Porém quando Ethan chegou em seu quarto, não conseguia parar de pensar em Sarah. Ele sentia que alguma coisa estava errada com a vampira e decidiu sair e procura-la.

Andando pelas ruas, notou um rastro de sangue e o seguiu. O rastro terminava num beco, onde, estendida no chão como se tivesse sido pisoteada, encontrava-se Sarah, desmaiada.

Ethan, rapidamente colocou suas mãos sobre a cabeça dela e tentou anima-la:

–Sarah!Sarah! Vai ficar tudo bem! Resolveu então leva-la até sua casa, com muito esforço conseguiu levanta-la e carregar a doce vampira em seus braços.

Chegando em casa, Ethan a deitou no sofá da sala, foi quando Jane desceu e espantada, perguntou ao irmão:

–O que aconteceu com ela, Ethan?

–Não sei, Jane. A encontrei desmaiada em um beco aqui perto. Dizendo isso, aproximou-se mais de seu rosto. Foi quando, Sarah lentamente começou a retomar a consciência.

–Ethan...? Chamou.

–Estou aqui, Sarah. Disse o menino sorrindo. -Estou aqui com você, tudo vai ficar bem.

Porém, nesse mesmo instante, a campainha tocou e Jane adiantou-se para atender a porta, antes que Ethan se move-se.

–Oi... Disse abrindo a porta.

E qual não foi sua surpresa ao ver quem era a visita: a própria Mary.

–Oi, Jane. Cumprimentou-a com um sorriso.

–Entre, por favor. Ethan está na sala com... Porém antes que terminasse a frase, Mary já havia entrado e entendido a situação.

A expressão doce sumiu dando lugar a um rosto vermelho, furioso.

–Que ela faz aqui, Ethan? Perguntou Mary adiantando-se para Sarah, porém Ethan a puxou para o outro lado, dizendo:

–Como assim, Mary? Disse agora mudando de tom. -Não vê que ela está ferida?

–Vai saber se isso não é uma armação, Ethan. Disse Mary, também mudando a voz.

–Por favor! Já estou cansado desse seu ciúme bobo, Mary. Disse desprezando-a.

–Não é ciúme, Ethan! É que estou preocupada. Eu sei que ela quer tirar você de mim! E isso, eu não... Antes que terminasse de falar, Sarah, reunindo toda a sua força, saltou para cima dela e lhe deu um soco.

–Mas o que é isso? Perguntou Mary, agora com um olhar profundamente irritado. -Já estou farta de você, vampira idiota! Porém, Ethan mais uma vez conseguiu impedir que Mary atacasse Sarah.

–Como sabe que ela é uma vampira? Perguntou agora perplexo, Ethan.

–Você devia estar do meu lado, Ethan! Não contra mim! Disse mais uma vez furiosa, Mary.

–Não respondeu minha pergunta, Mary! Como sabe que ela é uma vampira? Perguntou Ethan, agora quase gritando, segurando as duas.

–Ethan, me deixe acabar com ela. Ela também é uma vampira! Gritou Sarah.

Ethan virou-se para ela, surpreso:

–Como é?

–Isso mesmo. Ela mandou um vampiro me atacar porque tinha medo que eu estragasse seus planos, e pelo visto está dando certo.

Ethan virou-se para Mary novamente. Porém, ao invés de olha-lo com surpresa pela revelação, Mary riu. Riu alto, como se fosse uma brincadeira e disse:

–Sim, é verdade, meu querido Ethan. Sou uma vampira.

Ethan soltou-a. Foi então que Mary mostrou suas presas. Riu novamente, dessa vez como uma louca:

–Mas parece que nenhum de vocês consegiu ver a tempo, não é mesmo? São dois palhaços, um vidente sem ver nada, a outra uma semi-vampira que tem medo de morder.

–Sua... Agora foi Ethan que tentou acertar-lhe um soco, porém ela facilmente segurou seu punho.

–Por favor, Ethan! Devia aprender que com um vampiro não se pode brincar...

–Bom eu já tenho o que queria. Não preciso mais de nenhum de vocês. Adeus! Despediu-se e como num piscar de olhos, pulou pela janela.

Ethan sentou-se no sofá.

–Não consigo acreditar! Mary, uma vampira!

–Eu sei, Ethan. Eu também não acreditei.

–Mas você queria que eu visse o que ela era, e eu acreditei em todas as suas mentiras, você foi sincera e eu lhe ignorei.

–Para, Ethan! Todos fomos enganados. Você parecia estar enfeitiçado...

–Me perdoa, Sarah? Perguntou Ethan levantando-se e pondo-se na frente da vampira.

–Mas é claro! Respondeu-lhe Sarah abraçando o amigo.

–Vamos! Precisamos contar ao Benny e a Erica também, ainda podemos impedi-la. Falou então ao pegar sua mão e sair correndo para a rua deserta.