo.

- Estão prontos para saber qual o segredo que dividirão e que esconderão do resto dos concorrentes? – assentimos, já nervosos com o que viria.

- A partir de hoje, e com efeito imediato assim que saírem do confessionário, vocês terão que fingir que são namorados – o burburinho do público fez-se notório – O segredo de vocês é: “Somos um casal falso”.

Eu deveria perguntar várias coisas, tirar todas as minhas dúvidas… Mas, ainda que isso fosse a atitude mais acertada, apenas 7 palavras pairavam dentro de mim!

Onde é que eu me vim meter?

Tivemos que delinear uma estratégia de jogo, em apenas 1 minuto. Claro que só tínhamos que agir com proximidade, algo mais que isso, só precisávamos demonstrar no final da semana. Ainda assim, era algo arriscado. As outras pessoas iriam desconfiar, quem viria para um programa desses, e se envolveria com alguém, logo na primeira semana? É. Eu. Diríamos que tínhamos amigos em comum, que gostávamos das mesmas coisas, praticávamos os mesmos esportes. Acho que nesse campo, estávamos bem protegidos.

Edward parecia um cara muito legal. Deu para ver que ele também não fazia a menor ideia de que o seu segredo seria em conjunto, mas parecia confiante na nossa capacidade de iludir os outros.

- Vamos lá, parceira? – caminhou ao meu lado, assim que saímos do confessionário – Ainda não chegou mais ninguém – comentou ao verificar o interior da casa – Temos algum tempo para sabermos mais um sobre o outro.

Nos minutos seguintes, trocamos algumas informações, algo que seria útil no futuro.

No final da noite, estávamos 17 concorrentes, trancados numa casa vigiada 24 horas por dia. Tudo o que fazíamos, ou falávamos, seria visto por milhares de pessoas. O objetivo do jogo era descobrirmos os segredos de cada um, e evitar sermos nomeados, de maneira a que não corrêssemos o risco de ter que abandonar a casa. Teríamos missões a cumprir, dadas pela voz, e o resto do dia era livre, embora não houvesse muita coisa para fazer. Não podíamos dormir, sem ser

de noite, não tínhamos livros para ler, não tínhamos música para ouvir, não tínhamos nada vindo da vida real. A única coisa que nos restava era a companhia uns dos outros.

Dois dias se passaram, e a cada minuto, eu e Edward, estávamos mais relaxados. Nesse segundo dia, Tanya, uma concorrente com a qual eu não simpatizava muito, adivinhou um dos segredos. Apostou que um dos garotos, Marcus, tinha um irmão gémeo, e acertou. A tensão subiu, a partir desse momento. Agora todos já se imaginavam tocando no botão dos segredos, e desvendando corretamente o que outra pessoa tanto lutava para esconder.

Quando a primeira semana estava chegando ao fim, as pessoas estavam desconfiadas do meu relacionamento com Edward. Acho que fizemos um bom trabalho, eles não levaram a nossa ligação para o lado de segredo, mas sim para o lado emocional. Quanto a mim, estava bem confusa. A proximidade com Edward, fez-me conhece-lo melhor. Ele não fazia o meu tipo, olhando para a sua aparência física, porém, o seu interior, era tudo aquilo que eu imaginava para o homem da minha vida. Eu lembrei da conversa que tive com Juliana, logo na sala de entrada na casa. De como ela disse que nós não mandávamos nos sentimentos…

Há uma coisa que todos precisam entender, e quem está do lado de dentro não tem dúvidas. A gente passa 24 horas por dia com as mesmas pessoas, sem mais nada para fazer, a não ser jogar conversa fora e fazer as missões que nos são atribuídas. Alguém já tentou ficar tanto tempo com a mesma pessoa? Mesmo com a sua família, ou amigos, você não passa tanto tempo. Lá fora as pessoas trabalham, estudam, têm os seus momentos de diversão. Aqui, tudo é mais intenso, as horas parecem dias, os dias parecem meses.

Na hora de almoço, Edward disse algo que me preocupou. Uma simples frase, abalou com todo o meu sistema nervoso e emocional.

“Não se apaixone Bella”

Será que ele sabia que estava subindo muito no meu conceito? Ou melhor, será que eu estava mesmo me apaixonando por ele?

- Hoje está muito calada – pulei com a proximidade da sua voz, saindo dos pensamentos onde estava perdida – Preocupada com o resultado de amanhã?

Pois é, esqueci de falar sobre isso. Ainda que me considere uma pessoa simpática, parece que não conquistei os outros concorrentes, fui nomeada juntamente com outra menina, para ir a votações, e quem sabe, ser expulsa. Estava apreensiva, mas Edward tinha sido um grande suporte, tal como Alice e Rosalie, duas das concorrentes com quem eu me dava melhor.

- Um pouco, nada que não aguente – demonstrei confiança – E você? Acha que irá se ver livre de mim? – esbocei um sorriso irónico – Se amanhã for embora, o seu segredo nunca será descoberto – vi as coisas pelo seu ponto de vista.

- Verdade, mas não acredito que isso aconteça. Ainda ficaremos juntos mais tempo, brincando de faz de conta – soltou uma gargalhada com a afirmação.

- E se você pudesse escolher? Preferia que eu fosse, ou ficasse? – eu precisava da sua resposta, talvez até mais do que a do público.

- Se eu quisesse ser inteligente, diria que você deveria sair. Agora, sendo verdadeiro, eu quero muito que você fique – beijou a minha testa, como já havia sendo costume.

- Obrigada – sussurrei contra o seu peito.

Ainda que estivéssemos sempre juntos, a nossa relação não tinha evoluído como num casal de namorados reais. Os nossos toques, ainda eram subtis, apenas o bastante para que os outros começassem a fazer suposições.

- E se fossemos lá fora? – apontou em direção ao alpendre – Temos que fazer mais apelos, você sabe, para que o público não tire você daqui – sugeriu, já me puxando para fora.

- Ingleses de Inglaterra – Alice falava para uma das câmeras do jardim – Não nos tirem a nossa menininha – fez beicinho – Ela é linda, incrível, uma grande cozinheira – afagou a barriga com um sorrisão na cara – Já para não falar no desgosto que darão a Edward – disse mais baixinho, ignorando a nossa presença – Como separar um casal tão fofinho – piscava os olhos, fingindo uma inocência que não tinha.

- É isso aí – Rosalie chegou por trás – A Bella tem que ficar, podem votar na outra para ir embora – cochichou para Alice, logo em seguida – Como é o nome dela mesmo? – encolheu os ombros sem se lembrar.

- Viu só? – Edward me abraçou – Estamos do seu lado, você não irá a lugar nenhum – passou a mão no meu rosto, juntando as nossas testas num ápice – Você não vai sair daqui – intensificou o aperto e me olhou nos olhos – Talvez esteja na hora de darmos o que eles tanto querem… - falou com alguma rouquidão, me fazendo arfar – Mostre mais da atriz que há em você – incentivou, antes de colar os seus lábios nos meus.

Senti que tudo à nossa volta tinha parado. A única coisa que existia, éramos nós os dois e aquele beijo.  Correspondi da melhor maneira que pude, e me deliciei com a nova intimidade que ultrapassávamos naquele segundo. Não foi um beijo demorado, apenas o suficiente para dar provas do nosso suposto namoro. Edward tinha sido um verdadeiro gentleman, sempre atento às minhas reações, não forçando mais do que deveria. Se a minha mente já tinha dúvidas, elas tinham acabado de triplicar.

É, acho que estava mesmo me apaixonando.

A noite seguinte chegou rapidamente. Felizmente, o resultado ficou do nosso lado, e eu permaneci na casa. As meninas fizeram uma “festa”, Edward me puxou para dançar, mesmo sem música, e eu suspirei aliviada. Não estava preparada para deixa-los, principalmente ele.

A semana seguinte foi cansativa. Tivemos várias missões coletivas, que pediam muito de nós. O que valia pra mim, era o fato de ser uma mulher atlética. Desafios eram comigo, eu não gostava de perder, gostava de me superar. Edward era exatamente como eu, isso só me fazia admirá-lo mais. Todas as noites ele vinha até o meu quarto, já depois de todos dormirem, para falarmos melhor sobre o nosso segredo, e o que faríamos no dia seguinte. Diferente do que acontecera no inicio, os beijos passaram a ser uma matéria que estudávamos diariamente, inclusive de noite, sem a presença de ninguém.  Juliana referiu esse fato curioso, na terceira galado programa, fazendo com que eu e Edward nos atrapalhássemos um pouco nas respostas. Estava claro, para quem quisesse enxergar, que os nossos sentimentos estavam mudando, mesmo que não tivéssemos conversado sobre isso. Afinal, quem precisaria representar sem ter plateia do lado?

- Quando sairmos daqui, vou levar você para a neve – conversávamos no jardim, deitados na relva e apreciando as carícias que as nossas mãos faziam uma na outra.

- Quem disse que eu vou? – mordeu o meu pescoço, de leve – Vamos estar cansados um do outro, nunca mais vamos querer nos ver.

- Ah não seja idiota – dei um pequeno murro no seu estômago – Ainda que essa ilusão acabe, seremos... amigos?! – fingi não me importar com a palavra utilizada, mesmo sabendo que não seria tão fácil para mim, ser só sua amiga no final de tudo.

- Seremos, com certeza – se mexeu, trazendo o meu corpo para cima dele.

- O que foi? – não entendi o seu gesto.

- Acho que estamos muito secos – lançou um sorriso malicioso e, quando dei por mim, já estava sendo jogada na piscina.

- Sério? – resmunguei ao chegar à superfície.

- Eu amo te ver irritada, sabia? – sentia a sua respiração perto da minha boca – Você fica ainda mais linda – empurrou o meu corpo contra a borda da piscina – Isso me deixa louco – se referiu ao rubor das minhas bochechas.

- Me beije – pedi, sem me importar com mais nada.

Ele atendeu rapidamente ao meu pedido, eliminou o resto do espaço que existia entre nós, agarrou na minha cintura e invadiu a minha boca com um beijo sôfrego. Os nossos corpos roçavam um num outro, desavergonhadamente, estávamos dentro de água e ninguém poderia visualizar a cena. Com a nossa idade, e do jeito que as coisas estavam, era lógico que queríamos mais contato, estar excitado faz parte do ser humano.

Quando nos acalmamos, aproveitamos para trocar carinhos menos ousados, beijos comportados, abraços menos intensos… Tínhamos que nos controlar, sabíamos disso. Estávamos entregues a um momento só nosso, não queríamos arruiná-lo, mas alguém fez esse favor por nós. O som do botão dos segredos soou e tivemos aquele pressentimento de que seria para nós dois. Se no começo, passamos despercebidos, agora as atenções estavam voltadas para a gente. Não tive dúvidas de que aqueles seriam os últimos segundos em que o teria nos meus braços, como namorado de mentira.

Saímos lentamente da piscina, aproveitando as sensações que podíamos, nos despedindo a cada olhar. O meu coração estava apertado, eu não estava preparada para me afastar.

Como prevíamos, uma das amiguinhas de Tanya, Jane, acertou o nosso segredo. Posso dizer que foram várias as reações na casa. Se por um lado, havia que não tivesse dúvidas da farsa que estávamos representando, por outro, os nossos amigos, estavam completamente surpresos. Tentámos agir com indiferença, como se estivesse tudo bem, como se fosse tudo parte do jogo que um dia teria que terminar. Pena que a realidade era bastante diferente e que um pedaço de mim, parte dos meus sentimentos, estava sendo reprimido.

O resto do dia foi complicado. Todos queriam saber os detalhes do nosso segredo, como nos conhecemos, como lidamos com a situação. Eu ia respondendo ao que podia, da maneira que conseguia. De vez em quando, o meu olhar e o de Edward se conectavam. Queria saber o que ele estava pensando, as suas ações eram opostas a tudo o que eu acreditava. Ele tinha dito que eu era importante, que sentia algo por mim, de uma maneira que não sentia por mais ninguém. Isso tinham sido as suas últimas palavras, antes do nosso segredo ruir. Agora, perante os outros concorrentes, ele fazia com que os outros pensassem que ele estava aliviado por não ter que continuar escondendo o segredo, por outras palavras, por não ter que continuar comigo. Eu não sabia o que pensar! Estaria ele jogando? Falando a verdade? Estava difícil, muito difícil de saber.

Alice e Rosalie andavam cheias de segredinhos, e eu não sabia do que se tratava. Isso até me encurralarem no quarto, e me colocarem contra a parede.

- Você gosta dele – Alice afirmou convicta.

- E ele sente algo por você, isso é óbvio – Rosalie acrescentou.

- Eu… Eu… - gaguejei um pouco antes de admitir o que estava escrito na minha testa – Sim, gosto. Já ele… - não concluí a frase.

- Acha que não? – perguntaram sem entender.

Passei a hora seguinte contando todos os pormenores a elas. Desabafei tudo o que sentia, tudo aquilo que ele me fazia sentir. Rose e Alice faziam imensas questões, ainda que elas próprias respondessem à maioria, como se tivessem certeza do que diziam. No final, o veredito das duas, foi dado em consenso.

- Existe algo forte entre vocês. Se não acontecer nada aqui na casa, com certeza será explorado lá fora.

Essa foi a frase que me acompanhou o resto da noite. Tentava acreditar no que elas disseram, algo como o que eu estava sentindo, não poderia acabar assim.

Penso que já era de madrugada - a falta de relógio nos deixava perdidos no tempo – quando me levantei da cama e encontrei Edward, sozinho, no sofá da sala. Não pensei duas vezes antes de me sentar ao seu lado, e expor o que estava guardado dentro de mim.

- Tudo bem? – ele perguntou seriamente.

- Não consigo agir como se nada tivesse acontecido, não consigo estar aqui dentro “sem você” – confessei o que me estava enlouquecendo.

- O que você quer que eu faça? – suspirou e puxou os cabelos para trás.

- Eu não sei – balancei a cabeça – Só quero saber se o que aconteceu entre a gente foi mesmo verdadeiro.

- Você sabe que foi – deu um pequeno sorriso, ainda que não parecesse muito animado.

- Preciso de uma prova – murmurei, sem saber o que esperar.

Ele se aproximou de mim, colocou as mãos no meu rosto, fitou os meus olhos por um instante, e depositou um selinho nos meus lábios.

Suspirei fundo, tentando conter as lágrimas.

- Acho que… Isso não basta – falei com tristeza.

Eu queria que ele me dissesse o que estava realmente sentindo, não que me beijasse e tudo voltasse à estaca zero.

- Eu não consigo lidar com isso, não da maneira fantástica que você faz – abriu um pouco o seu coração.

- Então me deixe ajudar, é só isso que eu quero – insisti, não o deixaria escapar por medo.

- E se eu disser sim, e lá fora tudo mudar?

- Vai mudar, para melhor. Não teremos ninguém a controlar os nossos passos, seremos apenas nós dois – disse animada com o pensamento de nós dois, juntos, na vida real.

- Tem certeza que é isso que você quer? – perguntou pela última vez.

- Não tenho a menor dúvida. Eu quero ser sua, só sua – beijei-o, sem me importar com a possibilidade de alguém assistir ao momento.

Mais palavras não foram precisas. Eu sabia que estávamos juntos outra vez, e o melhor é que dessa vez era para valer. 

Outra semana se passou, fomos chamados juntos ao confessionário, falaríamos com Juliana ao vivo. As galas eram feitas semanalmente, ao domingo, e um concorrente seria expulso nesse dia.

- Inglaterra está com dúvidas – ela falou a certa altura – Afinal, o que está acontecendo, concretamente, entre vocês?

Olhamos um para o outro, já decididos da resposta que daríamos.

- Somos um casal – dissemos em conjunto – De verdade – acrescentámos para esclarecer qualquer pergunta futura.

Segunda-feira passou sem grandes mudanças, e terça-feira, o dia em que os concorrentes se nomeariam entre si, chegou. O que ninguém imaginava, era a bomba que estava prestes a rebentar.

Edward foi chamado ao confessionário e, alguns minutos depois, voltou um pouco abatido. A voz pediu que nos reuníssemos todos na sala e disse que Edward tinha algo importante a contar. Suspendi a respiração, assim que o ouvi dizer a última coisa que eu queria.

“Fui nomeado, automaticamente, pela voz.”

As explicações, para tal sucedido, eram simples. No dia anterior, Edward se recusara a fazer uma missão na chuva, disse que poderíamos ficar doentes se o fizéssemos. Até aí tudo bem, embora não se deva recusar uma missão, isso não foi o principal problema que o levou a ser nomeado. O que aconteceu foi à noite, ele, juntamente com Jasper e Emmett, seus amigos na casa, resolveram brincar no jardim, fazendo exercício e pulando na piscina. Isso pareceria algo natural se, não estivesse chovendo. Edward acabou indo contra o que havia dito durante a missão e a voz resolveu puni-lo.

É difícil falar sobre o resto da semana. Ele estava nomeado com dois dos concorrentes mais fortes da casa, isso não trazia um bom presságio. Ficámos juntos todas as noites, dormindo na mesma cama, aproveitando todos os segundos possíveis. No fundo sabíamos que aquilo era uma despedida.

A gala de Domingo chegou mais uma vez, e essa foi a minha pior noite, desde que entrei na Casa Secreta. Tal como já se sabe, Edward saiu, levando em grande parte, o meu coração com ele.

Presente

Já era Sábado, a semana passou num instante. Concentrei as minhas forças no jogo, queria ganhar missões e fazer com que Edward tivesse orgulho em mim. Estava na cama, fazendo uma frase com lã, numa t-shirt que ofereceria a Edward. Era assim que eu aproveitava o meu tempo livre.

- BELLAAAAAAAA, CORREE AQUII – Alice gritava impaciente.

Sem saber do que se tratava, mas movida pela curiosidade, corri até ela. Escutei o barulho de um avião e pensei que ela tivesse recebido uma mensagem de apoio dos amigos e familiares. Só percebi, do que verdadeiramente se tratava, quando ela leu a frase em voz alta.

-“Força Bella, estou com você! Te amo, Edward” – a minha boca abriu, tamanho foi o choque.

Ele estava comigo, ele não havia desistido de mim. Pulei e gritei com Alice, até cair na cama de tanta felicidade.

- “Te amo” – repeti as suas palavras.

- Não vai terminar? – Alice apontou para a t-shirt que eu estava fazendo antes de receber aquela linda declaração de amor.

- Já está no fim, só falta colocar um coração – respondi toda romântica.

- Posso saber o que está escrito?

- Hum… Não. Primeiro Edward, depois eu te conto – me diverti, ao ver o seu amuo.

Olhei para a t-shirt, mais uma vez, e repeti mentalmente a frase que ela continha.

A teu pedido vou ficar. Todos os dias respiro fundo, e sobrevivo nesse mundo, para um dia voltar a te abraçar.”

Essa frase era uma resposta ao que ele me pedira antes de sair, para não desistir do jogo, para não baixar os braços e sair na primeira oportunidade. Amanhã ele teria esse miminho do seu lado. Eu, que voltei a ser nomeada, ou uma das outras duas concorrentes que também corriam risco de abandonar a casa, iríamos lhe entregar.

Já no ar, no dia seguinte, disse que estava preparada para qualquer coisa que acontecesse, quer ficasse ou não. Agradeci a Edward, a mensagem do avião, e tive direito a duas surpresas incríveis. Primeiro, pude assistir a um pequeno vídeo onde Edward aparecia, mostrando várias fotografias nossas, dentro da casa. Depois disso, ainda no vídeo, ele pegou numa caneta e escreveu na palma da mão a palavra teu, seguido de um coração.

Tive que apertar os olhos com força, não querendo chorar após ver aquele gesto tão lindo. Mas se eu já estava agradecida por aquele momento, jamais poderia explicar o que senti minutos depois, quando me fizeram rastejar por um pequeno compartimento, situado na parte inferior de uma das paredes do confessionário, e me levaram até uma sala. Eu não compreendi de imediato o que ira acontecer, só quando abri a porta e me deparei com Edward é que entendi. Não podíamos nos tocar, estávamos separados por um vidro, ainda assim, foi a melhor coisa que me podiam ter dado. Consegui matar um pouco das saudades que tinha dele, e ainda soube que estava tudo bem fora da casa. Isso era o mais importante. Com pesar, nos despedimos, e mais uma vez tive a certeza de que ele estaria à minha espera, hoje, ou noutra semana qualquer.

Acho que a sorte estava me acompanhando. Mais uma vez, resisti às nomeações e fui salva pelo público. Se por um lado estava feliz, por outro só queria sair da casa e me atirar nos braços de Edward. Eu tinha que ter calma, tinha prometido a ele e a mim mesma. Lutaria até onde conseguisse, só sairia quando fosse preciso.

Levei um baque na semana seguinte, um dos meus grandes apoios na casa, Jasper, foi expulso do jogo. Chorei, chorei bastante. Acho que até mais do que na saída de Edward. Agora estava sentindo os meus pilares me abandonarem, um a um. Lembrei, novamente, que eu era uma mulher forte, conseguiria superar mais essa. E foi assim que passei a minha última semana na casa. Fui nomeada na terça feira seguinte, e dessa vez, a porcentagem não esteve do meu lado. Domingo, numa noite agradável, onde o barulho do público era ouvido com bastante clareza, a minha expulsão foi declarada.

Não posso dizer que estava triste, tão pouco feliz. Acho que o destino se encarregou de tudo, isso bastava para que eu me sentisse satisfeita com a minha prestação. Caminhei seguramente, para fora da casa que me trouxe várias alegrias. A cada passo dado, sentia a euforia e a intensidade de carinho que irradiava do estúdio onde eu estava prestes a entrar.

Assim que coloquei os meus pés nas escadas pretas, aquelas que me davam acesso à sala onde estavam centenas de pessoas, sorri com vontade. Subi os degraus, com alguma lentidão, e ao chegar ao topo, me encolhi perante a enorme salva de palmas com que fui recebida. Respirei fundo e fui ao encontro de Juliana, estava ansiosa para falar com ela ao vivo e a cores.

- Bem vinda Isabella – me deu um abraço ligeiro e um beijo suave na minha bochecha – Alguma coisa que queira perguntar?

- O Edward? – as palavras saltaram da minha boca, sem nem pensar.

- Está aqui no estúdio - respondeu risonha – Mas não quer saber mais nada? – falava com diversão.

- Ahh… Eu… - estava difícil raciocinar – Não, eu preciso do Edward – fui sincera.

Antes mesmo de ouvir a sua resposta, senti um imã me puxar para o lado direito. Pode parecer idiota, mas houve algo que realmente me fez olhar nessa direção. Assim que o meu olhar bateu num certo ponto, deixei cair a mala que trazia na mão, e dei o sorriso mais gigante que alguma vez tinha dado. Corri sem pensar duas vezes, não me importei com a pequena distância, esqueci os 12 cm de salto que usava, e só parei quando pulei algumas escadas e aterrei no colo dele. Edward.

Nada mais importava. As pessoas podiam olhar, falar, chamar, eu não queria saber. Aquele momento era só nosso, e foi assim que nos beijamos pela primeira vez. Sim, aquela era a nossa primeira vez no mundo exterior. O meu coração explodia de felicidade, eu mal conseguia respirar.

Três coisas ficaram definidas naquele instante. Primeiro, eu o amava mais do que imaginava. Segundo, ele tinha esperado por mim, logo sentia o mesmo. Terceiro, a casa secreta tinha sido a melhor experiência da minha vida.

E como se um clique se fizesse, o último item que Alec tinha falado, tempos atrás, teve a sua resposta.

Quem seria Isabella Swan, após a Casa Secreta…

Essa era muito simples de responder. Eu seria Isabella Swan, Bella para os amigos, uma mulher que havia encontrado a felicidade no local mais inesperado. Era amiga, companheira e amante de Edward Cullen, aquele que, devido a um segredo, tinha se tornado o melhor namorado do mundo. Entrei numa aventura, querendo mudar a minha vida, e foi isso que aconteceu. Talvez não tenha sido da maneira que tinha idealizado, porém, tinha sido da maneira que teria optado de sonhasse com esse final feliz.

Hoje sou Isabella Swan, aquela que disse não se apaixonar, aquela a quem disseram para não se apaixonar, mas aquela que se apaixonou, e entregou seu coração.


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Notas finais do capítulo

Notas da beta:
Olá meninas!
É sempre uma honra betar as histórias da Jess! Eu realmente me jogo de cabeça no que ela escreve... Imagino todas as cenas. Isso é fantástico!
Não tenho como dizer o quanto gostei de Dont fall in love. Gostei porque fala de um dos sentimentos mais lindos e sublimes do mundo... O amor. Bem como disse a apresentadora Juliana Quando o amor aparece, não pede licença. O amor que pode nascer de onde menos esperamos. O amor que não controlamos... Apenas sentimos. O amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. E como é linda a maneira de amar de Bella e Edward (Ele é realmente um gentleman, não é?! Ameeeei de paixão a homenagem no avião!). Tão intensa e sincera. Se levarmos em consideração o contexto em que eles se conheceram um programa de tv, onde todos jogam, onde todos interpretam papéis podemos perceber o quão verdadeiro é o sentimento deles, afinal eles escolheram ser um casal. Um casal de verdade... Até então, em um mundo de fantasia. Mas ainda foram fortes o suficiente para trazer seu sentimento à vida real, fora da Casa Secreta. E ai está a prova do sentimento verdadeiro. Aquele que resistiu ao confinamento. Ao jogo. Ao tempo...
Tão linda a one-shot! Eu queria uma continuação! rsrs
Vamos comentar e recomendar meninas... A história merece e a Jess ficará feliz! =]
Bjsss
JuhCantalice
Notas da autora:
E aí gente? O que acharam?
Para quem já acompanha as minhas outras histórias, sabe que eu tinha pensado em escrever uma short-fic, e não uma one-shot. Agora devem estar pensando no porquê da mudança... Certo? Bom, o único motivo que me levou a alterar os planos, é a minha falta de tempo. Eu podia ter adiado, mas eu queria muito escrever sobre esse tema... Digamos que essa one é baseada em fatos reais, e por isso é muito importante para mim.
Ah, mais uma coisa, antes que me perguntem... A fic é sobre a Bella, sobre a descoberta de um amor, o seu Edward. Com isso, quero dizer que é normal não haver muita "presença" do Edward, ao longo do capítulo. Mais tarde, e se vocês quiserem, eu posso pensar em escrever essa one, pelo seu ponto de vista.
Deixem a vossa opinião, ok? É fundamental para nós, enquanto autores, sabermos o que vocês pensam.
E para quem quiser acompanhar as minhas outras fanfics... Fique à vontade =)
Beijos grandes para todos,
JessicaC