26 Doze Maneiras Infalíveis escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/21712/chapter/1

   Tay Kamurato estava lavando a louça do jantar quando Ban Midou entrou e encostou-se à porta.
    -- Tay... Eu preciso da sua ajuda.
    -- Isso é novidade – ela o encarou surpresa e ele sorriu. – O que é que você quer?
    -- Sabe, eu tenho um amigo... Que gosta de uma amiga minha, sabe?
    Tay olhava atenta com um prato molhado na mão. Ban pegou o pano em cima da mesa e começou a secar a louça que ela lavou.
    -- E ele não sabe o que fazer pra mostrar que gosta dela. Ele pediu a nossa ajuda, mas você sabe, somos homens... Acho que você seria a pessoa mais indicada pra ajudá-lo.
    -- E quem seria esse seu amigo? – Tay deu ênfase a última palavra.
    -- É o Emishi.
    -- Emishi?! – Tay perguntou surpresa. – E esta gostando de uma amiga... Ele está apaixonado pela Natsumi? Estou certa?
    -- Como sabe? – Ban olhou-a incrédulo. Ela retribuiu com um sorriso que dizia você sabe como. – Bom, você sabe como ajudá-lo?
    -- Talvez. Ele podia, sei lá, melhorar a aparência dele. Tipo, usar roupas de uma cor só, no máximo duas, usar o cabelo solto e sem aqueles óculos anti-Jagan terríveis! Porque eu acho que ele não deve se preocupar com o cara do Jagan quando for falar com a Natsumi, não é?
    -- Hei, que tipo de monstro pensa que eu sou?
    Tay riu e lhe entregou um punhado de talheres recém lavados.
    -- Certo, isso ajuda, mas acho que ele também não sabe o que fazer, Tay, o que falar e como chegar nela.
    -- Bom, eles já são amigos, isso ajuda um pouco. Sei lá, sair pra ver a noite e conversar sozinhos, tomar alguma coisa, acho que é um bom pretexto, sabe? Mas não bebida alcoólica, né Ban? A garota tem 15 anos!
    -- Ta beleza! Mas, Tay, temos outro problema muito importante.
    -- E qual é?
    -- Como ele sabe se ela sente o mesmo? Pra dar o próximo passo, entende? Tipo, um beijo?
    -- Bom, eu nunca vi a Natsumi com um namorado, mas podemos supor alguma coisa. Vejamos, ser sensível é o básico...
    -- Como ser sensível? Ele precisa chorar?
    -- Ai, Ban, um homem sensível não precisa chorar. Ele só precisa ser atento, fazer o que é preciso no momento certo!
    -- Ah... O que quer dizer?
    -- Quero dizer que um homem sensível é aquele que entende quando a garota precisa de um abraço ou de um sorriso...
    -- Certo. E pra que isso serve?
    -- Pra quando estiverem sozinhos. Pra saber se ele pode dar o próximo passo ou, como você disse, um beijo.
    -- Precisa ser... Sensível pra conseguir um beijo de uma garota? Puxa, ainda bem que você me forçou a te beijar!
    Tay riu e o abraçou.
    -- Ai, suas mãos estão geladas! Certo, então explique os mistérios de como beijar uma garota da maneira certa.
    -- Bom, o primeiro sinal que deve se prestar atenção é o seguinte – ela puxou ele para se sentarem ainda rindo do que ele dissera – se quando estiverem sozinhos, por exemplo, nos jardins da mansão na festa da Madoka, e estiverem conversando, ele deve ficar a uma pequena distância, se ela se aproximar dele, mesmo que não estejam muito longe, isso quer dizer que ele pode abraçá-la e que ela sabe o que ele quer.
    -- Com um passo ela quer dizer tudo isso?
    -- Ai, ai, ai, Ban! Bom, se ela permitir que ele a abrace ele tem um problema nas mãos. Ele tem que escolher em meio segundo como irá abraçá-la.
    -- Isso é um problema? Basta ele se aproximar assim – Ban agarrou Tay pela cintura e beijou-lhe o pescoço.
    -- É, ainda bem que estávamos em missão ou eu nunca teria o meu primeiro beijo, não é mesmo, garoto do Jagan?
    Ban ficou encarando-a com um sorriso malicioso.
    -- Então me explique a maneira correta de se abraçar!
    -- Bom, ele pode abraçá-la nos ombros, o que tem o risco de dar errado e ela entender só como amizade se ele não fizer direito. Ele tem que passar o braço pelos ombros dela e deixara mão dele no braço dela, não no ombro e tem que ficar acariciando levemente o braço, pra que ela sinta o toque. Se ela deitar a cabeça no ombro ou no peito dele, quer dizer que ele pode beijá-la.
    -- Finalmente!
    -- Mas...
    -- Mas tem uma maneira certa pra fazer isso, não tem?
    -- Tem. Não é simplesmente assim, ela deixou-se beijar, pode beijar! – ela fez um gesto com as mãos de na hora e Ban encarou-a confuso e assustado.      Percebendo a cara dele, Tay acariciou suavemente o rosto dele e disse: – Ele tem de lhe fazer carinhos no rosto e ir virando-o para si gentilmente – ela virou o rosto de Ban.
    -- Aí pode beijá-la! – ele repetiu o movimento de na hora que Tay fizera e ela riu.
    -- É, aí sim pode beijá-la! Mas...
    -- Tô começando a odiar essa seu mas, Tay!
    -- Tem ainda a outra maneira de abraçar, que, apesar de ser mais confiável, ainda existe o risco do erro e...
    -- Ela encarar só como um abraço de amizade! – Ban completou cansado e sem emoção, olhando para o teto sem paciência.
    -- Exato! Ele pode abraçá-la pela cintura, mas ele não pode abraçá-la nem muito em cima, nem muito em baixo.
    -- Deixe-me adivinhar: em cima significa só amizade e em baixo significa... Ah... Significa...
    -- Desrespeito! É isso sim. Mas, se Emishi envolvê-la na altura das costelas, um pouco a baixo, terá o mesmo efeito e Natsumi o deixará se aproximar para beijá-la. Se ela realmente quiser a aproximação dele, dessa maneira ela buscará um beijo, mas ele tem que fazer tudo direito.
    -- Quando você diz que ela quem buscará um beijo...
    -- Bom, ela fará mais ou menos assim – Tay passou o braço de Ban por sua cintura e deitou a sua cabeça no peito dele. – Ela passará o braço pela cintura dele também e envolverá com os dois braços se posicionando de maneira a ficar com o corpo totalmente colado ao dele, quando estiver assim ela pode se aproximar dele ou puxá-lo para si, provavelmente deixando apenas poucos centímetros para ele beijá-la.
    -- Tay, eu já lhe agradeci por ter tomado a iniciativa de me beijar?
    -- Estávamos em missão, eu tinha que beijá-lo.
    -- Você me puxou para um canto e me mandou beijá-la!
    -- Você disse que faria tudo o que eu mandasse!
    -- E você disse que eu poderia me empolgar se quisesse!
    -- O que você faria com ou sem permissão!
    -- Não sem a sua permissão!
    -- O que eu faria sem você, Ban?
    -- Bom, já que terminamos com as lições...
    -- Quem disse que acabou? Ainda tem uma última lição que é extremamente importante! A lição que leva ao segundo beijo.
    -- Bom, essa lição eu sei – Ban levantou e puxou ela, a envolvendo em um abraço apertado, deixando-a encostada em seu peito escutando seu coração bater. – Pra que um cara consiga ter mais do que um beijo, basta ele... – Ban aproximou os lábios dos dela e sussurrou – dizer eu te amo! – e ele a beijou como se nada mais existisse além deles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "26 Doze Maneiras Infalíveis" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.