Coloring The Life - Um Restart Na Vida escrita por Leeh Lanza


Capítulo 36
Desentendimentos




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- Espera, você vai falar com a Gavassi? - Lanza segurou meu braço.

- Eu vou sim, eu preciso falar com ela. Esclarecer as coisas entre ela e o Pedro Lucas. - Disse, tentando me soltar.

- Eu já disse! A gente não podia ter tocado nesse assunto! - Ele teimava em me segurar. - Não fala com ela! - Ele aumentou o tom de voz.

- Desculpa, mas eu não posso deixar as coisas assim entre eles, Pedro. - Dei um tranco no me braço, fazendo a mão dele escorregar.

Lhe dei as costas e saí correndo da frente do apartamento dele, correndo para o ponto de ônibus. - Eu sabia que precisava urgentemente comprar um carro. - e fui a caminho da casa da Gavassi, que não era tão longe de onde o Pedro morava. Eu estava me sentindo um pouco triste, sei que larguei o Lanza nervoso lá. Eu sei que ele queria que eu não contasse, mas não vou deixar o Pedro Lucas nesse rolo. Se não for por ele, faço pela Laris e pela Gavassi, que não fazem ideia do que está acontecendo. Fiquei em pé no ônibus lotado, até descer num ponto bem pertinho da casa dela, dei uma leve caminhada e bati em sua porta.

- Oi Manu! - Gavassi abriu, me dando um abraço.

- Oi Manu! - Dei uma risada e retribui o abraço.

- Nossa, nem esperava você aqui! Aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou, sinalizando para eu entrar.

- Na verdade, aconteceu sim. - Suspirei, me sentando no sofá. - Tô precisando conversar seriamente com você por causa do Pedro Lucas.

- O Pe Lu? - Ela levantou uma sobrancelha. - Manda amiga. - Gavassi também se sentou no sofá, fazendo uma careta.

- Então, faz pouco tempo que fiquei sabendo... O Pedro Lucas tá com a Laris mas... Ele disse que ainda sente algo por você. - Me senti leve ao dizer isso.

- O quê? Não acredito! - Ela socou o sofá, nervosa. - E não acredito que ele está fazendo isso com a Laris! Mas muito obrigada por contar, depois vou falar com ele! 

Eu ia responder, quando ouvi meu celular tocar, era o Pedro Lanza. Atendi bem rápido, e fiquei com medo do que ele podia dizer.

- Oi Pedro.

- Você falou com ela? - Ele berrava tanto no telefone, que eu o distanciei um pouco de meu ouvido.

- Acabei de falar.

- Porra! Vem aqui agora! O Pedro Lucas tá puto com você! - Ele gritava cada vez mais alto.

- Tudo bem, mas só quero que saiba que fiz isso pelas minhas amigas! - Aumentei o tom de voz também, saindo da casa de Gavassi sem se despedir.

- E o Pe Lu não é seu amigo?

- Desculpa, mas se for pra escolher entre as minhas amigas que não sabem nada do que está acontecendo, e o Pedro Lucas que está enganando as duas. Eu fico do lado delas.

- Vem aqui! - Ele berrou, desligando o telefone na minha cara.

Eu suava naquela hora, o pedro estava muito irritado, e nem Deus sabe o que ele pode fazer quando ficava assim. Eu pegava o ônibus de volta, tensa, não querendo ir para a casa dele. Mas, logo o ponto chegou, e eu tive que descer, saí correndo e pedi para interfonarem. Logo peguei o elevador e subi no andar do Pedro Lanza, batendo em sua porta.

- Entra. - Pedro estava vermelho.

- Desculpa! Eu não sabia que eu ia te deixar tão nervoso assim! - Eu gritei.

- Eu pedi pra você não contar! Você traiu o Pedro Lucas, traiu a minha confiança! - Ele gritou também.

- Eu não podia deixar minhas amigas assim! - Eu gritei.

- Mas você é uma duas-caras mesmo! - Pedro Lucas gritou.

- Olha quem fala! É VOCÊ QUE ESTAVA ENGANANDO AS DUAS! - Disse, aumentando cada vez mais o tom de voz.

- Você não tem direito de falar com ele assim! - Lanza gritou mais alto.

- CLARO QUE EU TENHO! VOCÊS PENSAM QUE EU TENHO QUE FAZER TUDO QUE MANDAM PORQUE SÃO A RESTART? VOCÊS SÃO UMAS MERDAS COLORIDAS! ISSO SIM! - Na hora em que perdi a linha, vi o Thomas abrindo a porta, e ouvindo a última frase. Vi a expressão surpresa dele. - E É ISSO MESMO! ME DESCULPEM, MAS É SÓ ISSO QUE EU QUERIA FALAR DÊS DO MALDITO DIA EM QUE EU FUI NA UNIVERSAL. ISSO NÃO VALE A PENA! EU NÃO SOU E NUNCA FUI DESSA FAMÍLIA RESTART! - Gritei e saí correndo, chorando e passei por Thomas no vão da porta, que só olhava a cena, incrédulo.

Não pensei para onde ia na hora, apenas saí correndo pelas escadas, e parei no muro do condomínio, enterrando meu rosto nas mãos, e sentando no chão. Parecia que aquele era o fim. EU perdi a linha, OS MENINOS perderam a linha. Foi tudo tão rápido, e eu só queria ajudar. Mas foi querendo ajudar que acabei com a melhor fase da minha vida. Acho que fiquei um tempo lá, quando eu ouço passos na minha frente. Levantei minha cabeça e vi aquele loiro, sorridente, me estendendo a mão. Não acredito que depois de tudo aquilo, o Thomas ainda veio me ajudar. Ele sim, tinha um coração de ouro.

Cedi e estiquei minha mão, e ele me levantou, apenas me abraçando. Era com ele que eu me sentia bem. ele era meu porto seguro, meu melhor amigo, meu tudo. Eu senti naquea hora que eu sempre sempre poderia contar com ele.

- Thomas me desculpa... - Minha voz falhava e as lágrimas teimaram em descer, molhando a camiseta vermelha do Thomas.

- Eu sei, você tava nervosa. - Ele se distanciou, olhando para o meu rosto. - Mas eu sei que é VOCÊ que tem razão. - Ele sorriu.

- Thomas, me leva pra casa, por favor. Eu preciso ficar sozinha. - Eu disse, limpando as lágrimas que desciam pretas de delineador.

- Se eu te levar, não vou te deixar ficar sozinha Manu. - Ele sorriu.

Eu não disse nada, e fui com ele em direção ao seu carro. Ficamos em silêncio o percurso todo, até que chegamos em frente a minha casa. Eu abri a porta e entrei. O Thomas posando de educado etrou todo certinho.

- A casa também é sua Tho, pode bagunçar aí. - Sorri.

- Vem cá. - Ele me abraçou, me levando até a sala e jogando no sofá.

- Thomas, me desculpa de ter te chamado de merda colorida. - Peguei uma almofada e coloquei no meu rosto. 

- Mas eu sou uma merda colorida. - Ele sorriu e se levantou do sofá, girando pela sala.

- Vem cá Thomas. - Sussurrei.

- Oi? - Ee se deitou ao meu lado.

- Obrigada, por tudo. - Sorri, lhe dando um beijo no canto da boca. - Eu te amo, muito.


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