–Lucy James?- perguntei.

A senhora me olhou espantada e meia hesitante disse:

–Como sabe meu nome moça?-perguntou.

Não respondi sua pergunta, apenas abracei e deixei as lágrimas rolarem.

–A senhora é minha avó.- falei em seu ouvido.

–Moça não sou sua avó.- falou me repreendendo.

–Claro que é, sou Mirian Clack, sua neta.- falei sorrindo.

–Pare de brincar comigo moça, eu não te fiz nada para me ferir dessa maneira.- ela estava sem emoção alguma.

–Vovó sou eu Mirian Clack, a garota que todos pensam que morreu a três anos atrás e uma semana.- ela ficou mais seria ainda.

–Sabe o que me doi, é pensar que a crueldade do ser humano é assim, e tocar no ponto mais profundo de um ser humano, devia ter vergonha de si própria garota.- falou com lágrimas nos olhos.

–Vovó não quero te fazer chorar, olhe sou eu sua neta.- coloquei as mãos em seu ombro.- E pra provar que estou dizendo a verdade, faça uma pergunta que só eu sei responder-

Ela pareceu anlisar cada palavra e finalmente acentiu:

–Está bem, como chamam os seus pais?-perguntou me olhando.

–Chamam Bryan Clack e minha mãe chama Marly James Clack.- falei confiante.

Ela arregalou os olhos, mas pareceu não se convencer de quem realmente sou, e disse:

–Você deve ter lido isso em jornais.- falou com desdém.

–Pode fazer outra pergunta responderei tudo, o que me perguntar, quando nasci, o nome do antigo namorado, comida favorita, musica, o nome do meu avô. - sorri.

–Está bem, qual a comida favorita de minha neta moça?-perguntou.

–É lasanha e macarrão ao molho branco, e antes que pergunte meu avô é Miler James, meu antigo namorado é Justin, musica favorita, é a da cantora Britney Spears Lucky.- terminei de falar.

Ela arregalou os olhos e me olhando com intnsidade, sorriu e disse:

–Você sabe tudo a respeito de Mirian querida, mais me diz porque minha neta está viva, sendo que....-eu a interrompi.

–Mas vocês viram o cachão que foi interrado?-perguntei.

–Não, não vimos, segundo a enfermeira as imagens são muito fortes.

–Ai está a prova, vocês não viram, logico que não, eu fugi vovó.- falei como se fosse o obvio.

–Por que fugiria?-pergunou curiosa.

–Por que, fiquei com repulsa de mim mesma, das cicatrizes, do corte profundo, que não queria ver você sendo humilhados por mim, antes que isso acontecesse decidi fugir, e vim parar aqui no Texas.- falei deixando lágrimas escaparem.

Olhei para o rosto da minha vó, ela chorava, foi então que me vi em um abraço, caloroso que tanto senti falta.

–Minha neta.

Continua....;.