Era um final de tarde nos arredores de Varsóvia e acontecia uma nevasca onde eu morava. Principalmente durante dezembro um mês com muitas nevascas. Estava confortavelmente sentado em minha poltrona rosa -minha cor favorita- em frente da lareira lendo um livro. Quando tocam a campainha um acontecimento tão comum quanto uma invasão vinda da Alemanha ou da Rússia. De imediato abri a porta pensando ser meu amigo Toris mas quando abri...
" GILBERT BEILSCHIMIDT!!!!!"
Me assusto mas tenho uma estranha sensação de ... DESEJO?! NÃO é só raiva, digo para mim mesmo!
"FELIKS ŁUCASIEWICKZ ao que me parece ainda usa a mesma roupa de quando nos conhecemos...O DE UMA GAROTINHA KesesKesesKeses!!!"
Aquele ser do meu passado me responde e de novo a sensação estranha me ataca.
"Tipo totalmente, o que você está, fazendo em minha casa seu traidor?"
Me irrito ao mesmo tempo que continuo tendo aquela sensação estranha.
"E a mesma forma sem noção de falar... KesesKesesKeses"
Ele responde rindo novamente me fazendo sentir aquela coisa estranha.
"Eu, tipo totalmente, estou ficando sem paciência, fale o que você quer ou fecho a porta."
Respondo tal insulto mas me preocupando com seus sentimentos.
"Calma, me deixa entrar que eu te conto como o mais perfeito eu precisou pedir ajuda."
Ele responde com a voz ligeiramente vacilante e eu concordo com a cabeça após sentar nos ele começou a contar.
"O que aconteceu foi que fui expulso de casa."
Ele responde num tom de poucas emoções felizes.
"Mas , tipo, como foi que você, totalmente, foi expulso ?"
Pergunto a ele ao mesmo tempo que me pergunto porque sinto compaixão de alguém que tanto odeio.
" Bem eu sai para beber com o Francis e o Antonio - que você deve ter conhecido....'naquela época' e acabei brigando com eles.- e guando voltei para casa o Roderich que morava comigo simplesmente trocou a fechadura. E me deixou do lado de fora. Desde então estou andando a esmo nesta nevasca, procurando alguém que possa me dar abrigo até alguém com quem briguei a tanto tempo..."
Enquanto ele falava uma roliça lagrima sai de seus olhos, e me vem um aperto no coração, não posso deixa-lo ali passando frio e respondo ao seu apelo.
" Tipo, entra logo.... massssss... não ache que é por algum motivo alem de, totalmente, ser o certo a fazer e não se aproveite."
Além de que isso permitiria eu saber exatamente o que era aquele sentimento estranho, pois se tinha uma coisa que eu realmente nunca admitiria seria suportar alguém com quem já tive problemas passados sem um motivo minimamente bom.
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No dia seguinte quando acordei, como sempre desci ainda de pijama - rosa é claro- tinha me esquecido totalmente do meu "companheiro".
Mas quando cheguei na cozinha ele estava fazendo budyń minha comida favorita que não comia havia séculos.
" Se seu gosto não mudou como suas roupas então acho que esse é ainda seu prato favorito. KesesKesesKeses."
Ele respondeu rindo, mas nada iria me abalar diante de um legitimo budyń .
"Eu, tipo, vejo que você , totalmente, ainda se lembra dessa recita que eu te ensinei."
Respondo enquanto comia sem dó ou piedade.
"É sabia que seria uma boa maneira de agradecer pela sua bondade, SENHOR Feliks, se bem me lembro era assim que preferia ser chamado."
Ele realmente sabia como ser educado, pena que na maioria das vezes ele preferia ser mau e deseducado. Principalmente 'naquela época'...
Após aquele agradável desjejum coloquei minha roupa, escovei meus dentes e já no caminho para porta, Gilbert sorrindo com um pacote nas mãos diz .
"Guardei um pouco caso precise almoçar fora de casa."
"Hum? Oh obrigado."
Saio envergonhado para meus afazeres do dia. Sem saber como aquela relação podia ser uma bagunça.