O Sol estava se pondo, e a noite caía sobre os cadáveres no chão. Uma fina névoa contribuía para deixar aquele campo de batalha ainda mais sinistro, e o cheiro de sangue enchia minhas narinas. Mas sou apenas uma figura insignificante nessa história, não é sobre mim que devo falar, mas sim sobre ela.

Seu nome eu não sabia naquele momento, porém mais tarde saberia que estava vendo a famosa Banshee, a Guerreira Carmesim, a mulher cujos gritos eram capazes de assustar o mais nobre rei, A Fada Vermelha, a Enviada da Morte. E seus olhos vermelhos sedentos de sangue estavam fixados em outra figura tão notável quanto ela, O Matador de Dragões, sim, o ilustre General Krym, comandante daquele regimento brutalmente assassinado, estava parado diante da implacável guerreira, espada em punhos, disposto a vencer aquela luta.

Banshee gritou. Esse som me acompanha por cada sonho, cada pensamento e cada passo. É o som da morte.

E então tudo estava perdido.

Com um sorriso maníaco e a velocidade de uma cobra, a Carmesim investiu com sua espada.

Sangue jorrou.

O General tentou contraatacar, mas era inútil, sua espada era muito lenta comparada à de Banshee. E assim a luta continuou, com Banshee correndo em círculos gritando e rindo, como se fosse uma menininha brincando de ciranda, sua espada fazendo cortes mais rápido do que seria possível.

E mais dois gritos foram ouvidos. O dela, e o dele. A cabeça de Krym caiu, e seu tronco ajoelhou-se.

Tudo havia acabado.

Banshee havia chorado. A Morte havia vencido.