Coloring The Life - Um Restart Na Vida escrita por Leeh Lanza


Capítulo 19
México




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- Mãe, cuida de mim enquanto eu estiver no avião... - Disse, debruçada sobre sua lápide. - Cuida de mim e dos meninos. Sei que vou ficar um tempo sem te ver. - Eu passava a mão sobre seu nome. - Mas você vai estar no meu coração, sempre. - Coloquei a mão no lado esquerdo do meu peito.

Deixei o ramo de lírios - sua flor favorita - Sobre sua lápide, e andei  lentamente por aquele cemitério. Tinha que terminar de arrumar minhas coisas, amanhã estaria embarcando com os meninos rumo ao México. Não vamos mentir, eu estava com muito medo. Eu ficaria em outro país só com os meninos, já que Alícia não podia ir, tinha que se dedicar ao colégio. Eu estava de licença por causa de atestado, mas depois iria ter que começar a faltar. Deixar de frequentar um colégio não seria opção.

Peguei um táxi, rumo a minha casa. Ela estava tão... Abandonada... Depois de tantos acontecimentos, ficar quase duas semanas na casa do Lanza, nunca mais tinha entrado naquela casa que me trazia tantas lembranças de minha mãe. Eu ainda não tive coragem de entrar no quarto dela de novo.  Eu arrumava minhas malas, quando meu celular toca.

- Oi Pe. - Sentei na minha cama.

- Oi Alícia, tudo pronto pra amanhã? - Lanza disse.

- Acabei de arrumar as coisas agora. - Disse, enquanto fechava o último zíper.

- Amanhã nossa van vai passar quatro e meia na sua casa, pra nos levar para o aeroporto. 

- Quatro e meia? - grunhi, fazendo uma careta.

-  Vamos ter que fazer esse sacrifício. -  Ele riu.

- Pois é... - Me atirei na cama, olhando o relógio. Eram cinco e cinquenta e seis ainda.

-  Então tudo ok... Beijo pra você, Manuzita. 

- Outro, Pe... - Desliguei o celular e suspirei, me deitando na cama.

Acho que eu adormeci, pois quando fui ver o relógio, eram três horas da manhã. Como pude dormir TANTO? Deve ser porque não dormia a dias, estava muito... Sobrecarregada. Depois disso não consegui mais dormir. Resolvi então me arrumar. Decidi usar uma roupa meio colorida. Mas com minha pegada rocker, senão não seria uma roupa digna de mim.

O tempo não passa... O tempo não passa... Logo a campainha toca. Adivinha quem era ? Alícia.

- Oi Emo! - ela me abraçou. - Queria te dar tchau antes de você embarcar. 

- Fica aqui comigo então. - Puxei ela pra dentro. - Aí quando os meninos chegarem você aproveita e dá tchau pro seu loiro. - Me referi ao Thomas.

-  Essa era minha intenção. - Ela riu.

Conversa vai... Conversa vem... Quatro, Quatro e meia, cinco, cinco e meia... Ouvimos uma buzina. Eu abri a porta e vi a van branca dos garotos.

- Vou pegar minhas malas. - Disse para Pe Lu, que abriu a porta.

- Nós te ajudamos. - Ele sorriu e desceu, me dando um beijo na bochecha. - Ansiosa? - ele disse.

- Muito. - Abri a porta de casa para ele entrar.

Eu, Pe Lu e Pe Lanza saímos com as malas, e fomos ajeitar na van. Koba estava nos ajudando a arrumar as coisas, enquanto Thomas e Alícia conversavam. Ah, como era lindo o amor deles.

- Tudo pronto. - Lanza suspirou, cortando o clima de Alie e Thomas.

- Ah... - Ela fez uma cara triste.

- Tchau Alie, te vejo em uma semana. - Dei um abraço forte e longo nela. - Fica com a chave de casa. - Lhe dei minha chave.

- Obrigada. Vou assaltar sua geladeira. - Ela riu.

- Pode assaltar, tá tudo vencido mesmo. - mostrei minha língua e todos gargalharam.

- Tchau Tho. - Ela lhe deu um beijo longo.

Eu pigarreei e eles caíram na real, se abraçaram e Thomas entrou na van. Alícia ficou dando tchauzinho, até descermos a ladeira da minha casa.

- A gente vai ter que comprar um secador de cabelo. -  Thomas disse enquanto deitava no meu colo.

- Relaxa, não precisa. - Eu disse, fazendo carinho nas mechas loiras dele.

- Precisa sim, a gente não sabe se tem secador no hotel. - Thomas disse, sorrindo.

- Vocês acham que eu seco meu cabelo como? Assoprando fio por fio? - Todos riram. - Eu estou com secador aqui, não precisa se preocupar, Tho.

- Melhor então. - Ele bocejou.

É, o Thomas dormiu no meu colo, até chegarmos no aeroporto Internacional de Guarulhos. Puxei bastante ar antes de sair de lá, os meninos, e eu também, fomos "abusados" pelas fãs. Era muito gostoso esse amor que elas davam para a gente, eu me sentia bem... Porque antes eu era uma mera menina solitária... Era incrível como as fãs me receberam bem na "família Restart" por ter aberto apenas um show...

Pe Lanza recebeu uma caixa gigante, a garota disse que tinha presente pra todos lá. Óbvio que não tinha pra mim, né?

- Já fizeram nosso check-in. - Lanza falou, indo em direção a sala de embarque.

- Que bom! - Thomas ia abraçado em mim. Éramos dois medrosos. - Pensei que a gente ia demorar uma eternidade.

- Que me dera. - bufei, morrendo de medo.

- Deixa disso Manu. - Lanza disse. - A xiliquenta até tudo bem, mas você? - Ele riu.

Entrega de passaporte, revistas, espera na sala de embarque... Mas assunto era o que não faltava e, de um em um minuto um fã pedia autógrafo ou para tirar foto. Tinha como ficar com tédio com todo esse amor?!

"Atenção, últimas chamadas para o vôo 112, com destino para o México. Por favor dirijam-se para o portão C."

- Já era. - Brinquei.

- você tá com a gente Manu. - Lanza disse, enquanto íamos para o "Portão C"

- É esse o problema. - Todos gargalharam.

É, era primeira classe nosso avião... Cadeiras acolchoadas, bem espaçosas. Eu sentei no meio do Thomas e do Lanza. Ótimo...

Lanza segurava minha mão, tentando me confortar, enquanto eu segurava a mão da "xiliquenta" que também estava em pânico.

- México, nos aguarde. - Sorri


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