Acordei com o som de uma voz nos meus ouvidos. Continuei de olhos fechados, e flashes da noite anterior vieram na minha cabeça, me fazendo sorrir. Provavelmente era o Freddie que estava falando... Mas não parecia a voz dele. Peraí, de quem é essa voz? Será a Carly?
Será que eu tinha sonhado? Nada daquilo tinha acontecido, e eu ainda estava no sofá da casa da Carly?  Eu abri os olhos pra me certificar e suspirei de alívio. Eu estava no quarto do Freddie. Aquelas roupas espalhadas no chão eram minhas.  Eu olhei por debaixo do lençol só pra comprovar que eu não estava usando roupa nenhuma, então não era mesmo um sonho. Tinha sido real. Mas eu estava sozinha na cama. Onde ele estava? Foi a voz estridente da Carly, vindo da sala, que respondeu minha pergunta.
- FREDDIE ! PORQUE VOCÊ NÃO ESTÁ PREOCUPADO? ACABEI DE DIZER QUE A SAM SUMIU, EU ACORDEI HOJE E ELA NÃO ESTAVA NA SALA, E ELA NÃO DEIXOU NENHUM BILHETE, EU ACHO QUE SEQUESTRARAM ELA, O SPENCER SEMPRE ESQUECE DE TRANCAR A PORTA ..
- Carly, dá pra parar de gritar e me deixar falar? A Sam tá bem, ok? Ela está aqui comigo. - era a voz do Freddie agora, em um tom bem mais baixo.
- Aqui? Ela dormiu aqui a noite toda?
- Bem, ela não dormiu a noite a toda... Mas ela passou a noite aqui.
- Como assim ela não dormiu... OH MEU DEUS! Vocês fizeram?
- Carly, eu não vou ficar te contando essas coisas!
- Vocês prometeram nunca mais me esconder nada, lembra? Me diz, como foi ? - eu não estava vendo, mas eu podia jurar que os olhos dela brilhavam de expectativa agora.
- Você é tão inconveniente, Carly...
- Por favor, Freddie! Como foi? Só me diz uma palavrinha, por favor...
- Uma palavrinha? Como eu vou descrever em uma palavra? Foi incrível. Foi perfeito. A melhor noite da minha vida. Satisfeita?
Eu sorri outra vez, ao saber que tinha sido tão maravilhoso pra ele como tinha sido pra mim.
- Awww, isso é tão fofo!  - ela devia estar dando pulinhos agora. - Eu preciso falar com a Sam agora! Preciso dos detalhes!
- De jeito nenhum! Depois vocês fofocam ok? Adios, Carly. 
Eu ouvi a porta bater. Ainda bem que ele tinha despachado a Carly, porque o que eu queria mesmo era ficar com ele. Eu sabia que ele viria direto pro quarto, e o arrependimento bateu. Eu devia ter levantado e escovado os dentes ou penteado o cabelo, mas era tarde demais.  Então ele apareceu de camiseta e cueca, o cabelo tão bagunçado quanto o meu. Ele sempre foi assim tão lindo? Ele viu que eu estava acordada e sorriu pra mim, e eu sorri de volta.
- Hey. Já acordou? - ele perguntou, sorrindo.
- Meio difícil não acordar com voz da Carly gritando daquele jeito... - eu respondi, sorrindo. Eu simplesmente não conseguia parar de sorrir. E pelo visto, ele também não, porque ele veio sorrindo até mim e deitando do meu lado.
- Bom dia. - ele disse, sorrindo, depois me deu um selinho.
 - Bom dia pra você também. - eu disse, sorrindo, dando um selinho nele também.
Nós nos olhamos e sorrimos um pro outro. Ele levou a mão ao meu rosto, colocando o meu cabelo pra trás da minha orelhan e fazendo carinho da minha bochecha.
- Freddie... - eu comecei.  - Ontem à noite... Foi lindo. Foi maravilhoso. Muito melhor do que eu poderia ter sonhado. Foi simplesmente perfeito.
- Foi incrível pra mim também, baby. Você é incrível, você é linda. Eu te amo ainda mais... Se é que isso é possível.
- Eu te amo mais, mais do que eu amo comer... Se é que isso é possível.
- Eu te amo mais, muito mais do que eu amo Guerra nas Galáxias.
- E eu te amo muito mais do que eu amo bater nas pessoas.
- Eu que te amo mais, Sam. Você sempre foi malvada comigo, e eu nunca revidei.
- Sim, mas quem te beijou fui eu...
- Nós podemos passar o resto dia nisso, você sabia ?
- Eu sei. Vamos parar por aqui.
Senti minha barriga roncar. Só o Freddie podia me fazer esquecer o café da manhã.
- Baby? - eu disse.
- Sim?
- Você me ama mesmo?
- Claro, Sam, por quê?
- Então porque você ainda não me deu café da manhã?
- Eu ia fazer alguma coisa pra você, mas minha geladeira tá vazia... Mas, como eu te amo muito, não vou deixar você com fome. Vou à padaria comprar alguma coisa... Algum pedido especial? - ele levantou e começou a trocar de roupa.
- Sabe aquele pãozinho que tem açúcar em cima? Você compra pra mim?
- Claro.
- E pão de queijo?
- Vou comprar bastante pão de queijo.
- E um bolo de chocolate também?
- Mais alguma coisa?
- Aham. Não demora. Não gosto de sentir saudades.
- Pode deixar. - ele abaixou pra me dar um beijo na testa. - Eu volto em dois minutos.
Quando ele já estava na porta, eu o chamei outra vez, só pra irritá-lo.
- Freddie?
- Sim? - ele já estava começando a ficar impaciente.
- Eu te amo.
Ele sorriu, voltando pra mim e me beijando outra vez.
- Eu também, amor. Agora deixa eu ir.
Ele se foi e eu continuei na cama, sorrindo feito boba. Eu tinha um namorado que eu amava mais do que qualquer coisa. Ele sempre me fazia sentir a mulher mais feliz do mundo. E ele  ainda me comprava comida. Era melhor do que eu poderia esperar. Ele era perfeito. E ele era meu.