POV Dan.

Tenho... Que... Chegar... Lá... Em... Cima...!

-Daniel Cahill, se eu te pego você tá morto!- Gritou Nellie, nossa au pair alguns andares abaixo.

 Bom a Nellie está me perseguindo, porque “sem querer” derrubei café na roupa dela, ou pelo menos ela pensa que é café... Não que ela tenha a menor chance de me alcançar porque eu sou ninja, ainda mais quando eu chegar ao meu esconderijo superultramegahiper secreto. Ou talvez não tão secreto já que a Amy sabe onde fica.

 Ufa, finalmente cheguei.

 Nesse momento eu a vi. Ela

Natalie, o que faz aqui? Esse é o meu esconderijo

-   Anh? O que? Quem está aí?- Perguntou ela, visivelmente assustada.

-Sou eu sua retardada, o Dan. Quem pensou que fosse? O Brad Pitt ou a sua mãe!

    - É claro, é só você.

     -É, só eu. - Ela parecia bastante triste.

  - Nossa! Confesso que estou surpresa, você numa biblioteca?

Esqueça a tristeza, ela voltou aquele tom irritantemente superior.

-Não, não é uma biblioteca. É meu esconderijo secreto. -Respondo com raiva.

 -Então porque tem uma placa na entrada dizendo: “Biblioteca particular da Amy, se seu nome for Daniel Cahill NÃO ENTRE!”

  - Detalhes, detalhes. Pense bem, não é tão difícil, ninguém me procuraria aqui.

 Fica um silêncio constrangedor porque ela não retruca. Sabe agora que a caça as pistas acabou nossa família se uniu contra os Vespers, e depois de um tempo nos tornamos amigos. Mas se a sua prima tentou de matar tantas vezes e o ódio era mútuo, é estranho ficar a sós com ela. Me deixa nervoso.

 Só para quebrar o gelo, falo, estupidamente:

- A Amy pode ter muitos defeitos, mas foi uma ótima ideia colocar essas janelonas aqui. Bom para ver o céu. Sabe quando eu era pequeno, se eu não fosse ninja dizia que seria astronauta, para morar em uma estrela.

    E Natalie com aquele jeito “educado” dela foi logo dizendo:

   -1º A palavra correta é janelões;

    2º Você ainda é pequeno;

   3º Você não é um ninja;

   4º Concordo com você.

- Ei!!! -Mas então eu percebi duas coisas: sua voz não estava tão arrogante quanto de costume e ela havia concordado comigo? – Espera você também quer ser astronauta?!?

-Não idiota. Estou falando sobre observar o céu. Sabe quando eu era criança, meu pai dizia que no meu aniversário de 18 anos ele me compraria 18 estrelas do céu e as colocaria numa pulseira, para me presentear. - Ela pareceu pensar um pouco sobre o que iria dizer. – Só que quando eu tinha10 eu falei que não queria uma
pulseira, mas um namorado.  Acho que ele se chateou porque nunca mais comentou nada.

-A é porque ele se chateou? Perguntei debilmente. Havia percebido como estávamos perigosamente perto.

-Acho que é porque eu o troquei por um garoto. Na verdade no dia em que falei isso para Vikran tínhamos tido uma reuniãozinha familiar e um garoto me chamou a atenção.

- A foi é? Quem?- Fui meio grosso, mas não me culpe, estava com um pouquinho de ciúmes, admito que talvez tenha uma quedinha pela Nat {Leia-se com certeza tinha um precipício por ela}.

E então... Ela me beijou.

E depois foi embora, podia jurar que a vi ficando vermelha.

Meu primeiro beijo. Acho que o dela também. Estava tão surpreso que nem me lembro  como foi.

Acho que tive minha resposta.