Echo (eco) escrita por changeantD-avis


Capítulo 8
Milão...e essa droga de segredo - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Eu mal tinha me tocado que minha última atualização aqui tinha sido em agosto O.o, caramba, como o tempo voa... Mas peço desculpa mesmo assim, porque não ando com muito tempo parar postar e espero que entendam.
Mas tbm não pretendo abandonar nenhuma fic, porque não conseguiria fazer isso...
espero que não tenha ficado uma bosta D: ou uma bosta muito grande hahaahaha



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- Você me traiu! – Vanessa gritava sem parar – Me traiu Quinn!

Quinn tentava se livrar dos braços da garota, mas Vanessa a apertou para mais perto.

- O que você está falando? Eu mal te conheço!

- Você mal me conhece? Ah, é mesmo. Tudo por causa daquela garota! Sempre foi ela e eu me pergunto quantas vezes mais eu terei que aguentar essa mortal!

Quinn, sem saber o que dizer, apenas ficou observando, segurando as lágrimas de medo e dor por causa do aperto em seu braço.

Vanessa se aproximou e retirou uma mecha de seu cabelo loiro do rosto, ela tentou se esquivar mas a garota a segurou com mais força, se é que era possível. Ela estava quase sentindo seus ossos partindo ao meio. Desde quando uma garota tão graciosa era tão... forte.

- Deixe – a em paz Vanessa! – Rachel surgiu atrás dela, correndo.

Elas estavam num lugar escuro, como se fosse um píer abandonado. A única coisa que tinha em volta delas era água.

Vanessa finalmente soltou a loira e encarou Rachel com um olhar que praticamente perfurou seu corpo.

A ruiva começou a andar em direção a Rachel, e Quinn gritou:

- Deixe-a em paz Vanessa, por favor!  - Sentindo uma angustia, mesmo não sabendo o que estava acontecendo ali.

Rachel colocou as mãos na cintura, desafiando a garota. Com um movimento rápido, Vanessa já estava de frente para Rachel, e Quinn só percebeu o que tinha acontecido, quando Rachel começou a cair, o sangue escorrendo de seu corpo.

Vanessa a jogou no píer sem piedade e deu alguns passos para trás com um sorriso no rosto.

- Eu farei isso quantas vezes for preciso Quinn!

Quinn se aproximou do corpo da garota mais baixa e se agachou de joelhos, sentindo as lágrimas e soluços tomar conta de seu corpo.

De repente tudo mudou, era outra garota que estava ali, outro corpo, escorrendo sangue.

QUINN’S POV

- Quinn? – Rachel a cutucava sem parar. – Quinn?

Acordei desesperada, com o coração acelerado e as mãos suando.

- O qu- O que? Onde nós...  – falei, ofegante.

- Você estava dormindo e como nós já estamos quase aterrissando, e você parecia estar tendo um pesadelo, eu achei melhor te acordar.

Continuei encarando a Rachel, meus olhos inconscientemente procurando por algum machucado.

- Quinn?

Senhores passageiros, por favor coloquem seus cintos corretamente e se preparem para aterrissar.

Apertei os olhos com as mãos, percebendo o olhar preocupado de Rachel sobre mim – Me desculpe, eu tive um pesadelo, eu acho.

Rachel ficou me observando em silêncio, sem saber o que fazer e então resolvi disfarçar toda aquela confusão na minha cabeça.

Urgh, eu daria tudo pra ler seus pensamentos!

- O que você quer fazer primeiro quando a gente aterrissar? – Resolvi tentar diminuir toda aquela estranheza na conversa.

- Uhn, provavelmente nós temos que ir pro hotel primeiro? – Ela me olhou, indagando – E eu acho que teremos que seguir os horários da faculdade...

Fiz uma careta, não queria ficar seguindo instrutores pela cidade, eu queria explorar. Quando fui responder, Santana se intrometeu:

- Claro que não, gayberry. Sigam meus passos e em um minuto vocês estarão livres – ela piscou, segundos depois, Brittany, que estava dormindo com a cabeça no ombro da latina, começou a acordar.

- Por mim tudo bem? O que você acha? – Virei meu corpo para o lado, de frente para ela.

Rachel deu de ombros – Portanto que não chamemos muita atenção...

- Nós iremos fugir junto com três demônios, você realmente acha que não vamos chamar atenção?

- Elas vão? – Rachel apontou com a cabeça para Vanessa e Emily. Fiz que sim com a cabeça também, repousando- a no encosto da cadeira e observando Rachel. – Ah não!

- Nós podemos fugir delas depois, o que você acha? A gente sai do hotel juntas, mas depois nós podemos sair por ai... só nós duas. – Terminei de falar com um sorriso, tentando soar como uma pessoa normal e não uma maníaca que a estava levando para algum ritual no meio da noite em Milão.

Rachel ficou me encarando com as sobrancelhas unidas, ela parecia desconfiada.

Eu vou vomitar, eu vou vomitar, alguém me tira desse avião.

Tédio, Tédio, Tédio... Eu preciso procurar a verdadeira diversão dessa cidade.

Rachel balançou a cabeça e voltou a me olhar – Eu adoraria Quinn – Sorriu. - Qualquer coisa melhor do que ter que aguentar a Emily e a Vanessa reclamando. – Na verdade, eu adoraria te mostrar alguns lugares da cidade. – Rachel finalizou. Ela estava sendo simpática demais, eu estava feliz, e envergonhada, e por algum motivo senti minhas bochechas ficarem rosadas.

- Eu adoraria Rach... el – Sorri, me aproximando inconscientemente dela. Ai meu deus, estou flertando novamente, porque eu tenho que agir como um garoto perto dela? – Eu não sabia que você já tinha viajado para cá.

- Ah, algumas vezes – ela desviou o olhar, focando a atenção no banco da frente. – Eu já viajei pelo mundo inteiro...

- Sério?! Uau, eu sempre quis fazer isso! É meu sonho, viajar pelo mundo, tirando fotos...

Senhores passageiros, o avião acaba de pousar, saiam com segurança.

 - Se você quer isso, você deveria fazer. – Rachel deu um sorriso de lado e começou a se levantar. Como ela estava no banco da janela, ficou esperando eu me levantar pra poder sair. Levantei um pouco atrapalhada e ouvi ela dando uma risada quando quase derrubei tudo que tinha dentro da minha bolsa.

--x--

Mais um ônibus esperava por nós lá fora. Dessa vez eles iriam nos leva, como Rachel havia dito, para um hotel. Eu estava tentando não parecer muito grudada nela, então resolvi deixar ela um pouco sozinha com seus pensamentos e fui conversar com Vanessa.

- O que você acha da gente ir pra algum lugar e beber muito hoje? – Vanessa parecia eufórica.

- Não, eu não bebo. – Fiz uma careta, nunca tinha visto graça em beber, achava o gosto muito ruim.

- Não? – Vanessa me olhou como se eu fosse louca. – Estranho...

- Não... Por quê?

- Nada, só não achei que você era desse tipo. – Ela voltou a sua expressão de deboche que eu já estava começando a me acostumar. Revirei os olhos – Você é um bebê não é mesmo Quinn? Tenho que te ensinar a se divertir.

- Cala a boca. – Empurrei o ombro dela de brincadeira.

- Tudo bem então, vou procurar outras pessoas pra me entreterem. – Ela jogou o cabelo na minha cara e saiu andando. Eu não entendia qual era o problema da Rachel com ela, ou com a Emily pra falar a verdade. Vanessa era legal na maior parte do tempo comigo e Emily só parecia um pouco frustrada com todos os foras que andou tomando.  Observei enquanto Rachel se aproximava de repente de Vanessa e as duas pareciam discutir algo. Semi serrei os olhos e tentei me aproximar para ouvir sem que elas percebessem.

- O que é garota? – Vanessa parecia bem irritada.

- O que você pensa que está fazendo?!

- Tentando me divertir? – A ruiva ergueu uma sobrancelha, debochando, mas não da mesma forma que ela debochava de mim.

- Eu estou falando sério! Fiquei longe dela, eu não sei o por que de você continuar insistindo em mim, mas será que você pode me deixar em paz por pelo menos uns 100 anos? Eu preciso de férias de suas esquisitices.

- Ora ora, olha quem está muito falante hoje. – Vanessa puxou Rachel pelo braço a levando para um canto e mal percebendo que eu as observava confusa. Depois disso eu não consegui ouvir mais nada e achei melhor perguntar isso para a Rachel depois.

FIM QUINN’S POV

- Eu acho que nós deveríamos nos separar. – Quinn falou inocentemente. Santana a olhou desconfiada. – O que foi? Pelo menos se descobrirem que saímos não vão achar que foi tudo planejado. - Quinn encarou Rachel com um sorriso que passou despercebido por ela.

- Uhn, nós estamos em seis, então duas pessoas, que tal? – Santana disse, ainda com uma cara desconfiada enquanto pegava na mão de Brittany. – algo me diz que ela quer ficar sozinha com a gayberry.

- Aham, sei. – Emily revirou os olhos – Tanto faz. Todo mundo já sabe que eu e Vanessa vamos acabar ficando juntas.

- Ei, eu quero ir com a Quinn! – Vanessa se pronunciou finalmente.

- Eu vou com a Quinn! – Rachel que disse isso, e todas ficaram um pouco surpreendidas, até mesmo Quinn, que já tinha combinado com ela em ficarem juntas.

Urgh, eu vou com ela!

As duas ficaram se encarando com chamas nos olhos e Quinn resolveu se intrometer, pigarreando. – Rachel me disse que queria me mostrar um lugar na cidade... Você se importa Vanessa? – A loira finalizou sorrindo calmamente.

- Ok. – A ruiva revirou os olhos e foi ficar ao lado de Emily. – Você me paga Berry.

Quinn riu e balançou a cabeça. – Então, a gente se encontra na frente do hotel antes das 7 da manhã? Ninguém pode se atrasar! Temos a madrugada inteira pra aproveitar.

Santana parecia estar em um momento raro de felicidade extrema. Emily a observou como se a latina fosse louca enquanto ela estendia a mão para dar um high five com Rachel, que lhe encarou com cara de nojo.  Santana então fechou a cara e mostrou o dedo do meio para Rachel.

- San! – Brittany puxou a mão da latina para baixo – Desculpa Rach.

- O que? Ela me provocou! – Santana bufou.

- Eu não fiz nada. E obrigado Brit. – Rachel sorriu sinceramente para a loira de olhos inocentes.

- Vamos logo com isso? – Vanessa estava com seu bom humor de volta e Emily parecia um pouco mais feliz também.

- Sim, mas primeiro... – Quinn pegou sua câmera e antes que alguém pudesse reclamar, um flash surgiu naquela escuridão das ruas. – Uma foto pra eu lembrar de todo esse carinho que vocês tem umas pelas outras.

Ela olhou para a foto e começou a gargalhar. Vanessa encarava o nada, Emily tentava esconder o rosto a tempo, Rachel se escondeu com muita rapidez atrás de Santana e Brittany sorriu brilhantemente.

Rachel se aproximou dando grandes passos, o maior que ela conseguia, e sorriu timidamente – Vamos? – Ela apontou com a cabeça para o lado oposto de onde as outras garotas estavam indo. Quinn sorriu e começou a ir atrás da baixinha sem questionar. Ela estava hipnotizada. Bosta, ela estava hipnotizada por uma garota!

- Ei, vocês vão aonde? – Emily berrou. Quinn encarou Rachel, que mal parecia ter notado a voz da garota, ou talvez ela estivesse fingindo não ouvir. Deu de ombros e resolveu fingir não ouvir também. Emily não gritou de novo e mais uma vez ela seguiu Rachel, seguiu a garota para uma rua que ela nunca teria notado.

- Onde nós vamos? – Quinn sussurrou. A rua era escura e estava vazia. Já passava da uma da manhã.

- Você confia em mim? – Rachel falou mais baixo ainda, e Quinn se inclinou para poder ouvir melhor.

Quinn ficou muda. Ela não sabia por que mas como ela confiava naquela baixinha. Era uma sensação boa e intrigante ao mesmo tempo. Ela sabia que não gostava de garotas, mas era diferente. Também nunca se importou com esses rótulos. Sempre andou com as pessoas que eram consideradas “erradas” para o padrão da sociedade.

- Si-m. Eu confio em você – Quinn sorriu, mesmo que Rachel não pudesse ver. – muito – ela deixou escapar muito baixo e esperando que a garota não tivesse ouvir.

A morena não disse mais nada, continuo subindo a rua e quando virou para a esquerda, começou a entrar em um canto de um terreno que parecia abandonado. Ainda era uma subida e ela pegou na mão de Quinn – Cuidado, aqui tem muitos buracos e é meio difícil de subir.

Quinn não estava nem prestando atenção. Ela poderia escalar uma montanha se Rachel continuasse segurando sua mão.

Na verdade ela nem estava fazendo força. Rachel parecia arrastar ela com a maior delicadeza do mundo. Ou talvez ela estivesse muito boba para conseguir pensar direito.

As duas passaram por vários buracos e um pouco de terra, mas finalmente chegaram ao lugar. Era uma casa, por fora ela parecia abandonada.

Rachel continuou em silêncio enquanto retirava uma chave do bolso e subia os últimos degraus, um pouco antes de alcançar a porta, ela escorregou e raspou toda a perna na escada.

Quinn arregalou os olhos, finalmente saindo de seus devaneios e correu para ajudar a morena. – Você esta bem? Ai meu deus, ta sangrando muito, saiu sua pele! – Quinn parecia que ia vomitar e Rachel quase começou a rir. Era questão de segundos para sua pele voltar ao normal e ela estava apavorada de como explicar para a loira aquilo que iria acontecer, mas não estava com medo. Quinn poderia sair correndo e a chamar de esquisita, mas ela não contaria para ninguém, pelo menos Rachel achava isso. E ela confiava em Brittany. E Brittany confiava em Quinn.

Foi só quando a dor parecia não passar que Rachel começou a se preocupar de verdade. Quinn tentava fazer alguma coisa, sem saber o que direito. Ela segurava a perna da garota com as duas mãos e assoprava.

Os ferimentos não estavam fechando e Rachel não fazia ideia por que.  Á décadas, literalmente, que ela não sabia o que era sentir dor de verdade. Seus machucados sempre se regeneravam depois de segundos. – Droga, isso dói – Rachel gemeu.

- Te-Tem alguma coisa para eu poder fazer um curativo ai dentro dessa casa? – Quinn continuava tocando a perna da morena.

- Uhn, eu acho que sim, na cozinha. Primeira gaveta da direita – Ela entregou a chave para Quinn, que saiu correndo para dentro da casa, finalmente soltando Rachel.

Segundos depois da loira tirar as mãos de Rachel, a perna da garota estava sem um resquício de que ela havia se machucado agora pouco. – O qu... Mas, como? O que esta acontecendo? – Ela se levantou bufando e sem entender nada. Como explicaria isso para Quinn agora? Ótimo, praticamente um trilhão de décadas vivendo e mesmo assim continuava caindo por ai.

Quinn voltou da mesma forma que havia saído, eufórica. Seu corpo paralisou ao ver Rachel em pé e sem nada em sua perna.

- Mas... – Quinn deixou as coisas que segurava caírem e deu alguns passos para trás sem saber direito o que tinha acontecido ali.

- Quinn... – Rachel sussurrou, como de costume.

- O que? Eu não estou entendendo nada! Você tinha caído e se machucado e... – Quinn parecia estar com medo. E por algum motivo aquilo deixou Rachel apavorada.

- Quinn, calma... Vamos entrar e ai conversamos, certo? – Rachel tentou se aproximar. Esquecendo todos seus medos, ela só queria explicar aquilo porque não gostava do olhar da loira naquele momento.

Quinn virou as costas e correu para dentro da casa. Rachel agradeceu por ela não a chamar de esquisita nem nada do tipo.

Ela pegou a chave que Quinn havia derrubado no chão e trancou a porta lentamente atrás de si. Não queria dar explicações, mas ao mesmo tempo não sabia como sair dessa.

“Não é nada de mais! Eu nasci assim!” “Eu fui criada num laboratório de testes em humanos e consegui fugir, mas adquiri alguns poderes”.

Nada daquilo soava convincente para Rachel. Soavam até menos convincente do que imortalidade.

Ela não avistou a loira primeiramente e foi só quando chegou à cozinha que viu a garota sentada em cima no balcão, balançando as pernas e brincando com o botão de sua câmera.

Ela ficou de frente para Quinn mas não disse nada. Nenhuma das duas disse nada por um bom tempo.

- O que foi aquilo Rachel? – Quinn finalmente quebrou aquele clima tenso. A voz dela era suave como sempre. Ela não parecia estar se sentindo ameaçada.

Rachel permaneceu em silêncio. Ela não podia contar! Não, ela já havia contado para Brittany, ela não contaria para uma garota que ela não confiava totalmente...

- O que você é Rachel? – Dessa vez Quinn fixou o olhar na morena e ela se sentiu intimidada.

- O que eu sou? – Rachel riu – Como assim Quinn?

- Eu vi ok? Eu vi quando você caiu. E não venha me dizer que eu estou ficando louca! – Quinn deixou uma lágrima escorrer. Ela não sabia por que se sentia tão traída, tão irritada.

Era a primeira vez que Quinn demonstrava irritação e aquilo deixou Rachel mais amedrontada ainda.

- Tem muitas coisas que você não sabe Quinn. – Ela disse, sempre sussurrando. – E que você não entenderia.

- Em algum momento dessa conversa você vai me contar o que você é? – Quinn limpou as lágrimas, ainda a encarando.

- Eu adoraria Quinn, mas eu não sei do que você esta falando. – Rachel tentou parecer o mais verdadeira possível. Já havia mentido sobre sua identidade antes, mas dessa vez parecia tão difícil.

Quinn se levantou do balcão mas manteu a distância entre as duas. Mil perguntas passavam pela sua cabeça, e ela odiava não descobrir as coisas quando queria. Sempre foi curiosa e dava um jeito de saber a resposta pra tudo. – Você é um vampiro?

Rachel ficou parada por um tempo, logo depois explodiu em gargalhadas. Quinn a encarava com raiva, mas ao mesmo tempo sentiu seu coração se apertar ao ver pela primeira vez a morena rindo daquele jeito para ela.

- Vampiros não existem Quinn. – Rachel finalmente conseguiu parar de rir. E por um momento esqueceu de sua atitude fria que ela fazia questão de manter perto dos outros.

- Você ri como se o que eu tivesse acabado de ver fosse a coisa mais normal do mundo! Você esperava que eu perguntasse o que? – Ela sentiu seu rosto se contorcendo num sorriso, não conseguindo segurar. Aquilo era tão surreal que chegava a ser engraçado. – Todo mundo sabe que vampiros estão na moda agora.

- Sinto te dizer que vampiros realmente não existem Quinn. – Rachel relaxou um pouco. Quinn parecia tão acolhedora naquele momento, tanto quanto Brittany. Ela nunca tinha conhecido ninguém assim além de sua melhor amiga que haviam matado.

- Como você pode ter tanta certeza? Você é um anjo! – Quinn apontou o dedo na direção da morena.

Não, mas você com certeza é... O que? Hãn?

Rachel arregalou os olhos com aqueles pensamentos. Seu coração acelerou do nada. – Não sou um anjo Quinn.

- Para de falar meu nome tantas vezes. – Quinn ergueu as sobrancelhas. – Eu sei o que você é ok? Só estou fingindo que não. – Ela sorriu de lado.

- Ah é? O que eu sou então Fabray? – Ela olhou da mesma forma para a loira.

- Você é uma imortal. – Quinn deu de ombros enquanto Rachel voltava a se desesperar.

- O que? – Rachel engasgou com o ar.

- Você é uma imortal! Eu sempre soube que vocês existiam! Eu já li livros sobre vocês ok? – Ela tentava parecer indiferente. Fingir que sabia tudo sobre o assunto, com certeza ela pesquisaria mais coisas, mas por enquanto ela tinha o necessário.

Rachel ficou em silêncio. Não sabia por que era tão difícil falar aquilo em voz alta, mas não conseguia.

- Você não precisa admitir se não quiser, mas eu sei o que você é.

Ainda sem falar nada, a morena foi até uma das gavetas e retirou uma faca.

- O que você vai fazer Rachel? – Quinn a olhou sem entender nada.

- Eu quero fazer um teste. E isso pode ser muito nojento. - Quinn assentiu e a ficou observando. – Segure no meu braço, mas acima do cotovelo. Quinn a obedeceu e a morena começou a aproximar a faca do próprio braço.

- Espera! Você só vai fazer um corte pequeno né? – Quinn odiava ver a garota se machucar, ela sabia que imortais voltavam ao normal, mas mesmo assim.

- Sim Quinn... – Rachel sorriu debochando e sem pensar duas vezes, cortou seu braço do cotovelo para baixo fora. Quinn sentiu seu estomago se revirar e suas pernas tremerem. – Bosta, bosta, bosta. Isso dói! Me solta Quinn!

- Rach... – Quinn ficou paralisada e Rachel forçou o braço para fora do toque da loira. Segundos depois seu braço estava inteiro novamente.

Ela se encostou na geladeira – Uau, isso doeu de verdade! – Ela começou a rir de novo.

- VOCÊ É LOUCA?! – Quinn ainda estava paralisada – NUNCA MAIS FAÇA ISSO NA MINHA FRENTE! SUA MALUCA!

- Eu só queria provar uma tese ok? – Rachel ainda estava encostada na geladeira, observando as reações da loira. Eram melhores do que ela esperava... Ela estava se divertindo ok? Quinn a obrigara a revelar seu segredo, então ela que aguente as consequências agora.

- Que tipo de tese? – Quinn continuava com uma cara de quem ia vomitar a qualquer instante. Suas mãos agarradas com força a pia da cozinha.

- Que quando você me toca, eu não consigo me regenerar.

- Sério? – De repente Quinn parecia ainda mais interessada. Ela se aproximou, tocando no braço da garota mas se afastando ao lembrar do problema dela com toques. – Desculpa – ela sorriu timidamente.

- Sim... E quando você me toca eu não vejo nada. Nem consigo ler seus pensamentos. Muito menos ver sua aura. Você me assusta. – Rachel a encarou nos olhos.

- O que? – Quinn tinha certeza que estava enlouquecendo.

- Quinn, eu sou imortal. – Rachel sorriu de lado, deslizando o corpo até cair sentada no chão. Quinn fez o mesmo.

- Eu sei. – Quinn continuava a encarando – Obrigado por me contar.

- Obrigado por não me chamar de esquisita.

- Em falar nisso, belo suéter. – Quinn sorriu de lado.


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Notas finais do capítulo

alguém ainda lê minhas fics?????????? ahhahahaahhaha mandem review ): por favor. Mesmo eu sendo uma pessoa má!
bj