Carreirista do Distrito 2 escrita por MaysileeDonner


Capítulo 5
Trem rumo a Capital


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que o outro capítulo anterior ficou MUITO exagerado, mas enfim, esse aqui é mais comprido e um pouco mais "real" kk
E só para esclarecer uma coisa: O prefeito só não é torturado porque ele precisa controlar as outras pistas.
E os gifs, não achei outros.
Desculpa também por demorar para postar, é que eu tive uma ideia e mudei o capítulo.



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(...) Pacificadores chegam e o retiram na sala. Não acredito que todos possam morrer e revelar o que? Vejo que ele deixa um papel cair e eu o pego. "O Distrito 13 ainda vive" estava escrito. Não, aquilo só podia ser brincadeira.

É isso. O tempo do prefeito acabou e eu não entendi quase nada, estou confusa. A indiferença no rosto dos pacificadores me deixou um pouco surpresa, Willen Born estava alterado, porque eles não estavam atônitos? Talvez porque muitos devem perder o controle, sabendo que alguém próximo está indo a um encontro com a morte, ainda que sejam treinados para isso... Eu ficaria pelo menos. Mal sabem eles que Willen Born é um caso á parte.

Onde está meu pai? Ele não compareceu porque é parte do acordo? Eu preciso de explicações, por isso olho novamente o bilhete deixado pelo prefeito, observo e vejo "O Distrito 13 ainda vive" e na parte de trás noto que há números escritos: 28, 29, 35, 45. Ótimo. Nenhuma informação nova, números em ordem crescente, grande coisa. Anotações bobas.

Sou uma peça num joguinho miserável. Meu tempo nesta sala já deve estar se esgotando, o que era alguns minutos estão parecendo horas! Finalmente pacificadores anunciam que meu tempo aqui, acabou. A caminhada até a estação trem não é comprida, dessa vez Cato se junta. Sabe, eu raramente ando de carro, só quando estou com ele, eu costumo andar a pé.

Mal chego na estação e os flashs das câmeras me cegam, aquele lugar estava tão cheio, parecia um enxame de abelhas, só que em vez de ferrões apontados para nós, eram equipamentos para transmitir nossa chegada. Eu estava certa, chorar não valia a pena, por isso, antes de sair do Edifício da Injustiça (Eu passei a chamá-lo assim, mesmo que em pensamento, depois daquela visita) eu limpei minhas lágrimas e me recompus, sou boa em esconder sentimentos. Consigo me enxergar numa TV e fico feliz em parecer forte, mesmo sendo superficial.

Não imaginava que fosse possível, mas trem é mais bonito que o Edifício da Injustiça, agora ali é o lugar mais sofisticado que já estive. As portas se fecham atrás de nós, em poucos segundos o trem se move, a velocidade do trem me impressiona, ele avança muito em pouco tempo. Como eu disse, eu nunca andei de trem, já que é proibido. E esse, era um daqueles modelos da Capital, 400 quilômetros por hora, não precisaria nem de um dia para chegar nas Montanhas Rochosas, onde a Capital foi construída.

– Olá queridinhos – Glossy surge do nada.

Cato olha para mim e levanta uma das sobrancelhas.

– Desculpa não estar com vocês no embarque, juro que você compensar vocês, lindinhos, mas estava fazendo coisas mais importantes. – Continua ela

– Claro, qualquer coisa é mais importante que nossas vidas – Sussurro e Cato me da um empurrão de leve.

Glossy fica sem jeito e faz uma careta. Talvez eu tenha sido um pouco dura, mas era a verdade! Por incrível que pareça, eu noto que ela já mudou seu visual, ela até está mais “normal” sem aquele cabelo colorido. E com aquela voz fina e irritante ela continua:

– Blazon quer conhecer e conversar com vocês! – Ela termina a frase com um sorriso gigante, bom para ela, se livrou dos tributos por algum tempo – Eu tenho mais coisinhas para fazer, beijinhos.

Eu odeio como ela usa as palavras no diminutivo, será que ela não cansa? Fico feliz quando a porta se abre e Blazon entra, Glossy sai com aqueles sapatos estranhos.

Blazon é um cara forte, o cabelo arrepiado e a cicatriz no olho esquerdo faz parecer que ele é forte, ou melhor, ele é forte, de verdade. Ele indica uma mesa, que está servida com o almoço e se senta, nós fazemos o mesmo.

– Olha, eu estou aqui para ajudar vocês a sobreviver. Não se assustem tanto com Glossy, ela não é tão ruim assim. Sou Blazon, seu mentor, vocês são...

– Cato e Clove – Cato completa.

– Façam alianças, eu andei por outros vagões, os tributos do 4 estão fracos esse ano, prefiram os do 1. Se não me engano, seu nomes são Glimmer e Marvel ou seria Marcus? Ah, não importa. A Capital vai ama-los se passarem essa imagem de fortes, mas ao mesmo tempo amigáveis.

Não gostei muito da ideia dessas alianças não...

– Lutem na Cornucópia – Continua Blazon – tentem ficar com o máximo de armas e suplementos. – Ele sorri como se a próxima coisa que iria dizer era óbvia – E matem, matem muito.

Ele termina a frase com um sorriso sinistro, que por poucos segundos me dão até medo. Parece que o tempo com Blazon foi curto, mas não. Glossy volta e nos levam até os aposentos. Aquele trem era tão grande e chic, que tínhamos até um quarto e um banheiro privado para cada um.

– Ali nas gavetas tem roupas, vocês podem descansar um pouco, depois tomem um banho e se preparem para a ceia. Eu volto para ultimas coordenadas, tchauzinho. – Glossy explica e sai dali.

Pela primeira vez consigo ficar sozinha com Cato, mas eu não usufruo desse tempo. Simplesmente vou até meu quarto e tiro um cochilo. Meu cochilo que deveria levar algum tempinho, dura a tarde inteira e só acordo quando Cato entra no meu quarto.

– Clove, Clove, acorda. Já dão seis horas, o jantar é a sete. – me levanto muito sonolenta e bato a testa em Cato e ele ri – Glossy está tendo um chilique lá fora, eu disse que cuidaria disso. Olha, eu sei que está brava comigo...

Eu não estava brava, minha raiva tinha passado, mas ele não podia estar aqui. Ele não podia se voluntariar.

– Tudo bem – Digo com uma voz seca.

– Eu sinto muito, foi por impulso. Você é a única que gosta de mim pelo o que eu sou. Não poderia deixar você sozinha nessa.

– Tudo bem. – Repito.

– Você vai ficar me evitando para sempre? Vai parar de falar comigo? A gente não tem muito tempo sabe... Um de nós vai morrer e...

– Cala a boca – O interrompo – Nós vamos dar um jeito, ta bom? Não vamos morrer.

Glossy entra no quarto, toda atrapalhada, quase tropeça e tenta se equilibrar nos saltos altos, eu começo a rir, e ela estica a coluna e volta a ter postura. Ela aponta para mim e começa:

– Você já devia estar pronta, e a maquiagem? Sua roupa? Seu cabelo? – Ela da uns gritos histéricos que me fazem rir, enquanto isso, Cato me da um beijo na testa e sai.

Levanto as mãos, fingindo ser inocente e entro no banheiro, aquele chuveiro tinha tantas funções que eu nem sabia liga-lo, mas depois de tantas tentativas, eu consigo tomar meu banho. Quando saio, vejo que Glossy deixou um vestido separado para eu usar. Eu detestei aquilo, quando me olhei no espelho me senti patética.

E quando menos espero, Cato entra no quarto.

– Uau! – Exclama ele. – Clove Messer usando um vestido! Preciso chamar os repórteres!

– Hey! Isso é invasão de privacidade – Afirmo.

– Eu só queria te avisar que Glossy está vindo aí...

– Ai, meu Deus. Preciso tirar essa coisa.

Abro a gaveta e pego a primeira camiseta e calça que eu vejo e saio correndo para o quarto ao lado, o de Cato. Ele me segue.

– Hey, o que você está fazendo ai? – Pergunta ele enquanto eu invado seu banheiro.

– Trocando de roupa, obvio. – Respondo.

– Ah, que pena, você estava tão fofa – Ele começa a rir da minha cara.

– Pois é, acho que vou virar amiga de Glossy e aprender alguns truques. – Começo a rir também.

– Fica quieta, ela já está chegando.

Começo a ouvir seu gritos histéricos procurando por mim, escuto sua conversa com Cato, ele diz que eu já sai faz tempo, que era melhor ela ir me procurar, ouço seus passos se afastando e saio do banheiro, vestindo roupas confortáveis.

– Vamos para o jantar? – Pergunta ele.

– Vamos.



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Notas finais do capítulo

vish, não estou conseguindo escrever algo que preste kk



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