Chasing Cars escrita por JuhChagas


Capítulo 21
Linger


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! DESCULPEM A DEMORA. agora shit got real. É DEFINITIVO, ESTOU DE VOLTA hahahah Sem enrolações, o capitulo tá ridiculamente pequeno, mas o proximo já melhora. Sei que perdi muitos leitores pelo tempo que fiquei sem postar, mas please, não abandonem a fic :( Aí vai.



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                                                Pov Percy

    Sorri mais uma vez ao lembrar-me que hoje de manhã, eu tinha escapado por pouco. Athena já estava para entrar no quarto de Annabeth quando eu pulei sua janela, um tanto quanto desastradamente. Havíamos apenas dormido juntos, sem segundas intenções, mas aquela sem duvida havia sido a melhor noite da minha vida. Ela dormia como um verdadeiro anjo, afinal de contas, o apelido não era por nada. Acordar durante a madrugada e ainda sentir o calor de seu corpo encostado ao meu, o seu cheiro, fazia com que eu nunca mais quisesse que amanhecesse.

    - Porque está sorrindo, Cabeça de Algas? – sussurrou a loira durante a aula de química.

    - Não é nada, Annie. Só estou pensando... – murmurei entre um aberto sorriso, recebendo um “sei...” desconfiado em resposta.

     Não demorou muito e já estávamos em casa novamente. As aulas na escola tinham passado incrivelmente rápidas, ou talvez tivesse sido apenas meu bom humor... É uma possibilidade. Annabeth tinha marcado um “dia das garotas” com sua mãe, já que era sua folga, e resolveram passar horas à fio no cabeleleiro. Algo à ver com “minhas unhas, minhas sobrancelhas, minhas pontas duplas”, não quis nem me aprofundar no assunto. Marquei de dar uma volta com Nico.

                                                        --x---x--

     - Quer entrar? –perguntei parando em frente à loja de instrumentos que Thalia trabalhava. Nico fez uma careta, mas então deu de ombros, concordando.

      Adentramos a loja e notamos que as coisas tinham sido mudadas desde a última vez que estivemos aqui... Agora as paredes estavam pintadas de preto e algumas outras decorações haviam sido instaladas. Confesso que o lugar estava muito mais maneiro.

    Um cara de aproximadamente 30 anos perguntou se precisávamos de ajuda, mas recusamos e andamos despreocupadamente pelos vários corredores.

    - Como você está indo?

    - Oque quer dizer? – Nico se virou pra mim, distraído com uma palheta.

    - Sem a Thalia. Como está indo sem ela? –hesitei um pouco. Não queria chateá-lo, mas as vezes conversar ajudasse. “Ahh” ele começou se trocando de posição desconfortável, e depois um longo silêncio se instalou.

      - É difícil. Algumas vezes sinto o cheiro dela, e me viro, sabe... Como se ela pudesse estar logo ali, na soleira da minha porta, com aquele sorriso irônico que só ela tem. Algumas vezes quando tenho alguma novidade, entro no meu quarto, e digo “Thalia!”. Esqueço-me que ela não está lá. É estranho sentir tudo isso agora, principalmente com todos dizendo que é apenas “uma paixonite jovial”, ma eu sei que é mais que isso. É ela. Eu sei.

     - Sinto muito, irmão. Não consigo imaginar como seria... Mas mudando o assunto, o que de eu começar a trabalhar?

     - Está falando sério? – Nico ergueu as sobrancelhas.

   

     - Porque não?

   

     - A pergunta exata é “Porque”?

    - Queria comprar uma aliança de namoro. E nem me venha com um sermão, Annabeth já se encarregou disso.

     - Então porque pediu minha opinião?

   

     - Eu não queria sua opinião de verdade! Era mais como um aviso de que vou começar a trabalhar, e um “fique feliz por mim”. Consegue fazer isso?

     - Claro. – Nico rolou os olhos vagarosamente. – E posso saber onde pretende trabalhar?

      - Bem, eu estive pensando em algumas coisas... Mas a que parece que vai dar mais certo,e com isso quero dizer, que renderá mais dinheiro e menos tempo, é como modelo. – respondi e esperei a gargalhada.

    Nico encarou-me por longos segundos e depois quase lhe tapei a boca. Até as pessoas que passaram pela calçada da loja deveriam ter escutado sua risada. Ridículo, o amaldiçoei mentalmente.

    - Está... Está brincando, certo? – ele pressionava os braços contra a própria barriga. Ridículo, mais uma vez.

    - Poupe-me Nico, óbvio que não. Já recebi essa proposta antes, mas havia recusado. Eles pagam bem, são gente conhecida, e será por apenas um mês, talvez dois.

  

    - Se você diz... Gente conhecida?

    - Acredite, é melhor você não saber quem é até eu estar contratado.

    - Estranho. De qualquer forma, espero que dê certo. – ele bagunçou meu cabelo de leve. – Se for pela Annie, espero que dê certo.

     Mais alguns corredores em silêncio, apenas olhando instrumentos e testando alguns.

    - Lembro quando retornei aqui depois de uns anos, e Thalia estava bem atrás do balcão, com os fones de ouvido. – sorri com a memória. Thalia, apesar de tudo, era uma grande amiga minha, e eu também sentia sua falta.

     - Queria ter sido corajoso o suficiente pra chegar nela antes. Esperei as coisas começarem a dar certo entre você e a loira.

     - Talvez se você tivesse chegado nela antes, nunca teria dado certo. Mas, então... Ela estava bem ali, e assim que me viu, ficou toda na defensiva.

   

      - Ela é durona. – Nico sorriu de lado enquanto tocava algumas notas em uma guitarra azul.

     - Não lembro exatamente o que ela disse, mas tenho certeza que foi algo parecido com “Se você magoar a Annie mais uma vez, eu te arrebento, idiota!” Típico, huh?- o moreno concordou suavemente com a cabeça, e murmurou “típico”.

     - Acha que elas estão lidando bem essa distancia? Quero dizer, elas são como carne e unha. – Nico voltou a me encarar. Dei de ombros levemente.

    - Elas superam. Todos nós superamos. O natal vem logo, e ela voltará, ou nós iremos até lá, lembra? Foi oque Zeus disse.

    - Eu sei que o Natal está chegando... Conto cada dia, “Cabeça de Alga”. – imitou a voz de Annabeth, e recebeu um “hey!” indignado em resposta.

    - Nico? Sabe que quando quiser conversar sobre ela – nem havia a necessidade que citar nomes-, estou aqui.

     - Está tudo bem. Eu prometi que daríamos um jeito, e é isso que vamos fazer. Não vou perdê-la pra um francês narigudo, fedido, metido... Sou mais eu. – ele levantou as mãos, como num gesto de humildade.

     - Também sou mais você. – dei um soquinho em seu braço e rimos à toa.

     - Thalia é ciumenta, eu tomaria cuidado Perseu Jackson!

                                                             ---x----x---

     Desliguei o telefone. Sentia-me esquisito. Era como fazer negócios com o seu pior inimigo. Na verdade, era exatamente isso. Há algum tempo eu nunca daria o braço a torcer dessa forma, mas eu faria qualquer coisa por Annabeth e por aquela aliança. Era bobagem, eu sabia, mas aquela bobagem declarava explicitamente “NÃO CHEGUE PERTO, ELA É COMPROMETIDA, E SEU NAMORADO PODE SE TORNAR AGRESSIVO COM BABACAS”, e era exatamente isso que eu queria. Eu queria que os olhares masculinos se detessem assim que vissem o anel em seu dedo. Era uma questão de... Honra.

     Eu trabalharia até que conseguisse o dinheiro necessário, e então me afastaria o mais rápido possível, e quebraria todo o contato, com a minha “chefe”. Rachel Elizabeth Dare. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Pequeno né... Eu sei, desculpem. REVIEWS POR FAVOOOOOR! e vou contar uma coisinha pra quem comentar lá! SPOILER DOS MEUS PLANOS FUTUROS, PÓS-CHASING-CARS! HAHAHA
Love Always,
JuhChagas.