Humano tolo.

Como ele pode não saber que é de noite quando bichos horrendos saem para caçar? Já deveria ter obedecido ao seu horário de se recolher natural. Mas não, lá está ele com seus fones de ouvido e viajando no mundo da lua.

Essa espécie deveria saber que os perigos andam soltos e prontos para atacar com suas garras afiadas, dentes pontudos e são extremamente inescrupulosos.

Os animais que caçam de noite seguem seus instintos sem se preocupar com nada. São máquinas programadas para matar num piscar de olhos, mas para a felicidade da nação há alguém que nasceu para exterminar esse tipo de monstruosidade, chamada: A caçadora. Dizem que ela tem olhos tão castanhos – escuros que quase não dá para ver suas íris, cabelos pretos, alta e magra. Dizem que ela terá 14 anos para sempre, ela será imortal... Assim como o que ela caça.

Seu trabalho nunca acaba. Sempre tem mais um

Suas armas são um arco e uma aljava cheia de infinitas flechas, tudo feito de prata, A caçadora veste uma camisa preta e por cima um casaco também preto com duas listras vermelhas em cada ombro, calça jeans azul-marinho e botas que vão até seu joelho; preto.

A monstruosidade já se aproxima de sua presa que continuava andando distraidamente e nem notara que havia algo a mais em sua sombra; algo que se movia com a ajuda de sua sombra.

A presa estava sendo rodeada

A caçadora só observava... Por enquanto

Ela ficou se escondendo atrás de uma árvore próxima, ela preferia que a vítima se virasse e desse de cara com aquele bicho horrível do que se nem notasse que a coisa estava se aproximando. Ela ia acabando ficando estrábica do jeito que estava olhando: um olho na monstruosidade e o outro no pobre garoto. Será que desta vez a sorte estaria com ela? Será que desta vez ela venceria e não o monstro? Ela estava quase se contorcendo de tanta ansiedade. As mechas de cabelo que caiam de sua trança esvoaçavam contra seu rosto graças ao vento que soprava contra a sua direção... É... Parece que o vento não estava á seu favor...

Os olhos vermelhos do animal só viam sua presa, arquitetava uma maneira de matar sua presa cruelmente, pois é assim que esta máquina de matar foi programada.

As garras do animal arranharam o chão e A caçadora se perguntou como aquele ser da mesma espécie não ouvira tal som.

O monstro chegou um pouco mais perto, quase que saboreando a carne de sua presa.

A caçadora mordeu o lábio inferior, esse era o momento mais tenso de toda aquela parafernália. Ela muda de posição, já que desconfia que aquela coisa horrenda tenha descoberto seu esconderijo, ela corre e para três árvores á frente. Pelo menos a lua está do seu lado, a lua não está iluminando A caçadora e sim o garoto e a monstruosidade... Ela agradece por isso...

A caçadora tira uma de suas flechas prateadas a posiciona em seu arco. Ela afasta os pés e usa a própria boca como apoio; ela fica em posição de ataque já sabendo o que vai acontecer.

Ela puxa a linha do arco para trás, a corda se estica tanto quanto pode.

O animal corre, ruge e salta, abre sua bocarra o máximo que pode

A caçadora solta a flecha, que saí zunindo através do ar. Ela fica observando enquanto sua flecha acerta seu alvo bem no olho. A fera solta um ganido e caí... Desfalecendo. O que sobrou do animal vira cinzas, cinzas que o vento se encarrega de levar para longe.

O jovem humano tolo não faz ideia do quanto é sortudo por ter A caçadora por perto e não ter que ir para o andar de cima antecipadamente. E ele continua andando com seus fones de ouvido... Ele nem desconfia do que acabou de acontecer...

A caçadora sorri e se vira para ir embora depois de menos uma monstruosidade no mundo.