Ryden Exists escrita por thisistherealryanross


Capítulo 14
Capítulo 14




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Ryan e Brendon estavam sentados na mesa da cozinha, comendo a pizza que havia acabado de chegar

- Está gostosa

- É, mas eu não quero mais

- Nem eu

- Você quer fazer o que?

- Podemos jogar video game

- Claro, faz tempo que não toco em um controle

- Eu também. Acho que a última vez foi a uns três anos atrás

- Nossa

- Pois é.

- Então, Ryan... Você está... Gostando de alguém?

- Eu gosto de muitas pessoas - Ryan riu

- Você entendeu o que eu quis dizer

- Sim, eu entendi

- E então, você está?

- Gostar é uma palavra fraca, eu estou apaixonado por essa pessoa

- E... Como ela é?

- Ela é uma das pessoas mais bonitas que eu já vi, muito divertida, é uma das poucas pessoas que eu mais amo. Resumindo, é uma pessoa perfeitamente incrível. Mas ela não me ama desse jeito

- Como pode ter tanta certeza?

- Eu sei das coisas

- E... Quem é?

- Segredo

- Ah, vamos Ryan, me conta!

- Se quiser saber você vai ter que descobrir sozinho

- Droga

- Sugiro que comece cedo sua investigação

- Sou seu amigo, Ryan?

- Você sabe que sim

- Então me conta!

- Desculpe, eu não posso

- Pode sim. Qual é, você vai me deixar curioso assim?

- Vou.

- Você é mau

- Você tem toda a razão. Agora pare de falar e se concentre no jogo, a não ser que você queira morrer

- Ok...

- Viu? Você morreu.

- Não importa, eu só quero saber por quem você está apaixonado

- Ah, Brendon, de novo com esse assunto? Esquece isso!

- Não! Eu quero saber. O Spencer sabe, o Jon sabe, a Anna sabe, o Alex sabe. Então por que você não me conta?

- Nem a Anna nem o Alex sabem

- Então o Spencer e o Jon sabem?

- Sabem, mas eles não vão te contar, então, desiste.

- Nunca!

- Droga, Brendon, esquece isso de uma vez

- Não vou desistir. Eu vou descobrir, guarde minhas palavras

- Que seja! - Ryan deu de ombros

- Não precisa ficar irritado

- Só não gosto que as pessoas fiquem me incomodando, principalmente com esse assunto

- Hey! - Brendon acariciava o rosto de Ryan - Eu não vou mais insistir nisso, ok? Me desculpe

- Tudo bem. Me desculpe por ser mal educado

- Você não teve culpa, fui eu quem insistiu nesse assunto

- Quer fazer o que agora?

- Quais são as opções?

- Para ser sincero, não são muitas. Tem uma TV, uma guitarra, CD's, livros...

- E tem a opção abraçar? - Brendon perguntou, enquanto o rosto de Ryan corava

- Claro que sim

- Então vem cá - Brendon abraçou Ryan

- Você é uma graça, Brendon Urie

- Não tanto quanto você

Brendon encostou sua testa na testa de Ryan, então se aproximou para beijar seus lábios, até que...

- Merda - Brendon disse, quanto Ryan evitava olhá-lo, sentindo-se constrangido pelo beijo que o amigo iria lhe dar - Alô?

Depois de algum tempo no celular, Brendon se despediu e desligou-o

- Era minha mãe

- E... O que ela queria?

- Eu... Ryan, eu... Eu não sei como... Como te falar isso, mas...

- Fala logo!

- Tudo bem. Eu vou... Me mudar

- O que? Por que? - Ryan questionou, decepcionado

- A minha prima perdeu os pais e vai morar conosco. Nós vamos ficar com ela em sua cidade e depois trazemos ela para cá. M-mas é só por um mês

- Oh, coitada...

- Pois é...

- Então ta, nós... Nos vemos daqui a um mês - Ryan tentou dar um sorriso para disfarçar sua tristeza

- Espera, Ryan... - Brendon foi para o lado de fora da casa

- Não precisa explicar, apenas... Vá. Tchau, Brendon - Ryan fechou a porta calmamente, deitando no sofá e caindo em lágrimas

Ryan chorou tanto que poderia escorregar em suas próprias lágrimas. Aquele momento tão bom havia se tornado o pior. Por mais que soubesse que a culpa não era de Brendon, Ryan não queria vê-lo. Para ele não importava que dia Brendon se mudaria, se fosse no dia seguinte ou na semana seguinte, Ryan não se importava. Não queria nem ao menos aproveitar os míseros últimos dias com a paixão de sua vida. Sabia que se visse Brendon novamente, iria sofrer ainda mais. O celular de Ryan estava tocando, e por mais que não quisesse atender, poderia ser algo importante

- Alô? - Ryan tentava disfarçar a tristeza

- E aí, Ryan!

- Oi, Alex...

- Tudo bem aí com o Brendon? Espero não estar atrapalhando nada

- O Brendon não está aqui - As lágrimas voltaram e Ryan não conseguiu segurá-las

- Ei, Ry, o que houve? - Alex perguntou preocupado

- Nada. Eu estou bem

- Não é o que parece. Eu vou aí, nos vemos daqui a dez minutos

- Alex, não... - Antes que Ryan pudesse terminar, Alex desligou em sua cara

Ryan "correu" ao banheiro, que por sorte ficava no andar de baixo, e lavou seu rosto, já vermelho de tanto chorar. Depois de alguns minutos, Alex estava batendo em sua porta

- Oi

- Oi

- Está vendo? Eu estou bem, você pode ir agora

- Não, nada disso. Ryan, o que houve?

- Já falei que está tudo bem

- Você acha que eu não te conheço? Eu sei que algo está errado. Sou seu amigo, você sabe que pode contar comigo

- Ok, eu vou falar. É que... O Brendon vai se mudar - As lágrimas vieram novamente - Desculpe por isso, eu sou muito estúpido. Estou chorando na sua frente, parecendo uma criancinha de cinco anos de idade

- Ei, ei, ei! Você não é estúpido e nem criancinha. Não se critique tanto assim. Por que ele vai se mudar?

- Vai morar com a prima que perdeu os pais e depois vão trazê-la para morar aqui. É por um mês, mas mesmo assim... Oh, Alex, sou a pessoa mais infeliz do mundo

- Não fique assim, Ry - Alex abraçou o amigo

- É impossível, Alex, eu o amo! O amo como nunca amei ninguém

- Eu sei...

- Você... Sabe?

- Sei. Ryan, o jeito que você olha para ele... É inconfundível

- Parece que o mundo inteiro sabe

- Que dia ele vai?

- Eu não sei, e nem quero saber!

- Ryan, aproveite os últimos dias, eu vou chamá-lo

- Não, Alex, não chame ele. Eu não quero o ver

- Mas Ryan...

- Eu não quero! É sério, Alex, não o chame aqui

- Ok, não vou. Vem cá, Ryan, deixa eu te abraçar. Se acalme, vai ficar tudo bem ok? Tente esquecer isso, não faz bem ficar triste desse jeito

- Ok, vou tentar

- Acho melhor você descansar

- Eu não vou conseguir

- Se você tentar, talvez consiga

- Tudo bem, vou tentar

- Eu vou passar a noite aqui com você

- Ok, obrigado

Três dias se passaram e Brendon não tinha ido. O garoto ligava umas dez vezes a cada dia para Ryan, que não se deu ao trabalho de antender nem sequer uma vez

- Ryan, abra a porta, eu sei que você está aí! - Brendon batia na porta

- Saia daqui, Brendon! - Ryan começou a chorar

- Ryan, por favor, abra a porta! O que eu te fiz?

- Você não fez nada, apenas vá embora e me deixe em paz!

- Você... Está chorando?

- Não - Mentiu - Sai daqui, Brendon, por favor

- O que está acontecendo, Ryan?

- Porra, Brendon, vai embora! - Ryan gritou, chorando mais ainda

- Ok, se é o que você quer... Tchau, Ryan, te vejo daqui a um mês

Ryan estava com raiva de Brendon por ter insistido. Sua insistência só serviu para Ryan sofrer mais do que já estava sofrendo. Parecia que Brendon fazia questão de o incomodar.

Uma semana depois, Ryan olhou pela janela e viu a paixão das paixões de sua vida ajudando a colocar as malas no carro. Seus olhos encheram-se de lágrimas. Seria a última vez que o veria em um mês. Ambos sabiam que seria o mês mais doloroso e sofrido de suas vidas, e o pior: aquele mês passaria devagar.

Brendon olhou pela última vez a casa do amigo, que havia lhe trazido os melhores momentos possíveis, e então entrou no carro. Ryan assistia a cena mais triste de sua vida, chorando como nunca havia chorado antes. Quando Brendon se foi, Ryan percebeu que o amava muito mais do que podia imaginar. O garoto batia sua cabeça com força na parede. Se sentia o mais idiota de todos, por não ter dado um último abraço, um último toque no rosto belo de Brendon, uma última carícia nos fios de seu cabelo macio e cheiroso. Sem Brendon, a vida de Ryan não teria mais tanta graça e não seria mais tão colorida.


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