What Not To Do When Youre In Love. escrita por StardustWink


Capítulo 1
Oneshot.


Notas iniciais do capítulo

Precisam ter mais fics desse ship por aqui. É uma ordem. u.u -qn
Enjooy~



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Ele estava em apuros. Não, não tinha nada a ver com aquele ‘incidente’ com os Milktanks de semana passada, nem aquele outro no Day Care de Goldenrood. Era algo um pouco diferente e muito mais preocupante que qualquer coisa que ele já tivera feito na vida. 


Gold estava apaixonado. 


Ele realmente não sabia de onde isso tinha vindo. Em um minuto ele está lá, sendo o livre leve e solto garoto que todos de Johto conhecem, e de repente boom, já era. E para trazer ainda mais complicações para a cabeça da pobre alma, a garota em questão tinha que ser a única que ele não entendia direito. 


É, ele estava apaixonado pela Crystal. A super séria, capturadora de pokémons, ajudante do professor e aparentemente bipolar garota de cabelos azuis. 


O mais estressante dessa situação é que estar apaixonado era muito mais confuso do que ele imaginava. Quer dizer, ele tinha interesses pela Mary que cantava no rádio, mas nada que fizesse seu coração bater como se ele estivesse numa maratona ou coisa assim. 


E cá entre nós, Gold não estava acostumado com isso. Ficar nervoso perto de Crys era quase um cúmulo para ele. Não conseguia falar nada sério, só sorrir e acabar falando coisas idiotas e sem nexo que piorariam ainda mais a relação dos dois. 


Então ele tinha começado a evitá-la. Sabe, dizer que estava ocupado, fingir sair com garotas, ou ficar doente. Até que funcionou pelos primeiros dias, mas ele tinha certeza que ela estava começando a ficar desconfiada. 


Afinal, que outro motivo levaria à garota a aparecer na casa dele no meio da tarde num dia de chuva? Sua mãe tinha saído antes da chuva começar, e ligava avisando que voltaria quando ela parasse.  Ou seja, ele teria que atender a porta. Como essa opção estava fora de questão, ele resolveu fingir que clefairys tinham o raptado e o levado para a Lua. 
As batidas da porta continuaram. Ele olhou para a porta, pedindo à Arceus ou qualquer outro deus Pokémon que ele tinha esquecido o nome para salvá-lo daquela enrascada. Parece que o ouviram , pois as batidas na porta pararam. 


Ele suspirou, aliviado. Não ia ter que se envergonhar na frente da Crys. 
- Gold, eu sei que você está aí! Abre a porta logo. - ...Ou não. Sabia que não devia ter contado disso para o Silver, aquele garoto podia bolar umas boas vinganças de vez em quando. 


Bom, melhor ir logo antes que ela arrombe a porta com um chute. Também, poderia dizer que estava doente e despachá-la rápido dali. 


- Ah... Já vou! – Ele fingiu uma voz de doente, procurando qualquer coisa que pudesse esconder seu rosto. Achou um lençol jogado no sofá, e enrolou-o na cabeça antes de abrir a porta. 


Encontrou a garota com os braços cruzados, molhada, esperando do lado de fora. Ela parecia meio ofegante, como quem tivesse corrido um belo percurso até lá. 


- Crys... Você tá bem? – Ele perguntou, esquecendo do lençol, da idéia de expulsar ela de lá e de seu pulso que tinha acelerado drasticamente com a roupa dela que de tão molhada estava começando a ficar transparente. 


- Eu é que te pergunto isso. – Ela disse, tirando sua jaqueta encharcada e torcendo ela na varanda. – Vai me deixar entrar ou não? 


- Ah... pode entrar. – Ele arqueou uma sobrancelha, ainda um pouco atordoado. Deu espaço para a jovem, que tirou os tênis molhados na entrada e fez seu caminho pela sala do garoto.  – Eu...vou pegar uma toalha para você. 


- Obrigada. – Ela respondeu, sentando no sofá com um plof. Estranho, muito estranho. Crystal parecia aborrecida com alguma coisa, e para correr do laboratório até sua casa com aquela chuva devia ser algo sério. O que diabos Silver tinha contado para ela, afinal? 


Gold pegou uma das toalhas bonitas de sua mãe – ela odiava quando ele oferecia uma simples para visitas, dizia ser falta de respeito ou algo do tipo-, e voltou para a sala. Jogou a toalha em cima da cabeça de sua amiga, e sentou o mais longe possível dela no sofá. 


- E então... Algum motivo para vir aqui no meio da chuva? – Ele perguntou, o lençol em seus ombros quase caindo para um lado. 


E aí algo mais esquisito aconteceu. Crys ficou com o rosto vermelho de um segundo para o outro, como se ela fosse passar as férias na praia de Olivine e esquecesse o protetor solar. - É que... – Ela começou, tentando ficar calma. – Silver me disse que... 


- Ele te disse? – Ai não. Não podia ser. Aquele maldito não tinha contado de sua não-tão-secreta-assim queda por ela, ou tinha? Ah, ele ia pagar... 


- Que você estava saindo com uma garota. – Ela terminou, achando as dobras do sofá bem mais interessantes do que o rosto de Gold. 


O garoto a encarou. Passaram-se alguns segundos, e ele estava rindo feito um maníaco. Crys o olhou surpresa – e até um pouco assustada -, não entendendo o que era tão engraçado naquilo tudo. 


- G-gold! Isso não é motivo para rir, tá bom? – Ela esbravejou, ainda vermelha. Ele parou, rastros de seu riso ainda nos lábios, e olhou diretamente para os olhos dela depois de tanto tempo fugindo. 


Tá, ele até que tinha achado um motivo para gostar dela.


 Aqueles olhos não eram de se jogar fora, e ela era bem bonitamesmo toda molhada e com o nariz vermelho. Ele deu um sorriso, suspirando outra vez. Estava parecendo até um idiota suspirando tanto, mas que se dane. 

- Desculpa, pensei que fosse outra coisa. – Ele disse, ajeitando o cabelo um pouco. – E ele disse que eu estava saindo com alguém? 


-... É. – Ela murmurou, ficando vermelha outra vez. – Daqui de New Bark mesmo, uma que é sua amiga de infância. 


- A Kotone? Hum... – Ele pensou um pouco. Ela estava vermelha por alguma razão, e ele iria descobrir. - Ela bonita e divertida mesmo... 


- N-não me diga que é verdade?! – Ela deu um surto, parando a centímetros do rosto do jovem.Ambos coraram , e ela se afastou um pouco. – Quer dizer... É verdade? 


- ... – Gold ficou calado por uns minutos, contemplando a vista: Crys com o cabelo molhado, uma toalha jogada pelos ombros, vermelha que nem um tomate e querendo saber se ele tinha uma namorada ou não. 

Sorte? Definitivamente sim. 


- Vai responder ou não? – Ela perguntou, bufando. 


- Vem cá Crys... Por que você saiu correndo de não sei aonde até aqui para checar se eu estava saindo com alguém ou não? – Ele perguntou, sorrindo. – Você não sempre diz que eu sou o ‘pegador metido à besta’? 


- Bem... – Ela corou, abaixando a cabeça. – Eu sempre te chamei assim, mas... E-eu nunca achei que fosse ser sério... 


- E por que vir na chuva? Podia ter esperado ela acabar. – Gold pegou a toalha dos ombros da garota e esfregou seu cabelo, deixando-a mais emburrada – e vermelha – ainda. 


- Eu precisava saber, tá bom?! – Ela falou, ainda com a cabeça abaixada. Parecia até um pouco triste agora, o que fez Gold largar a toalha e se aproximar dela. 


-Hey. – Ela olhou para cima, e se encontrou com uma piscina de dourado. – Você ainda não respondeu minha primeira pergunta. 


- E qual era? – Ela continuava olhando para os orbes dourados do garoto, e nenhum ousava quebrar o momento. 


- Por que você se importa tanto que eu talvez esteja saindo com alguém? – Ela sentiu seu rosto queimar. Ainda assim, continuou o encarando. 


- Essa não era a pergunta. 


- Não era mesmo. Eu resumi para ficar mais simples de responder. – Ele sorriu. Aproximou-se mais da garota, e sentiu suas testas se encostarem. – E então? 


-...Talvez porque eu esteja desesperada e incontrolavelmente apaixonada por você. – Ela murmurou, já sentindo o hálito do garoto em seu rosto. 


Ele não precisou de mais nada. Colocou um braço em volta da cintura dela e em segundos eles estavam se beijando no sofá num dia chuvoso. Ele estava ficando molhado por causa da garota, e ela tinha começado a rir um pouco no meio do beijo. Mas estava tudo perfeito. 


Acho que esse ano valia à pena dar um presente de natal e de aniversário para o Silver. O que ele tinha feito era simplesmente o melhor presente adiantado de Natal que ele tivera na vida. 


- Crys? – Ele perguntou, depois quando estavam sentados no sofá debaixo do lençol – agora molhado – ouvindo os pingos de chuva. 


- Que foi? – Ela perguntou, não saindo de sua posição encostada no ombro dele. 


- Talvez esse seu problema seja contagioso. – Ela arqueou uma sobrancelha, e ele riu. – Porque eu acho que estou desesperada e incontrolavelmente apaixonado por você também. 

------- Fim~ --------


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Só como observação, o niver do Sil é dia 24 de dezembro. Conhecendo o Gold, ele provavelmente só dá um presente pro Silver. D: Pobre alma.
Então. Se vocês derem review, eu mando o Silver de maid para entregar biscoitos. Não percam essa chance. e3e