Teenage Dream - Sonho Adolescente escrita por Ana Fernandes


Capítulo 10
Capítulo 9 - Conexão


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA, SIM EU MENTI! Duas semanas de saudades, espero que aticem seus dedinhos para os comentários!
BOOAA LEITURA, o cap hoje é um dos meus preferidos. É tão, tão, tão... *---* Tem duas cenas próximas no texto, cada uma é tão linda... SUSPIRO ♥



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Capítulo - 9

Conexão

ANTES:
– Ele só faz me dar gelo... As vezes nem responde as perguntas que faço sobre a matéria. - Embora eu perguntasse como desculpa para que ele me olhasse, mas só as vezes. Eu sei, é vergonhoso! - Fora que eu já percebi que a Lilly é a queridinha dele...


– A Lilly é uma puta! Nem precisa se preocupar... E quanto a culpa... Eu também me sentiria culpada se estivesse interessada no filho da minha melhor amiga! - Não queria colocar nada daquilo na minha cabeça. Embora cada palavra já estivesse lá, com aquela luz vermelha enorme em cima piscando com a pergunta: Será?


Renesmee P.V

Cheguei em casa com a sensação de dever cumprido... Mesmo não dançando, por ser um pouco mais alta que as garotas e ter um belo corpo, o que me deixava pesada para me segurassem nos saltos, mas, a coreografia era minha responsabilidade, e além de ter sido feita pensando nos mínimos detalhes, ficou super bem ensaiada! Amanhã as garotas arrasariam!

Eu ficava atrás delas, fora do campo, fazendo tudo igual, do lado de fora! Uma vez animadora, sempre animadora!

A hora do jantar foi super proveitosa. Papai contou dos novos investimentos que ele fez e que deram lucros, ele estava trabalhando com as ações da Touch Bellice’s. Sorrimos, e planejamos mais a minha festa de aniversário, o tempo estava correndo, já estamos em Junho e só falta três meses.

Logo após eu fui para o meu quarto, fiquei um tempo online, conversando com o “pessoal do colégio...” John!


Sim, ele estava me escondendo como seria o nosso encontro de domingo. Passei a semana pensando nele com mais carinho, meio que o deixei de lado desde que Jacob chegou. Mas, ainda assim John investia, jogava indiretas, e quando jogava as diretas, corava até ficar igual a um tomate! A todo momento ele estava lá, preparado, na sala, no pátio, no refeitório... Ele me queria, o outro não!


Depois de um tempo teclando com ele, decidi ir dormir, dei boa noite para o John e logo após fui deitar-me. As palavras da Anne passaram a tarde toda em minha cabeça... Mas será?


Teria que tirar a dúvida! Já que ele reagia ao John comigo, eu iria esfregar o John na cara dele, se ele não quer, MUITOS outros querem! Faria de tudo para que amanhã ele soubesse que domingo tenho um encontro com John! Eu o perseguirei, irei provocá-lo. Deixá-lo nervoso, até saber se era verdade o que a Anne me disse. “Jacob Black... Amanhã você começará a me conhecer! A se vai!” Pensei sorrindo maquiavélica. Filho de uma puta, gostoso! Você vai de aprender a não brincar comigo!

Esquecendo ou melhor, tentando esquecer daquele assunto, troquei de roupa, coloquei um baby-doll rosa bebê e fui para a cama. Aconcheguei-me no calor dos meus lençóis, a noite estava fria e rezei para que não chovesse amanhã. O cansaço de um dia inteiro dançando e o frio me levaram para a inconsciência rápido.

De madrugada, estremeci ao sentir suas mãos segurarem minhas pernas, firmes, puxando-me para mais perto. Senti a respiração quente, próxima, me fazendo molhar mais, e um beijo foi postado no meu baixo-ventre, acelerando minha respiração. Gemi baixinho conforme os beijos foram descendo até um beijo casto ser postado em meu centro... Suspirei alto.

– Jake... - Gemi derretida no fogo que me causava formigamento pelo corpo. E de novo senti outro beijo ali, um sopro, quente... Gemi mais uma vez, e mais outro beijo!


– Oh! Jake... - Gemia alto enquanto sentia aquela língua quente percorrer todo a minha extensão de cima a baixo, me fazendo vibrar entregue, à mercê dos seus lábios.

Suas mãos passeavam pela parte interna das minhas coxas enquanto sua língua concentrava-se em meu clitóris, ele subia dois dedos fazendo um percurso torturante até que se esfregaram na minha entrada, sem pressionar, mas fazendo um movimento circular, arrancando de mim berros de desejos. Puxava seus cabelos descontrolada, e nesse ritmo me senti entrando numa espiral, meu corpo dava sinal de que transbordaria deliciosamente e eu comecei a gemer entre soluços, estava perto e Jake não tirava seus lábios de mim, a idéia de gozar em sua boca era alucinante, faltava pouco, senti meu corpo arrepiar-se com as ondas de prazer...

– Jacob!!

Piiiiiiiiii! Piiiiiiiiiiii! Piiiiiiiiiiii! Piiiiiiiiiiiii!


Abri os olhos sentindo meu corpo convulsionar na cama! Senti o alívio do prazer mas, ele foi incompleto, frustrado, o som do meu despertador desmanchando o meu sonho tão gostoso! Estava deitada de bruços, meu travesseiro entre minhas pernas e vergonhosamente eu esfregava minha intimidade nele!

– Oh, meu Deus! Tudo culpa daquele filho de uma... - Preferi não colocar um palavrão na mesma frase que tinha o nome do Senhor, já estava muito cheia de pecados!

Olhei para o MALDITO despertador que me tirou do sonho no meu momento crucial e ele indicava que eram 06:30 AM. Sairíamos as 08:00 horas do Colégio, então estava na hora de me arrumar. Desliguei aquele infeliz que ainda apitava e fui em direção ao banheiro, ao andar senti meus músculos tensos, por causa da liberação de maneira tão incompleta! “Jacob Black... Você me paga!” Pensei enquanto ligava a ducha, estava morninha, então tomei um banho rápido, fiz minha higiene matinal e fui pro meu closet.

[Ignorem os detalhes que divergem, usei o uniforme do New York Jets, time de Futebol Americano (hugbe), nos detalhes onde estão o nome ou símbolo dos Jets, no texto está modificado.]


Peguei meu uniforme de Cheeleader o pus em cima de minha cômoda, deixei que a toalha que vestia caísse.

Ele era simplesmente lindo! Nas cores verde, branco e dourado. Com um super tope branco com brocados na região dos seios, um pouco abaixo o símbolo do nosso colégio, a cabeça de um guerreiro Espartano, bordadas em branco e dourado, acompanhado por um mine colete verde musgo que fechado abaixo dos seios com dois botões, mas que deixa toda a barriga a mostra. Uma mini-saia curtíssima, também verde musgo, com fendas dos lados, braçadeiras brancas com brocados iguais aos do tope, o cinto que também tinha os brocados e na fivela o nome Spartans. Nos pés, botas brancas de bico arredondado e zíper, na altura dos joelhos, de salto pequeno, escrito dos lados Spartans* também.


*Spartans - Espartanos: São os nativo da cidade Grega de Esparta, situada nas margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso.

Depois de vestida fiz o meu famoso rabo de cavalo, passei um batom vermelho e depois um gloss para dar um brilho, não tomaria café em casa, as animadoras e o time de futebol recebiam um café da manhã reforçado antes de sair do colégio, por isso tinha que chegar cedo. Papai me deixaria no colégio hoje, olhei-me no espelho e meu coração disparou, usar aquele uniforme e não dançar, de certa forma era uma tortura.

Mas depois que entrei na adolescência foi impossível evitar, ganhei muito corpo e parecia ser filha da tia Rose, ela realmente era como uma mãe para mim, e como as garotas são bem magrinhas, ficou difícil para fazerem saltos comigo. Mas isso não tiraria meu brilho hoje, como comandante e coreografa das Cheeleaders do Forks High School, eu deveria estar perfeita! E estava, o decote do top mostrava muito dos meus seios e a mini-saia mostrava minhas pernas bem feitas pela dança! “Hoje é seu dia, Reneesme Cullen.” Pensei comigo!
Realmente não sabia o quanto era!

Vesti a jaqueta do uniforme, guardando a surpresa para quando chegasse no colégio, o uniforme ficava de um jeito nas garotas e de outro bem diferente em mim. E esse seria meu trunfo. Quando desci as escadas, papai já esperava sorrindo pra mim, Edward é tão lindo.

– Ai... Edward... - Brinquei com o papai, suspirando e falando seu nome, e ele sorriu maroto.

– Vamos logo, mocinha. Não quero que chegue atrasada e perca o café da manhã do colégio. - Disse me dando um beijo na testa e pondo um braço sobre meus ombros, conduzindo-me à porta. - Estava com saudade de te ver usando o uniforme. - Falou após ligar o carro. Eu também senti falta disso. - Coloque o cinto, filha. - E em menos de 10 minutos estávamos no colégio, papai foi rápido, teria que voltar pra casa e pegar um documento que esqueceu no sofá, para depois encontrar-se com o tio Jas, coisas de homens de negócios.

– Beijo pai. - Disse tirando o cinto e o abraçando. Dei um beijinho em seu rosto.

– Tchau, amor. Vocês vão arrasar hoje! - Fiz um positivo com o meu polegar para e desci do carro. Vi papai acelerar e sair rápido do pátio, com seu Volvo do ano. O chão estava úmido do orvalho da manhã, fui direto para a quadra, as meninas já deviam ter chegado e os garotos do time também, estava com fome e uma mesa de café da manhã me esperava.


Quando abri a porta da quadra, tive minha primeira oportunidade do dia de ser má! Jacob estava parado com uma prancheta na mão, junto ao diretor conversando, era só eu abrir minha jaqueta, mas eu iria esperar...

– Nessie! - Katy falou chamando atenção sobre minha chegada, sorri para ela e me juntei onde estavam, peguei uma bandeja e pus: um copo de iogurte, duas bananas, um pote com melancia picada, polvilhei com aveia e mel. Sentamos juntas, comecei devorando o pote de melancia, depois as bananas e por último o iogurte, ainda comi uma fatia de torta de maçã que só achei depois. Sorte que não dançaria, deveria estar 10 quilos mais pesada!

– UAU! Reneesme, o que foi isso? - A Eliz perguntou e apontando para o prato de torta que acabara de jogar no lixo, vazio.

– Fome! Muita fome. - Disse rindo. - Sorte de vocês que não vou dançar! - Elas riram concordando, ainda comendo suas frutas.

Quando os garotos chegaram, pareceu que um furação passou sobre a mesa que estava posta com o café da manhã, em minutos ela ficou vazia. Olhamos tudo embasbacadas! Era boa de garfo, mas ver os garotos comendo foi de dar medo!

– Bom dia, Pessoal. - Falou o diretor chamando atenção de todos. - Estou muito orgulhoso de vocês rapazes por terem vencido o último jogo, e espero que estejam prontos para repetirem o feito mais uma vez, agora contra os Celtics do Progress School. Vocês estão?

– SIIIIIIIIIM! - A quadra se encheu com o brado dos garotos.

– Ótimo! - Falou o diretor Crugger. - Bom, espero que nossas animadoras façam a torcida vibrar, sim? - Sorrimos para ele, levando a mão fechada em punho ao ar duas vezes. Era um gesto que dizia: *GO, GO. - Não quero falar muito, temos que sair. Mas tenho um aviso, nosso professor de Educação Física, Senhor Foster, como sempre vai com os garotos do time num ônibus separado para que os meninos se mantenham concentrados. Os outros garotos do colégio iram com o Senhor Sheen, professor de História. E vocês garotas, - Olhou para nós. - vão junto com as outras meninas do colégio, mas não com a Senhorita Selena, professora de química. Pois ela não poderá comparecer hoje para acompanhá-las no ônibus, quem irá é o professor de Ciências Ambientais, Senhor Jacob Black. As senhoritas podem se encaminhar para os ônibus e escolherem seus lugares, eu só vou passar esse aviso para o resto dos alunos no pátio. Os garotos do time também podem ir direto já que um dos ônibus é só de vocês. Boa Sorte a todos, e... - Olhou para nós mais uma vez. - Garotas como é o grito de guerra? Nos separamos, eu fui em direção ao o meio, a formação lembrava um triângulo na horizontal, comigo mais a frente a as meninas mais atrás, colocamos o joelho direito no chão, e flexionamos o esquerdo, deixamos as mãos fechadas em punhos, a esquerda protegendo o rosto e a direita esticadas como se estivéssemos dando um soco. A pose fazia alusão a briga, o símbolo do colégio, um guerreiro pronto para lutar! Gritamos: *GO SPARTANS!!!!!


*Vamos, vamos.

*Vai Espartanos.


*******

Depois que o diretor explicou com quem iríamos, entendi porque o Black estava na quadra. Então seria ele o “responsável” pelas garotas, já que era função dos professores que acompanham ficar de olho em nós... Isso seria ótimo! Quando estávamos saindo da quadra o John chegou por trás e me deu um abraço, cheirando meu pescoço, mas foi advertido na mesma hora pelo Professor Foster, os garotos são proibidos de nos dar até um “bom dia” antes do jogo... Mas John é ousado! Sorri e continuei andando em direção a saída, de canto de olho fitei o Black que olhava John de cara feia, sorri maior.. Será?

Nos acomodamos e esperamos que o diretor terminasse de passar seu aviso, as garotas entraram assanhadas no ônibus, claro, o gostoso seria o nosso “Tutor” de viagem. Assim que ele entrou, sério como sempre, mandou que sentássemos nos nossos devidos lugares, mas a “vagabunda” da Collins tinha que se oferecer, era praxe.

– Senhor Black... - Falou a vadia chegando perto dele. - Eu posso sentar ao seu lado na viagem? - Passou um dedo sobre sua camisa de botões.

– Senhorita Collins, faça o favor de sentar no lugar reservado a você e suas amigas no ônibus. - Disse seco. Ela sorriu descarada, quanto mais ele cortava mais ela adorava. E saiu pra sentar junto com as suas babuínas.

– Vadia! - Disse baixo, seca!

– Tá saindo laiser dos seus olhos. - A Anne disse e riu de mim. - Calma Nessie, ele não liga pra ela!

– Mesmo assim não gosto de ver. Mas não quero pensar nisso! - Ele esperou que todas sentassem e deu o Ok, o motorista colocou o carro em movimento. Ele sentou em seu lugar, no primeiro banco, sozinho e não disse uma palavra. Depois de um tempo, movida pelo comichão de emoções que cresciam em mim em vista do jogo, fiquei mais ativa, a adrenalina saindo por meus poros, as árvores passavam rápido e em pouco tempo estaríamos em Phoenix! - Hoje nós vamos agitar e até a torcida contraria vai render-se aos nossos encantos, não é garotas? - Disse alto, chamando atenção de todos para mim.

– Isso mesmo, Capitã! - As garotas disseram e depois dissemos mais uma vez nosso grito de guerra: GOOO SPARTANS!!! - Eu o adorava!

***********

[N/A: O time de futebol Celtics, é fictício, assim como o Colégio Progress School. Certo? Estou fazendo esta nota para que não fiquem confusas. Local: Phoenix; Colégio: Progress School; Time: Celtics. E mais uma coisa, o uniforme é de um time de hugbe, mas o jogo será de futebol normal, desses que vemos aqui no Brasil.]

Faltavam dois minutos para começar o intervalo do jogo, estávamos nos aquecendo a beira do gramado, balançávamos braços e pernas, relaxando as tensões dos músculos. O combinado era “entrarmos”, - elas sim e eu só da área dos bancos, claro. - em campo e fazermos cinco minutos de coreografia, depois que saíssemos, em dois minutos entravam as animadoras do Celtics, para mais cinco minutos de coreografia, mais três minutos para que as torcidas se acalmassem e por fim os times voltavam a campo após 15 minutos!

Não demorou muito e o juiz apitou, os meninos começaram a sair de campo e a Anne, Katy, Luci e Eliz, entraram levando seus pompons. Sabia que o Jacob estava sentado num banco próximo ao nosso, por ser responsável pelas garotas, então, coloquei meu plano malévolo em prática! Lentamente fui abrindo o zíper da jaqueta do meu uniforme, ela ia até a altura dos quadris, mais do que nunca a diferença era gritante do uniforme em mim, e nas garotas, elas estavam super em dias, e eu, bom... Eu estava a La Tia Rose.
Estava ótima!

Dei uma viradinha como quem não quer nada para o lado do Black, e terminei de tirar a jaqueta, deixando ele ver todo o material que estava perdendo, posso não ser tão bonita quanto a minha mãe e minhas tias, mas feia? Isso eu nunca fui!
Com certeza, eu sou SIM... convencida!

Joguei a jaqueta em cima do meu banco e peguei meus pompons, fui andando em sua direção, as garotas estavam na minha frente, na lateral do campo, assim que os garotos terminassem de sair, começaríamos. Recebi um puxão forte na cintura e me choquei contra um corpo forte e suado, conhecia aquele cheiro e o dono dele gostava de me fazer corar.

– Vou dizer ao Sr. Cullen que ele é o cara! - Sorri de sua gracinha. - Te fez perfeita! - Colou mais seu corpo ao meu, o John estava suado mas ainda assim, cheiroso!

– John... Vestiário agora! - Ouvi a voz rígida.

– Já vou, professor Foster! - Cheirou meu pescoço. - Mais tarde, Reneesme... Mais tarde! - Disse soltando-me e descendo as escadas para o vestiário. Dei uma olhada para o lado em que o Black estava, não me olhava, mas estava com as mão fechadas em punhos e o olhar mortal, não sei por que, o seu sapato era até bonito, mas ele o fulminava!

– Chegou a hora garotas! - Gritei alto, as meninas andaram de modo a ficar entre o centro do campo e a lateral, adorávamos provocar, estávamos de costas para nossa torcida que sempre nos apoiava e de frente para a torcida do Celtics, o time do Progress School. Com a pose mais famosa das Panteras começávamos nossa coreografia. A Luci a Eliz nas pontas faziam o Estilo Lucy Liu e Drew Barrymore, as duas com as mãos em punhos, com uma perna de apoio e a outra chutando o ar. A Katy e a Anne, imitavam a Cameron Diaz, meio agachadas, as mãos em punhos, uma próxima ao rosto e a outra socando o ar! E eu, no meu cantinho perto dos bancos refiz a mesma pose da quara, uma perna flexionada, um joelho no chão e as mãos em punhos, protegendo o rosto e socando o ar. Gritamos e a torcida veio junto, pareceu um brado! Aquela sensação antiga me invadiu, eu estava animando, foi de arrepiar. - GOOOOOOOOO SPARTANS!!!!!!


Terceira Pessoa


A Coreografia fazia a torcida do outro time se animar, todos olhavam hipnotizados para as Espartanas que passavam as mãos na nuca e as enfiavam em seus cabelos. Depois levavam uma delas até a boca, elas rebolavam sugestivamente, virando traseiro para a torcida aposta, a graça não era envolver sua própria torcida, mas sim, ver a torcida alheia torcendo por você! Quando de repente a batida da canção sumiu, elas desceram até o chão, apoiando-se no peito dos pés, com as duas mãos nos joelhos, faziam um movimento de abrir e fechar as pernas, como o bater de asas de uma borboleta! As arquibancadas iam a loucura e elas sorriam satisfeitas. Sensualmente levantavam-se passando as mãos pelas coxas e parando-as nos quadris.


Estavam sérias, olhavam para o público que enganavam-se achando que acabava a coreografia... A batida voltou e elas faziam movimento sincronizados de mãos, que iam subindo em frente aos seus corpos até estarem totalmente no ar, e daí começou uma seqüência de movimentos de pernas, elas cruzavam suas pernas aos mesmo tempo e depois as abriam, batiam o bico da bota no gramado e gritavam um Há-há, balançando as mãos no ar. Reneesme repetia a mesma coreografia perto dos bancos, posicionada atrás das garotas perfeitamente entre as quatro, de perto dava para perceber a quinta integrante dos bancos estando no centro entre as quatro que estavam em campo. Aquela parte da coreografia lembrava a música * “Who Run The World, Girls.” Da Beyoncé.

* [“Quem manda no Mundo, As Mulheres.“ Começo da coreografia a Honey B. faz movimentos de pés e depois no decorrer do clipe de mãos, é nesse clipe que me inspirei para montar na cabeça essa cena.]


Era difícil para a outra torcida ver por causa da distancia, mas a arquibancada do Fork High School acompanhava em peso suas cinco animadoras, literalmente levando o estádio a loucura.

A cascata de cachos vermelhos balançava sendo jogada de um lado a outro e o hipnotizava, ainda mais quando ela sorria passando as mãos nos cabelos que pareciam serem tão sedosos ao toque... Suas mãos pinicaram e ele as fechou em punhos, mais uma vez. Sentiu seu sangue ferver no momento da coreografia em que ela agachou e fez o passo da borboleta. Aquela mine-saia sem vergonha que não cobria nada e aquele micro shortinho branco que usavam por baixo dela, era como se estivesse semi-nua e insinuando-se para a outra arquibancada cheia de machos, uivando!

Já não bastava a do próprio Forks High? Gritavam palavras de “elogios” para todas elas... Isso é se “gostosa” fosse um elogio e não uma palavra chula! O incomodo não era quanto aos outras garotas, mas sim, em saber que ela estava entre as elogiadas!
Para ele, nos instantes daquela safadeza de coreografia, que só poderia ser fruto da mente desvirtuada de Reneesme, todas as palavras pronunciadas para ela que não fossem de sua boca, eram chulas!

Pegando os pompons do chão, Reneesme os levantou chacoalhando e estava chegando ao fim seus cinco minutos de coreografia. Nos últimos segundos, todas balançavam seus pompons e depois cruzaram os braços num X, os fazendo deescudo, a música cessou. No grande telão apareceu a frase que usavam no final das coreografias: “Os Espartanos não temem a guerra, Os Espartanos lutam até o fim, no Lar dos Espartanos estão os melhores guerreiros.” No momento em que fizeram menção ao colégio, todos os alunos manifestaram-se da arquibancada levantando a mão para o ar em punho. Mais uma vez foi ouvido um ensurdecedor: “GOOOOOOO SPARTANS!!!!” Das animadoras e de todos do colégio Forks, presentes!

– UOOOOOOOOOOOOOOU! - Gritaram balançando os pompons enquanto saíam de campo em fila indiana, nos bancos Reneesme as esperava eufórica, abraçaram-se e fizeram a daninha da egípcia para as animadoras do Celtics, que entrariam em dois minutos. As garotas do outro lado do campo as fulminaram e elas riram.

– Vocês foram incríveis!! - Disse Reneesme, vermelha de euforia!

– Não... Nós fomos! - Disse a Anne, e as garotas concordaram com um big: “ Isso Mesmo!”


Estavam ofegantes e os cabelos grudavam no testa e pelas costas, mas estavam realizadas, mais uma vez arrasaram na apresentação, a prova? Os rivais as aplaudindo na saída do gramado! A sensação era incrível! - Reneesme, a coreografia foi perfeita! - Disse Anne e as cinco se abraçaram, gritando o seu eterno: “Go Spartans!”

Não demorou nada para que a outra coreografia terminasse, realmente elas nem prestavam atenção, e as arquibancadas não vibraram tanto! Sabiam que estavam saindo como a melhor equipe de animadoras dentre os dois times. Depois de calmas e devidamente sentadas, viram o jogo se definir numa jogada que John veio fazendo desde a zaga, deixando a bola no pé do Samy que no campo de ataque a tocou pro jogador mais próximo do gol, o artilheiro do time, Philip. Ele não economizou na potência e a rede dos Celtics balançou com um golaço, abrindo o placar para os Espartanos aos quarenta e um minutos do segundo tempo! 0 x 1


************


Na saída do estádio, na porta do ônibus das garotas, Reneesme esperava John, que após o jogo prometeu que iria contar onde iria levá-la no domingo! Próximo a ela estava Jacob Black, com a prancheta na mão marcando o nome das alunas que já haviam entrado no ônibus. Não demorou para que por trás de Reneesme aparecesse um John tomado banho, usando um dos uniformes reserva do time. O Sábado seria de festa para o Forks High School.

– Heei! Não tem graça você ficar me assustando! - Reclamou meiga, quando sentiu um abraço por trás e um beijo na nuca.

– Para mim tem muita graça te deixar vermelha! - Disse sorrindo em seu ouvido e a virando, trazendo-a para o seu peito.

– John, estou suada da coreografia, não temos vestiários para banho como os privilegiados garotos do time! - Falou Sarcástica.

– Você está ótima! - Olho-a guloso. - Devo dizer que, o uniforme fica uma tentação nas garotas, mas em você, está além da tentação! - Olhou para o decote do tope. - Isso é um martírio! - Reneesme riu.

– Deixa de ser bobo! Só fica um pouco apertado em mim! - Disse modesta.

– Apertado é um carinho! - Falou perto do seu ouvido. - Pelo amor de Deus, não use isso amanhã, se não eu te ataco no primeiro momento em que ficarmos sozinhos. - Ela riu jogando a cabeça para trás junto com a infinidade de cabelos. - Se eu conseguir esperar até esse momento...

– Sim, Sr. Armador de jogadas fenomenais. Onde pretende me levar, amanhã?

– Hmmm.... - Fez cara que quem iria pensar se contava!

– Fala logo, John! - Disse dando um soquinho em seu ombro!

– Aí! - Fingiu. - Além de tudo, a neta do xerife soca como um cara!

– Isso mesmo. Técnicas que o vovô ensina, para colocar no lugar rapazes desrespeitosos! - Sorriram. - Fala! Ou quer apanhar de novo?


– Não, não! Eu me rendo. - Disse fazendo um teatrinho que a muito já tinha chamado a atenção de alguém bem próximo. - Vamos nos Seattle Five. Conhece?

– Sim! É ótimo, vou lá as vezes com meus pais! - Disse agradada.

– Está feito! Passo na sua casa amanhã, te pego as quatro. Ok?

– Ok! E não faça sua cara de conquistador, se não o meu pai não me deixa sair de casa! - riu.

– Claro! - Disse solicito. - Tudo para agradar meu sogro!

– Senhorita Cullen, só falta você dentro do ônibus. - Disse seco! - Creio que não lhe fará mal passar algumas horas longe do seu namoradinho. - Desdenhou amargo.

– Olá, Professor Jacob. - Disse John provocando, dentre eles desde o primeiro dia aconteceu uma empatia. - Não te vi aí. Não estava escutando a minha conversa com MINHA garota, estava? - Jacob bufou impaciente.

– Existem coisas mais interessantes do que tomar conta de crianças! - Falou cético.

John virou para Reneesme e tascou-lhe um beijo que a deixou sem ação.. Algumas vezes trocaram um roçar de lábios, mas, antes que virasse um beijo ela escorregava de suas mãos. Não sabia o que fazer, nunca havia dado um beijo de língua, o que era incrível perante o tamanho do seu cinismo e falta de pudor. Tentando não bancar a retardada, pôs as mãos em conchas em seu rosto e o de John, escondendo o beijo e por fim, tentou ao máximo relaxar mesmo com um expectador tão importante ao lado. Abriu um pouco a boca e deixou que a língua quente passasse por entre seus lábios. Percebendo o motivo do seu acanhamento, John aquietou o beijo, foi sutil ao esfregar sua língua na dela, sentindo-a ainda tímida, abraçou-a apertado, envolvendo-a, e aos poucos sentiu que a língua dela ia entregando-se ao beijo. Ela tinha os lábios doces, puros. Encheu o peito de prazer ter a certeza que era o primeiro a beijar-lhe daquele jeito, primeiro em duas vezes, porquê também foi o primeiro a lhe roubar um! Os lábios macios moldavam-se perfeitamente na boca dele. Foi o melhor beijo que deu, o que só o fez mais interessado na Cullen! Calmamente foi diminuindo o contato entre as línguas, afastando a sua da dela, retirando-a de sua boca. Afastou o rosto e a olhou com um sorriso de canto, cumplicidade pelo momento que roubou dela e um tanto de convencimento também! Ainda a segurando nos braços, deu mais um beijo em seus lábios, rápido.


– Até daqui a pouco, no colégio... Minha garota! - Sorriu faceiro. Envergonhada por saber que ele tinha sacado o que acabou de acontecer, Reneesme o olhou completamente rubra.

– Até... - Quase não pode ouvir sua resposta. Sorriu vitorioso e virou, dando um aceno de cabeça para um Jacob Black que acabava de assistir a cena mais amarga de sua vida. Transbordando de ódio, o viu sair com um sorriso de fodão nos lábios, enquanto Reneesme entrava no ônibus ainda sem graça! Para ser recebida por amigas que não acreditaram na cena que também acabaram de ver pela janela!

Reneesme PV:


Já não agüentava mais dizer que não fazia a mínima idéia de como chegamos aquele ponto! De repente o John veio e não teve como escapar, ele me beijou, de verdade, colando nossos lábios com força e a língua pedindo passagem. Fiquei imóvel, levei uns cinco segundos até sacar que se não fizesse logo algo, os dois, o beijoqueiro e telespectador, veriam que não sabia como fazer aquilo! Minha única ação foi esconder o beijo, e parecer uma garotinha de treze anos! Ainda bem que o Black não percebeu, ele riria da minha cara! Mas, não pude dizer o mesmo de John, ficou claro, no mento em que seu beijo mudou, que ele tinha sacado o meu segredinho... Ou um deles.

Mas... Foi tão legal, depois que percebeu que não tenho experiência, John foi tão educado, meigo, carinhoso... Coisa que nunca é! O John é sem vergonha, gosta de sair pegando as garotas e deixando que o colégio saiba da fama dele de fazer as meninas verem estrelas! Por isso, faço jogo duro. Ele já havia tentado várias vezes, mas, sempre me desviava de seus beijos, o máximo que acontecerá foram os roçar de lábios, que eram muito instigantes! Com certeza, John sabe o que faz! Contudo, no meu íntimo, não conseguia deixar de pensar que o beijo do Jacob é melhor, mas ele só sabe me dar patadas e desprezo. Queria tanto saber o que fiz pra ele me tratar assim! Será que é por gostar de minha mãe? Não agüento mais pensar nessa possibilidade. Ainda assim, mesmo o beijo sendo ótimo, não queria que fosse no meio da rua na frente de um ônibus... Principalmente depois que descobri que a minha platéia foi maior do que imaginei!

A Collins me olhava cheia de raiva. Sabia bem que o John saiu umas duas semanas com ela e depois, Bye! Estou certa que ele só esperou ela ir pra cama com ele, e depois um pé em sua bunda! Aposto que o John nunca a beijou daquele jeito, talvez a ninguém. Senti que ele estava num contentamento sem tamanho após o beijo, pareceu ser algo diferente para ele, isso também foi muito legal.

– Mas eu não posso deixar de salientar, que aconteceu algo ali além de um beijo! Que momento foi aquele de “Beijos dos contos de fadas.” - Disse a Eliz, ela e Anne eram as duas mais saidinhas, já a Katy e a Luci eram mais calmas... safadas disfarçadas. - Uau, John! Me beija também! - Falou rindo.

– Muito mais que o momento romance foi o momento, “Não acredito no que estou vendo.” - Anne sussurrou e fez um gesto discreto de cabeça indicando o Black. Olhei na direção dele. Ela disse que ele reagia ao John perto de mim, mas ainda tenho dúvidas sobre isso... E por que ficou paradão vendo o John me beijar? Nem se quer uma palavrinha para nos fazer deixar o beijo, ele nem deve ter se importado! Mas não iria pensar nisso, e sim que parte do meu plano deu certo, enquanto animava notei que Jacob não tirava os olhos de mim, estava com raiva, era nítido, mas tinha algo mais, e esse algo mais me deixou nas nuvens por aqueles momentos!

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Quando o ônibus estacionou no pátio do colégio, todas as garotas foram descendo, mas eu, sem pressa esperei, não vesti mais a jaqueta, não iria esconder mais nada, ao contrário do que ele tinha me dito uma vez, provaria que meus pais me fizeram muito BEM feita e não o inverso! Ele seria o último a descer do ônibus, para checar que todas já haviam saído, quando foi até a parte traseira verificar se poderia haver alguma menina no banheiro e viu que não, voltou em direção a saída, levantei-me furtivamente, esbarrando em seu braço, praticamente a lateral do seu corpo esfregou-se em mim!

– Desculpa professor. - Falei o mais doce e inocente possível. Segurei fortemente o riso quando o vi apertar os olhos como se fosse me dar uma boa resposta, mas em vez disso, calou-se e ficou olhando-me longamente, até que seus olhos fugiram dos meus e desceram pelo meu corpo. Notei o extremo cuidado com que ele me avaliava, desde o tope e todo aquele decote, a barriga, a mine-saia, minhas pernas. Pude sentir que seu olhar ficou quente. O Black sempre era meticuloso nas suas análises, pela segunda vez comprovei isso!

Seus olhos voltaram para o meu rosto, ele levantou a mão e fez a última coisa que pensei que faria...


Tocou meus cabelos, timidamente... Sentindo, aproveitando, vi que no canto de sua boca nasceu pequeno sorriso, ele deixou que sua mão corresse até a ponta da mecha que estava segurando, esfregou-a nela.. Depois sua mão tocou minha bochecha, não precisei de espelho, senti minha pele esquentar com o sangue que se acumulou ali. Ele percebeu, sorriu um pouco mais, mas continuou sendo um sorriso pequeno, discreto. Acariciou a região com o seu polegar, deixando-me envolvida no momento mais doce que tive com ele nesses quase dois meses de aulas, parecia ser um outro homem, poderia ser aquele que sempre sonhei que fosse.

– Jacob... - Sussurrei seu nome baixinho. Deixando-me levar por meus doces delírios.

Senti o pensamento me invadir com tristeza e meus olhos me traíram, quando se deixaram marejar, mordi o lábio, tentando me controlar, seus olhos fixaram-se ali, sua mão correu para o meu lábio inferior, tentando tirá-lo dos meus dentes. Deu uma leve puxada usando o polegar e o tirou, provavelmente estava terrivelmente vermelho. O senti chegar mais perto, seu cheiro me invadiu... Era tão gostoso, diferente, com certeza uma mistura de perfume caro com seu cheiro de homem... Seus olhos fixaram-se nos meus e ele sussurrou com a boca na altura da minha testa.

– Você esteve maravilhosa hoje... - Senti uma nota de orgulho em sua voz. - Mas essa roupa me faz questionar, se o colégio não tem capital para vestir melhor suas alunas... Você está semi-nua! - Meu coração inflou com a possibilidade de ter uma gota de ciúmes naquela frase. - Não posso te deixar andar até em casa, assim! - Olhava-me sério.

– Você não está contratado para ser meu chofer! - Exclamei chorosa, segurando ferrenhamente as lágrimas. - Sorriu maior, maroto. Foi a primeira vez que o vi sorrir para mim, sorrir de verdade, e foi tão lindo!

– Senhorita Reneesme, desça do ônibus. Só posso sair dele depois que todas as alunas o fizerem. - E estava tudo normal, seus sorriso se desfez e ele estava sério. Senti um choque, por um momento fiquei ali, parada, incrédula. Mas, munindo-me do meu orgulho fiz secar de meus olhos aquelas malditas lágrimas que queriam transbordar e dei as costas para ele, peguei a jaqueta do time e desci do ônibus vendo um motorista um tanto intrigado com acena que viu.

Assim que pisei no pátio vi a festa que acontecia ali, não percebi nada além de Jacob enquanto estive dentro daquele ônibus. Os alunos se dirigiam a quadra, onde ouviríamos um discurso do diretor e depois do professor Foster. Depois seria servido um almoço e todos poderiam voltar para casa. O resto do dia ficava por conta de cada um.

Passei o resto da manhã entre: receber os elogios pela coreografia e a apresentação, ser cantada pelos alunos, o John me cercando e me roubando selinhos e ser furtivamente observada pelo Black... Podia sentir seus olhos sobre mim em cada passo que dava, já estava nervosa. Depois do almoço, me despedi rápido das garotas, depois dos outros com um formal: “Obrigada por tudo e até segunda de manhã.” Usei minha cara mais dissimulada para fingir que amava a todos que me olhavam com um sorriso de orgulho. Eram um bando de malas!

Dei um abraço em John e não escapei do seu Beijo. Imaginei que seria mais um selinho roubado, mas ele me fez sentir tudo de novo. Aquela sensação de beijar e sentir uma áurea além da pegação. Ele não era o homem em quem esperei dar meu primeiro beijo, mas ele o fez muito bem, e estava fazendo de novo. Cuidadoso, gentil, doce. Só quando nos separamos notei que ele não tinha vindo sozinho, durante o jogo não vi sua irmã nem a Lilah, só o Samy, que também era do time.

– Não notei sua irmã e a amiga no ônibus... - Disse olhando na direção delas.

– Elas são bem discretas. - Disse sorrindo de canto.

– Estão nos olhando... O que é, você não beija garotas a todo o momento? - Perguntei cética.

– Não desse jeito, princesa... Não desse jeito. - Falou me dando um abraço, e estranhamente me senti acolhida ali, mesmo com a sensação de que aqueles olhos ainda estavam sobre mim.

– John, eu já vou. - Informei me afastando.

– Já? - Fez uma carinha triste e fofa.

– Não faz essa cara... Posso acreditar! - Ri e ele também. - Até amanhã... As quatro.

– As quatro. - Beijou-me uma última vez, um beijo rápido mais fraterno, quando soltei-me, dei as costas e fui em direção a porta, mas logo senti sua mão em minha cintura. - Que tipo de namorado seria se não levasse minha namorada até a saída? - Perguntou faceiro. - Seu pai vem lhe buscar?

– Somos namorados agora? - Perguntei rindo.

– Claro que sim! - Disse convicto.

– Achei que você me perguntaria se estava de acordo... Como não, eu digo não! - Sua cara foi cômica. - Só namoraremos quando eu quiser, baby!

– Achei que depois do que aconteceu, estaríamos sério.... - Disse cínico.

– Essa é a primeira vez que ficamos! Tenho que ter certeza se você é tudo que dizem. - Falei provocando enquanto saíamos da quadra.

– Sou muito mais princesa... Muito mais! - Disse um tanto misterioso.

– Hmmm, veremos... Agora Tchau! - Disse me afastando, ele mais uma vez me prendeu pela cintura.


– Quem vem lhe pegar? Sua mãe? O Xerife? - perguntou olhando o relógio.

– Ninguém. Sou grandinha e vou para casa sozinha. - Falei empinando o nariz.

– Vou lá dentro avisar ao Samy para levar a Christina e o Lilah para casa.

– Como assim? - perguntei desconfiada do que viria.

– Vou te levar para casa, na minha moto. - Piscou e entrou no ginásio. Ops! Tudo bem, ele era o cara mais cobiçado do time, John era muito lindo e tinha uma fama que o precedia. Mas não iria para casa com ele, o por quê? Por que não estou namorando com ele, e não quero nenhuma obrigação comigo. Foi o meu primeiro beijo sim, foi ótimo. Mas, eu iria com calma com ele, se não fosse roubado acho que nem teria acontecido! Infelizmente só aceitaria namorar um cara.

Adiantando-me antes que ele voltasse, saí andando o mais rápido que pude do pátio mas, antes de conseguir a proeza de passar pela entrada, fui fechada por um carro, aquele maldito carro. O vidro desceu só o suficiente para ver seu rosto. Sério e parecendo muito nervoso ele disse um: “Entre no Carro.” Um frio me correu pela espinha, seus olhos queimavam em raiva. Fiquei um tempo sem ação, mas não demorei a tomá-la.

Movida pela certeza de que não deveria deixar Jacob mais irritado do que parecia estar, mesmo sem saber o motivo para que estivesse assim, entrei em seu carro e fui abraçada por o seu cheiro... O carro estava impregnado dele. O pôs em movimento, cantando pneus quando saiu do estacionamento. Segurava o volante com força, era bom que fosse resistente se não, sofreríamos um acidente!


A última coisa que vi foi o reflexo no retrovisor de um John, sombrio. Notei, que nunca tinha o visto daquele jeito... John, era puro ódio.

BYEEE :P


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Notas finais do capítulo

Quem notou quais foram as cenas que falei lá em cima, me diz nos coments! Quero ver se vocês estão espertos!

BJOOOS, estou toda derretida ainda pelo cap... Mas esse finalzinho, promete! :O