40 Dias Para Te Reconquistar escrita por jamxx


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Estou tão eufórica que fiquei escrevendo loucamente. rs Então, aviso que achei meio confuso a mudança do trabalho do Brad. E aguardem, duas bombas estão para explodir ;} Boa leitura!



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Tonta. Era assim que Sam se sentia, a visão embaçada e um breve suspiro pela consciência da noite passada. Andou pelo apartamento, que conhecia muito bem, vestindo somente um lençol preto. Foi guiada por um delicioso cheiro, que pensou logo " Meu querido café da manhã ", até a cozinha. Observou a mesa posta, um papel com um lírio branco em cima de um prato. Sorriu boba. 

" Minha irmã ligou, a mamãe piorou e tive que ir correndo para o hospital. Não queria te acordar, pois estava linda demais dormindo. Preparei o café para você, não me espere. Porque não precisa. 

Jonny "

Releu o papel cinco vezes, e sorriu novamente. Estar com Jonny era como ter o Fred assim que se casaram, mas claro, sem as dificuldades.  Levou o bilhete até a boca, onde beijou delicadamente. Colocou do lado do prato e ainda enrolada no lençol, se serviu distraída na cozinha que Jonny deixou ela mudar. Foi uma batalha dificil fazê-lo concordar, pois para um chef a cozinha é o lugar prefrerido da casa e o amor de sua vida. Arrumou a cama de casal com o maior gosto, deixou um bilhete na cama escrito " Sammy dormiu aqui ! " cheio de corações ao redor. Ouviu a campainha tocar, e lentamente se dirigiu a porta onde encontrou Brad e Anita, que fez festa ao ver Sam.

- Tia Sammy - A pequena e doce garotinha de seis anos esticou os braços para abraçar a querida tia, que por sua vez a pegou no colo. Mesmo tentando demonstrar tranquilidade, estava com os olhos em fogo. Como o Brad se atreve a chegar no apartamento de seu amante? E pior, com a pequena Anita!

- O MEU DEUS - A menina exclamou , quando viu a sacada da sala. Samantha colocou ela no chão. E antes de correr para ver a altura em que estavam, pediu permissão para seu pai, que permitiu.

 - Carly pediu que ficasse com ela, porque a babá se despediu. E eu tenho reunião com a empresa em pleno sábado. - Explicou antes que Sam abrisse a boca para reclamar.

- Espera aí. - Sam interrompeu. - Mas você não estava com um cargo de promotor?

- Eu deveria prender seu marido, mas, até que meu salário está bem alto. - Sorriu, e Sam entendeu o que ele quis dizer. 

- E Carly aonde está? - Perguntou ríspida, pelo fato dele estar aonde estar. Jonny não ficaria feliz se soubesse. 

- Um empresário bem rico contratou os serviços dela de última hora. Pagará o dobro e tal.

 - Fred irá pra essa reunião? - Perguntou com a voz baixa, fazendo o fato do lugar que sua melhor amiga está em um nada.

- Não. Ele disse que passará o dia em casa. - Brad alargou o sorriso. Sabia que Sam não iria pra casa. Tanto que o gemido de decepção foi claro. Olhando pro relógio, chamou Anita, que veio sorridente e dando pequenos pulos.

- Papai, podemos morar em um apartamento no último andar? - Perguntou fogosa. Para uma criança, era bem determinada nos seus gostos. Amava altura. E sempre assistia canais sobre quebra livre e tudo que tinha relação. Vivia querendo voar.

- Talvez. Obedeça a tia Sammy, está bem? - A pequena garotinha deu uma risadinha e concordou com o movimento da cabeça. Deu vários beijinhos no papai coruja. E quando ouviu a porta bater, direcionou um olhar sapeca para Sam que não aguentou e riu. 

- Parque recheado de sorvete ou shopping? 

- Vou poder derrubar as coisas da loja? - A pequena menina a olhou cheia de expectativa.

 - Claro, se conseguir fazer quatro pessoas derrubarem a comida na praça de alimentação.- Sam sorriu tão sapeca quanto a criança. 

Passaram o resto da manhã no parque, onde Anita se divertiu correndo para assustar pombos. Almoçaram no restaurante de Sam, onde a Chef dos finais de Semana serviu elas com muita rápidez e agrado. O nome dela é Kiara, então Anita entrava e saia da cozinha para perguntar " Você é a mulher do Quiabo? " de cinco em cinco minutos . E logo foram ao shopping, lugar em que Sam gastou muito com a sua afilhada. Comprou joias, e um enfeite de andorinhas voando para a quarto da garota. Que amou a ideia.  

Sam sempre quis uma filha... Sempre quis ter uma famíla com Fred. Uma vez esteve grávida, quando não tinha condições de criar uma criança, então a menina de 6 anos supria essa necessidade de ser mãe que ela tinha. Gostava dos cabelos negros, dos olhos mel, a pele branquissíma e o jeito sapeca dela. Ás vezes parava para pensar, como aquele feto que um dia esteve crescendo nela estaria naquele dia. Se tivesse ao menos nascido, seria um fruto do amor que ela sentia pelo marido... Talvez, pelo feto ela não teria feito tudo que fez. Não teria se deixado seduzir tão facilmente.

 - O que é isso? - Sam olhou confusa para a frente de sua mansão, enquanto virava a esquina.

- Um caminhão ué, com gente e movéis. - Anita disse como se fosse óbvio. Sam estacionou na frente de sua garagem, desceu do carro acompanhada de Anita. Entrou em casa, e encontrou a sala vazia, pintores trabalhando nas paredes e Carly descendo das grandes (e largas) escadas que levavão ao segundo andar. Anita correu ao encontro da mãe, perguntando se podia ajudar a pintar uma parede.

 - Simone, coloque um jalequinho desses brancos na minha filha. Dobre as manguinhas e deixe ela ajudar. - Anita seguiu a mulher, toda sorridente. 

- Primeiro, aonde está Fred? - Quase gritou. Queria saber logo que diabos estava acontecendo na sua casa e tinha que ser por ele.

- E segundo, você está parecendo uma menininha de 15 anos! - SÉRIO? Ai Sam, obrigada. - Carly sorriu gentilmente. - Você que se veste como uma velha, tenho 23 anos, eu AINDA POSSO. Aliás, ele está no seu quarto.

 - COMO NO MEU QUARTO? - Berrou, subindo as escadas rapidamente.

Não abriu a porta do seu quarto, quase arrancou fora. Ele sabia que era proibido entrar lá. Chocou-se. Seu quarto era outro. As paredes amarelas, agora estavam brancas. Tinha um adesivo de parede de folhagens ao vento acima da cabeceira da sua cama. Uma nova cama. Encontrou os olhos chocolates de Fred, que estava atrás da pequena sacada. Agora seu quarto tinha  até um pequeno home office. Mas ainda assim, permanecia em choque... Ela amou mas nunca adimitiria. Teve a vontade de abraçar ele e dizer " Nossa suíte está lindo ", mas a suíte não era mais deles. Era somente dela.

- Ano passado você disse que queria mudar a suíte. Então... - Ele falou tão suavemente que fez a consciência dela pesar.

 - Você não podia entrar aqui. - Sussurrou. - E não precisava fazer isso.

 - Eu quis. Você gosta? - Fred se aproximou, sorrindo de lado.

 - Não é decoração, moveis novos e seu sorriso de lado que vão apagar o passado. - Disse fria.

-Eu sei. E não era minha intenção que apagasse o passado. Pois o passado foi a melhor época da minha vida. Desde que uma garota loira bateu em mim pela primeira vez. - Ele riu e se aproximou mais de Sam. 

- Não gostei. Espero que o resto da mansão seja suportável com o ambiente novo. - Mentiu. Mas mal sabia ela que ele percebeu sua mentira. Pois prestou atenção a todas as suas expressões corporais, facias, olhares e todos os seus tons de voz desde que entrou no quarto. 

- Valeu a tentativa. - Fred disse, antes de sair do quarto fechando a porta. 

Só então Sam percebeu uma rosa branca em cima da cama, apressou-se e pegou a rosa que tinha enrolada no seu corpo um pedaço de papel branco. 

" Fred arrumou sua bagunça hoje. Sorria. Sorria, linda loira do meu dia. " 

Não se aguentou em pé, sentou na cama. E sentiu o efeito do bilhete sobre ela. Faria três anos que não via um bilhete desse. Sorriu, levando o bilhete a boca.  E repetiu o que fez pela manhã, beijou o papel. Só que agora, se sentindo errante e uma enorme dor no peito.

- " Sorria. Sorria, linda loira do meu dia " - Repetiu pra si 10 vezes.

 Como ele poderia fazer isso novamente? Era o que repetia.  Olhou mais uma vez o bilhete, e o rasgou em pequenos pedaços. Sua mente só dizia que ela tinha que o perdoar, mas seu coração estava envenenado... Um veneno potente, com duas composições: Decepção e desilução. 

Ao descer as escadas, encontrou uma pequena aglomeração de trabalhadores e no canto da porta, a sua afilhada aos plantos. Pediu licença educadamente, e se deparou com Brad desesperado aparando a namorada. Carly estava desmaiada. E com certeza aquela cena não trouxeram boas lembranças. 

- Chamaram uma ambulância?

- Sim, mas, estou preocupado. Ela não desmaia desde aquela época. - Brad sussurrou. Com a voz angustiada.

- Tome conta da Anita, está bem?

Fred só concordou, assistindo Carly sendo levada. O próprio ser dele se contraiu, ela tinha horror a hospitais. E com bons motivos. Correu em direção de Anita, pegando-a no colo e caminhando em direção da cozinha.

 - Me dê ela. - Sam. A doce e suave Sam, falou rude. Arrancando Anita dos braços dele, colocando-a em seu abraço e afagando seu choro. Sumindo dali. Deixando-o desconcertado...


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Notas finais do capítulo

Quem está curioso pra saber o que aconteceu com a Carly no passado? Perceberam que nosso casal Carly+Brad ainda não são casados? EITA NÓIXX. O cap. flashback 2, irá arrebentar corações rs